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COMISSÃO SETORIAL DE ARTES VISUAIS DE PERNAMBUCO


FÓRUM SETORIAL DE ARTES VISUAIS DE PERNAMBUCO

Ao Conselho Estadual de Política Cultural – CEPC/PE, SECULT/PE, FUNDARPE, Comissão de


Educação e Cultura da Assembléia Legislativa de Pernambuco (ALEPE), Associação Municipalista
de Pernambuco (AMUPE) e Governo do Estado de Pernambuco

Considerando as medidas adotadas em Pernambuco para o enfrentamento da emergência de


saúde pública de importância internacional decorrente da pandemia do novo Coronavírus
(Covid-19), especialmente as decorrentes da recomendação das autoridades sanitárias de
diminuir o fluxo de pessoas em espaços coletivos para mitigar a disseminação da doença no
Estado, que resultaram na determinação do adiamento ou cancelamento de eventos culturais,
e no fechamento de museus, centros culturais e demais equipamentos culturais; bem como no
impedimento do exercício profissional de trabalhadoras e trabalhadores da Cultura, e na
suspensão das atividades das organizações culturais;
Considerando os efeitos dessas medidas, necessárias no contexto atual, nas cadeias produtivas
da cultura, e a necessidade da implementação de medidas emergenciais de incentivo aos
setores produtivos da economia criativa pernambucana, para garantir a preservação de postos
de trabalho e a geração de renda de forma direta e indireta para trabalhadoras e trabalhadores
da Cultura. Considerando demandas históricas do Segmento das Artes Visuais de Pernambuco,
tais como o fortalecimento da rede de equipamentos culturais geridos pelo Governo do Estado
(melhoria da infraestrutura e incremento da programação) e o aumento dos mecanismos de
fomento (atualmente restritos ao edital Funcultura), demandas essas amplificadas pela atual
conjuntura local, nacional e internacional;
Considerando a implementação no Estado das ações oportunizadas pela ​Lei de Emergência
Cultural Aldir Blanc​, que dispõe sobre ações emergenciais destinadas ao setor cultural a serem
adotadas durante o estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de
20 de março de 2020;
Considerando que a supracitada lei prevê a transferência aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios, em parcela única, no exercício de 2020, do valor de R$ 3.000.000.000,00 (três
bilhões de reais) para aplicação, pelos Poderes Executivos locais, em ações emergenciais de
apoio ao setor cultural;
Considerando que o valor estimado da transferência de recursos para o Estado de
Pernambuco, de acordo com estudo divulgado pela Confederação Nacional de Municípios
(CNM), será de R$ 143.634.782,54 (cento e quarenta e três milhões, seiscentos e trinta e
quatro mil, setecentos e oitenta e dois reais e cinquenta e quatro centavos), destes R$
75.272,594,74 (setenta e cinco milhões, duzentos e setenta e dois mil, quinhentos e noventa e
quatro reais e setenta e quatro centavos) para o Governo do Estado, e R$ 68.326.187,80
(sessenta e oito milhões, trezentos e vinte e seis mil, cento e oitenta e sete reais e oitenta
centavos) para os 185 (cento e oitenta e cinco) municípios pernambucanos;
Considerando​ que a Lei estabelece 03 (três) mecanismos de apoio emergencial para a cultura:
Inciso I - Renda Básica de 05 (cinco) parcelas de R$ 600,00 (seiscentos reais) às trabalhadoras e
trabalhadores da cultura que ficaram sem renda;
Inciso II - Subsídio mensal com valor mínimo de R$ 3.000,00 (três mil reais) e máximo de R$
10.000,00 (dez mil reais), para manutenção de espaços artísticos e culturais, microempresas e
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pequenas empresas culturais, cooperativas, instituições e organizações culturais comunitárias
que tiveram as suas atividades interrompidas por força das medidas de isolamento social;
I​nciso III - ​Mínimo de 20% dos recursos aplicados por meio de editais, chamadas públicas,
prêmios, aquisição de bens e serviços vinculados ao setor cultural e outros instrumentos
destinados à manutenção de agentes, de espaços, de iniciativas, de cursos, de produções, de
desenvolvimento de atividades de economia criativa e de economia solidária, de produções
audiovisuais, de manifestações culturais, bem como à realização de atividades artísticas e
culturais que possam ser transmitidas pela internet ou disponibilizadas por meio de redes
sociais e outras plataformas digitais.
Considerando as limitações das bases de dados sobre indicadores culturais existentes, como a
do ​Mapa Cultural de Pernambuco​, e reconhecendo a importância desses indicadores para o
estabelecimento de critérios de cálculo precisos para dimensionamento da distribuição dos
recursos entre os três mecanismos descritos nos Incisos supracitados;
Considerando a importância da participação da sociedade civil organizada nas instâncias de
planejamento, implementação e acompanhamento da aplicação dos recursos e execução das
ações previstas pela lei;
Considerando o compromisso assumido pelo estado, por meio da Lei nº 16.113 de 05/07/2017,
que dispõe em seu artigo 2º sobre a promoção da “inclusão social, de gênero e de origem
étnica do povo pernambucano”. E tendo em vista a situação de vulnerabilidade social e a
dificuldade de acesso aos recursos públicos da cultura que acometem a população indígena,
afrodescendente e às comunidades tradicionais (quilombolas, ribeirinhas, ciganas, etc.),
agravadas em virtude da pandemia do novo Coronavírus (COVID-19);
A Comissão e o Fórum Setorial de Artes Visuais de Pernambuco, após a realização de 10 (dez)
escutas e debates públicos que mobilizaram os agentes culturais do segmento durante a
construção das seguintes reivindicações/propostas:
PROPOSTAS REFERENTES À DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS

PROPOSTAS REFERENTES AOS CADASTROS

PROPOSTAS REFERENTES AO INCISO I - RENDA EMERGENCIAL MENSAL AOS


TRABALHADORES E TRABALHADORAS DA CULTURA

PROPOSTAS REFERENTES AO INCISO II - SUBSÍDIO MENSAL PARA MANUTENÇÃO DE


ESPAÇOS ARTÍSTICOS E CULTURAIS, MICROEMPRESAS E PEQUENAS EMPRESAS
CULTURAIS, COOPERATIVAS, INSTITUIÇÕES E ORGANIZAÇÕES CULTURAIS
COMUNITÁRIAS QUE TIVERAM AS SUAS ATIVIDADES INTERROMPIDAS POR FORÇA
DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO SOCIAL

PROPOSTAS REFERENTES AO INCISO III - EDITAIS, CHAMADAS PÚBLICAS, PRÊMIOS,


AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS VINCULADOS AO SETOR CULTURAL E OUTROS
INSTRUMENTOS DESTINADOS À MANUTENÇÃO DE AGENTES, DE ESPAÇOS, DE
INICIATIVAS, DE CURSOS, DE PRODUÇÕES, DE DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES
DE ECONOMIA CRIATIVA E DE ECONOMIA SOLIDÁRIA, DE PRODUÇÕES
AUDIOVISUAIS, DE MANIFESTAÇÕES CULTURAIS, BEM COMO À REALIZAÇÃO DE
ATIVIDADES ARTÍSTICAS E CULTURAIS QUE POSSAM SER TRANSMITIDAS PELA
INTERNET OU DISPONIBILIZADAS POR MEIO DE REDES SOCIAIS E OUTRAS
PLATAFORMAS DIGITAIS.
Propomos como diretrizes/princípios para o Prêmio Emergência Cultural Artes
Visuais Pernambuco:
1. Objeto
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2. Finalidade
3. Etapas
4. Recursos
5. Premiação
6. Participação
7. Impedimentos
8. Inscrições
9. Categorias
10. Critérios de Avaliação
11. Comissão de Análise
12. Contrapartidas
13. Formalização do Processo de Pagamento

EM FACE DE TUDO QUE O FOI EXPOSTO NO PRESENTE DOCUMENTO, ELABORADO


PELA COMISSÃO E FÓRUM SETORIAL DE ARTES VISUAIS DE PERNAMBUCO, GRUPO
DE ESTUDO E TRABALHO LEI ALDIR BLANC, APÓS A OCORRÊNCIA DE 10 (DEZ)
ESCUTAS PROMOVIDAS PELA SETORIAL E COM A PRESENÇA DA SOCIEDADE CIVIL,
SOLICITAMOS:

ANEXO 01​ - MINUTA DO FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO

ANEXO 02​ - MINUTA DO RELATÓRIO DE DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES

PROPOSTAS REFERENTES À DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS


Defendemos que a distribuição dos recursos seja orientada por dois princípios balizadores:
isonomia entre as Áreas/Segmentos Culturais, permitindo que todas as cadeias produtivas
tenham acesso aos recursos segundo critérios de proporcionalidade já pactuados nos
mecanismos de incentivo do Governo do Estado; e promoção da ​equidade​, por meio da
priorização de residentes nas macrorregiões da Mata, do Agreste e do Sertão e/ou em
território de baixo IDH), e de mulheres, negras e negros, indígenas, proponentes com
deficiência e LGBTQIA+.
10.5.1 Para atendimento do critério de Regionalização, será considerado o endereço informado
no formulário de inscrição, assumindo o(a) proponente a responsabilidade civil e penal sobre a
declaracão de residência. Em caso de aprovação o(a) proponente deve apresentar
comprovante de residência válido como pré-requisito para a formalização do pagamento da
premiação.
10.5.2 Caso não se verifiquem propostas inscritas nas condições informadas nos incisos I e II do
item 10.1, caput​, ou não estejam com qualidade mínima necessária a sua aprovação, conforme
parecer das Comissões de Análise, os valores passarão à categoria original a fim de incentivar
quaisquer outras propostas. Entende-se por qualidade mínima necessária para aprovação, as
propostas que obtiverem pontuação igual ou superior a 05 (cinco) na média ponderada final.
Segundo estimativas da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) o Governo de
Pernambuco receberá por meio da Lei Aldir Blanc R$75.272,594,74 (setenta e cinco milhões,
duzentos e setenta e dois mil, quinhentos e noventa e quatro reais e setenta e quatro
centavos) para a implementação dos 03 (três) mecanismos descritos nos incisos do Art. 2º da
Lei.
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Ter um dimensionamento preciso da quantidade de agentes (trabalhadoras e trabalhadores da
Cultura) e espaços (espaços artísticos e culturais, microempresas e pequenas empresas
culturais, cooperativas, instituições e organizações culturais comunitárias, entre outras) é
pré-requisito indispensável para calcular o montante de recursos necessários para implementar
os dois primeiros mecanismos, Incisos I e II. Até 16/07/2020 o ​Mapa Cultural de Pernambuco
possuía apenas ​374 espaços culturais e ​6.634 agentes culturais cadastrados. Dito isto, quais
estudos e bases de cálculo tem norteado o Plano de Trabalho Estadual e a distribuição de
recursos entre os três incisos?
O Governo do Estado deve garantir a ampla divulgação, no ​Portal Cultura PE​, ​Portal da
Comunicação Pública de Pernambuco e TV PE​, ​Portal da Transparência ​e em outros canais de
acesso público, dos estudos e bases de cálculo que nortearam, nos Planos de Trabalho, a
distribuição de recursos entre os três incisos da Lei que versam sobre os mecanismos de
aplicação, em conformidade com o Princípio da Transparência e Publicidade estabelecido pela
Lei de Acesso à Informação​.
Deve-se considerar o Inciso III como o mecanismo de acesso que promove uma distribuição de
recursos mais capilarizada e imediata, visto que a concessão dos benefícios e subsídios
previstos nos Incisos I e II exigem uma série de pré-requisitos. Propomos, portanto, que o
percentual aplicado às ações do Inciso III não se restrinjam ao percentual mínimo de 20%, e
que os valores individuais por ele concedidos sejam proporcionais aos dos Incisos I e II. Ainda
sobre o Inciso III observar as propostas específicas apresentadas neste documento.

PROPOSTAS REFERENTES AOS CADASTROS


É necessário fazer uma mobilização intensa, com ampla divulgação (web, rádio, TV, carro de
som e anuncicleta) e realizar a busca ativa de agentes e espaços, no Estado, para garantir que
trabalhadoras e trabalhadores da cultura, espaços e organizações culturais de Pernambuco
façam seus cadastros. O cadastro deverá implementar estratégias de acessibilidade
comunicacional para atingir às pessoas com deficiência, e disponibilizar canais de atendimento
como por exemplo, e-mail, uma linha 0800 e um Whatsapp. Também devem ser oferecidos
instrumentos como vídeos (com intérprete de libras e audiodescrição), ​FAQ e tutoriais
apresentando o passo a passo do preenchimento, orientando e esclarecendo possíveis dúvidas.
Dar ampla divulgação ao cadastro e às ações emergenciais, por meio das redes sociais da
CEPC/PE, SECULT-PE/FUNDARPE, ALEPE Associação Municipalista de Pernambuco (AMUPE) e
Governo do Estado, tentando estabelecer uma ação conjunta com Órgãos Municipais de
Cultura, bem como em Rádios Comunitárias locais, Portal da Comunicação Pública de
Pernambuco / TV PE, TV ALEPE, Rádio ALEPE, e anúncios de televisão, carros de som, utilizando
se preciso de verbas para gastos publicitários.
Criar uma força tarefa de cadastramento, formando comissões representativas, se possível com
servidores da SECULT-PE/FUNDARPE e agentes culturais contratados, para mapear e cadastrar
agentes e organizações culturais mais vulneráveis, a exemplo de povos tradicionais,
quilombolas, indígenas aldeados e das comunidades das periferias.
O cadastro deve ter fluxo contínuo para que os trabalhadores da cultura e espaços culturais
que ainda não estão cadastrados, possam solicitar alguns dos benefícios previstos na Lei.
Criar dentro da SECULT-PE/FUNDARPE, um Balcão de Informações que auxilie e forneçam
suporte aos municípios pernambucanos, no mapeamento, cadastramento e aplicação dos
recursos vindos da Lei Aldir Blanc, a fim de tentar evitar, ao máximo, que estes recursos sejam
aplicados de forma inadequada ou não sejam aplicados nos municípios.
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É de extrema importância a atualização do ​Mapa Cultural de Pernambuco , para que ele possa
fornecer os dados necessários ao cruzamento de informações, previstos no Inciso I da Lei, com
as bases de dados de outras Secretarias, da Caixa Econômica Federal, Receita Federal,
CadÚnico, CAGED, Previdência, DataPrev. Também é importante priorizar a autodeclaração
associada à apresentação de documentos como forma de comprovar o preenchimento dos
requisitos exigidos por lei, para fins de concessão do benefício.

PROPOSTAS REFERENTES AO INCISO I - RENDA EMERGENCIAL MENSAL AOS TRABALHADORES


E TRABALHADORAS DA CULTURA
Divulgar mensalmente, no ​Portal Cultura PE​, ​Portal da Comunicação Pública de Pernambuco e
TV PE​, ​Portal da Transparência ​e em outros canais de acesso público, listadas trabalhadoras,
trabalhadores e agentes culturais beneficiados, como forma de atender ao Princípio da
Transparência e Publicidade de acordo com a ​Lei de Acesso à Informação​.

PROPOSTAS REFERENTES AO INCISO II - SUBSÍDIO MENSAL PARA MANUTENÇÃO DE ESPAÇOS


ARTÍSTICOS E CULTURAIS, MICROEMPRESAS E PEQUENAS EMPRESAS CULTURAIS,
COOPERATIVAS, INSTITUIÇÕES E ORGANIZAÇÕES CULTURAIS COMUNITÁRIAS QUE TIVERAM
AS SUAS ATIVIDADES INTERROMPIDAS POR FORÇA DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO SOCIAL
Destinar, no mínimo, 50% desses recursos para espaços artísticos e culturais, microempresas e
pequenas empresas culturais, cooperativas, instituições e organizações culturais comunitárias
ligados à mestras e mestres da cultura popular, povos tradicionais e originários, indígenas e
quilombolas, povos de terreiros, ciganos, organizações das periferias, organizações LGBTQIA+,
mulheres trabalhadoras da cultura, pessoas com deficiência entre outras, de modo a promover
a equidade no acesso aos recursos públicos. No caso da concessão do subsídio ser realizada
pelos municípios, que a gestão estadual pactue com os gestores municipais a implementação
desse mecanismo de promoção da equidade e de reparação histórica.
Na distribuição do subsídio garantir que todas a áreas/segmentos culturais sejam
contempladas e em proporções justas, definidas com base em critérios objetivos construídos
conjuntamente entre os gestores e a sociedade civil organizada, e amplamente divulgados.
No caso da concessão do subsídio ser realizada pelos municípios, que a gestão estadual pactue
com os gestores municipais a implementação desses princípio de distribuição, bem como da
garantia da transparência do processo.
Criação e manutenção de comitês gestores com a participação de representantes das Setoriais
das diversas áreas/segmentos culturais de modo a garantir o devido controle social conforme
estabelece a ​Lei de Responsabilidade Fiscal​.
Divulgar mensalmente, no ​Portal Cultura PE​, ​Portal da Comunicação Pública de Pernambuco e
TV PE​, ​Portal da Transparência ​e em outros canais de acesso público, a lista dos beneficiados e
dos respectivo valores do subsídio concedido por meio do Inciso II, atendendo ao Princípio da
Transparência e Publicidade de acordo com a ​Lei de Acesso à Informação​. E, na mesma direção,
assegurar a ampla publicidade e transparência da prestação de contas de que trata o Art. 10º,
parágrafo único, da ​Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc​.
Utilizar como critérios objetivos para seleção e dimensionamento do subsídio: tempo de
atuação e volume de atividades; e no caso de microempresas, pequenas empresas e
organizações culturais com fins lucrativos, além destes, custos fixos mensais e faturamento
anual.
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PROPOSTAS REFERENTES AO INCISO III - EDITAIS, CHAMADAS PÚBLICAS, PRÊMIOS,


AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS VINCULADOS AO SETOR CULTURAL E OUTROS
INSTRUMENTOS DESTINADOS À MANUTENÇÃO DE AGENTES, DE ESPAÇOS, DE INICIATIVAS,
DE CURSOS, DE PRODUÇÕES, DE DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES DE ECONOMIA
CRIATIVA E DE ECONOMIA SOLIDÁRIA, DE PRODUÇÕES AUDIOVISUAIS, DE MANIFESTAÇÕES
CULTURAIS, BEM COMO À REALIZAÇÃO DE ATIVIDADES ARTÍSTICAS E CULTURAIS QUE
POSSAM SER TRANSMITIDAS PELA INTERNET OU DISPONIBILIZADAS POR MEIO DE REDES
SOCIAIS E OUTRAS PLATAFORMAS DIGITAIS.
Para garantir o Princípio da Isonomia reconhecido pelos Sistemas Nacional, Estaduais e
Municipais de Cultura cada Área/Segmento Cultural deverá ter seus próprios editais, chamadas
públicas, prêmios, aquisição de bens e serviços, que atendam às especificidades das suas
respectivas cadeias produtivas. Estes deverão ser construídos em conjunto com as Setoriais de
cada Área/Segmento. Caso isso não seja possível, e a gestão estadual/municipal opte por lançar
um edital emergencial único, que todas as Áreas/Segmentos Culturais reconhecidos pelo
Sistemas Nacional, Estaduais e Municipais de Cultura possuam suas categorias contempladas
neste edital, e que as propostas enviadas por essa Setorial sejam incorporadas integralmente.
Não aplicar critérios de repartição dos recursos entre as Áreas/Segmentos Culturais fere o
princípio da isonomia, desconsidera as especificidades das Áreas/Segmentos Culturais, e
impede que seja dado tratamento equânime aos artistas, trabalhadoras e trabalhadores,
agentes, empreendedores, instituições e organizações das Artes Visuais, dando margem a que
uma ou mais Áreas/Segmentos Culturais venham a possuir monopólio em detrimento das
demais no acesso aos recursos. Propomos que seja aplicada, para a distribuição dos recursos
do Inciso III, a mesma proporcionalidade pactuada entre as Áreas/Segmentos Culturais para a
distribuição dos recursos do Funcultura, conforme a projeção apresentada na planilha abaixo:
Nº Área Cultural / Linguagem Funcultura/PE (R$) (%) Lei Aldir Blanc (R$)
1 Artes Integradas 395.560,00 1,36% 204.497,44
2 Artes Plásticas, Artes Gráficas e Congêneres 1.596.450,00 5,48% 825.336,08
3 Artesanato 755.550,00 2,59% 390.605,83
4 Audiovisual 9.280.000,00 31,87% 4.797.593,95
5 Circo 1.084.450,00 3,72% 560.641,25
6 Cultura Popular e Tradicional 2.126.280,00 7,30% 1.099.248,71
7 Dança 1.692.510,00 5,81% 874.997,39
8 Design e Moda 373.350,00 1,28% 193.015,27
9 Fotografia 1.182.000,00 4,06% 611.072,85
10 Gastronomia 432.000,00 1,48% 223.336,27
11 Literatura 1.091.570,00 3,75% 564.322,16
12 Música 4.160.000,00 14,29% 2.150.645,56
13 Ópera 388.450,00 1,33% 200.821,70
14 Patrimônio 2.668.480,00 9,16% 1.379.556,41
15 Teatro 1.893.350,00 6,50% 978.828,07
Total 29.120.000,00 100,00% 15.054.518,95
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Observação: A projeção acima considera o percentual mínimo de 20% previsto na Lei para
aplicação no Inciso III, mas reiteramos que defendemos que esse percentual mínimo seja
ampliado de modo a beneficiar o máximo de propostas possível.
Esse Inciso deverá ser executado por meio do lançamento do ​Prêmio Emergência Cultural
Artes Visuais Pernambuco​. O total de recursos aplicado deve considerar a proposta de
distribuição apresentada no início deste documento.
Devem ser adotadas estratégias orais de inscrição e participação na Chamada Pública do
Prêmios para atender a agentes e grupos culturais mais vulneráveis, tais como a mestras e
mestres da cultura popular, povos tradicionais e originários, indígenas e quilombolas, povos de
terreiros, ciganos, organizações das periferias, artistas e organizações LGBTQIA+, mulheres
trabalhadoras da cultura, pessoas com deficiência, entre outras, de modo a promover a
equidade no acesso aos recursos.
A compra de ativos (obras, filmes, livros, etc.) deverá ter sua salvaguarda em algum
equipamento público cultural estadual ou municipal, estando pós-pandemia disponível ao
público.
Que a SECULT-PE/FUNDARPE crie um Balcão de Informações que auxilie e forneça suporte aos
municípios pernambucanos quanto à elaboração de editais, chamadas públicas, prêmios,
aquisição de bens e serviços, a fim de tentar evitar, ao máximo, que estes recursos sejam
aplicados de forma inadequada ou que não sejam investidos nos/pelos municípios.
Propomos como diretrizes/princípios para o Prêmio Emergência Cultural Artes Visuais
Pernambuco:
1. Objeto
Constitui objeto do ​Prêmio Emergência Cultural Artes Visuais Pernambuco a seleção e a
premiação de propostas culturais que mitiguem as perdas enfrentadas pela Cadeia Produtiva
das Artes Visuais devido à emergência de saúde pública de importância internacional
decorrente da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), que promovam: a criação artístico
cultural em suas diversas manifestações; a formação cultural e troca de saberes artísticos,
técnicos e teóricos; a pesquisa e produção de conhecimento; e a proteção e salvaguarda do
Patrimônio Cultural de natureza material, imaterial e viva do campo das Artes Visuais em todas
as macrorregiões do Estado de Pernambuco.
2. Finalidade
2.1 Mitigar as perdas enfrentadas pela Cadeia Produtiva das Artes Visuais devido à emergência
de saúde pública de importância internacional decorrente da pandemia do novo Coronavírus
(Covid-19) que resultou na suspensão das atividades econômicas do setor;
2.2 Premiar propostas da sociedade civil, submetidas ao edital por artistas; arte/educadores;
pesquisadoras e pesquisadores; trabalhadoras e trabalhadores da cultura; grupos e coletivos
artístico culturais; empreendedores, instituições e organizações culturais portadores ou não de
personalidade jurídica, voltadas à valorização, criação, manutenção e desenvolvimento das
ideias, práticas e bens materiais e imateriais inerentes às Artes Visuais;
2.3 Fomentar a participação plena dos fazedores de cultura na alimentação e preservação do
Patrimônio Cultural de natureza Material, Imaterial e Viva do Estado de Pernambuco.
3. Etapas
3.1 Publicização e Inscrição: fase de divulgação do edital e de recebimento das propostas;
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3.2 Habilitação: verificação do atendimento aos pré-requisitos, de caráter eliminatório,
estabelecidos pelo edital para a submissão de propostas;
3.3 Classificação: análise e avaliação das propostas, de caráter classificatório e eliminatório, à
qual serão submetidos somente os proponentes habilitados na fase anterior;
3.4 Homologação: resultado final do edital, na qual são publicadas as propostas selecionadas
para recebimento do prêmio;
3.5 Convocação: prazo no qual os selecionados encaminham a documentação complementar
necessária para o recebimento do prêmio;
3.6 Pagamento: repasse financeiro aos proponentes selecionados do valor integral do prêmio;
3.7 Acompanhamento: envio do relatório descritivo das atividades desenvolvidas, conforme
modelo anexo, em até 120 (cento e vinte) dias após o recebimento do prêmio.
4. Recursos
4.1 O edital deverá contar com recursos ​mínimos da ordem de R$ 825.336,08 (oitocentos e
vinte e cinco mil, trezentos e trinta e seis reais e oito centavos) para as premiações, oriundos
do dos recursos destinados pelo Estado de Pernambuco para o Inciso III do Art. 2º da Lei 14.017
de 29 de junho de 2020, Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc.
4.2 Os recursos citados no item 4.1 destinar-se-ão exclusivamente à premiação das propostas
selecionadas no certame. Caso haja gastos administrativos, esses correrão às custas do
orçamento da SECULT-PE/FUNDARPE.
4.3. Na hipótese de novas dotações orçamentárias de crédito suplementar, poderão ser
concedidos mais prêmios aos candidatos classificados, observando-se a ordem decrescente de
pontuação e o prazo de vigência do Edital.
5. Premiação
5.1 Compreendemos que, por tratarem-se de ações emergenciais, devem ser concedidos
prêmios de baixo orçamento, com valores mínimos não inferiores aos benefícios e subsídios
previstos nos Incisos I e II do Art. 2º da Lei 14.017 de 29 de junho de 2020, Lei de Emergência
Cultural Aldir Blanc.
5.2 Em conformidade com o item 5.1 o valor do prêmio não poderá ser inferior a R$ 3 mil (três
mil reais).
5.3 Serão premiadas, no mínimo, 275 (duzentas e setenta e cinco) propostas.
6. Participação
6.1 As inscrições estarão abertas à pessoas físicas e jurídicas brasileiras ou estrangeiras,
maiores de 18 anos residentes em Pernambuco, que atuem no campo das Artes Visuais há, no
mínimo, 02 (dois) anos. Caso o proponente seja pessoa física e jurídica, deverá optar por
apenas uma delas no ato da inscrição;
6.2 Poderão participar propostas da sociedade civil, submetidas ao edital por artistas;
arte/educadores; pesquisadoras e pesquisadores; trabalhadoras e trabalhadores da cultura;
grupos e coletivos artístico culturais; empreendedores, instituições e organizações culturais
portadores ou não de personalidade jurídica, residentes em Pernambuco;
6.3 Cada proponente poderá apresentar até 02 (duas) propostas, podendo ter contemplada
apenas 01 (uma).
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7. Impedimentos
7.1. Não será permitida a inscrição de proponente que se enquadre nos seguintes casos:
a) Seja integrante da Comissão de Análise deste Edital, além de seus cônjuges, parentes
consanguíneos ou afins, até 2º grau;
b) Seja servidor(a) do Sistema SECULT-PE/FUNDARPE incluindo-se terceirizado(a)s, ocupantes
de cargos comissionados e demais profissionais que tenham vínculos diretos com esses órgãos,
além de seus cônjuges, parentes e afins até 2º grau;
8. Inscrições
8.1 Para apoiar as inscrições, devem ser fornecidos instrumentos como vídeos (com intérprete
de libras e audiodescrição), ​FAQ e tutoriais apresentando o passo a passo do preenchimento do
formulário, orientando e solucionando possíveis dúvidas. Também devem ser realizadas
parcerias e convênios para a abertura de postos de apoio nas comunidades mais vulneráveis e
com dificuldade de acesso à equipamentos e conexão à internet.
8.2 A inscrição será feita por meio de um formulário simplificado, objetivo e de fácil
preenchimento.
8.3 Serão permitidos os seguintes meios de inscrição:
a) Presencial;
b) Via postal, em correspondência registrada com Aviso de Recebimento (AR);
c) Online.
8.4 Minuta do Formulário de Inscrição em anexo.
9. Categorias
As propostas terão temática livre para todas as categorias abaixo​:
a) Ações de criação, produção, fruição, acessibilidade, difusão e eventos (online ou presencial
pós-pandemia) de expressões artísticas e culturais das artes visuais em todas as suas
manifestações;
b) Pesquisa, mapeamento, articulação de redes e fóruns coletivos, gestão de espaços culturais
ou arranjos coletivos das Artes Visuais;
c) Iniciativas relacionadas à Economia da Cultura;
d) Ações de formação (autoral, teórica, de arte/educação, profissional, técnica, etc.) para as
Artes Visuais;
e) Trajetória (com contrapartida de alguma iniciativa de partilha de saberes e/ou formação de
público).
Observação: Para todas as categorias, quando possível, que as propostas contemplem a
dimensão das identidades étnicas, raciais, de gênero, geracional, entre outras, tais como:
mestras e mestres da cultura popular, povos tradicionais e originários, indígenas e quilombolas,
povos de terreiros, ciganos, organizações das periferias, organizações LGBTQIA+, mulheres
trabalhadoras da cultura, entre outras, de modo a promover a equidade.
10. Critérios de Avaliação
10.1 Serão adotados os seguintes critérios de avaliação, com seus respectivos pesos:
Critério 01 – Proposta | Peso 05 (cinco)
Aspectos norteadores (0 a 10)
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a) Relevância e contribuições para a Cultura Pernambucana e para o campo das Artes Visuais.
b) Consistência (clareza e coerência) das ideias e informações expostas.
Critério 02 – Proponente | Peso 01 (um)
Aspecto norteador (0 a 10)
a) Atuação comprovada no campo das Artes Visuais de no mínimo 02 (dois) anos;
Critério 03 – Contrapartidas Sociais | Peso 02 (dois)
Aspecto norteador (0 a 10)
a) Promoção do acesso e/ou a fruição da comunidade aos resultados da proposto;
Critério 04 – Regionalização | Peso 01 (um)
Aspectos norteadores (0 a 10)
a) Proponente residente em uma das seguintes macrorregiões do Estado: Mata, Agreste e
Sertão.
b) Proponente residente em território de baixo IDH.
Critério 05 – Equidade | Peso 01 (um)
Aspectos norteadores (0 a 10)
a) Propostas advindas de profissionais Negras e Negros – autodeclaradas/os pretas/os ou
pardas/os;
b) Propostas advindas de profissionais Indígenas - autodeclaradas/os;
c) Propostas advindas de profissionais Mulheres;
d) Propostas advindas de profissionais com mobilidade reduzida ou Deficiência, em suas
múltiplas especificidades, seja auditiva, visual, motora, intelectual ou múltipla;
e) Propostas advindas de profissionais LGBTQIA+;
10.2 Para atendimento das letras ​"a" e ​"b" do Critério 05 – Equidade será considerada a
autodeclaração no formulário de inscrição, assumindo o(a) proponente a responsabilidade civil
e penal sobre a sua declaração, conforme o quesito utilizado pela Fundação Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística - IBGE.
10.3 Para atendimento das letras ​"c",​ ​"d" ​e "e" do Critério 05 – Equidade será considerada a
autodeclaração no formulário de inscrição, assumindo o(a) proponente a responsabilidade civil
e penal sobre a sua declaração.
10.4 ​Na hipótese de constatação de declaração falsa, a proposta será desclassificado do edital,
se houver sido selecionado, ficando sujeita à anulação da sua aprovação, após procedimento
administrativo em que lhe sejam assegurados o contraditório e a ampla defesa, sem prejuízo
de outras sanções cabíveis.
10.5 Serão priorizados os projetos nas condições abaixo descritas:
I - Regionalização: serão aprovados no mínimo 50% de propostas de proponentes residentes
nas macrorregiões da Mata, do Agreste e do Sertão e/ou em território de baixo IDH.
II - Equidade: serão aprovados no mínimo 50% de propostas advindas de proponentes
mulheres, negras e negros, indígenas, proponentes com deficiência e LGBTQIA+.
10.5.1 Para atendimento do critério de Regionalização, será considerado o endereço informado
no formulário de inscrição, assumindo o(a) proponente a responsabilidade civil e penal sobre a
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declaracão de residência. Em caso de aprovação o(a) proponente deve apresentar
comprovante de residência válido como pré-requisito para a formalização do pagamento da
premiação.
10.5.2 Caso não se verifiquem propostas inscritas nas condições informadas nos incisos I e II do
item 10.1, caput​, ou não estejam com qualidade mínima necessária a sua aprovação, conforme
parecer das Comissões de Análise, os valores passarão à categoria original a fim de incentivar
quaisquer outras propostas. Entende-se por qualidade mínima necessária para aprovação, as
propostas que obtiverem pontuação igual ou superior a 05 (cinco) na média ponderada final.
11. Comissão de Análise
11.1. A Comissão de Análise deverá ser composta por profissionais com comprovada
experiência no campo das Artes Visuais.
11.2. A escolha da Comissão de Análise será concedida mediante inexigibilidade ou através de
chamamento público, de acordo com a forma que mais se aperfeiçoar à hipótese do processo
de seleção.
11.3. A Comissão de Análise deverá ser composta por no mínimo 50% de pareceristas:
pertencentes a povos tradicionais e originários, indígenas e quilombolas, povos de terreiros,
ciganos, organizações das periferias, organizações LGBTQIA+; mulheres trabalhadoras da
cultura; pessoas com deficiência; residentes nas macrorregiões da Mata, do Agreste e do
Sertão e/ou em território de baixo IDH; de modo a promover a representatividade e a
equidade.
11.4. Caso a comissão não seja constituída da forma prevista no item 11.3 ou haja
impossibilidade de participação do(a)s indicado(a)s e/ou selecionados, a justificativa da
ausência será registrada, em ata, cabendo a direção da SECULT-PE/FUNDARPE indicar
substituto(a) sem prejuízo da continuidade dos trabalhos.
12. Contrapartidas
5.3 Os premiados comprometem-se a realizar as ações propostas e a enviar relatório descritivo
das atividades desenvolvidas, conforme modelo anexo, em até 120 (cento e vinte) dias após o
recebimento do prêmio.
13. Formalização do Processo de Pagamento
13.1. A formalização da abertura do processo de pagamento dos selecionados deve ser a mais
simplificada e célere possível.
13.2 A formalização da concessão dos prêmios deverá ser feita até 15 (quinze) dias após a
divulgação dos resultados, e o seu pagamento deverá ser feito, no máximo, 10 (dez) dias após a
formalização, tendo em vista a emergência da situação, publicado este calendário no Diário
Oficial do Estado.

EM FACE DE TUDO QUE O FOI EXPOSTO NO PRESENTE DOCUMENTO, ELABORADO PELA


COMISSÃO E FÓRUM SETORIAL DE ARTES VISUAIS DE PERNAMBUCO, GRUPO DE ESTUDO E
TRABALHO LEI ALDIR BLANC, APÓS A OCORRÊNCIA DE 10 (DEZ) ESCUTAS PROMOVIDAS PELA
SETORIAL E COM A PRESENÇA DA SOCIEDADE CIVIL, ​SOLICITAMOS:​
I - A consideração por parte do Conselho Estadual de Política Cultural – CEPC/PE, SECULT/PE,
FUNDARPE, Comissão de Educação e Cultura da Assembléia Legislativa de Pernambuco (ALEPE),
Associação Municipalista de Pernambuco (AMUPE) e Governo do Estado de Pernambuco,
compiladas neste documento e que demonstram o esforço destas instâncias de participação
12
social em compreender as especificidades e complexidades inerentes ao nosso segmento,
tendo em vista, sobretudo, a participação ativa da sociedade civil, trabalhadoras e
trabalhadores de cultura durante o processo;
II - A consideração das propostas contidas no presente documento para aplicação da Lei Aldir
Blanc (referentes aos cadastros e aos incisos I, II e III, do art. 2º), tendo em vista que são
oriundas das 10 (dez) escutas realizadas e do formulário disponibilizado pela Comissão e
Fórum Setorial de Artes Visuais de Pernambuco para a coleta de contribuições advindas da
sociedade civil, trabalhadoras e trabalhadores da cultura;
III - A adoção da proposta do Prêmio Emergência Cultural Artes Visuais Pernambuco, na sua
íntegra ou, na impossibilidade de ser adotada desta maneira, que sejam consideradas na
elaboração dos editais por parte da SECULT/PE e da FUNDARPE as diretrizes pactuadas no
âmbito da Comissão e Fórum Setorial de Artes Visuais de Pernambuco e compiladas neste
documento, no que se refere à distribuição dos recursos, às inscrições, às categorias, aos
critérios de avaliação e comissão de análise;
IV - Que o Governo do Estado garanta a ampla divulgação, no ​Portal Cultura PE​, ​Portal da
Comunicação Pública de Pernambuco e TV PE​, ​Portal da Transparência ​e em outros canais de
acesso público, dos estudos e bases de cálculo que nortearam, nos Planos de Trabalho, a
distribuição de recursos entre os três incisos da Lei, em conformidade como o Princípio da
Transparência e Publicidade estabelecido pela ​Lei de Acesso à Informação​.

Por fim, a Comissão e o Fórum Setorial de Artes Visuais de Pernambuco aguarda que suas
propostas sejam apreciadas e acatadas, atendendo dessa forma aos anseios e demandas dos
que fazem a cadeia produtiva das Artes Visuais do Estado. E se porventura algumas das
propostas não puder ser implementada, que abram-se canais de escuta e negociação que
permitam a construção conjunta e democrática de alternativas de consenso.

Pernambuco, 16 de julho de 2020.


13

ANEXO 01
14

ANEXO 02

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