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DZ-525.

R-1 - CRITÉRIOS PARA FORMULAÇÃO DE EXIGÊNCIAS DE


CONTROLE E ESTABELECIMENTO DE PADRÕES DE EMISSÃO PARA
ATIVIDADES INDUSTRIAIS POLUIDORAS DO AR

Notas:
Aprovada pela Deliberação CECA n° 648, de 16 de maio de 1985
Publicada no DOERJ de 03 de junho de 1985
Republicada no DOERJ de 02 de setembro de 1985

1. OBJETIVO

Estabelecer, como parte integrante do Sistema de Licenciamento de


Atividades Poluidoras, critérios para elaboração de padrões de emissão e
exigências de controle para poluentes do ar gerados em alguns tipos de
indústrias de transformação.

2. CONSIDERAÇÕES GERAIS

2.1 Considerando que apesar de o Sistema de Licenciamento de Atividades


Poluidoras ter sido instituído em 21.12.77, não existem ainda limites para as
quantidades de poluentes a serem lançados na atmosfera pelos diferentes
tipos de fontes, o que torna de vital importância para aquele sistema a
determinação de padrões de emissão.

2.2 Considerando a necessidade de se definir, primeiramente, os grupos de


atividades industriais que teriam seus padrões de emissão estabelecidos
com maior prioridade, optou-se por seis categorias, a saber :

a) produção de concreto asfáltico usinado a quente;

b) produção de alumínio primário por processo eletrolítico;

c) fabricação de cimento;

d) extração de blocos e produção de brita;

e) fabricação de vidro;

f) siderúrgicas.

A definição dos grupos prioritários levou em conta os seguintes parâmetros:


porte, número de indústrias por grupo, potencial poluidor do ar, localização,
número de reclamações, entre outros.
2.3 Considerando que nesses grupos de atividades, as partículas são o
principal poluente emitido para atmosfera, decidiu-se por estabelecer,
prioritariamente, padrões de emissão para partículas.

2.4 Considerando que o Brasil dispõe de tecnologia de controle para a poluição


do ar por partículas capaz de alcançar limites de emissão comparáveis aos
adotados em outros países, descartando-se os mais restritivos, optou-se
por padrões de emissão que refletissem a melhor tecnologia disponível no
mercado interno.

2.5 Considerando que, historicamente, a ocupação do solo no Estado do Rio de


Janeiro tem sido desordenada e que o desenvolvimento de núcleos
residenciais ao redor de indústrias tem causado problemas críticos de
poluição do ar, optou-se pelo estabelecimento de padrões únicos, válidos
para todo o Estado. Com isso, previnem-se problemas futuros em áreas
ainda não alcançadas pelo desenvolvimento urbano.

2.6 Considerando que a coleta por via seca permite a reciclagem do material
coletado, facilita a disposição dos resíduos, e evita o problema de efluentes
líquidos, optou-se pela recomendação de equipamentos de coleta por via
seca.

2.7 Considerando que, em geral, a maior quantidade de poluentes de uma


fábrica é emitida pelas fontes principais, decidiu-se pela exigência de
equipamentos de controle com maior eficiência de captação nessas fontes,
enquanto o controle das fontes secundárias pode ser feito, na maioria das
vezes, através de medidas simples como o enclausuramento e a
umidificação, sendo limitada a emissão total ou definidas as fontes.

2.8 Considerando a orientação de transferir para as atividades poluidoras os


ônus totais do controle ambiental, optou-se por exigir das mesmas um
programa de medição das fontes e/ou do ar ambiente para
acompanhamento e avaliação pela FEEMA.

2.9 Considerando s deficiências da legislação brasileira, no tocante a padrões


de emissão de poluentes do ar, foram analisados os padrões do Estado de
São Paulo, os adotados por diferentes países, para cada grupo industrial,
bem como os resultados de amostragem em chaminés realizadas nas
fontes existentes e as informações fornecidas pelos fabricantes de
equipamentos de controle.

2.10 Considerando as dificuldades normalmente encontradas por indústrias em


operação para instalar equipamentos de controle, o prazo para atendimento
as exigências formuladas será analisado caso a caso, respeitada a
legislação em vigor.
As indústrias novas ou ampliações deverão atender de imediato as
exigências de controle estabelecidas para cada grupo industrial.

2.11 Considerando a necessidade de se abordar todos os aspectos acima


mencionados decidiu-se apresentar 3 (três) documentos para cada tipo de
atividade. O primeiro, uma Norma Técnica que estabelecerá os padrões de
emissão, o segundo uma Justificativa que justificará as determinações da
Norma e o terceiro uma Diretriz que estabelecerá as exigências de controle
quanto a poluição do ar.

3 CRITÉRIOS PARA O ESTABELECIMENTO DE PADRÕES DE EMISSÃO

O estabelecimento de padrões de emissão segue as seguintes idéias


básicas, para os grupos prioritários:

3.1 Os padrões de emissão deverão refletir a melhor tecnologia de controle


disponível no mercado interno.

3.2 Deverão ser estabelecidos prioritariamente, padrões de emissão para


partículas.

3.3 O padrão será único para todo o Estado do Rio de Janeiro, por poluente e
grupo de atividade.

3.4 O padrão deverá ser expresso, preferencialmente, com base na produção.

4. CRITÉRIOS PARA O ESTABELECIMENTO DAS EXIGÊNCIAS DE


CONTROLE

4.1 O controle instalado deverá atender aos padrões de emissão estabelecidos.

4.2 Os equipamentos de controle devem ser, preferencialmente, aqueles de


coleta por via seca;

4.3 As fontes de emissão secundárias deverão ser controladas através de


equipamentos de controle, enclausuramento ou medidas operacionais.

4.4 Deverá convergir para um mesmo sistema de controle o maior número


possível de dutos de captação das fontes, a fim de reduzir os pontos de
lançamento dos poluentes para a atmosfera.

4.5 O acompanhamento do desempenho dos sistemas de controle será feito


através de: amostragem periódica em chaminé, leitura de opacidade (visual
ou por equipamento) ou registros de operação dos sistemas.

4.6 Deverão ser exigidos programas de medição nas fontes (amostragem em


chaminé) e/ou no ar ambiente (rede de monitoragem).
4.7 Deverá ser exigida a utilização do combustível menos poluidor disponível.

5. CRITÉRIOS DE LOCALIZAÇÃO

5.1 As condições de instalação quanto ao zoneamento poderão ser mais


restritivas do que o disposto no anexo IV da Portaria do Conselho
Deliberativo da RMRJ (CDRM) 176/83, que complementou a Lei nº 466, de
21.10.81, e que define a tipologia industrial apropriada para ZEI, ZUPI e
ZUD, em função de critérios ambientais.

5.2 Para os municípios que não disponham de códigos de zoneamento deverá


ser observada a vocação da área, respeitadas distâncias mínimas de
equipamentos comunitários, distâncias essas que variam de acordo com o
tipo de atividade.

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