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Introdução

“Embora o casamento seja muitas coisas, ele é tudo menos sentimental. É glorioso porém difícil. É
força e alegria ardentes, mas também é sangue, suor, lágrimas; derrotas humilhantes e vitórias
exaustivas” (Keller, O Significado do Casamento 2012). Tim Keller inicia o primeiro capítulo de seu
livro “O Significado do casamento” com essa frase que chamou a nossa atenção. Durante nossa
caminhada de casamento e também, aconselhando outros casais, nunca pensamos no casamento
nestes termos. O que despertou o nosso interesse foi o fato de que o casamento era composto de
elementos ao mesmo tempo intangíveis e objetivos. Às vezes o casamento vai ser desafiador por
causa de elementos que estão distantes do nosso alcance, em outros casos, as circunstâncias se
apresentam de maneira muito prática. Por diversas vezes, depois de um aconselhamento longo e
complexo, ou mesmo após enfrentar as situações complicadas do nosso próprio casamento, falamos
um para o outro: “tudo isso é um mistério profundo”.

Como desvendar esse “mistério profundo” que envolve o casamento? Não existe outro caminho
seguro, senão, consultar os ditames daquele que estabelece o casamento como parte de seus
planos. Quando lemos o relato do Gênesis (2.22-25) em que Deus celebra o primeiro casamento,
logo, compreendemos que depois do nosso relacionamento com Deus, o casamento é o mais
profundo de todos os demais relacionamentos.

Dessa forma, nunca foi tão importante quanto neste período da história, resgatar os princípios e a
perspectiva bíblica do casamento. O objetivo central deste material é apresentar para os casais – e
outros interessados – a visão bíblica dos propósitos do casamento e suas devidas aplicações nas
questões do casamento. O intuito é ajudá-los a lidar com conceitos equivocados e culturais que
talvez estejam prejudicando seu relacionamento. A menos que você consiga olhar para o casamento
através das lentes da Bíblia, e não de seus próprios conceitos familiares e concepções limitadas de
sua cultura (por exemplo; medo do fracasso, romantismo excessivo, experiência familiar e
secularismo) não será possível tomar decisões saudáveis a respeito de seu relacionamento.

O evangelho e o casamento

Efésios 5.30 pois somos membros do seu corpo. 31“Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se
unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne.” 32Este é um mistério profundo; refiro-me,
porém, a Cristo e à igreja. 33Portanto, cada um de vocês também ame a sua mulher como a você mesmo,
e a mulher trate o marido com todo o respeito.

O que o evangelho tem a ver com casamento e por que iniciar um curso de casais com o
evangelho? Na verdade, os dois assuntos estão ligados de maneira muito particular e não podemos
entender plenamente o casamento se não compreendermos o que significa o evangelho e suas
implicações em nossas vidas. No texto citado acima, Paulo declara que o casamento é um grande
mistério. Em toda a Bíblia, o termo utilizado pelo apóstolo não se refere a um conhecimento místico
ou esotérico, concedido apenas para algumas pessoas de forma especial – os mais evoluídos.
Comumente, a expressão descreve a maravilhosa e gloriosa verdade de Deus revelada em Jesus. O
apóstolo espantosamente aplica essa sentença tão impressionante ao casamento. No versículo 31,
ele menciona o relato de Gênesis sobre o primeiro casamento, para em seguida dizer que “ este é
um mistério profundo”.

Entretanto, qual mistério profundo é esse? Ainda mais surpreendente, Paulo acrescenta “refiro-me,
porém, a Cristo e à igreja”. Mas ele não estava falando de casamento? Porque mudar o assunto
assim? Na verdade, Paulo estava indicando o que disse nos versículos acima. Vejamos:

Efésios 5.25 Maridos, ame cada um a sua mulher, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se por ela

Em outras palavras, “o mistério profundo” não é apenas o casamento em si, mas a mensagem de
que os maridos devem fazer pelas esposas aquilo que Jesus fez quando colocou os crentes em
aliança com ele. Quando Deus estabeleceu o casamento seu propósito era manifestar alguma coisa
maior. Ele olhava para o evangelho.

Desse modo, se Deus vislumbrou o evangelho da graça de Jesus quando instituiu o casamento,
logo, o casamento só pode funcionar corretamente à medida que reflete o modelo de relacionamento
de Cristo com seu povo. Quando pensamos no casamento e em todos os seus desafios, ficamos
naturalmente perdidos e sem direção. Como fazer tantas coisas e observar tantos princípios? Paulo
responde: “Comece por aqui. Faça o que Deus fez por você em Jesus com seu cônjuge. O restante
virá na esteira disso”. Esse é o mistério: o evangelho e o casamento se comunicam um ao outro de
modo interligado. Quando Deus criou o casamento, ele já intentava demonstrar a obra salvadora de
Jesus.

O que é o evangelho?

1Irmãos, quero lembrá-los do evangelho que preguei a vocês, o qual vocês receberam e no qual estão
firmes. 2Por meio deste evangelho vocês são salvos, desde que se apeguem firmemente à palavra que
preguei; caso contrário, vocês têm crido em vão. 3Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que
recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, 4foi sepultado e ressuscitou no
terceiro dia, segundo as Escrituras, 5e apareceu a Pedro e depois aos Doze.

Paulo responde as dúvidas sobre a ressurreição do Senhor, simultaneamente, ele faz uma breve
exposição do evangelho de Cristo. Jesus morreu pelos nossos pecados, foi sepultado e ressuscitou
para que tenhamos vida eterna. Por meio deste evangelho – desta boa notícia – nós somos salvos.

O evangelho é uma mensagem de como fomos resgatados do pecado. Mas, o que mais podemos
dizer sobre o evangelho? Responder essa pergunta exige um pouco mais do que parece. Tim Keller
diz que “nem tudo que a Bíblia ensina pode ser considerado “evangelho” (embora seja possível
defender que toda doutrina bíblica necessariamente serve de base para o entendimento do
evangelho)” (Keller, Igreja Centrada 2014).

O próprio termo evangelho tem origem em uma informação – notícia - sobre um fato ocorrido e
suficiente para transformar a nossa existência.

O evangelho é um relato não uma compilação de axiomas

O evangelho não é uma coletânea de conselhos para viver bem – mudar o estilo de vida. Não é algo
que fazemos depois de receber iluminação. O evangelho é a boa notícia do que foi feito por nós e ao
qual devemos responder. Não é um código de ética a ser discutido e admirado. Uma lista de
aforismos para ser seguido e respeitado. Seguramente não é um sistema dentre outros sistemas
para se alcançar a eternidade. O evangelho é o relato seguro e confiável do que Jesus fez na cruz
para salvar pecadores e como eles devem agir diante de tal fato.

O evangelho é o relato do resgate dos pecadores

Se somos salvos, somos salvos de que? Do diabo, do pecado ou de alguma outra coisa qualquer? A
Bíblia afirma que somos salvos da ira de Deus. Paulo disse:

Romanos 1.18 Portanto, a ira de Deus é revelada dos céus contra toda impiedade e injustiça dos homens
que suprimem a verdade pela injustiça,

1 Tessalonicenses 1.10 e esperar dos céus seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos: Jesus, que nos
livra da ira que há de vir.
O apóstolo argumenta que a ira de Deus é o maior problema da humanidade. A ira de Deus é a
intolerância santa e divina ao que aconteceu no Éden em decorrência do pecado. A denominada
morte espiritual, que pode ser descrita como a separação do homem de seu Criador e
consequentemente, a condenação eterna. Por estarmos separados de Deus, estamos
emocionalmente separados de nós mesmos e por isso, sentimos vergonha, medo ou orgulho;
também, estamos separados das outras pessoas (inclusive o cônjuge) produzindo coisas como
rejeição, transferência de culpa e abusos; ademais, estamos fisicamente alienados da própria
criação de Deus, assim, experimentamos todo tipo de sofrimento, desastres naturais, doenças e
finalmente a morte.

Em resumo, todos os nossos problemas humanos são apenas sintomas de nossa alienação de Deus
que é demonstrada por sua ira santa e justa. Desse modo, o evangelho é o relato de como Deus em
Jesus restaurou nosso relacionamento com Deus por meio de sua morte e nos resgatou da sua ira
definitiva. Tornar-se cristão diz respeito a essa mudança de status de relacionamento. Quando
cremos e confiamos na obra de Jesus, ela modifica instantaneamente nossa condição diante de
Deus e passamos a estar nele para sempre. Esse é o relato do evangelho.

O relato do evangelho tem capítulos

O evangelho então é o relato do que foi feito por Jesus em nosso favor, para restaurar nosso
relacionamento com Deus. Contudo, quando perguntamos o que ele fez efetivamente para que isso
acontecesse? A riqueza e complexidade do evangelho começam a aparecer. Existem duas formas
de responder essa pergunta, uma do ponto de vista pessoal, outra da perspectiva criacional. A
resposta relacionada às pessoas pode ser dada da seguinte forma: Deus, pecado, fé e ressurreição.
A resposta da perspectiva criacional seria: Criação, queda, redenção e consumação. Um modo
produtivo e saudável de articular uma resposta é fundindo os dois pontos de vista para que as
verdades do evangelho sejam apresentadas numa narrativa e não simplesmente como temas. Tim
Keller propõe quatro elucubrações (Keller, Igreja Centrada 2014):

● De onde viemos? Todos os homens vieram de Deus e existe apenas um Deus verdadeiro. Ele

é todo poderoso, amoroso, justo, soberano e santo. Ainda assim, é um Deus pessoal e que se
relaciona com a sua criação.

● Por que as coisas deram errado? Por causa do pecado. A humanidade se afastou de Deus

quando escolheu viver centrada em si mesma em vez de viver para Deus. O pecado colhe
três consequências terríveis (Ef 2.1-3): (1) A morte espiritual, emocional e física; (2) a
escravidão de satanás, do mundo e da carne e (3) a justa condenação de Deus.

● O que restaurará as coisas? Cristo, por meio de sua obra. Ele se encarnou, viveu entre nós e

substituiu os pecadores ao morrer a morte deles na cruz. Ele ressuscitou e prometeu voltar
para julgar o mundo e dar fim a toda a maldade, sofrimento, decadência e morte.

● Como posso ser restaurado? Por meio da fé em Cristo. Ter fé em Jesus para nossa salvação

tem duas implicações importantes:

Primeiro, ter fé em Jesus significa deixar de confiar em nós mesmos - ou em nossas


maneiras alternativas de salvação como confiar no dinheiro, no sexo ou na religião - e
passar a confiar e descansar somente nele.

É muito fácil regressar ao pacto das obras para nossa salvação, especialmente, no
casamento.

Segundo, o que nos salva não é a qualidade ou a profundidade de nossa fé, mas a
pessoa em quem depositamos a nossa confiança.

Temos que rejeitar a tendência de achar que o que eu sou, penso ou sinto pode me
salvar. “a fé salvadora não é um nível de certeza psicológica; é um ato da vontade que
nos leva a descansar em Cristo” (Keller, Igreja Centrada 2014).

Concluímos que o evangelho é acima de tudo uma boa notícia que produz uma nova vida e um novo
relacionamento com as pessoas. Essa boa notícia não é sobre o que temos de fazer, porém, é
exclusivamente o relato do que foi feito por nós. Todavia, como veremos a seguir, ele deve impactar
de forma definitiva, abrangente e constante nosso casamento.

Um quadro aterrorizante

Ao longo dos últimos anos, mesmo com o avanço das ciências sociais, humanas e tecnológicas, os
casamentos continuam em declínio. O índice de divórcios permanece crescendo assustadoramente
e a maneira encontrada pelas pessoas para lidarem com os problemas conjugais, normalmente tem
causado ainda mais dificuldades. Tudo isso, produz desconfiança e pessimismo acerca do
casamento, especialmente entre os adultos mais jovens. Muitas pessoas acreditam e defendem a
ideia de que estamos sempre diante duas alternativas: ou ser solteiro e solitário ou casado e infeliz –
com algumas pequenas variações entre os conceitos.

Tim Keller afirma que “é possível que esse pessimismo tenha nascido de um novo tipo de idealismo
fantasioso acerca do casamento, resultante de uma mudança expressiva na visão de nossa cultura
acerca da finalidade do casamento”. Durante o florescimento da idade moderna e pós-moderna, o
advento do iluminismo deu origem a um novo conceito de casamento. O sentido da vida passou a
ser considerado a liberdade individual de escolher o que mais satisfaz à personalidade. Dentro
dessa nova abordagem, a essência do casamento não se encontra no seu propósito divino, mas em
um acordo entre duas partes com o intuito de promover o crescimento e a satisfação individual e
mútua. No final os indivíduos se casam por causa de si mesmos e para atender aos seus anseios.

Quando olhamos para as Escrituras aprendemos que os propósitos do casamento são mais
excelentes. Vamos olhar com cuidado novamente para o texto de efésios:

Efésios 5.22 Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como ao Senhor, 23pois o marido é o cabeça
da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador.
24Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus
maridos. 25Maridos, ame cada um a sua mulher, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se por ela
26para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, 27e para apresentá-la a si
mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável. 28Da
mesma forma, os maridos devem amar cada um a sua mulher como a seu próprio corpo. Quem ama sua
mulher, ama a si mesmo. 29Além do mais, ninguém jamais odiou o seu próprio corpo, antes o alimenta e
dele cuida, como também Cristo faz com a igreja, 30pois somos membros do seu corpo. 31“Por essa
razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne.” 32Este é
um mistério profundo; refiro-me, porém, a Cristo e à igreja. 33Portanto, cada um de vocês também ame a
sua mulher como a você mesmo, e a mulher trate o marido com todo o respeito.

Neste texto, estão presentes elementos como amar, cuidar, entregar-se, alimentar, respeitar entre
outros. Podemos dizer que os propósitos bíblicos do casamento são:

1. Refletir a união espiritual e pactual entre Cristo e sua igreja.


2. Criar uma comunidade – uma só carne – de cuidado mútuo e progressivo.
3. Desenvolver essa comunidade para que os filhos possam crescer e se desenvolver
devidamente.
4. Sujeitar os interesses e impulsos individuais em favor do relacionamento para o bem comum
da sociedade.
A confissão de fé de Westminster de 1646 acertadamente afirma que: “O matrimônio foi ordenado
para o mútuo auxílio de marido e mulher, para a propagação da raça humana por uma sucessão
legítima e da Igreja por uma semente santa, e para impedir a impureza.” (24.2).

Nitidamente, aconteceu uma ruptura, entre o conceito bíblico e histórico dos propósitos do
casamento. O casamento costumava ser uma comunidade pública que visava um bem maior, que
costumava promover a ideia de nós para todos. Depois virou um acordo pessoal que visa à
satisfação dos indivíduos e que agora promove as individualidades e suas necessidades.

Atualmente, homens e mulheres querem um casamento no qual recebem plena satisfação individual.
Desejam encontrar e conviver com uma pessoa comprometida, honesta, divertida e constantemente
saudável. Alguém que não exija grandes mudanças e que realize todos os seus sonhos e desejos.
Portanto, o problema não está no casamento (ou no cônjuge), mas em nós mesmos e em como
podemos tratar essas distorções.

O remédio do evangelho

Efésios 5.24 Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a
seus maridos. 25Maridos, ame cada um a sua mulher, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se por
ela

Paulo faz uma declaração controversa, no texto acima, de que as mulheres devem se “sujeitar aos
seus maridos”. Porém, logo a seguir, ele diz que os maridos devem amar suas esposas “como Cristo
amou a igreja”. O texto pode parecer complexo, difícil ou mesmo impossível. No entanto, o que o
apóstolo ensina é que cada cônjuge é chamado para fazer sacrifícios um pelo outro. Em outras
palavras, a compreensão correta do evangelho é a única maneira com que os casais podem vencer
as suas lutas constantes no casamento. O entendimento melhor do evangelho ajudará pessoas a
experimentar uma união cada vez mais profunda e real. O evangelho é o instrumento de Deus para
restaurar corações de dentro para fora. E esse é o “mistério profundo” de Deus! Por meio do
evangelho, recebemos poder para a jornada do casamento.

No cerne do evangelho está a mensagem de um sacrifício feito por uma pessoa (Jesus), para outras
pessoas (os crentes). O que Paulo está ensinando é o mesmo princípio. Quer sejamos maridos ou
esposas, não devemos viver para nós mesmos, mas para o outro. Tim Keller exemplifica:

Essa mensagem do evangelho deve tanto tornar humilde quanto exaltar aquele que crê. Ela nos ensina
que somos, de fato, pecadores egocêntricos. Enfraquece nossas ilusões acerca de nossa própria
bondade e superioridade. Mas o evangelho também nos enche com mais amor e segurança do que
somos capazes de imaginar. Isso significa que não precisamos fazer por merecer nosso valor próprio
por meio de serviço e trabalho incessante. Também significa que não nos importamos tanto quando
somos privados de algum conforto, elogio ou recompensa. Não precisamos manter registros e fazer
balanços para ver se o saldo é positivo ou negativo. Podemos dar livremente e receber livremente.
(Keller, O Significado do Casamento 2012).

Portanto, o "mistério profundo" do casamento é resultado do serviço sacrificial no poder do Espírito


Santo com base no entendimento do evangelho. Os cônjuges só descobrem a própria satisfação e o
pleno significado do casamento quando colocam a resposta ao evangelho de Jesus em perspectiva
em suas reações, atitudes e sentimentos. Claro que isso não acontece rapidamente. Exige anos de
reflexão, de comunhão com a igreja local, discipulado constante, de oração e leitura da palavra de
Deus.

Conclusão

O que será que aconteceria se os casais mergulhassem cada vez mais na mensagem do evangelho
para lidar com os problemas de seus casamentos? Como viveríamos se, de forma natural,
conhecêssemos a mente e o coração de Jesus quando as dificuldades surgissem em nossos
casamentos? Se fôssemos pacientes e bondosos como ele foi conosco. Se não nos importássemos
tanto com a nossa reputação e o nosso valor, por que essas coisas estariam flutuando em torno dele
mesmo? "A única forma de não sacrificar a alegria e a liberdade de seu cônjuge no altar de suas
próprias necessidades é voltar-se para o amante supremo de sua alma" (Keller, O Significado do
Casamento 2012).

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