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Livro: De Profundis: a carta de um defunto.

Escrevo-lhe estes poemas a uma pessoa que fora embora antes de lê-los,
mas que à essência é eterna doçura. Uma eterna amiga onde ajudou-me a
evoluir, e que fizera parte de mim. Nem um momento é efêmero quando
tem-se uma lembrança guardada. Todos nascem, mas poucos sabem seu
propósito;e vós sempre soubestes o vosso. Este livro, é um eterno presente a
um Girassol, entretanto, este foi dado de presente, mas à inspiração venho
do vênus em particular. Digo-lhe isso, por alguns poemas tratarem de
sepultura, mas como eu disse, fora um presente, mas não inspirado no
Girassol, e sim, algo que eu gostaria que essa tivesse lido em vida, porque,
sempre me apoiara.

“ Linda é tua essência, beldade és tua companhia. Lembrar-me-ei-me


sempre da teu aurora a nós. Obrigado por fazeres parte de nós”.
I

Do nascimento desejamos o raro, nesta descendência de dementes.


A mãe que anseia sua essência para o primogênito negligente.
Fique quieto! Não te sacias!
Tu, que negligenciaste tua essência.
Da necrópoles vai-te perder à vida na praça de bons juramentos.
Tu deves à natureza, como para ti, à tua sepultura.
Doa-te à paz neste mundo, para que não te percas no vesúvio; que termina em tua sepultura.
Mas tu, que te alias a ti mesmo, não esqueça-te do teu outrora que fora amargo sofrimento.
II

Na mortalha perdi meu grande amor, no cativeiro onde resistia minha dor.
Caveira sedutor, minha astúcia me aterrorizou .
Terás como amigo o teu próprio cadáver.
Então se perguntarem por teus vesúvios desvanecidos , esta se perdera na tua própria sepultura.
Séria falso em dizer-te-á que tua esperança continua.
Do teu viçoso tesouro, perdeste à beleza no gargalho do desporto.
Antes falavas “ Eis aqui o meu tesouro, que nem o inverno de quarenta anos fizeram-me perder”.
É o que te trazes alegria! Hostil tornou-se teu caminho onde o calor sente frio.
III

A ti desejamos doçuras para que não morras na tua amargura.


Falas por mim " Que na minha amargura não amarei minha sepultura".
Mais vales dissestes " Eis aqui o meu destino" do que despojar teus medos à tua loucura.
Assim como nasceste, tu também morrerás.
Doce é teu sangue perdurado de luxúria.
Mas principe do teu amor tu serás.
Por fim, na tua morte há de acabar.
Que tirano será eu se eu te desafiar?
Vivo traçado ao teu olhar.
Daria-te flores antes de me amargar.
Não me convences que estás tão velho para me amar.Traz ao teu coração à tua veste.
Não contes ao teu filho ele pode morrer ao te condenar.
Gozo na sombra para que não me percas ao sol.
Tua memória é um guerreiro empenhado.
Jamais te acharei velho a me dizer " Eis aqui meu eterno amor".
Meu tormento sem ti é forte.
Não demonstro meus juramentos.
Há tiranos por todo vento.
Po-lo-ei em retiro de minha alma.
Tendes medo de perderes tua honra.
Toda existência se acabará à tua morte quando chegar.
Doa-te a mim, antes que morra na tua loucura sem fim.
Não vejo pecado em amar assim.
Censuras em ti o amor que te fazes permaneceres aqui.
Recorda-te que amo-te e isso não é um crime que não morra com meu fim.
Dos rebeldes tenho pena.
Do mal morrerá na amargura.
Aos bons desejo à doçura.
E a mim desejo à sepultura.
Porém aos olhos deixarei escrito áquilo que me fizera morrer na amargura.
IV

Meu amor fora forte a mim, mas a ti fora efêmero sem nem uma lembrança de mim.
Não esqueci de meu devaneio se não demonstro; mas a ti é preferível acreditar que fora efêmero a mim.
Um bálsamo um amor que nos floresce.
Na voz do por-do-sol é que direi quando flores te darei.
Ao público te direi: Uma doce primavera onde amei.
Era um começo de uma grande ilusão, que fiquei preso por antemão.
Éramos jovens para lidar com à situação.
Um amor jovem onde desvaneci minhas paixões por um momento de gratidão.
No canto do vale apaixonei-me na praça onde existia varios irmãos.
Um sol esquentando à primavera, foste o beijo que imaginara dar-te, mas fora somente uma ilusão.
Que adormece os lobos mais ferozes de amargura.
Que nos verão soube muito bem que não iria ir além.
Eu posso ir além onde tudo que há me entretém.
Quando te via nas noites tristes; teus olhos acalmava minha alma.
Há algo em outra vida que me faça ir além.
O bem nos faz bem, à felicidade é tudo que há em ti.
Sou como o poeta quando não escrevo a ti, morro amargurado na desilusão de não dar-te à mão.
V

Cansado de meu corpo, minha alma corpórea implora:


Venhas a ti comigo para que eu morra com gozos de uma felicidade que nunca tive.
Exijo que digas a mim “ És um manuscrito que amaria ter escrito”.
Não peço-te perdão em nada, a não ser pela falta de amor que nos levou a essa dor.
Meu grito é uma finalidade onde me leva aos cochichos.
Não perdera nada quando se tens um amigo, se ganha mais quando és um inimigo que te ensinas ser um amigo.
Onde se encontra à fé mais pura, pode achar-se-á um belo companheiro.
Em teu egoísmo morrerá com tua honra; que ao tempo esquecerá, e aos mortos odiará.
E a virtude uma grande aliada da vida; não te percas ao lobos onde se anima quando escuta os teus gritos.
E a perfeição é um erro amargo, onde quem procura é um iludido artesão modificando com sua mão.
E a força te é apropriada quando teu inimigo te deres a mão, e teu amigo matares teu irmão.
E o tolo que se engana nos seus saberes; morre quando duvidarem de sua nobreza.
E a verdade cada um guarda para sí em partes.
E ao bem é conservado aos humildes.
Cansado disso tudo no final de amasse, se ao meu amor não deixasse.
VII

Por não querer-me à morte.


Te acalmas amargura que tens?
Morrer sem honras que te rememoram.
É ver que nada sois entre os mortos.
Verás que nada de dádivas tens com à tua sepultura.
Te esquecerá tu com à tua amargura .
Por não deixares teu legado com os mortos.
Quando qualquer um ser teu inimigo.
A imagem que tens tu mesmo a esquecerá, quando a ti tua sepultura chegar.
O que hoje tu repudia quando choras
.No mundo dos mortos apreciará com outra escala ;
.Mas com o uso do bem, o mal vai embora.
Morre de vez quando a ti não queres pertencer nem uma escala.
Não há nem um amor com os mortos.
Tal crime é um mal venerado para contigo e teus pecados.
Para onde vais com à tua luxúria?
Se teus inimigos são os mais venerados?
A ti te esqueces o que te espera.
Te consomes na tua vida de amargura.
Quando esquece o inimigo que tanto te consomes.
Mas há de ti que diga " Não entro na sepultura".
Lá ninguém escutará teus choros para te acalmar.
Tampouco um amigo para te acalentar.
Esqueça-te o passado, amando-te o futuro.
VIII

Olha a ti no teu eu, para amá-lhe o outro.


A querer outro que te consumas.
Se a ti mesmo te negas quanto ao medo que te machucam.
Ao mundo não há medo que não consome uma pobre mãe na amargura.
Quanto à mulher que à esperança lhe consome, do marido que nada tens a esperar.
E quem por amor procura, muitas vezes acaba na ilusão de uma doce paixão.
Tão efêmero é a mim, quanto a ti. tua esperança é eterna corrupção que sempre terá um ladrão.
O filho desse marido será doentio, quanto ao pai que é vil.
Queres que espelhes à tua mãe, que sempre te ensinou olhar os teus inimigos como amigo.
A imagem dos teus filhos tu olhas agora: " És aqui meu grande pecado".
Assim como teu marido, teus filhos serão um dia.
Só lhe resta à esperança que um dia foi tua grande amiga.
Verás o choro no aurora, de malgrado é teu marido quanto os teus filhos.
Mas se não queres morrer na amargura na maldade de teu marido
Vai-te para longe onde pode recomeçar e morrer solteira para antes teu ódio não te matar.
X

Beleza grande é a tua com grande amargura.


Que em si mesma enche de vaidade.
Não te cobra nada; à tua grande amiga será tua sepultura.
Dar aos devedores de bom grato à tua fartura.
Por que estão murmuras ao teu marido?
O que ganhaste para contigo e teus inimigos?
Luxa com teus amigos para que te consumam.
Um grande fardo que é tua amargura.
As somas te tantos é porque não sabes viver.
Se só a ti te aprecias.
Está negando a ti tua doçura
.Assim de nada será se na maldade morrer quando acordar.
Que registro te assegurá que na morte não odiará tua sepultura?
Pois a vaidade se vais com os mortos.
Que faria uma lastima teu testamento.
XI

Meu amor por ti me acalma.


Pecado que me faz cometer dando-me luxúria.
Pecado assim nem um remédio acalma.
Que te quero antes de tudo.
Meu coração por ti fazes loucura
Acho meu corpo um livre labirinto.
De nem uma forma me fizera vítima, deste amor que me fizera ir ao céu.
Tanto quanto a mim te quero sem definições.
Para mim mesmo me sinto perdido.
Mais eis que me sinto no labirinto de um manuscrito.
É predestinação ficar aqui como uma velha vítima? ou é de mais amar-te mais que um amigo?
Pelo tempo me sinto abalado.
Leio meu autoamor sem sabor.
Se é por ti que quero viver meu livre arbítrio.
Sinto muito por ti que me condenas meu amigo.
E o amor que tenho por mim anda desarmado.
És tu que o meu ser procura.
A minha mocidade anseia por tua doçura.
Xll

O quanto anseio para um caminho para minha jornada.


Que não te é difícil me ver aos gritos.
Se é por ti que amo meus inimigos.
Se é a ti que amo mais que amigo.
Não quero esperar a outra vida chegar para te amar.
Nem ter a sepultura para me acalmar.
Não importa se não é " padrão aceito aqui".
Tudo que anseio é está perto de ti.
Se não fim árduo nada me consolar, minha paz interior há de me acalmar.
Falam que não tens padrão definido aqui, por que o medo de me teres te consomem assim?
Até aqui odioso é teu amigo, que me leva ao choro de grito.
Repugnante é o mundo que me leva à dor que sinto.
Se é predestinação o pesar que estou a passar, ou se é loucura em pensar.
Como sabendo que sou assim, como posso duvidar de meu instinto por fim?
Que de mim vim sem culpa; se é de mim que me afasta por eu ser assim.
Não vai poder ver meu fim, quanto a ti, iremos à sepultura sem nem uma definição.
Que a raiva de mim, te mate em um desespero sem fim.
Triste lamento pelo o que pensas agora. A dor é maior em mim do que a ti.
A minha dor contigo ficará até que tua alma se livra das malvadeza que tens teu olhar.
Pois a mim eu aprendo que tu não vale meu juramento.
Minha tristeza nem um valor tem, pois perdera quando eu fizera meu arrependimento.
Xlll

Conhecendo que sejamos claros quanto a nós dois.


Embora nosso amor seja duvidoso.
Não te é aceito viver fingindo por ter medo do teu fim.
Por mim não reclamo dos teus defeitos.
Quanto a ti anseio pelo teu cheiro.
Em nosso amor um doce livramento.
Mas na vida há dores insuperáveis: mas isso não muda nosso juramento de ser inseparáveis.
Mas nos entristecem em momentos amáveis.
Posso fingir que não sei que me deleita em tua noite de devaneios por mim.
Se te envergonha o que sentes por mim.
Podes se esconder nos véus do teu doce mel.
Por não querer perder a honra do teu nome entre homens.
Mas que a soberba não te consuma, esquecendo quem te ama.
Anseio por ti, honro tua honra.
XlV

Quanto a mim, meu desespero está por fim.


Não te enganes perante a mim.
Já vi muita coisas indecentes;
De olhos resplandecentes, e uma alma de doente.
Ir no velório quando a vítima é sua amante envenenada pelo seu entorpecente.
Dizer-me que és uma amiga;
Depois de muito tempo um ser odiado.
Que aos céus revelam seus venenos,
Logo chorando por seu condenamento.
Seu rosto que oculta um doente;
Mas seu olhar como um negligente.
Como seu grande louvor na minha frente;
Mas me deixou abismado com sua falta de amor!
Que desmascarou seu íntimo ódio de um sedutor.
Que nem bichos o dizia:
És aqui o falso pastor".
Buscam os céus, mais é no inferno que trabalha como pregador.
Quanto cuidadoso for tua partida.
Os amigos te odiaram pela tua amiga;
Por certo fossem teus amigos, não murmuravam para os teus inimigos.
És de um charlatão que se perde um grande irmão.
Mas tu, que de ti te tornas belo.
Não é apropriado se tornar amigo dela.
Quem mais quero não é de meu amável véu;
Como um mel que quero desleitar meu papel.
És presa fácil de quem não tem cautela.
A ti não guardarei nem um ódio.
Salva a tua honra, porque é a ti que ela servirá.
Meu eterno coração que por ti sofre;
Se aos teus gostos tens e o abandona.
Mas mesmo estão aprisionada não esqueças de mim.
Tal feito questiona tua honrarias.
XV

Comparar-te como um irmão seria em vão;


Se amar-te é um sermão.
Tens mais doçura do que minha amarga postura;
Flores da Primavera por ti não caem em vão.
Como o hostil se acaba sem honestidade.;
O tolo se exalta querendo farra;
Ou tem à pobreza de um desgraçado sem alguém que lhe dê um entendimento.
O que é frívolo ao tempo se olvidara;
Por sorte nem todo sábio se esquecerá.
Mas teu eterno amor eu há de lembrar.
Guardado o doce mel que me tornou um belo céu;
Nem à tua morte me causará sofrimento quando permaneço contigo em meu juramento.
Quando a velhice te criar esquecimento, lembra-te do meu doce mel;
Assim que imortal é o nosso amor, não há lembranças que apague o nosso jeito sedutor.
Enquanto a nós que esperamos pela nossa sepultura:
Viva o meu verso de doce formosura.
XVI

Tu que foste minha ruína.


Lembra-te do hediondo que fizeste a mim.
Contra teus males tu deverias se opor,
quanto ao meu desespero para ti é sedutor.
Na tua infância, havia um lado bom em ti.
Então o belo que te consomes a alma, não aprisiona-te até à sepultura.
Á sepultura chegaremos imensamente.
Tu sérias tão desprezável quanto à morte.
A alegria de teu amante, que terás teu descendente.
Se não deixar que teu inimigo te aflija.
Que nem um casamento à sepultura pode deixar.
Contra tua paixão é me ferida.
E ao eterno há de te abandonar.
De um monstro se tornou teu grande nome!
Para tua descendência de horrores.
XVII

Quem acreditará em ti algum dia?


Quantos aos versos que dediquei a ti?
Se tantos admira tua vaidade.
Que não admira mais o amor que tinhas por mim.
Mas sabes ao céu quanto aos teus pecados.
Ao vênus de prazer ao teus amantes.
A te esconder de teus horrores.
Quando à realidade te fizer crua.
Falam de ti teus amantes da sedução de teus pecados.
Se teu corpo fosse eterno desnudo, ao inferno me fazia injuria.
O futuro é um complexo exilado, que pertence à mente nua.
Que o diabo sempre consuma sua doce formusura.
Então os meus amantes sempre continuam a falar de minha doce amargura.
Deixo-te o teus más fardos.
No esquecimento de tua ilusão, não cabe se quer um refrão.
Más terá um filho desta se a ti viverá tanto.
Terá um recanto de teus amantes.
XVIII

Que mais terrível que a vida me pareça,


Ao repousar no leito inimigo.
Outra caminho há de me vir à mesa,
Quanto aos descendentes de dementes minha mente já está farta.
Apega a alma se nem uma coragem, quanto ao seu corpo seu depoimento.
Meu corpo se apega ao horrendo, e minha alma ao desespero.
Pouco a pouco aos males me entrego.
Não é de minha postura ser um demente numa noite nua.
Meu corpo ao poucos se desnuda aos inimigos doces e crua.
Olhando ao escuro de minha alma, quanto aos medos é sempre uma formosura.
Mas em minha alma suplica á verdade que continua.
É tua mente o teu diabo inerte.
Se torna pendente de teu amor quanto ao juramento.
Que agora sua alma é uma inimiga da doçura.
De dia o sol se escurece quanto aos males que vieste.
Para mim não há paz que tu procura quanto desejou matar-me numa noite suja.
XIX

Quanto ao meu inimigo eu tenho à mão.


Aprisionei-me em uma eterna paixão.
Quanto aos castigos dos céus fizeram-me chorar.
Ao hediondo de minha alma perpetua se estar.
As chaves do inferno há de estremecer ao teu orgulho idiota.
Mas que te mata sempre apenas para ter um prazer;
Tua alma se desnuda em fria curva.
Assim angustiantes é tua doce morte.
Ao fim desgasta o teu corpo de prazeres quanto a sepultura aos desprazeres.
Tua honra entrará em descomposição junto com teus membros.
Pois o tempo é amigo dos inimigos.
Que aos choros se deixa eterno, e aos sofrimentos seus desamores.
Que apenas no último suspiro o pecador sente à fome.
Visão de seu diabo acorrentado.
Que aos céus tenha compaixão dessas almas;
Que ao troféu do tempo todos terão.
XX

Quão desprezível é a minha jornada!


Se ao fim do caminho que sigo não encontro abrigo.
Quanto à murmuração gritam em minha alma!
“ Até aqui foi suportável a mim”, mas quanto a ti, que nada sabes de mim.
E Quanto ao choro de minerva, e aos sorrisos inimigos!
Se arrasta ao corpo sua desgraça.
Como choras o pobre pecador!
Vim dos vales amigos que fizeram de minha alma sombria.
Não vai poder esconder tua desgraça quanto aos vênus de ternura!
Que a maldita angustia faz-nos ferir nossa alma, e ao corpo sempre se usurpa.
E ao triste amor que perde sua honra de ternura, numa tenra idade crua.
E aos mortos a dor é sempre nua.
Pois nela os vivos se desfaz.
E a mim, restou minha doce face.
XXI

Grandes escândalos a vida traça, e se acaba na sepultura de dementes.


Deixe-me morrer se de ti me afasto, caso-me com teu amor na noite clara.
Que a negação te segue aos passos, e aos filhos os teus rastros.
Sendo amável és um berço perdido, quanto aos injustiçados de tua familia.
Com tal nobreza sofre com teu amigo, e quantos aos teus pobres filhos se castigam.
Morrer com outra mulher a ti te cabe, quanto a mim te esqueçeu pelo sermão..
Tu poderias me poupar os meus ouvidos, quanto aos teus deleites bem vividos!
Gozar da mocidade dócil e ardente, enquanto eu choro amargamente.
Que em túmulo se encontrará com tua face, e quanto a ti não haverá mais maquiagens.
Até se amarga na tua verdade livremente, que aos teus sermões de nada te servirão.
E a mim, que despreza como um capataz, aos meus choros te farão morada!
E a ti, que minha presença te satisfaz!
XXII

Em meus versos dou-me a amargura de minhas palavras.


Sobre a sepultura onde se encontram.
Os quadros com o tempo a ruína se corroem.
A necropsia do teu corpo partiu-me à alma.
Sobre teu amor cabe-me um juramento!
De ti à recordação é pura, e ao sangue é plena ternura.
E quanto aos mortos, ouve-se rumores.
Minha lápide é de plena luxúria, e tua amante a plena vaidade.
E teus filhos com ela são pleno gozo, e ao meu pleno choro.
Tua vestimenta é de um cadáver, e a dela de um miserável
.E aos teus lábios o tempo não há de esquecer, e teu corpo é pura arte.
E ao aurora quando vem, e ao vênus se desdém.
O teu fogo o meu corpo te cabe, e aos gozos é de minha plena vaidade.Quanto ao vermelho
vinho é de pura maldade, quanto aos órfãos daquele vale.
E ao meu amor o pecado é grande, ao círculo vicioso de minha alma.
Como sofre aquela alma pecadora, e aos deleites a ti te cabe!
XXIII

Não chore por nostalgia quanto aos dias de fartura,


tem-se que enfrentar à realidade nua.
Na igreja há pecadores, como no inferno há santos.
Que à igreja esconde os seus males, e aos pecadores se desnuda sua imagem.
E não há nada entre lá e aqui que não seja pecado, tudo é apenas uma fantasia.
E aos santos da igreja se desnuda, e aos pecadores o diabo é de grande doçura.
Há na solidão uma doce amiga, que o inferno traz-te em tua vida.
Todo erram, quanto aos santos não há perdão, e ao pecador sua ilusão.
Que aos teus erros vou me sacrificando;
E o pecador sente sua falta.
E quanto aos santos da igreja é de grande egoísmo;
O seu quadro reflete-se um bom amigo.
Aos irmãos da fé uma doce paixão;
E aos santos à igreja levarão.
Atenta-te quanto ao sermão;
Que o padre entregou-te à mão;
E o pastor da no monte em oração.
Ao profeta Moisés diz-se um grande irmão;
Quanto sua ascendência de leões;
Defendeu sua origem doce e crua;
E passou aos irmãos em uma pintura paradoxa em mão.
E ao Daniel deu-se na cova de leões;
e seu seus sonhos uma grande ilusão.
O gênese é Moisés e seus irmãos;
E quanto a BAAl é odiado desde de então.
E a ti não quero ser frio.
Mas viemos da mesma evolução.
Trago-te essa epistola desde então.
E és que te julgam o pastor, por falta de teu amor.
Que contra mim cometi um pecado mortal;
e aos meus amigos uma fraude.
Tanto na guerra há ódio e amor;
e aos tirânicos se torna um bom sedutor.
Existe em mim uma dúvida irrelevante;
Quanto aos pecados deste pastor.
Que ao santo que me condena por desrespeitar à sua pintura.
Quanto cuidadoso fores tu à vossa sepultura.
As amizades que permaneceram no outrora.
Outrem alguém que diga que não recorda da doce afeição.
Em que inerte ficassem se perdê-las.
De falso irmão faz-se uma grande convulsão.
Mas tu que te apoias à mão delas.
Meu doce irmão não lembra que um dia dei-lhe um amável sermão.
És quem te apoia à verdade que à mentira ocorre.
És fácil te enganar enquanto tuas faculdades não estão a te ajudar.
A ti não te deixarei nem uma epístola que não seja suprema de honestidade.
Salva a ti tuas recordações quantos aos bens ele se acabará no véu da tua sepultura.
Meu eterno peito onde o ódio se esconde.
Se ao teu gosto ver o amor e o corrompem.
Mas mesmo se tua honra fosse roubada, nem um erro séria tão grande como aprisionar-te a
ti mesmo.
Para que o mundo não te obrigue a sentir minha dor.
Qual valor teria eu com meu amor?
Quanto ao meu fim, tu te olvidara do amor que tens por mim.
Que em ti nem um valor téria.
Só se em mentira em ti prevaleceu.
Quanto a mim eu não merecia.
Quanto a mim dê-me mais que uma simples ilusão.
Mas que à verdade em ti permaneça.
Que teu amor não soe como inimigo, mas com um doce amigo.
{ Acalma no amor à tua voz depressiva].
Que ao meu corpo não se esqueça quanto aos gritos.
Que a ti e a mim tenhamos amor sem fim.
Pois a ti te envergonho tudo que produzo.
Vergonha é não amar-me por um conceito cultural sem fim.
Tu que és à honra te envergonharia com ela?
O céu não nega o caminho do pudor do teu amargo véu.
Dança na honraria, por que se envergonhar daquela que dança na noite sem véu?
O que te entristece odiar o que não entendia?
Se à dignidade dos teus feitos não há nem um.
Tão mal casada te apraz ao ouvir,
censura em ti à tua postura que não corresponde à honra.
Que tens em ti algo que pode evitar.
Vê que uma pobre faz um juramento.
Com várias hipócritas a orar:
São bem e o mal no mesmo grito.
Dizendo em alta canção:
Se permaneceres tranquilo em ti tua paz te acalmará.
Como em todos em que não me dão à mão.
A mentira que os escandalosos deixam ver.
Mas que nem sempre mostra à verdade para não se ofender.
Se envergonhar do pobre que está a implorar.
Assim finge à piedade no seu olhar.
No ano todo é um fingimento sem medidas.
Ao pranto de seu desgaste ou a maior farsa de sua vida.
Pois o teu é o professor dos hipócritas amigo.
Caixão onde o morto é sepultado.
É só no momento da dor conhece-se um bom tutor.
Visão de seu feitos desmascarando suas ilusões.
Bem o céu que tenha piedade do véu que te esconde.
Bem é à paz ao amigo, à infelicidade se ouve aos gritos.
Se tua consciência te assombra quando chego perto.
Sabes bem que sou além do teus deleites físicos.
Quanto ao bem se não pode negar.
Quanto assim amo meu amor também.
Vens bem quando o amor não resiste com medo de ser uma ilusão sedutor.
Enche-me bem quanto aos doces juramentos.
Onde se existe muitos amores, não se encontra um.
Mas quando te prende na tua amarga dor.
Concebo que ficamos em dois.
Que nem o frio do inverno desfaça.
Não há primavera que nos esqueça.
Como hei de retornar nossa alegria?
Fazendo se de honra, honro nosso amor.
Para onde que há, sempre um gesto sedutor

XXV

A ti tua amargura há de te matar.


Não chores por mim, já não estarei lá!
Seremos honestos, a sepultura há de me levar.
Prendeste a mim em teus vesúvios;
deu-me à guilhotina quando já não necessitavas mais de mim.
O único que vês são os prazeres, quanto a mim, os desamores que estou a sentir.
Dos pastores desejamos o bem, e aos diabos as suas hediondas dores.
Os deuses estão a chorar o desuso que estão a te causar!
A perfeição certamente é rara, se não é uma simples ilusão;
dos ideias que criamos de antemão.
Dos miseráveis desejamos seu arrependimento, e aos amigos o doce juramento.
Não digas aos filhos teus “ Eu não é te amado” mas diga-o “ Que fora apenas um fracasso”.
Não sejamos cautelosos com o perigo que estou a te revelar;
nem das tuas amantes que há de me odiar.
Quanto as devassas que têm na cabeceira de tua cama, se te é privilegiado a dizê-las;
que o único que amar-te dedicou-lhe versos nas nossas noites mais felizes.
Não te é bem sabido que és casmurro nessas noites frias;
os ditosos que foram teus dias perante a mim tornou-se uma relíquia por fim.
Aos filhos meus, não direi nada que não seja tua doce vaidade;
aos amores que eu tenha amado, nem um deles foram privilegiados com prosas e versos.
A infância uma doce saudade, e as noites quentes uma deliciosa vaidade.
Não sabemos de tudo enquanto somos vivos; e à morte é a paz dos deuses do olímpo.
XXVI

Os deuses não há de perdoar-te;


e no sepulcro os teus santos deuses perderão a existência.
Perdi tudo que tinha, exceto o gosto do teu amável véu.
Tua doce ternura com uma simples postura.
Os teus sorrisos eu não há de esquecer; e aos pastores deem de comer.
Quão cuidado fui em minha partida, e aos teus amigos prendeu-te pela ignorância;
bem é sabido que me discriminaria, e ao filho meu me condenaria.
Não te esqueça que somos mortais, e ao céu que tanto admira não passa de uma doce ferida.
Para que não seja sedutor, obriga-te as tuas amantes fazerem-te um favor.
Por que meu amor por ti é tão desprovido; enquanto não escutam meus gritos.
Cansado de minha existência, a morte há de ser meu alivio;
não tenha medo da odiada que aos soldados tornam-se sua aliada.
As guerras do teu ato heróico entrará em desuso com parentes seus.
Exijo o cálice diabólico para cobrir o divino santo;
aos meus pecados exijo o cálice divino.
A meu corpo que teu corpo anseia, honra em ti o teu presente.
O teu amor que é segredo de todos os santos, e aos deuses um labirinto misterioso.
O teu juramento de nada mente; tu és prisioneiro de minha mente.
Podes ver em mim um doce juramento, e ao norte um terrível sofrimento.
Não te apega a oração, ela é apenas uma cobrança de antemão.
O teu corpo a minha mente se desnuda; e aos poucos desvendo tua criatura.
Não tiro de zeus os meus juízos, nem dependo da igreja para meu arbítrio.
Se levares o meu amor, por fim terei apenas dor.
Discrimina a ti mesmo quando me elimina; e a tua vaidade contigo te contamina.
Não sou como escultura que a beleza se desnuda, e nem um poeta que canta a musa.
Escrevo sobre ti é a única verdade; o único que te fará é ter mais vaidade;
Não dedico-te pela tua honra, dedico-te pelo o teu amável segredo.
De falsos irmãos o estrela do amanhã perdeu-se seu cognome; e hoje usa-se como um verso
de poetas no jardim do éden; julga-te a mim, mas não me condena;
pois à virtude de um homem está em seu juramento.
XXVII

Por mais exausto que a vida me seja, não me condenarei à guilhotina esta vez.
Os padres que queimaram minha alma; o demônio tornou-se meu amigo.
Tu és a única lembrança apaixonante de meu passado;
]não esqueça-te de tuas únicas palavras.
Que ao diabo os seus anjos não se disfarçam, e ao doce amigo o teu se desmata.
O meu árduo caminho um dia terá um fim; e aos amigos teu dionísio há de te mirar.
Não podes proclamar amor à tua devassa; que na cabeceira foste eu sua única paixão.
Perdi uns amigos meus para poder-te dar a mão; o tempo mostrou-me quem é meu irmão.
Que o mundo te cobres o valor do amor que a mim tu deverias; este verso te é um sermão.
Não me dói que tu se desnuda por aquela; tua bela escultura se acabará numa mortalha.
Triste lamento que me afastou por esta; sem gosto e sem apreço vive tu por ela.
Em nem uma época de tua jornada há de encontrar um amor como o meu.
O teu amor é segredo dos sábios, e tuas mentiras dos demônios.
No mesmo dia que haja sol fico-me aflito; e ao teu amor por ela se desperdiça.
O teu tempo precioso está perdendo-se com ela; enquanto escrevo-te juramento.
Os meus cegos amor que fazem-me sentir-me com raiva;
é o mesmo que me mata de ciúme por ela.
Se te vejo de novo me desdenho; e ao teu amor a mim me prende.
Um rosto delicado à natureza te deu; e minha paixão a ti os deuses te trouxeram.
Não vou guardar raiva de teu irmão; e aos filhos dele não me preocupo sua opinião.
Sinto-me em um vazio se de ti me afasto, e as nostalgias destes dias trazem uma desgraça.
Não me convence tua distância que o nosso amor está velho;
aos teus amigos escrevo-lhe em um papel.
Diz, se quiseres, que este poema é pra ti; se perderes algum dia tua modéstia.
Por que não procura uma melhor maneira de prender-me em uma cela;
onde possa assegurar-me que minha escultura apenas por ti se desnuda.
Contigo levo sempre o meu doce coração e as nossas miradas uma eterna paixão.
Com o árduo tempo te darás contas que sou tua única prosa; e contigo o teu ressentimento
não te perdoará; e aos meus versos por ti tornará apenas tua lápide no altar.
XXVIII

Como hei de retornar a tua simpatia, se aos irmãos meus foste modesto.
Se não há nada novo a me contar, não perca teu tempo neste altar.
E aos deuses que escutem minha oração,
que tu possas voltar para mim como minha única paixão.
O que é teu a ninguem te cobrará;
a única coisa que quero satisfação é do teu silêncio de um alemão.
A guerra que criou foi apenas uma catástrofe que me criou uma desilusão;
aos anjos me deram uma lição, e a ti uma eterna convicção.
Três estações que agora parecem-me velhas, foi quando aconteceu nossa paixão.
O que é muito caro é muito apreciado;
e ao perigoso os padres se mataram para conhecer o supremo divino.
Quiçá não entendam os meus versos desde de então;
mas que os anjos te deem entendimento para amar-me como uma bela paixão.
Que a mim me traicionaste quanto beijaras a elas;
e o meu coração tornara uma pedra que somente para ti abre as mãos.
No amor perceberá que o tempo nem todos eles são iguais;
e que na vida sempre há um que amamos mais.
Talvez te percas nas mudanças que o tempo te dá, e nas amarguras quando deixou-me lá.
Tua mentira com o tempo se desfaz, e a verdade no fim te cobrirá.
E tuas palavras do silêncio que nada passou; com o tempo te tornará tua única dor.
E nas noites de tua velhice se lembrará de meus versos e olhares sedutores;
mas para contigo apenas restará lembranças, que nem meus versos hão de te confortar.
O tempo se é perdido, mas os sentimentos não resolvido sempre ficará lá;
talvez lá seja uma forma de me recuperar.
Não tenha medo desse conflito; um dia tua culpa há de te condenar.
E teu belo furtivo tornou-se um dos teus maiores inimigos;
se nem os demônios te perdoarão por isso.
O teu grande amigo é apenas um dos teus inimigos; e a tua mágoa há de te matar.
A mim não digo que estou livre desse pesar; escrever-te é a única forma de me consolar.
Com o tempo algumas coisas entram em desuso; mas algumas coisas sempre ficaram lá.
As valsas dos mortos um dia iremos de dançar; lá lembraremos de todos os versos a te
declarar.
XXIX

Quantos aos altares um casamento sempre terá um asar;


se aos céus não forem sua vontade.
Que sejamos cautelosos enquanto amantes;
para que o mundo não saiba quem és meu segredo.
Enquanto o bom a igreja não perdoa; e sua misoginia é à toa.
Nossa crucificação não será a toa; algum dia as bruxas há de se tornarem pastoras.
Que declaremos amor em nossa vida para que seja uma retórica;
Minerva algum dia há de nos apreciar .
Que ao mal o tempo se perdura, e aos bons o tempo os amargura.
Não poupa o homem de si mesmo; e ao poder uma tenra fatura.
Que não sejas tão indigno quanto Salomão;
que seus deleites passaram de um pecado de um que declarava ser um homem sábio de
coração; que seu pai cantava o mesmo refrão como puro de coração; e ao pecado seguiu sua
linhagem, a humanidade segue-os como um ser divino desde de então.
Daqui saberão o teu nome como um poeta.
Que título poderia pedir que me desse; que ao teu escolhi por uma razão.
Pensamentos que a mente condena; e ao coração o amor aumenta.
O meu sacrifício por ti não é falho, e aos críticos um milagre.
Antes de ti não há formosura; para que um dia possa tornar-se meu eterno.
Tu que és tão cauteloso um dia saberá buscar por mim.
Que este teu ódio de mim possa perder-te por fim; e um dia entregares assim.
Não é vergonha amar-te algo que tua humanidade não entenda;
quanto a mim guardo o meu armamento.
O que ferem o seu amor, com o tempo perceberá o seu valor.
Contra o tempo não pode pelejar; e ao desuso a sepultura está a nos esperar.
Não tenha pressa o que tens a me falar; tenha pressa em me amar.
A beleza o tempo há de levar; e aos condenados por essa vaidade há de se matar.
Que o nosso amor seja tão puro como o vento; e não se percam como em um convento.
Não sabes tu, que o mundo é o inferno de maldades; e os deuses dos homens sua plena
vaidade. Não contes aos mortos do que de mim tu sabes; sua política a mim não me cabe; e
aos choros dos dias frios te trará saudades.

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