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Escrevo-lhe estes poemas a uma pessoa que fora embora antes de lê-los,
mas que à essência é eterna doçura. Uma eterna amiga onde ajudou-me a
evoluir, e que fizera parte de mim. Nem um momento é efêmero quando
tem-se uma lembrança guardada. Todos nascem, mas poucos sabem seu
propósito;e vós sempre soubestes o vosso. Este livro, é um eterno presente a
um Girassol, entretanto, este foi dado de presente, mas à inspiração venho
do vênus em particular. Digo-lhe isso, por alguns poemas tratarem de
sepultura, mas como eu disse, fora um presente, mas não inspirado no
Girassol, e sim, algo que eu gostaria que essa tivesse lido em vida, porque,
sempre me apoiara.
Na mortalha perdi meu grande amor, no cativeiro onde resistia minha dor.
Caveira sedutor, minha astúcia me aterrorizou .
Terás como amigo o teu próprio cadáver.
Então se perguntarem por teus vesúvios desvanecidos , esta se perdera na tua própria sepultura.
Séria falso em dizer-te-á que tua esperança continua.
Do teu viçoso tesouro, perdeste à beleza no gargalho do desporto.
Antes falavas “ Eis aqui o meu tesouro, que nem o inverno de quarenta anos fizeram-me perder”.
É o que te trazes alegria! Hostil tornou-se teu caminho onde o calor sente frio.
III
Meu amor fora forte a mim, mas a ti fora efêmero sem nem uma lembrança de mim.
Não esqueci de meu devaneio se não demonstro; mas a ti é preferível acreditar que fora efêmero a mim.
Um bálsamo um amor que nos floresce.
Na voz do por-do-sol é que direi quando flores te darei.
Ao público te direi: Uma doce primavera onde amei.
Era um começo de uma grande ilusão, que fiquei preso por antemão.
Éramos jovens para lidar com à situação.
Um amor jovem onde desvaneci minhas paixões por um momento de gratidão.
No canto do vale apaixonei-me na praça onde existia varios irmãos.
Um sol esquentando à primavera, foste o beijo que imaginara dar-te, mas fora somente uma ilusão.
Que adormece os lobos mais ferozes de amargura.
Que nos verão soube muito bem que não iria ir além.
Eu posso ir além onde tudo que há me entretém.
Quando te via nas noites tristes; teus olhos acalmava minha alma.
Há algo em outra vida que me faça ir além.
O bem nos faz bem, à felicidade é tudo que há em ti.
Sou como o poeta quando não escrevo a ti, morro amargurado na desilusão de não dar-te à mão.
V
XXV
Por mais exausto que a vida me seja, não me condenarei à guilhotina esta vez.
Os padres que queimaram minha alma; o demônio tornou-se meu amigo.
Tu és a única lembrança apaixonante de meu passado;
]não esqueça-te de tuas únicas palavras.
Que ao diabo os seus anjos não se disfarçam, e ao doce amigo o teu se desmata.
O meu árduo caminho um dia terá um fim; e aos amigos teu dionísio há de te mirar.
Não podes proclamar amor à tua devassa; que na cabeceira foste eu sua única paixão.
Perdi uns amigos meus para poder-te dar a mão; o tempo mostrou-me quem é meu irmão.
Que o mundo te cobres o valor do amor que a mim tu deverias; este verso te é um sermão.
Não me dói que tu se desnuda por aquela; tua bela escultura se acabará numa mortalha.
Triste lamento que me afastou por esta; sem gosto e sem apreço vive tu por ela.
Em nem uma época de tua jornada há de encontrar um amor como o meu.
O teu amor é segredo dos sábios, e tuas mentiras dos demônios.
No mesmo dia que haja sol fico-me aflito; e ao teu amor por ela se desperdiça.
O teu tempo precioso está perdendo-se com ela; enquanto escrevo-te juramento.
Os meus cegos amor que fazem-me sentir-me com raiva;
é o mesmo que me mata de ciúme por ela.
Se te vejo de novo me desdenho; e ao teu amor a mim me prende.
Um rosto delicado à natureza te deu; e minha paixão a ti os deuses te trouxeram.
Não vou guardar raiva de teu irmão; e aos filhos dele não me preocupo sua opinião.
Sinto-me em um vazio se de ti me afasto, e as nostalgias destes dias trazem uma desgraça.
Não me convence tua distância que o nosso amor está velho;
aos teus amigos escrevo-lhe em um papel.
Diz, se quiseres, que este poema é pra ti; se perderes algum dia tua modéstia.
Por que não procura uma melhor maneira de prender-me em uma cela;
onde possa assegurar-me que minha escultura apenas por ti se desnuda.
Contigo levo sempre o meu doce coração e as nossas miradas uma eterna paixão.
Com o árduo tempo te darás contas que sou tua única prosa; e contigo o teu ressentimento
não te perdoará; e aos meus versos por ti tornará apenas tua lápide no altar.
XXVIII
Como hei de retornar a tua simpatia, se aos irmãos meus foste modesto.
Se não há nada novo a me contar, não perca teu tempo neste altar.
E aos deuses que escutem minha oração,
que tu possas voltar para mim como minha única paixão.
O que é teu a ninguem te cobrará;
a única coisa que quero satisfação é do teu silêncio de um alemão.
A guerra que criou foi apenas uma catástrofe que me criou uma desilusão;
aos anjos me deram uma lição, e a ti uma eterna convicção.
Três estações que agora parecem-me velhas, foi quando aconteceu nossa paixão.
O que é muito caro é muito apreciado;
e ao perigoso os padres se mataram para conhecer o supremo divino.
Quiçá não entendam os meus versos desde de então;
mas que os anjos te deem entendimento para amar-me como uma bela paixão.
Que a mim me traicionaste quanto beijaras a elas;
e o meu coração tornara uma pedra que somente para ti abre as mãos.
No amor perceberá que o tempo nem todos eles são iguais;
e que na vida sempre há um que amamos mais.
Talvez te percas nas mudanças que o tempo te dá, e nas amarguras quando deixou-me lá.
Tua mentira com o tempo se desfaz, e a verdade no fim te cobrirá.
E tuas palavras do silêncio que nada passou; com o tempo te tornará tua única dor.
E nas noites de tua velhice se lembrará de meus versos e olhares sedutores;
mas para contigo apenas restará lembranças, que nem meus versos hão de te confortar.
O tempo se é perdido, mas os sentimentos não resolvido sempre ficará lá;
talvez lá seja uma forma de me recuperar.
Não tenha medo desse conflito; um dia tua culpa há de te condenar.
E teu belo furtivo tornou-se um dos teus maiores inimigos;
se nem os demônios te perdoarão por isso.
O teu grande amigo é apenas um dos teus inimigos; e a tua mágoa há de te matar.
A mim não digo que estou livre desse pesar; escrever-te é a única forma de me consolar.
Com o tempo algumas coisas entram em desuso; mas algumas coisas sempre ficaram lá.
As valsas dos mortos um dia iremos de dançar; lá lembraremos de todos os versos a te
declarar.
XXIX