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-Pobre espírito
-Como?
-Ó Deus
-Assasinío
- Conta-me tudo, para que eu possa vingar-te com a rapidez de pensamentos amorosos ou,
como se tivesse asas
- Céus! Terra! O que mais posso invocar? O inferno? Fique firme, coração! Não envelheci de
repente, músculos, me sustentem! Lembrar-me-ei de ti? Sim, pobre fantasma, sim, enquanto a
memória permanecer neste mundo agitado. Recordar-me-ei? Sim, apagarei todas as notícias
fúteis das tábuas da memória, as sentenças inúteis dos livros, as imagens e as marcas que os
anos e a experiência deixaram. Esta ordem tua só permanecerá no livro da minha mente, sem
mais adições. Oh, mulher perniciosa, que ri! Vilão, vilão maldito! Meu caderno... preciso anotar
que o homem pode sorrir e ser infame. Pelo menos sei que é assim na Dinamarca. Vou nessa,
meu tio. Minha senha agora será: Adeus, lembre-se de mim. Assim jurei.
-"Está bem, está bem. Vocês têm razão. Sem mais formalidades, vamos apertar as mãos e
seguir nossos caminhos. Cada um para seus negócios e interesses, onde quer que eles nos
levem. Quanto a mim, vou rezar."
-Por São Patrício, há ofensa, Horácio, e grande, quanto á visão de há pouco. Só vos digo que é
um fantasma honesto. Mas, quererdes saber o que passou entre mim e ele, não pode ser,
sofreai´vos como for. E agora, bons amigos sim, o que smos, companheiros de escola e de
caserna, concedei-me um favor.
-Olá garoto! Estás aí , valente. Ouvistes que da adega ele nos fala. Prestai o juramento
-Sossega alma penada! E agora amigos, com todo meu amor me recomendo. E tudo o que um
pobre homem como Hamlet possa fazer, no empenho de agradar-vos , não faltará , querendo-o
Deus. E vamo-nos . Peço silêncio ; os dedos sobre os lábios. Dons gonzos saiu o tempo.
Maldição! Ter vindo ao mundo para endireitá-lo! Partamos juntos. Vamo-nos