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ESTUDO PRELIMINAR – PROJETO DE PREVENÇÃO

CONTRA INCÊNDIO EDIFICIO RESIDENCIAL

Florianópolis, 18 de março de 2022

Estudo Preliminar - Projeto de Prevenção Contra Incêndio


Sumário

1 Análise Preliminar Do Projeto De Instalações Preventivas Contra Incêndio ....... 4


1.1 Análise dos Sistemas Necessários.......................................................................... 4
1.2 Dados do Empreendimento ...................................................................................... 4
1.3 Classificação de Risco............................................................................................... 4
1.5 Definição dos Sistemas Necessários ........................................................................... 5
1.6 Sistemas Necessários..................................................................................................... 6
1.6.1 Acesso a Viaturas .................................................................................................. 6
1.6.2 Alarme de Incêndio ................................................................................................ 7
1.6.3 Controle de Materiais e Acabamentos.............................................................. 7
1.6.4 Brigada de Incêndio............................................................................................... 9
1.6.5 Extintores ............................................................................................................... 10
1.6.6 Compartimentação Horizontal de Áreas ........................................................ 10
1.6.8 Saídas de Emergência ........................................................................................ 11
1.6.9 Gás Combustível .................................................................................................. 20
1.6.10 Sistema Hidráulico Preventivo ....................................................................... 26
1.6.11 Iluminação de Emergência .............................................................................. 28
1.6.12 Sinalização Para Abandono de Local ........................................................... 29
1.6.13 Proteção Estrutural............................................................................................ 29

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Objetivo:

Este documento tem como objetivo apresentar um Estudo Preliminar das


principais necessidades para a disciplina de prevenção contra incêndio do
empreendimento residencial e comercial Pau Canela.

Dados do Projeto:
Proprietário: Escola Brasileira de Pós-graduação (Ebpós)

Título: Edifício multifamiliar

Etapa: Estudo Preliminar

Endereço: xxxxx

Figura 1: Maquete do empreendimento

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1 Análise Preliminar Do Projeto De Instalações Preventivas Contra Incêndio

1.1 Análise dos Sistemas Necessários

Para a análise dos sistemas preventivos contra incêndio necessários para o


empreendimento, será atendido o que prescrevem as Instrução Normativas especificas
do Corpo de Bombeiros do Estado de Santa Catarina.

1.2 Dados do Empreendimento

Trata-se de edificação nova, classificada como Ocupação/Uso Residencial


Multifamiliar, com pavimentos subsolo, térreo, 2º pavimento tipo, 3° pavimento tipo, 4º
pavimento tipo, 5º pavimento duplex, pavimento ático com salão de festas, área fitnes e
horta, pavimento barrilete e pavimento cobertura, totalizando uma área total construída
de 6.891,09m².

1.3 Classificação de Risco

A Instrução Normativa 01 (IN01_PARTE2/CBMSC) do estado de Santa


Catarina em seu Anexo B, Tabela 1 classifica as edificações e área de risco quanto a
ocupação, transcrita parcialmente na Tabela 1.

Tabela 1: Classificação do empreendimento segundo a Tabela 1 do Anexo B da IN01/CBMSC

Grupo Ocupação/Uso Divisão Descrição Destinação


A Residencial A-2 Multifamiliar vertical Edifícios de apartamentos em geral
Açougue, Artigos de metal ou vidro, bijuterias,
Comercio com baixa louças, artigos hospitalares, eletrodomésticos,
C Comercial C-1
carga de incêndio açougue, verdureiras, floricultura, automóveis,
bebidas fermentadas (vinhos, cervejas) outros

1.4 Classificação de Risco Quanto a Carga de Incêndio

Em seu Anexo B a Instrução Normativa de Cargas de Incêndio


(N03/CBMSC), define as cargas de incêndio especificas por ocupação, transcrito
parcialmente na Tabela 2.

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Tabela 2: Classificação do empreendimento segundo o Anexo B da IN03/CBMSC

Carga de Incêndio
Ocupação/Uso Divisão Descrição Destinação
específica (MJ/m²)
Residencial A-2 Multifamiliar vertical todas 300
Comercio com baixa Aparelhos
Comercial C-1
carga de incêndio eletrodomésticos 300

O Art. 10 da IN03/CBMSC define que edificações com carga de incêndio


entre 100 MJ/m² e 300 MJ/m² são classificadas como carga de incêndio baixa, situação
em que se enquadra o edifício objeto deste estudo preliminar.

1.5 Definição dos Sistemas Necessários

Para definição dos sistemas de prevenção contra incêndio necessários foi


observada as Tabelas do Anexo C da Instrução Normativa 01, parte 02 do Corpo de
Bombeiros do Estado de Santa Catarina (IN01 / CBMSC), que tratam das exigências
em relação as medidas de segurança contra incêndio necessárias para as diversas
ocupações, conforme transcrita na Tabela 3.

Tabela 3 :Sistemas exigidos pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Santa Catarina:

Grupo de ocupação e uso GRUPO A - RESIDENCIAL


Divisão A-2 e A-3
Classificação quanto à altura (em metros)
Medidas de segurança contra incêndio
Térrea H≤6 6 ≤ H ≤ 15 15 ≤ H ≤ 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação X X X X X


Alarme de Incêndio X X X X X
Brigada de Incêndio (1) X X X X X
Chuveiros Automáticos - - - - X2
Compartimentação Horizontal ou de Áreas - - - - X3
Compartimentação Vertical - - - X4 X9-10
Controle de fumaça * - - - - -
Controle de Materiais de Acabamento X X X X X
Detecção Automática de Incêndio - - - - X5
Elevador de Emergência - - - - X6
Extintores (V) X X X X X
Gás Combustível X X X X X
Hidráulico Preventivo X X X X X
Iluminação de Emergência (V) X X X X X
Instalação Elétrica de Baixa Tensão (V) X X X X X
Plano de Emergência - - - X7 X8

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Saídas de Emergência X X X X X
Sinalização para Abandono de Local (V) X X X X X
Proteção estrutural X X X X X
NOTAS ESPECÍFICAS:
1 – Residencial multifamiliar está isento de brigada de incêndio, estando submetido a capacitação de EaD CBMSC
2 – Exigido chuveiro automático a partir de 100m de altura.
3 – Exigida compartimentação entre as unidades autônomas para edificação com altura superior a75 m de altura. Pode ser
substituído por chuveiro automáticos até 150 m de altura.
4 – Exigido somente nos átrios, quando houver. A compartimentação em átrios pode ser substituída por controle de fumaça
somente nos átrios.
5 – Exigido detecção automática de incêndio a partir de 40 m de altura.
6 – A partir de 60 m de altura.
7 – Apenas A-3
8 – Para A-2 exige-se a partir de 60 m de altura.
9 – Pode ser substituído por detecção automática de incêndio para edificações com até 40 m de altura. Havendo átrios, a
compartimentação em átrios pode ser substituída por controle de fumaça somente nos átrios.
10 – Para A-2 a exigência se dá a partir de 60 m de altura para as edificações que possuam detecção automática de incêndio. Pode
ser substituído por chuveiros automáticos para edificações com até 100 m de altura. Havendo átrios, a compartimentação no
átrio pode ser substituída por controle de fumaça somente nos átrios.
11 – Isolamento é exigido apenas entre as unidades geminadas. Para as não geminadas é dispensado independente do
afastamento entre as unidades
* Adota-se a IT do CBMESP para implementação do sistema até a publicação de IN específica.
NOTAS GERAIS:

a – O pavimento superior da unidade duplex do último piso da edificação não será computado para a altura da edificação;

b – Os subsolos das edificações devem ser compartimentados em relação aos demais pisos contíguos. Para subsolos ocupados
ver tabela 28;
c – Observar ainda as exigências para os riscos específicos das respectivas Instruções Normativas;
d – Pavimentos ocupados devem possuir aberturas para o exterior ou controle de fumaça;
e – Piscinas de uso comum devem prever medidas de segurança e sistema antissucção conforme IN33;
f – As vagas de estacionamento em pisos elevados, adjacente a paredes externas da edificação, devem dispor de uma proteção
contra queda de veículos com no mínimo 20 cm de altura e com um afastamento de 50 cm da parede.

1.6 Sistemas Necessários

Com base nos sistemas exigidos na Tabela 3, a seguir será analisado a


situação de cada um dos sistemas de prevenção contra incêndio necessários.

1.6.1 Acesso a Viaturas

A norma que trata de Acessos a Viaturas é Instrução Normativa 35 do Corpo


de Bombeiros de Santa Catarina (IN35/CBMSC). As exigências estabelecidas por esta
norma se aplicam apenas a imóveis em que o hidrante de recalque esteja situado em
distância superior a 20m entre o registro de qualquer hidrante de recalque e a via pública
a cotar do meio fio.

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O edifício residencial não se enquadra neste critério, não havendo
necessidade de acesso a viaturas no empreendimento.

1.6.2 Alarme de Incêndio

A norma que trata do Sistema de Alarme e Detecção é Instrução Normativa 12


do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina (IN12/CBMSC).

O Sistema de Alarme e Detecção de Incêndio é composto por:

 Central de Alarme
 Detectores de incêndio
 Acionadores manuais
 Aviadores sonoros e visuais.

A central de alarme será do tipo endereçável e será prevista em local com


vigilância permanente. No edifício residencial a central de alarme será localizada no hall
de entrada da edificação no pavimento térreo.

Os acionadores manuais devem ser previstos nas áreas comuns de acesso


e/ou circulação próximo as rotas de fuga ou a equipamentos de combate a incêndio. O
caminhamento máximo até o acionador manual mais próximo do usuário é de 30m.

Serão previstos acionadores manuais, assim como acionadores


sonoros/visuais em cada pavimento do edifício residencial, situados próximo aos
abrigos de hidrantes

Não serão previstos acionadores em mezaninos, sobreloja e pavimentos


superiores de apartamentos duplex ou triplex, desde que o acionador manual do
pavimento mais próximo atenda o caminhamento máximo de 30m.

Os acionadores sonoros/visuais serão especificados combinados com o


acionador manual.

1.6.3 Controle de Materiais e Acabamentos

A norma que trata do Sistema de Controle de Materiais e Acabamentos é


Instrução Normativa 018 do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina (IN018/CBMSC).
Os materiais devem ser especificados pelo projeto de arquitetura de acordo com o
previsto pela IN018/CBMSC.

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Logo os materiais de piso de saídas de emergência, escadas, tetos e forros
devem seguir as exigências estabelecidas na Tabela 3 do Anexo B da IN 018/CBMSC,
transcrita na Tabela 5

Tabela 5 – Tabela de controle de materiais e revestimentos

MATERIAIS
LOCAIS POSIÇÃO PROPRIEDADES COMPROVAÇÃO
AUTORIZADOS
Cerâmico, pedra
natural, concreto, Isento
madeira ou metálico
Piso
Carpetes,
Não
emborrachados, Isento
propagante
piso vinílico ou de PVC
Cerâmico, concreto,
alvenaria, metálico, Isento
gesso ou pedra natural
CORREDOR, HALL E DESCARGAS Parede e
(de todos os tipos de ocupação) divisórias Não
Carpetes Isento
(5) propagante

Madeira Isento
Concreto, placa
cimentífica, Isento
metálico ou gesso
Teto e forro Não
PVC Isento
propagante

Madeira Isento

Cerâmico ou pedra Laudo ou


Antiderrapante
natural ensaio

Piso Especificação
Madeira ou metálico Ver IN
em
(2) 009/DAT/CBMSC
projeto/visual

Cimento desempenado Antiderrapante Visual

ESCADAS E RAMPAS (inclusive Cerâmico, concreto,


patamares e antecâmaras, de alvenaria, metálico ou Isento
todos os tipos de ocupação) (5) pedra natural
Parede e
divisórias Especificação
Madeira ou metálico Ver IN
em
(2) 009/DAT/CBMSC
projeto/visual

Concreto ou placa
Isento
cimentífica
Teto e forro Especificação
Madeira ou metálico Ver IN
em
(2) 009/DAT/CBMSC
projeto/visual

LOCAIS DE REUNIÃO DE Cerâmico, pedra


PÚBLICO COM CONCENTRAÇÃO natural, concreto, Isento
DE PÚBLICO (auditórios ou salas Piso (do madeira ou metálico
de reuniões com mais de 100m³, ambiente) Carpetes,
Não Laudo ou
boates, clubes noturnos emborrachados,
propagante ensaio
em geral, salões de baile, piso vinílico ou de PVC

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restaurantes, danceterias, Cerâmico, concreto,
clubes sociais, circos, teatros, alvenaria, metálico, Isento
cinemas, óperas, templos gesso ou pedra natural
religiosos sem acentos
Carpetes ou Não Laudo ou
Parede e emborrachados propagante ensaio
divisórias
Madeira Isento

Vidro de ART ou RRT


Vidro
segurança de instalação
Concreto, placa
cimentífica, Isento
metálico ou gesso
Placa de fibra Mineral,
Não Laudo ou
manta térmica
Teto e forro propagante ensaio
aluminizada
Madeira Isento

Não
PVC (4) Isento
propagante

Não Laudo ou
Decoração Materiais diversos (3)
propagante ensaio

Material Não Laudo ou


Materiais diversos (3)
termoacústico propagante ensaio

1.6.4 Brigada de Incêndio

A norma que trata da Brigada de Incêndio é a Instrução Normativa 028 do


Corpo de Bombeiros de Santa Catarina (IN028/CBMSC).

A brigada de incêndio para o edifício residencial é isenta, estando submetida


a capacitação EAD CBMSC.

Para o ambiente comercial da edificação o dimensionamento da brigada de


incêndio será realizado de acordo com o Art. 11 a IN 028/CBMSC, que computa o
número de brigadistas para população fixa acima de 20 pessoas como 2% da população
fixa do imóvel, caso a população fixa do imóvel seja inferior a 20 pessoas esse sistema
é isento.

O dimensionamento da brigada de incêndio nesta etapa do projeto é apenas


uma estimativa, sendo que a apresentação de seu dimensionamento deve ser
apresentada quando da vistoria de funcionamento onde se tem maior clareza em
relação a quantidade de pessoas que de fato ocupa a edificação.

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1.6.5 Extintores

A norma que trata do Sistema preventivo por Extintores é Instrução


Normativa 006 do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina (IN006/CBMSC).

O tipo de extintor e a distância máxima a ser percorrida para alcançar o extintor


são definidos em função da classe de risco de incêndio do imóvel, conforme tabela 1 da
IN06/DAT/CBMSC transcrita na Tabela 7.

Tabela 7 - Exigência do extintor de incêndio portátil em função do risco de incêndio

Agente extintor e respectiva capacidade extintora mínima para que Distância máxima a
Risco de
constitua uma unidade extintora ser percorrida
Incêndio
Água Espuma CO2 Pó BC Pó ABC
Leve 2A 2A:10B 5B:C 20B:C 2A:20B:C 30m
Médio 2A:10B 5B:C 20B:C 2A:20B:C 15m
2A
Elevado

Em cada pavimento, inclusive para edificações térreas, são exigidos no


mínimo 2 extintores com pelo menos uma unidade extintora cada, mesmo que apenas
um extintor atenda a distância máxima a ser percorrida

Os extintores de incêndio devem estar localizados, na circulação e em áreas


comuns, onde a probabilidade de o fogo bloquear o acesso do extintor seja a menor
possível e onde possuir boa visibilidade e acesso desimpedido.

1.6.6 Compartimentação Horizontal de Áreas

A norma que trata do Sistema de Compartimentação Horizontal de Áreas é


Instrução Normativa 014 do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina (IN014/CBMSC).

O Art. 11 da IN14/CBMSC informa que a área máxima permitida sem


compartimentação entre ambientes na horizontal, é definida em função do tipo de
ocupação e altura do imóvel, conforme a Tabela 2 do Anexo C da IN014 CBM/SC,
transcrita parcialmente na Tabela 8.

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Tabela 8 - Área máxima de compartimentação

Área Máxima de Compartimentação (em m²) em função da altura da edificação


Grupo Divisão Altura da Edificação (H) em metros
1 pavimento H≤6 6<H≤12 12<H≤23 23<H≤30 >30
A A-1 a A-3 - - - - -- -
C C-1 e C-2 10.000 5.000 3.000 2.000 1.500 1.500
Notas Gerais:
A - As divisões marcadas na tabela com ( - ) estão dispensados da área máxima de compartimentação,
devendo somente atender a compartimentação vertical ou entre unidades autônomas a partir da altura
definida pela IN 1 - parte 2.

Por tanto, o edifício objeto desta análise está isento da aplicação do Sistema
de Compartimentação Horizontal de áreas.

1.6.8 Saídas de Emergência

A norma a ser atendida para o Sistema de Saídas de Emergência é a


Instrução Normativa 09 do Corpo de Bombeiros do Estado de Santa Catarina (IN 09/
BMSC). Constituem Saídas de Emergência de uma edificação:

 Acessos (corredores ou circulações de uso comum)


 Portas e portinholas (desde que atendam as dimensões mínimas);
 Escadas ou rampas;

1.6.8.1 Distância Máxima Percorrida:

A distância máxima a ser percorrida é realizada da porta de acesso da


unidade autônoma mais distante, com permanência habitual de pessoas, até o ponto
em que se atinja um local seguro ou de relativa segurança.

A Tabela 9 do Anexo D da IN 009/CBMSC determina as distâncias máximas


percorridas de acordo com o tipo de ocupação, mostrada na Tabela 5 transcrita
parcialmente.

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Tabela 9 - Distância máxima a ser percorrida

Sem chuveiros automáticos Com chuveiros automáticos


Mais de uma
Tipo de Saída única saída Saída única Mais de uma saída
Tipo de Ocupação
Pavimento
Sem Com Sem Com Sem Com Sem
Com DAI
DAI DAI DAI DAI DAI DAI DAI

Piso descarga 40 m 50 m 55 m 65 m 60 m 70 m 80 m 90 m
AeB
Piso elevado 30 m 40 m 50 m 60 m 55 m 65 m 70 m 80 m
C,D,E (exceto E-5 e E-
Piso descarga
6), F (exceto F-11),G- 40 m 45 m 50 m 60 m 55 m 65 m 75 m 90 m
3,G-4,G-5,H(exceto H-
Piso elevado
3),K,L e M 30 m 35 m 40 m 60 m 45 m 55 m 65 m 75 m

Destaco que conforme o § 2º do Art. 30 da IN009/CBMSC, que escadas


comuns não são consideradas como local seguro ou de relativa segurança, ou seja, o
computo da distância máxima percorrida deve ser realizado pela somatória dos trechos
horizontais e verticais até que se atinja um local seguro ou de relativa segurança, como
a área externa ou área de refúgio.

Como mostrado na Tabela 9, o edifício deve atender a distância máxima


percorrida de 40m no piso de descarga (térreo) até a porta de saída, também no térreo
e 30m nos pisos elevados até a porta da escada de emergência.

1.6.8.3 Número e Tipo de Escadas

Conforme estabelece o Art. 63 da IN 09/CBMSC, todas as escadas de


emergência devem possuir:

 Corrimão e guarda-corpo em ambos os lados;


 Indicação do número de todos os pavimentos;
 Iluminação natural na escada, quando uma das paredes da escada der
para o exterior (fachada) da edificação, observando os afastamentos
necessários;
 Acionamento automático da iluminação convencional (por exemplo
com uso de sensor de presença);
 Ter piso antiderrapante, conforme IN18/CBMSC

Para a conferência do tipo e número de escadas foi utilizado o Anexo B da


IN09/CBMSC, que define o número e tipo de escada em relação à altura e ocupação
das edificações, a tabela do Anexo B da IN 09/ CBMSC está transcrita parcialmente na
Tabela 10.

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Tabela 10 :Escadas em relação à altura e ocupação

H≤6 6 < H ≤ 12 12 < H ≤ 21


Grupo Ocupação/Uso Divisão
Tipo Quantidade Tipo Quantidade Tipo Quantidade
A Residencial A-2 ECM 1 ECM 1 EPT 01
Tipos de escada: ECM – Escada comum; EPT – Escada protegida

Notas Gerais:
a) Além do estabelecido na Tabela 5, o número de Escadas também depende do dimensionamento das saídas pelo
cálculo da população e da distância máxima a ser percorrida.

O Art. 85 da IN09/CBMSC estabelece os requisitos para a escada protegida


(EPT), são eles:

 prever área de resgate para pessoas com deficiência na escada;


 ter resistência ao fogo por 02 horas, nos seguintes elementos:
 paredes de compartimentação da caixa da escada;
 degraus, patamares e estrutura;
 ter portas corta fogo tipo P-30 na escada, em todos os pavimentos;
 ter ventilação em todos os pavimentos:
 por meio de duto de exaustão de fumaça no interior da caixa da escada;
ou
 por abertura de ventilação permanente (janela) para área externa.

Para a EPT com duto de exaustão de fumaça deve ser previsto uma aba
vertical (anteparo, painel, barreira, viga ou outro elemento vertical) junto ao teto, com
uma altura mínima de 40 cm, com resistência ao fogo por 2 horas. Este anteparo deve
estar entre a porta e os degraus possibilitando que a fumaça seja direcionada ao duto
de extração de fumaça, conforme mostra figura 02.

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Figura 2: Exemplo de escada protegida ventilada por duto segundo IN009/CBMSC

O Art. 67 da IN09/CBMSC estabelece que todos os tipos de escadas devem


terminar obrigatoriamente no piso de descarga, não podendo ter comunicação direta do
lanço de escada dos pavimentos superiores com o lanço de escada dos pavimentos
subsolo.

Quanto ao caminhamento máximo e ao tipo e número de escadas verifica-


se o atendimento aos requisitos estabelecidos na Instrução Normativa de Saídas de
Emergência (IN09/CBMSC).

A escada de emergência termina no pavimento térreo, sem comunicação


direta com o lanço de escada de acesso ao subsolo, o que atende ao estabelecido
pelo Art. 67 da IN09/CBMSC.

No projeto de arquitetura não está identificado o anteparo junto ao teto


entre a porta e os degraus. Verificar no projeto de estruturas se foi previsto o anteparo
em frente ao duto de exaustão de fumaça.

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1.6.1.8.4 Duto de Extração de Fumaça (DEF)

O Art. 54 da IN09/CBMSC estabelece que o duto de e exaustão de fumaça


deve atender os seguintes requisitos:

 as paredes do duto de exaustão de fumaça devem ser resistentes ao fogo,


conforme o tipo de escada, e ter revestimento interno liso;
 ter abertura na parede para a exaustão de fumaça, junto ao teto ou no máximo
a 20 cm deste, em todos os pavimentos, com área mínima de 0,84 m² de área
e largura mínima de 0,80 m;
 ter seção interna mínima:
 calculada pela equação: S = 0,105.n Onde: S = seção interna do duto
de extração de fumaça, [m²]; n = número de antecâmaras ventilados pelo
duto de extração de fumaça;
 com área mínima de 0,84 m²;
 com largura mínima de 0,80 m; e
 com proporção máxima de 1:2 entre suas dimensões, quando possuir secção
retangular

Verificação do atendimento da seção interna mínima do duto:

S= 0,105 x 08 = 0,84 m²

O duto de extração de fumaça previsto no projeto arquitetônico possui


dimensões de 0,80m x 1,30m, ou seja, possui área de 1,04m² o que atende a
contento o estabelecido no Art. 54 da IN09/CBMSC no que se refere a seção mínima
do duto.

O Art. 54 da IN09/CBMSC ainda prescreve que o topo do duto de exaustão de


fumaça deve:

 elevar-se no mínimo 1,00 m acima de qualquer elemento construtivo sobre


a cobertura;
 ser protegido na sua parte superior por material incombustível, com
projeção em beiral de, no mínimo, 0,50 m; e

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 ter, no mínimo, em 2 faces, aberturas para saída da fumaça, com área igual
a seção do duto e nunca inferior a 1,00 m² cada uma, preferencialmente na
direção do vento predominante;
 não pode ser utilizado para localização de equipamentos e nem passagem
de cabeamentos ou canalizações;
 ter as aberturas guarnecidas apenas por tela metálica com malha de 3 a 5
cm;

Figura 3: Exemplo do topo do duto de exaustão de fumaça segundo IN009/CBMSC

Verifica-se que o projeto arquitetônico atende o que prescreve o Art. 54


da IN09/CBMSC no que diz respeito ao término do duto de exaustão de fumaça.

1.6.8.5 Dimensionamento Saídas de Emergência

Para a determinação/conferência das dimensões dos corredores, escadas e


portas foram utilizado os dados fornecidos pela Tabela 6 do Anexo C da IN 09/CBMSC,
transcrita parcialmente na Tabela 11.

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Tabela 11 :Dados para dimensionamento das saídas de emergência

Capacidade de passagem (nº de


Coeficiente pessoas / unidade passagem / 1min)
Grupo Ocupação/Uso Divisão populacional para
cálculo da lotação Acesso e Escada e
Porta
descarga Rampa
A Residencial A-2 2 pessoas / dormitório 60 45 100
C Comercial C-1 1 pessoa / 7m² 100 75 100

Cálculo da população para o edifício multifamiliar é apresentado pela tabela


12.

Tabela 12 :Dimensionamento da população do edifício multifamiliar

Dimensionamento População
Coeficiente de densidade
Divisão Pavimento Apartamento Dormitórios População
de população
201 3 6
202 3 6
203 3 6
2° Pavimento 2 Pessoas/dormitório1
204 3 6
205 3 6
206 3 6
População 2º pavimento 36
301 3 6
302 3 6
303 3 6
3° Pavimento 2 Pessoas/dormitório
304 3 6
305 3 6
306 3 6
A-2 População 3º pavimento 36
401 3 6
402 3 6
403 3 6
4° Pavimento 2 Pessoas/dormitório
404 3 6
405 3 6
406 3 6
População 4º pavimento 36
501 3 6
502 3 6
503 3 6
5° Pavimento/Mezanino 2 Pessoas/dormitório
504 3 6
505 3 6
506 3 6

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População 5º pavimento 36
Coeficiente de densidade
Pavimento Espaço Área (m²) População
de população
Goumet 79,84
Fitness 79,2
Ático Para o cálculo da 135
população foi utilizado
cálculo reverso. Nota 5 da
Estar externo 81,76 IN 01_Parte 02
População Pavimento Ático 135
POPULAÇÃO TOTAL EDIFICIO RESIDENCIAL A-2 279

Cálculo da população para as salas comerciais é apresentado pela


tabela 13:

Tabela 13 :Dimensionamento da população do edifício comercial

Dimensionamento População C-2


Coeficiente de densidade
Divisão Pavimento Espaço Área (m²) População
de população
Sala comercial 01 87,96 1 pessoa/7 m² 13
Sala comercial 02 86,87 1 pessoa/7 m² 12
C-2 Térreo Sala comercial 03 87,55 1 pessoa/7 m² 13
Sala comercial 04 67,29 1 pessoa/7 m² 10
Sala comercial 05 48,61 1 pessoa/7 m² 7

Para determinar as larguras mínimas de portas e acessos


(circulação/corredor) foi realizado o cálculo em função do pavimento a que servem,
conforme mostra tabela 14.

Estudo Preliminar - Projeto de Prevenção Contra Incêndio 18


Tabela 14 :Dimensionamento Saídas de Emergência – Portas e Acessos

Capacidade de passagem (nº de


pessoas/unidade de passagem/1min)
Divisão Pavimento População
Acessos Portas

60 100
2º pavimento 36 0,60 0,36
3º pavimento 36 0,60 0,36
A-2 4º pavimento 36 0,60 0,36
5º pavimento/mezanino 36 0,60 0,36
Ático 40 0,60 0,40
Capacidade de passagem (nº de
pessoas/unidade de passagem/1min)
Divisão Pavimento População Acessos Portas
100 100
Sala comercial 01 13 0,13 0,13
Sala comercial 02 12 0,12 0,12
C-2 Sala comercial 03 13 0,13 0,13
Sala comercial 04 10 0,1 0,1
Sala comercial 05 7 0,07 0,07

Para o edifício multifamiliar foi adotado em projeto largura mínima de


corredores de 1,50 m (2 unidades de passagem) e a porta de saída adotada em projeto
possui 0,90m (1 unidades de passagem), dimensões que atendem a contento o
dimensionamento e o estabelecido pela IN09/CNMSC.

As portas adotadas nas salas comerciais possuem largura de 1,30m (02 up),
o que atende a contento o dimensionamento e o estabelecido pela IN09/CBMSC. As
lojas em seu leiaute interno devem prever largura mínima de circulação de 1,20m.

Em relação a porta de saída de emergência do pavimento térreo do edifício


residencial o Art. 34 da IN09/CBMSC estabelece que de forma alternativa o uso de
portas de correr pode ser especificado para saídas de emergência, desde que sua
abertura seja automática e em caso de acionamento do sistema de alarme de incêndio,
como também na falta de energia elétrica, pane ou defeito de seu sistema a porta de
correr permaneça aberta.

Dito isto, cabe a equipe de arquitetura definir a escolha do tipo de porta,


lembrando que se for optado por utilizar porta de abrir, o sentido de abertura deve ser a
favor do fluxo de saída da edificação e se for optado pela porta de correr deve ser do
tipo automática.

Estudo Preliminar - Projeto de Prevenção Contra Incêndio 19


As escadas, são dimensionadas em função do pavimento da edificação de
maior população, excluindo-se o pavimento de descarga, conforme mostra Tabela 15.

Tabela 15 :Dimensionamento Saídas de Emergência – Escadas

Capacidade de passagem (nº de pessoas /


Divisão Pavimento População unidade passagem / 1min)
Escadas
45
A-2 Ático 40 0,80

As escadas do edifício residencial possuem largura mínima de 1,30m o que


atende a contento o dimensionamento apresentado na Tabela 15 e o Art. 22 da
IN09/CBMSC.

1.6.9 Gás Combustível

A norma a ser atendida para o Sistema Instalações de Gás Combustível é a


Instrução Normativa 08 do Corpo de Bombeiros do Estado de Santa Catarina (IN 08/
BMSC).

1.6.9.1 Pontos de consumo:


Os terminais de tubulações, para ligação dos aparelhos de queima a gás,
devem:

 para aquecedores de passagem a gás, ser instalados com altura


entre 100 e 120 cm acima do piso acabado e para os demais
aparelhos de queima a gás, entre 20 e 80 cm;
 distar, no mínimo, 3 cm fora das paredes acabadas;
 possuir registro de corte de fecho rápido.

1.6.9.2 Central de GLP

Para efeito de dimensionamento preliminar, para verificar das dimensões da


central de GLP, foi considerado para o empreendimento residencial os seguintes
aparelhos de queima:

 Fogão 4 bocas com forno, com potencial nominal de 117kcal/min;


 Aquecedor de passagem, com potência nominal de 336 kcal/min;

Estudo Preliminar - Projeto de Prevenção Contra Incêndio 20


A Tabela 16 mostra o pré-dimensionamento da central de GLP.

Tabela 16 Pré-dimensionamento Central de GLP

ESTE SERÁ O EXERCICIO DA TURMA BIM001 – FAZER O DIMENSIONAMENTO


DA CENTRAL DE GLP DO EMPREENDIMENTO

Para o dimensionamento foi considerado cilindros de GLP do tipo


estacionário com capacidade individual de 190 kg. A central de GLP deve garantir
espaço interno livre de 50cm para recipientes abastecidos no local.

1.6.9.3 Ventilação Permanente

Os locais que fizerem uso de aparelhos de queima a gás devem possuir


aberturas de ventilação permanente superior e inferior.

A ventilação superior deverá ser disposta de modo que a geratriz superior


esteja pelo menos 1,5 m acima do piso e a ventilação inferior até 0,8 m do chão.
As dimensões das ventilações permanentes são definidas em função do da
potência dos aparelhos de queima. A Tabela 8 do Anexo B da IN08/CBMSC, especifica
a área mínima das ventilações, conforme mostra figura 13.

Estudo Preliminar - Projeto de Prevenção Contra Incêndio 21


Tabela 13:Áreas de ventilação permanente

Fonte: IN08/CBMSC

1.6.9.4 Aquecedores

A exaustão dos aquecedores de passagem será realizada por exaustão


coletiva, conforme ilustra a figura 15.

Estudo Preliminar - Projeto de Prevenção Contra Incêndio 22


Figura 15: Exemplo de duto para exaustão coletiva

Fonte: IN08/CBMSC

Quando for instalado chaminé coletiva, para exaustão dos gases de


combustão dos aparelhos de queima a gás, deve ser observado os seguintes requisitos:

 os dutos de exaustão individuais que são conectados ao duto de exaustão


coletiva devem ter uma altura mínima de 2 m, podendo haver no máximo 2 dutos
de exaustão individuais por pavimento;
 cada duto de exaustão coletiva deve servir no máximo a 9 pavimentos, sendo
que a distância do defletor do último aparelho ligado ao duto de exaustão coletivo
até o seu terminal deve ser no mínimo 3,5 m;
 a ligação dos dutos de exaustão individuais ao duto de exaustão coletiva deve
ser feita no sentido ascendente e ter um ângulo mínimo de 100 graus;
 ter abertura na parte inferior do duto de exaustão coletiva, no mínimo 200 cm²,
para limpeza, possuindo acesso e uma ligação para a saída da água de
condensação para o esgoto.
 os dutos devem ser executados com material rígido, incombustível, resistente a
corrosão e altas temperaturas,

Estudo Preliminar - Projeto de Prevenção Contra Incêndio 23


 a distância mínima requerida entre a cobertura do prédio e a saída do duto de
exaustão coletiva é de 40 cm;
 é permitido no duto de exaustão coletiva um único desvio oblíquo, retornando à
vertical, que não pode ter ângulo maior que 30° em relação ao eixo vertical, não
podendo a seção sofrer redução com a mudança de direção;
 para seções retangulares, a relação entre o lado maior e o menor é de 1,5 vezes;
 o número máximo de aparelhos ligados em uma chaminé coletiva é conforme a
Tabela 10 do Anexo B;
 o dimensionamento da seção mínima do duto de exaustão coletivo e de seus
terminais é de competência do responsável técnico pelo PPCI.

1.6.9.5 Medidores

Os abrigos de medidores de gás devem:

 estar localizados nos pavimentos dos respectivos pontos de consumo,


instalados na área de circulação comum;
 possuir sinalização na porta, com a inscrição: “MEDIDORES DE GÁS”;
 possuir em seu interior, para cada unidade consumidora (por exemplo,
apartamento), um registro de corte de fecho rápido, uma válvula
reguladora de pressão de 2º estágio e um medidor de gás, nesta
sequência; (Inciso alterado pela NT37/DAT/2018)
 possuir dimensões compatíveis com a quantidade de medidores,
registros e válvulas instalados, considerando espaço para manobras de
manutenção;
 possuir portas com sistema de fechamento que não impeça, dificulte ou
retarde qualquer acesso aos registros de corte de fornecimento de gás;
e VI – estar instalados entre cotas de 20 a 160 cm, tendo como referencial
o piso acabado e apresentar as tampas das caixas dos abrigos
ventiladas.

No Edifício residencial os medidores podem ser locados na área destinada


ao shaft, porém as prumadas de GLP, devem ser envoltas em concreto, a porta de
acesso ao shaft deve ser ventilada com venezianas (8mm entre palhetas). A figura 16
mostra a previsão de onde serão locados os medidores individuais de GLP

Estudo Preliminar - Projeto de Prevenção Contra Incêndio 24


1.6.9.6 Válvula de Corte Geral

Nas edificações com Instalações de Gás Combustível, para cada bloco,


deve haver uma válvula de corte geral de gás, do tipo válvula de esfera de fecho rápido,
localizada:

I – no máximo a 5 m de distância da porta de acesso principal do bloco; e

II – externamente na fachada do bloco, ou internamente no hall de entrada


do bloco. § 1º A válvula de corte geral de gás (GLP ou GN) para o bloco deve ser
instalada em abrigo com as dimensões compatíveis para sua proteção, e com
fechamento em material transparente, com os seguintes dizeres: “EM CASO DE
INCÊNDIO, QUEBRE E FECHE O REGISTRO DE GÁS”.

Condução do GLP:

As tubulações para gás não podem passar em:

 dutos de lixo, de ar condicionado ou de águas pluviais, reservatórios


de água e incineradores de lixo;
 locais de difícil acesso, subsolos, porões ou locais que possibilitem
acúmulo de volume de gás em caso de vazamento;
 caixas ou galerias subterrâneas, valetas para captação de águas
pluviais, cisternas ou reservatórios de água, aberturas de dutos de
esgoto ou aberturas para acesso a compartimentos subterrâneos;
 compartimentos não ventilados ou dutos em atividade (ventilação de
ar condicionado, exaustão, chaminés, etc.)
 poços de ventilação ou iluminação capazes ter um eventual
vazamento de gás;
 qualquer vazio ou parede contígua a qualquer vão formado pela
estrutura ou alvenaria, mesmo que ventilado;
 ao longo de qualquer tipo de forro falso, salvo se for ventilado por
tubo luva, atendendo aos critérios desta IN;
 pontos de captação de ar para sistemas de ventilação;
 compartimento de equipamento ou dispositivo elétrico;
 elementos estruturais: lajes, pilares ou vigas;

Estudo Preliminar - Projeto de Prevenção Contra Incêndio 25


 escadas e antecâmara, inclusive nos dutos de ventilação da
antecâmara;
 poço ou vazio de elevador;
 garagens (quando em cota negativa);
 ambientes de cota negativa; e
 dormitórios ou banheiros

1.6.10 Sistema Hidráulico Preventivo

A norma a ser atendida para o Sistema Hidráulico Preventivo é a Instrução


Normativa 07 do Corpo de Bombeiros do Estado de Santa Catarina (IN 07/ CBMSC).

A tubulação do SHP deve ser metálica, com diâmetro mínimo de 65 mm


(2½") e quando aparentes, devem ser pintadas na cor vermelha.

A escolha do tipo de mangueira é em função do seu local de uso e da


condição de aplicação. A Tabela 1 da IN07/CBMSC mostra uma relação do tipo de
mangueira para cada tipo de aplicação, transcrita parcialmente na Tabela 17.

Tabela 17- Tipo de Mangueiras

Pressão de
Mangueira Aplicação Diâmetro Descrição
trabalho
Destina-se a edifício de Mangueira flexível, de borracha,
Tipo 1 40 mm (1 1/2") 100mca
ocupação residencial. com um reforço têxtil.
Destina-se a edifícios 40 mm (1 1/2") Mangueira flexível, de borracha,
Tipo 2 comerciais ou 140mca
65 mm (2 1/2") com um reforço têxtil.
industriais.

Por tanto, para o sistema hidráulico preventivo do Edifício residencial será


utilizada a mangueira do Tipo 1, e para a parte comercial mangueira do Tipo 2.

O hidrante deve ter mangueira flexível, com junta de união tipo rosca x storz,
sendo que as linhas de mangueiras devem ser compostas por lances de 15+15m,
totalizando 30m.

Para os hidrantes que serão previstos na área externa do pavimento térreo


(para atendimento as salas comerciais) do edifício comercial, será previsto lances de
mangueira de 15+15+15m, totalizando 45m. Essa situação é validade pelo Art. 48 da
IN007/CBMSC.

Estudo Preliminar - Projeto de Prevenção Contra Incêndio 26


A definição do tipo de sistema hidráulico preventivo é definida em função da
classificação da carga de incêndio do empreendimento, conforme estabelece Tabela 3
da IN007/CBMSC, transcrita parcialmente na Tabela18.

Tabela 18 - Tipo de Sistemas

Carga de Diâmetro da Nº de Tipo de Vazão mínima


Tipo Característica
Incêndio mangueira saídas esguicho no esguicho
Até Agulheta (Ø
I Hidrante 40 mm (1½") Simples 70 L/min
1.142MJ/m² requinte = ½")

Como a carga de incêndio da edificação possui valor inferior a 1.142MJ/m²


o sistema se SHP adotado é do Tipo I.

1.6.10.1 Reserva Técnica de Incêndio

O volume d’água da RTI é definido em função da carga de incêndio e da


área total construída do imóvel, conforme Tabela 4 da IN07/CBMSC, transcrita
parcialmente na Tabela 19

Tabela 19 - Volume mínimo da RTI

25.000m²<
Risco de Área ≤ 2.500m²< Área 5.000m²< Área 10.000m²< Área Área >
Área ≤
incêndio 2.500m² ≤ 5.000m² ≤ 10.000m² ≤ 25.000m² 50.000m²
50.000m²
Até 1.142
RTI = 5 m³ RTI = 10 m³ RTI = 15 m³ RTI = 20 m³ RTI = 25 m³ RTI = 30 m³
MJ/m²
1.142 a 2.284
RTI = 18 m³ RTI = 36 m³ RTI = 54 m³ RTI = 72 m³ RTI = 90 m³ RTI = 108 m³
MJ/m²
Acima de
RTI = 36 m³ RTI = 72 m³ RTI = 108 m³ RTI = 144 m³ RTI = 180 m³ RTI = 216 m³
2.284MJ/m²

1.6.10.2 Especificações para o reservatório superior.

O reservatório pode ser dividido em 2 ou mais células, para permitir a


limpeza e a manutenção de uma célula, enquanto a outra célula supre de água a
edificação e o SHP. Os reservatórios devem ser dotados de dispositivos para acesso à
vistoria interna.

As paredes do reservatório devem garantir proteção ao fogo por duas horas.


A porta de acesso ao reservatório deve ser metálica (sem elemento vazado) ou tipo P-
30.

Estudo Preliminar - Projeto de Prevenção Contra Incêndio 27


1.6.10.3 Localização dos Hidrantes

Os hidrantes devem estar localizados em circulações ou na área comum da


edificação, onde existir boa visibilidade e fácil acesso e ainda em lugar que evite que
fiquem bloqueados em caso de incêndio.

Os hidrantes serão previstos nas circulações comuns do empreendimento,


de modo a atender os requisitos estabelecidos na IN007/CBMSC.

1.6.10.4 Hidrante de Recalque

O sistema hidráulico preventivo deve ter hidrante de recalque, do tipo


coluna, localizado junto a entrada principal da edificação, na parede externa da fachada
principal da edificação, no muro da divisa do imóvel com a rua ou ainda na área externa
da circulação do imóvel, de modo a permitir o livre acesso e a aproximação do caminhão
de combate a incêndio do Corpo de Bombeiros, a partir do logradouro público, sem
existir qualquer obstáculo que dificulte o seu uso e a sua localização.

1.6.11 Iluminação de Emergência

A norma que trata do Sistema de Iluminação de Emergência é a Instrução


Normativa 11 do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina (IN11/CBMSC).

As luminárias de emergência serão ser distribuídas estrategicamente


ressaltando as rotas de fuga e permitindo o abandono seguro e ordenado do local e
acesso dos socorristas.

O sistema de iluminação de emergência adotado será do tipo blocos


autônomos, deve ser previsto uma tomada exclusiva para cada bloco autônomo, com
autonomia de uma hora, no mínimo. Recomenda-se adotar duas horas para todo o
empreendimento em vista perdas ou falhas. Deve ser previsto circuito elétrico para o
SIE, com disjuntor devidamente identificado, independentemente do tipo de fonte de
energia utilizado, podendo ser compartilhado com a sinalização para abandono de local.

Deve-se garantir um nível mínimo de iluminamento de:

 5 lux em locais com desnível e reunião público com concentração;

Estudo Preliminar - Projeto de Prevenção Contra Incêndio 28


 3 lux em locais planos.

Nas rotas de fuga horizontais e verticais do imóvel (circulação, corredores,


hall, escadas, rampas, etc.), a iluminação convencional destes ambientes deve ter
acionamento automático (por exemplo com o uso de sensor de presença)

1.6.12 Sinalização Para Abandono de Local

A norma que trata do Sistema de Sinalização para Abandono de Local é a


Instrução Normativa 13 do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina (IN13/CBMSC).

As sinalizações de emergência serão distribuídas estrategicamente


ressaltando as rotas de fuga e permitindo o abandono seguro e ordenado do local.

O sistema de sinalização de emergência adotado será com baterias


autônomas com uma hora de autonomia, no mínimo. Recomenda-se adotar duas horas
para todo o empreendimento em vista perdas ou falhas. Deve ser previsto circuito
elétrico para as placas luminosas da SAL, com disjuntor devidamente identificado,
independentemente do tipo de fonte de energia utilizado, podendo ser compartilhado
com a iluminação de emergência.

1.6.13 Proteção Estrutural

A norma que trata de Proteção Estrutural é a Instrução Normativa 14 do


Corpo de Bombeiros de Santa Catarina (IN14/CBMSC).

O tempo de resistência ao fogo é aplicado aos elementos estruturais e de


compartimentação, conforme os critérios estabelecidos na Tabela do Anexo B da
IN14/CBMSC, transcrita parcialmente na Tabela 20.

Tabela 20 - TRRF Para as ocupações em função da altura do imóvel

TRRF (em minutos) em função da altura da edificação


Grupo Divisão Altura da edificação (H) em metros
H≤6 6<H≤12 12<H≤23 23<H≤30 30<H≤80 80<H≤120 120<H≤150
A A-1 a A-3 30 30 60 90 120 120 150
C C-1 a C-3 60 60 60 90 120 150 150

Estudo Preliminar - Projeto de Prevenção Contra Incêndio 29


Conforme mostra a tabela 20, o tempo de resistência ao fogo aplicado aos
elementos estruturais da edificação deve ser de 60min.

Estudo Preliminar - Projeto de Prevenção Contra Incêndio 30

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