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A história do rei Davi é uma das mais famosas de todos os tempos. Tema de milhares
de livros – seculares e cristãos – canções, poesias, peças teatrais, entre outros, nos
mostram claramente que o filho de Jessé é um dos personagens mais populares e
queridos da história do cristianismo.
Em 1504, Michelangelo revelou ao mundo uma de suas obras mais importantes e
que seria um marco para o renascimento: a escultura de Davi.
É um estudo em que eu particularmente sou muito edificado. Por isso, eu lhe convido
a ler até o fim e desfrutar das muitas riquezas espirituais que nele estão contidas.
Com isso, o caçula de Jessé entra em cena com características muito diferentes do
belo e introvertido Saul. Desde muito jovem, ele era responsável, trabalhador, valente
e de forte personalidade.
Contudo, o Deus de Israel estava atento ao estilo de vida do jovem pastor. A ponto,
de o Senhor o escolher para ser o segundo rei de seu povo e o mais amado e
conhecido até os dias de hoje.
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No texto de 1 Samuel 16.11 – 13, fica muito claro que nem Jessé seu pai, ou muito
menos seus irmãos o viam de maneira tão privilegiada.
Quando Samuel chega a casa e anuncia seu propósito, não se passou pela cabeça
de ninguém que o caçula seria o ungido.
Todos, inclusive Samuel acreditavam que seria um dos imponentes irmãos. Mas
como o próprio Deus advertiu o profeta, Ele estava atento ao coração e não ao
exterior do novo rei (1 Samuel 16:7).
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Em nossa vida não são poucas as vezes que temos de lidar com isso. Indiferença,
rejeição, falta de apoio. Os mais célebres da história tiveram de lidar com isso.
Davi foi um deles, mas vamos perceber na sua trajetória, que o desprezo de sua
família não influenciou na sua fé e confiança em Deus, pelo contrário, ao que tudo
indica ele usou isso como combustível para desenvolver um maravilhoso e estreito
relacionamento com o Senhor.
Ou seja, Davi amava ao Senhor e guardava os seus mandamentos com todo o seu
ser interior. Ele era completamente cheio de amor por seu Deus. Suas decisões,
palavras, comportamento e fé, refletiam exatamente aquilo que o Senhor espera de
nós.
Esta é na minha opinião a declaração mais forte acerca da vida de Davi. Vemos aqui
que ele não foi escolhido por causa de suas habilidades humanas: Inteligência,
beleza, porte físico, etc.
A minha oração é que seja assim conosco. Vivemos dias em que a aparência tem
muito mais influência sobre as pessoas que nos dias antigos.
Contudo, o Senhor nosso Deus continua atento aos corações. Ele não mudou. Seus
critérios são os mesmos.
A Verdadeira Adoração
O Senhor Jesus disse a mulher samaritana que Deus estava à procura de
verdadeiros adoradores (João 4:23,24). Muitas vezes nos frustramos porque as
pessoas na Igreja não nos veem, não dão oportunidade, enfim.
Mas o Deus de amor não devia seu olhar de nós. Nos observa o tempo todo, mas na
maioria dos casos, isso não nos interessa. O motivo é que na verdade queremos a
promoção humana e não a promoção de Deus.
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Os verdadeiros servos, servem ao Senhor. Para serem vistos e notados por Ele. Para
trabalhar no crescimento do Reino, na edificação da Igreja e na salvação de
almas.
As Características de Davi
Davi era um jovem impressionante, muito à frente de seu tempo. Mesmo sendo de
família humilde e passando a maior parte de seu tempo com os animais de seu pai e
os serviços domésticos, ele possuía traços de comportamento muito diferente de seu
contexto (1 Samuel 16:18).
3. Vigoroso – termo hebraico utilizado é gibbowr ou gibbor e significa: forte, valente, homem forte,
homem corajoso, homem valente;
5. Prudente em palavras – termo hebraico utilizado é dabar e significa: discurso, palavra, fala,
declaração;
6. Gentil presença – termo hebraico utilizado é ‘iysh e significa homem, macho (em contraste com
mulher, fêmea), servo, campeão, homem grande.
7. O Senhor é com ele – Deus estava com Davi, assim como era com Noé e José.
Vemos nesta pequena relação que Davi era um homem de qualidades valorosas.
Quem o observava o percebia como alguém que sabia se comportar, falar e cuja vida
refletia a presença de Deus.
Ou seja, não tinha medo das dificuldades ou empecilhos da vida. Ele “partia para
cima” e os enfrentava com a força de Deus.
Golias desafiou o exército de Israel, por quarenta dias e quarenta noites. Podemos
supor que depois do vigésimo dia, ele estava soberbo. Zombando do povo de Deus.
Agradecemos seu feedback.
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Mas não havia ninguém entre o povo de Deus que ouvisse e honrasse e acreditasse
nos feitos do Senhor entre o seu povo, até aquele dia (1 Samuel 17:23,24).
Quando Golias se posicionou para desafiar Israel, como habitualmente fazia, Davi
ouviu. E questionou: “Quem é esse filisteu incircunciso para desafiar os exércitos do
Deus vivo? ”
Noutras palavras, quem é este homem que não tem aliança com Deus e ousa
desafiar o seu povo.
Perceba que Davi não se dispôs contra Golias porque o Senhor lhe mandou, ou
porque ele teve alguma revelação sobre aquilo, como Gideão. Não!
Mesmo sendo mais forte e preparado que Davi, Golias não pode resistir a unção que
havia em sua vida. Aquele seria apenas o primeiro obstáculo, dentre os muitos que o
homem segundo o coração de Deus enfrentaria até o trono.
A Inveja de Saul
Até se tornar rei de Israel, o homem segundo o coração de Deus precisou lidar com
muitos desafios. Enfrentar Golias foi a maneira que o Senhor agiu para levá-lo ao
próximo nível. Mas uma vez que chegou lá, o futuro monarca do povo de Deus não
teve vida fácil.
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Pois bem, ao determinar que o próximo rei seria de outra linhagem, Deus estava
avisando que Saul e toda a sua família seria destituída, inclusive seu filho Jônatas –
que era amigo de Davi.
A inveja de Saul chegou a um ponto, que sua única obsessão por um bom tempo, era
matar Davi. Mas por que isso aconteceu?
A trajetória que leva até os propósitos de Deus para nossa vida, não são simples e
fáceis como a maioria dos cristãos acredita. A vida de Davi deve nos levar a uma
reflexão profunda. Devemos responder a seguinte pergunta – Estou realmente
disposto a passar pelo que for necessário para viver as promessas de Deus?
A inveja de Saul causou ao filho de Jessé, muita dor, cansaço e lágrimas. Ele
precisou deixar o país, viver com os inimigos, morou no deserto, em cavernas, foi
considerado como bandido, traidor, enfim. A inveja de Saul lhe causou muitos males.
A Submissão a Autoridade da Unção
Vivemos em dias no Brasil, em que as pessoas de maneira geral têm grande
dificuldade para respeitar as autoridades constituídas. Xingam, amaldiçoam e
menosprezam suas lideranças como se elas não tivessem nenhum valor.
Com Davi, aprendemos que não devemos agir dessa maneira. O fato de Saul ser rei,
significava que ele havia recebido a unção de rei. Isto é, o sacerdote lhe havia ungido
como sinal de benção, aprovação e separação de Deus para tal serviço.
Mesmo sabendo que o Senhor havia rejeitado Saul, ele se sente completamente
constrangido em fazer-lhe mal. Mesmo a situação sendo completamente favorável e
seus homens lhe instigando a vingança, o temor ao Senhor falou mais alto e Davi não
atacou Saul.
Pelo contrário, o fato de ter cortado a ponta de suas vestes lhe apertou
profundamente o coração (1 Samuel 24:4 – 6).
Davi se tornou o rei mais amado e respeitado de Israel, não sem motivo. Atitudes
como essa mostram como ele era diferenciado em sua forma de relacionamento com
Deus e na devoção a sua Palavra.
Sua liderança era algo percebido por todos. Líderes religiosos, magistrados e o povo
comum, todos eles reconheceram as promessas de Deus na vida dele.
Como é bom quando o próprio Deus levanta pessoas entre nós para liderar segundo
o seu coração. Lideranças instituídas dessa forma nos conduzem a vitória e
prosperidade.
Já as lideranças que não são segundo o propósito de Deus tendem a nos causar
prejuízo e dor.
O rei Davi levou Israel ao seu momento mais glorioso em toda a sua história. Nele se
cumpriu a promessa do Senhor feita a Abraão, no que se refere as conquistas
territoriais do povo de Deus.
Nisto vemos que o desejo de Deus é o de nos usar para fazer coisas grandes, não no
sentido do “marketing”, mas no sentido da importância. Nossa vida deve ser um
instrumento da glória do Senhor.
Promessas Eternas
Depois de todo o respeito, vitórias e conquistas em seu governo, o rei Davi, agora em
um palácio glorioso, percebeu que a Arca de Deus habitava em uma Tenda e desejou
fazer para o Senhor um belo Templo.
A atitude inusitada, gerou no coração de Deus ainda mais prazer em seu servo.
Tanto, que o Senhor renovou as promessas na vida de Davi e as tornou ainda mais
intensas (2 Samuel 7:8,9).
Por meio do profeta Natã, o Senhor disse ao rei que seu reinado seria eterno. Isto
porque, o Messias viria de sua linhagem. E assim foi, Jesus Cristo o Filho do Deus
vivo é descendente direto de Davi, como podemos ver em Mateus 1.
E a promessa de que tornaria seu nome famoso permanece até hoje, ele é
considerado um dos maiores reis e conquistadores de todos os tempos.
A Construção do Templo
Uma das atitudes do rei Davi que mais me chama a atenção, é o seu amor sincero
pelo Senhor. Ele não se satisfazia com projetos “medíocres” para Deus. Ele sempre
procurava dar o seu melhor (1 Crônicas 22:18,19).
Do seu tesouro pessoal separou uma oferta que em dias atuais chega perto dos dez
bilhões de dólares, e incentivou o povo a doar voluntariamente para a casa do
Senhor.
Fez tudo o que era necessário para garantir que o projeto seria concluído, mesmo
após a sua morte. Ou seja, o rei se doou completamente.
A construção do Templo foi mais uma forma que ele encontrou para honrar ao Senhor
com todo o seu coração, e conduzir o povo e seu próprio filho nesse projeto, isso nos
mostra o quanto ele era dedicado e respeitado.
A minha oração é que o Senhor nos conduza de maneira que seja gerado em nós um
coração assim. Que haja em nós esse desejo de desenvolver projetos relevantes
para Deus.
Ele adulterou com a mulher de um de seus soldados, e depois planejou sua morte.
Do adultério com Bate-Seba veio uma gravidez, mas a criança acabou morrendo (2
Samuel 11:2 – 5).
Essa é com certeza uma parte obscura do rei Davi, e precisamos analisá-la sob a
perspectiva do exemplo e do cuidado.
Não podemos baixar a guarda para o pecado. Devemos, a todo custo, evitá-lo e
manter a atenção para possíveis brechas que possamos dar para que ele não
encontre espaços em nossas vidas.
Consequências do Pecado
O erro do rei Davi não ficou sem punição. O Deus de amor e justiça o advertiu
severamente por causa de sua atitude e escolhas erradas. Desta vez, as promessas
não foram de prosperidade e crescimento, mas sim de angústia e muita dor (2
Samuel 12:11,12).
Sua família!
A dor que ele causou a Urias, aquilo que ele fez em oculto, foi testemunhado em sua
própria vida por todo o reino.
Precisamos temer a Deus e continuar temendo. Não podemos achar que no período
da graça, o Senhor Deus mudou e não pune mais o pecado e a desobediência.
A Recomendação de Paulo
O apóstolo Paulo nos faz essa advertência e, Romanos 6:1-4. Seu objetivo é abrir os
nossos olhos para não enxergar a graça de Deus como oportunidade para dar vasão
a carne. Pelo contrário, agora que estamos em Cristo, devemos fazer morrer o desejo
da carne que é contrário a vontade de Deus.
Sendo assim, devemos ter claro em nossas mentes que as escolhas erradas e o erro,
tem consequências negativas – muitas vezes irreversíveis – e por mais que a graça
de Deus seja abundante elas permanecem.
Ao longo de sua vida ele escreveu inúmeros Salmos. Muitos de dor, oração, clamor,
por livramento, mas sobretudo expressando sua gratidão ao Senhor.
Precisamos aprender com Davi. Devemos ser gratos ao Senhor nosso Deus. Sim,
Ele é o que nos guarda. Aquele que supre nossas necessidades, que sara nos feridas
e cura as nossas enfermidades. Ele é Elohim, o nosso Deus que nos salva.
Não devemos olhar para Ele como o “gênio da lâmpada”, em que nos aproximamos
dele apenas para pedir. Entre nós e o Senhor deve haver relacionamento. Intimidade.
Portanto, devemos expressar nossa gratidão por tudo o que ele tem feito em nossa
vida, por ela e através dela.
O rei fez isso. Quando observou tudo o que o Senhor lhe havia dado, de onde o havia
tirado. Ele deu glória a Deus e exaltou o Seu Nome.
Conclusão
A vida do rei Davi é com certeza uma grande fonte de inspiração sobre como
devemos amar a Deus e nos submeter aos seus propósitos para nossa vida.
Tendo sido retirado do pasto para se assentar no trono de Israel, o povo santo, o filho
de Jessé cultivou um profundo relacionamento com o Senhor e um amor sincero por
Sua Palavra.
Com altos e baixos, esse homem de Deus nos ensina que o arrependimento é o
caminho a seguir quando as falhas cruzarem nosso caminho. Ele nos mostra que o
nosso coração deve continuar sensível ao Senhor, submisso.
Há um enorme contraste entre ele e Saul neste ponto. Saul sempre procurava
desculpas e justificativas para seus erros, Davi ao contrário, se humilhava e suplicava
o perdão do Senhor.
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Deus abençoe!