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O TIO DO ALÍRIO E A SUA CUNHADA

Baseado em fatos reais


Aos 8 anos de idade o Alírio ficou órfão de ambos.

Foi trágico, quando como de sempre os pais do Alírio entravam todas as madrugadas num transporte
semi-coletivo da pequena Vila de malema onde moravam para a escola de uma localidade aonde
trabalhavam, que houve o acidente que marcou a vida do Alírio, fazendo com que os seus pais nunca
mais voltassem para a casa, na época não foi tão impactante para ele por ser ainda tão novo, depois de
feito o funeral o irmão mais velho da falecida mãe do Alírio decidiu levar o Alírio para morar em sua
casa, felizmente o Alírio ganhou uma nova família.

O tio do Alírio era Agricultor, vivia na aldeia aonde estava a escola que os pais do Alírio trabalhavam, o
Alírio já etava na terceira classe na época da perda, e mesmo se mudado para a aldeia o seu tio fez o
necessário para que o sobrinho continuasse com os estudos, passados alguns dias, talvez semanas
mesmo o Alírio sendo tão novo, já estava sentindo muito a falta dos pais, não é fácil a vida do campo,
ser Agricultor é bem difícil aqui, o Alírio era obrigado a sair da cama as quatro horas da madrugada, com
o frio que fazia parecer nevar na África, ele procurava sempre uma vara para poder sacudir o orvalho
nos estreitos caminhos cobertos por capim todo carregado por orvalho que se inclinava para o caminho,
distante parecia não haver caminho nenhum, mas havia o caminho que o levava para os viveiros de
cebola que ele tinha a obrigação de os regar, fazia mais de duas horas para terminar a sua primeira
tarefa do dia, logo após terminar a irrigação já estava o tio preparando o terreno para depois de um
tempo determinado fazer-se o transplante das plantas que o Alírio regava e tinha que também fazer o
mesmo trabalho que o seu tio fazia até o período que devia sair correndo para a escola, percorria cerca
de 4km para chegar a escola pelas 12h, ele regressava as 17h e chegado em casa tinha que preparar o
jantar, é frequente comer Xima e matapa sem amendoim, poucas vezes almoçava muito menos
matabichar, e assim viveu o Alírio por mais 8 anos, no quinto ano teve que repetir a 7ª classe, o
sofrimento transformou-lhe num grande homem, no próximo ano ele vai fazer a décima classe, era já
no mês de Dezembro que veio a Aulandia a prima da esposa do tio do Alírio, ela tinha 17 anos anos na
época veio para completar o ensino secundário, já que na aldeia da qual morava só podia estudar até a
10ª classe a escola não podia oferecer mais que isso, mas afinal ela é a cunhada do tio do Alírio, no início
ela teve que viver a mesma rotina que o Alírio, até que iniciou uma nova campanha agrícola no ano
seguinte junto com o ano letivo, pelo menos o Alírio já tinha alguém para dividir as tarefas, também os
fartos da vida difícil que tinham, o tempo ia urgindo, já passavam meses, mais que uma simples tia, o
Alírio já tinha ganhado uma amiga já que era muito engraçado nas suas conversas e ambos eram
adolescentes, a intimidade entre os dois crescia a cada dia que passava, enquanto do outro lado o tio do
Alírio fez troca de quarto, dando para a sua cunhada o seu antigo quarto e por um pouco tempo ele e a
esposa passaram a dormir no quarto que estava ao lado direito do corredor da entrada da casa
enquanto o quarto do Alírio estava no lado esquerdo, a parede que separa o quarto do tio, estava a sala,
e do lado esquerdo estava o quarto da Aulandia, que a parede separava com o quarto do Alírio, a esposa
do tio do Alírio estava com um bebê recém nascido, e não poderia ter relações sexuais com o seu
marido segundo as tradições moçambicanas, depois de um tempo desde a troca dos quartos o tio do
Alírio decidiu sair do quarto da sua esposa, visto que não poderia a ver como mulher devido ao bebê e
passou a dormir na sala da casa, que ao lado esquerdo havia a porta do quarto da sua cunhada, e todas
as noites ele ia manter relações sexuais com a Aulandia depois de a prometer uma vida melhor e com
certeza a ter ameaçado, já estava chegando o memento que deve se fazer a colheita do que se produziu
na presente campanha agrícola, e deu muito sorte, a produção foi bem sucedida, o tio vendeu o que
tinha colhido, a Aulandia já parecia ser a dona da casa, ingenuamente a esposa do tio do Alírio ainda
acha que o marido a trata tão bem por apenas ser a cunhada, mas o Alírio já começou a achar muito
estranho, e vem o ciúme porque já morava com o tio a quase dez anos, e nunca tinham viajado para a
cidade após várias colheitas mais bem sucedidas que aquela daquele ano, mas dessa vez o tio já tinha
agendado uma viagem junto com a Aulandia, e não demorou para que isso acontecesse, o que o Alírio
poderia fazer, nada a casa não é sua ele é criado, lhe resta apenas chorar sem derramar lágrimas como
sempre fez, a viagem não durou muito tempo, depois de alguns dias eles já teriam voltado para casa,
mas ainda a intimidade entre o Alírio e a Aulandia era muito grande e invasiva entre os dois, o tio não
sabia nada disso, foi que teve uma brilhante ideia, ele disse para o Alírio o seguinte: "Sobrinho agora já
tens idade de um homem grande, não fica bom passermos as noites na mesma casa, começamos
amanhã mesmo a fazer adobes para construirmos uma casinha lá no fundo do quintal para que seja lá
onde vai passar as noites, já que o trabalho no campo diminuiu e ainda estam passando os dias das
férias na escola..." O Alírio adorou a ideia já que é o que mais queria, privacidade, ele não mediu o
esforço e em tão pouco tempo a casa do Alírio já estava pronta, e começou a passar as noites lá,
enquanto o tio ficava a vontade na casa e no quarto da cunhada.

Agora as coisas começaram a mudar e muito, a Aulandia e o Alírio estava sempre colados, seja no campo
de produção, em casa na cozinha, eles preparavam junto o jantar, serviam lá dentro da casa do tio para
eles e os seus filhos e deixam na cozinha a comida deles eles comiam juntos enquanto conversavam e
sorriam até fora da hora, e isso criava uma grande frustração para o tio do Alírio, e ao amanhecer o tio o
gritava mesmo sem nenhum motivo, será que sentia ciúme? Mas para o Alírio isso não importava, para
piorar eram mais uma razão para aprimorar as conversas com a Aulandia, eles bochechavam ao
trabalho, zombando cada instante do tio, que fez com que o Alírio tirasse a possibilidade de haver algum
caso entre o tio e a Aulandia, agora ao invés de ficarem conversado na cozinha, eles ficavam
conversando lá na casa do Alírio, só eles dois, com o passar do tempo, a aproximação que crescia a cada
dia que passava transformou em um sentimento muito grande, o que eles sentiam um pelo outro cegou
os seus olhos, fez com que não enxergasse quem eles eram realmente, até que uma certa noite na casa
que o seu tio teve a brilhante ideia de construir para o sobrinho, nessa casa o Alírio e a Aulandia tiveram
a primeira relação sexual, já não se viam mais como tio e tia, mas sim como amantes, até que um certo
dia, o tio vendo que já teria perdido a sua segunda esposa que ninguém sabia além dos dois, decidiu
então ao anoitecer, ir até a casa do Alírio.

Foi uma noite como as outras últimas noites, estavam lá os dois, e estava a porta aberta, quando o tio
entro despercebido na casa do Alírio, e estando ainda na pequena sala da da casa, já podia ouvir gritos
vindo do quartinho do Alírio que pareciam flechas lançadas através de um arco muito esticado, que
parecia lançar mais de 20 flechas simultaneamente acertando a cabeça dele, ele pensou, " não poço
entrar nesse quarto, porque ele vai descobrir que eu tinha um caso com ela" mas a raiva foi muito mais
forte que o juízo, que acabou não resistindo, levantou a capulana que estava pregada na entrada do
quarto que sérvia de cortina e ficou observando, por alguns minutos que começou a chorar por tanta
raiva que sentia até então os dois não se tinham apercebido que havia mais alguém dentro da casa, até
quando o tio gritou dizendo " o que fazes sobrinho?" ambos separaram-se um do outro e cobriram-se
com o lençol, sentado e apoiados pela parade, se inclinaram os dois por tanta vergonha que sentiram,
naquele instante a Aulandia preferia mesmo entrar numa garrafa.

Houve um grande silêncio por alguns minutos, até quando o tio começou a falar do quanto tinha
cuidado do sobrinho, de que nunca tinha imaginado que algum dia eles poderiam fazer algo parecido, e
chamou a sua cunhada pelo seu nome dizendo: " Aulandia, porque fizeste isso, o que eu não te dei, eu
fazia tudo para você ser feliz, para agora vires me trair com o meu sobrinho" e as dúvidas que inundava
a consciência do Alírio naquele tempo começaram a fazer todo o sentido, naquele dia a mãe e a outra
irmã do tio do Alírio estava lá, porquê ele estava doente, e elas tinham vindo para poder ajudar nas
atividades da casa, dai que todos começaram a ouvir gritos na casinha do Alírio, e sair para ver o que
acontecia.

Ao amanhecer, o tio todo irritado, não conseguiria ver o Alírio como seu sobrinho, que o espulçou da
sua casa, e todos ficaram sabendo que o tio e a Aulandia eram amantes fazia um tempo, aliás a irmã do
tio do Alírio, a tia Joanna ficou tendo a certeza do casa, porque ela já suspeitava dos dois.

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