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Seus primos, Derek e Drew, eram mais como irmãos do que primos
para ele. Eles tinham sido criados juntos, e tinham passado do nível de
pobreza ao status de bilionários juntos também. Eles tinham feito coisas
separadas no mundo dos negócios, mas ficaram lado a lado um do outro
quando subiram para o topo das listas dos mais ricos do mundo.
Ele sempre era bem-vindo em suas casas, mas agora era diferente.
Ele estava realmente cheio de inveja enquanto os observava com suas
famílias.
E então aqui estava ele, em uma nova casa e sem mobília. Ele
balançou a cabeça enquanto vagava em torno dos quartos, seus passos
ecoando nas paredes nuas. Ele ouviu uma batida na porta e a ouviu
abrir.
"Este lugar é ótimo, Tio Ryan," Jacob disse com entusiasmo. Ele
correu para verificar o resto da casa.
Ryan estava feliz por ter comprado um lugar tão perto de seus
primos, porque assim Jacob e o resto de seus sobrinhos e sobrinhas
poderiam visitar a qualquer hora.
Ryan ligou para sua secretária e lhe deu pediu para começar a
providenciar sua mobília para a casa, em seguida, se dirigiu para o
quintal com seus primos, para que pudessem planejar a trilha
de quadricíclos. O resto do dia passou voando, e Ryan esqueceu todos os
seus problemas.
Nicole Lander estacionou o carro, fazendo uma oração de
agradecimento por ter mais uma vez voltado para casa em segurança. Ela
ficava grata cada vez que girava a chave e o motor decidia funcionar e
trabalhar por mais um dia.
Ela caiu de cara na cama, e não estava feliz quando seu telefone a
acordou poucas horas mais tarde.
Ela se arrastou da cama para pega-lo, porque sabia que tinha que
ser importante. "Olá", ela resmungou ao telefone.
"Eu vou estar onde você precisar que eu esteja", disse Nicole, sem
necessidade de fazer qualquer pergunta. Ela não se importava de esfregar
banheiros durante todo o dia, contanto que pudesse sair de seu
apartamento atual. "Quando você me quer?"
"Isso é muito bom, Nicole. Estarei esperando por você", disse ela
antes de desligar a chamada. Nicole pensou que o cliente devia ser um
desses eremitas ricos que não gostavam que mundo os visse. Ela
realmente não se importava. Sua empresa não iria mandá-la para um
lugar inseguro. E mesmo que seu quarto no trabalho fosse pequeno,
ainda seria melhor do que o cômodo no qual atualmente residia. Ela
estava à beira de perder o lugar, de qualquer maneira, porque as contas
do hospital de sua irmã estavam esgotando sua conta bancária.
Ela não tinha falado com Ryan em doze anos, e a última conversa
não tinha ido bem. Ele ainda acreditava que ela tinha traído-o. Tinha sido
muito mais fácil deixá-lo acreditar nisso, mas oh, como tinha quebrado
seu coração.
Ela disse a si mesma repetidamente agora que isso não era sobre
ela. Era sobre sua irmã mais nova, e não importa o quanto ele podia odiá-
la agora, ele sempre amou Patsy. Não havia nenhuma maneira que ele
fosse se sentar e deixá-la morrer quando podia ajudar.
Ela limpou as mãos em suas calças jeans e pegou o cabo do
telefone, tentando controlar as mãos trêmulas. Ela teve que remarcar o
número três vezes de tanto que estava tremendo, mas manteve a ligação.
"Eu hum, queria ver se poderia, hum, falar com você sobre algo
importante", ela forçou através de seus lábios trêmulos. "Nós
costumávamos conhecer um ao outro, muito tempo atrás... eu não sei se
você ainda se lembra de mim," ela terminou.
"Eu não tenho tempo para rodeios. Cuspa o que é que você quer",
ele exigiu dela. Ela não queria pedir dinheiro por telefone, mas que
escolha ela tinha?
Ela ia perder sua irmã, e não achava que poderia sobreviver a essa
experiência horrível.
Ele ficou em silêncio por tanto tempo que ela pensou que ele tivesse
desligado o telefone. Ele não se lembrava dela, ou de sua irmã, e era um
homem muito importante para se sentar no telefone com ela. Ela tinha
falhado em seu último recurso, e sentiu uma enorme sensação de dor
quando percebeu isso. Ela estava começando a tirar o telefone de seu
ouvido quando ele finalmente falou de novo.
Ele não tinha ficado sabendo que Patsy estava doente. Ele decidiu
fazer algumas chamadas e obter algumas informações sobre a situação.
Ele precisava estar bem preparado quando Nicole entrasse por suas
portas. Ele tinha ficado incrivelmente surpreendido com sua chamada, e
preferia não ter mais surpresas quando ela voltasse para sua vida. Ele
também precisava falar com seu tio. Ele não sabia qual era o plano do
velho, já que ele sabia que não poderia dar seu número para ninguém.
Seu tio deveria ter tomado o número dela e o entregando a Ryan - dessa
forma, ele não teria sido surpreendido. Ele não gostava nada de ser pego
de surpresa.
Ele fez vários telefonemas, sendo que um deles incluía Patsy sendo
transferida para um quarto privado. Ele, então, encontrou o melhor
cirurgião cardiotorácico da cidade, e marcou uma consulta. Ele não fez
nada demais, porém, considerando que queria ter certeza que ela
recebesse o melhor dos cuidados.
"Sim, estou aqui para ver o Sr. Titan", ela respondeu. Ela estava
tentando soar confiante, mas sua voz gutural soou fraca até mesmo para
seus próprios ouvidos. Ela tomou algumas respirações profundas,
tentando se recompor.
"Seu nome, por favor?", Perguntou o guarda.
Ela queria que ele a odiasse quando o empurrou para fora de sua
vida. E essa tinha sido uma opção muito melhor do que a outra
alternativa. Não havia nenhuma maneira que ela quisesse que ele
soubesse quem ela realmente era. Para ela, era muito melhor tê-lo a
olhando com raiva e desprezo nos olhos, do que piedade ou desgosto de
saber a verdade.
"Eu queria ter certeza que o Sr. Titan sabe que eu ainda estou
aqui", ela disse para a recepcionista. Ela sabia que um pouco de raiva
podia ser ouvido em seu tom de voz, mas era rude fazer alguém esperar
tanto tempo. Ele provavelmente acreditava que era o único que tinha uma
vida. A secretária encarou-a assustada, como se não pudesse acreditar
que Nicole se atreveria a questionar as intenções de seu chefe.
Ela sentiu como se tivesse falhado com sua irmã - realmente não
via quaisquer outras opções de ser capaz de pagar a conta cirúrgica
agora. Ela já tinha desistido de seu minúsculo apartamento e estava
morando em sofás de amigos e na cadeira da sala do hospital de sua
irmã. Já tinha vendido tudo de valor que possuía, e ainda não era
suficiente. O carro dela decidia quando queria trabalhar, o que só era
cerca da metade das vezes. Ela não era o tipo de pessoa de desistir de
qualquer coisa, mas não via o que mais poderia fazer.
"Parece que ela se foi", foi a resposta que ele recebeu. Ryan não
disse mais nada. Ele desligou e ligou para a mesa de segurança,
perguntando se ela tinha deixado o edifício, apenas para descobrir que ela
realmente tinha saído cerca de meia hora mais cedo. Ela não estava
agindo como alguém que queria um favor. Se qualquer outra pessoa
tivesse saído antes que ele estivesse pronto para recebê-los, ele teria
descartado a coisa toda - mas isso era pessoal.
Ele fez alguns telefonemas e descobriu onde ela estava. Mas quando
descobriu onde ela estava trabalhando, seu mau humor piorou ainda
mais. Ele realmente não devia dar a mínima para onde ela trabalhava, ou
o que fazia. Ela não era importante para ele - mas quando pensou sobre
ela durante a noite, trabalhando numa parada de caminhões, seu
estômago se apertou. Ele sabia o tipo de pessoas que habitualmente
frequentava esse lugar nas primeiras horas da manhã, e certamente não
era lugar para uma mulher.
Ele recolheu suas coisas e chamou seu motorista. Parecia que ele
iria jantar fora naquela noite. Ele sorriu para si mesmo quando imaginou
a reação que ela teria quando ele entrasse pelas portas. Inferno, quando
seu carro parou, ele tinha certeza que haveria um pouco de agitação.
Pessoas como ele simplesmente não iam a lugares como esse. Pelo menos,
não as pessoas como ele hoje em dia. Ele teria ficado feliz em ir a qualquer
lugar quando criança. Esse teria sido um verdadeiro deleite, então.
Logo que ele entrou pelas portas e andou rapidamente antes que ela
o percebesse, ele pôde ver o cansaço em seus ombros. Quando ela
finalmente se virou para ver quem tinha entrado e feito um silêncio
anormal cair sobre seus clientes, ele sentiu um chute no estômago pela
exaustão de sua expressão.
Ela sempre foi tão cheia de vida, mas agora parecia esgotada, como
se suportasse o peso do mundo sobre seus ombros. Ela se aproximou dele
lentamente, como se ele fosse um animal perigoso pronto para atacar a
qualquer momento. Seus lábios se transformaram em um sorriso
sarcástico, porque ele efetivamente era um animal perigoso, muito mais
mortal do que qualquer criatura de quatro patas que ela pudesse
encontrar.
"Você quer uma mesa?", Perguntou ela com desconfiança. Ela sabia
que ele normalmente não entraria num restaurante de parada de
caminhões.
"Eu vou tomar um café", ele respondeu. Ele havia decidido esperar
por um tempo, porque ela certamente estaria deixando esse lugar com ele.
Ele sabia exatamente o que queria como pagamento por ajudar sua irmã,
e iria cobrá-lo. Ele também iria desfrutar um pouco de brincar de gato e
rato no mesmo período. Ele sabia que iria ganhar, então podia ser
indulgente por um tempo.
"Aqui está o menu. Eu estarei de volta com o seu café", disse ela, e
saiu. Ele gostava do balanço de seus quadris, que eram um pouco
maiores do que quando eram adolescentes. Ela definitivamente se
transformou numa mulher, e ele mal podia esperar para explora-la de
novo. Ela ainda era impressionante, mesmo com estresse e exaustão
gravados em suas feições.
Ela voltou com o café, e ele notou a alegria em seus olhos enquanto
tomava o primeiro gole, antes de uma careta entortar seu próprio rosto. O
gosto era horrível, e ele teve a sensação de que ela estava gostando de seu
sofrimento.
Ele sorriu e tomou outro gole, apenas para que pudesse apagar
aquele olhar complacente do rosto dela.
"Srta. Lander, por favor, você pode vir aqui?" Perguntou o chefe
dela, e ela não conseguiu evitar a pontada de desgosto em sua expressão.
Ela caminhou até seu chefe desagradável com o que esperava ser uma
expressão obediente colada no rosto.
"Claro, Senhor. Eu sinto muito por isso", disse ela, esperando soar
humilde o suficiente. Ele rejeitou-a, e ela caminhou de volta para Ryan,
ainda mais furiosa com o homem. Ela viu o olhar de aço em seus olhos, e
de repente ficou com medo que ele fosse fazer uma cena.
Ela tinha que estar morta em seus pés. E ele não ia esperar muito
mais.
"Nós precisamos conversar", ele disse quando ela veio para encher
sua caneca outra vez.
"Você tem uma pausa esta noite?", Perguntou ele. Ela o olhou como
se ele fosse louco. Ela tinha sorte quando conseguia correr para o
banheiro em qualquer noite.
"Eu sou a única garçonete aqui, e não tenho tempo para fazer uma
pausa," ela finalmente disse, e se virou para ir embora. Ele agarrou seu
pulso e a puxou para dentro da cabine ao lado dele, e ela engasgou de
indignação pela sua prepotência.
Ela mais uma vez se esforçou para levantar, mas Ryan ainda se
recusou a deixá-la ir. Ela não queria fazer uma grande cena na frente de
seu chefe, mas ele não estava dando a ela qualquer escolha.
"Você vai me fazer ser demitida", disse ela com os dentes cerrados.
Ela estava começando a ficar com medo, e ele podia ver a vulnerabilidade
em seus olhos. Ele estava feito com o lugar, e ela estava saindo com ele,
mesmo que ele tivesse que jogá-la por cima do ombro.
"Você pode, por favor, pegar as coisas de Nicole para mim? Ela vai
sair comigo agora, querendo ou não, e eu acho que ela preferiria ter suas
coisas", disse Ryan para o cara, que o avaliou. "Eu de modo algum quero
fazer mal a ela. Nossas famílias são amigas, e ela já não precisará desse
trabalho", assegurou ao cozinheiro.
"Ela deveria ter deixado isso aqui há muito tempo. O patrão a trata
como lixo", disse o cozinheiro. Ele pegou seus pertences e colocou no
balcão, depois ficou esperando Nicole sair. Ela apareceu rapidamente,
uma vez que parecia não lhe ser permitido mais do que um par de
minutos para usar o banheiro.
"Ryan, eu já te disse que não vou a lugar nenhum com você. Eu não
saio até às oito da manhã", ela quase gritou com ele. Ela então olhou para
seu chefe, que estava olhando para ela. Ela tinha que tirar Ryan do
restaurante. "Se você realmente quiser falar comigo, eu vou até seu
escritório na parte da manhã," ela terminou, sorrindo para ele no que
esperava ser um sorriso tranquilizador.
Ryan não sentiu mais necessidade de falar. Ele pegou suas coisas,
em seguida, agarrou-a pela cintura e jogou por cima do ombro, e começou
a andar em direção à porta da frente. Nicole estava tão chocada por sua
exibição de homem das cavernas que não disse nada até que eles quase
estavam na porta.
"Ryan, eu exijo que você me coloque para baixo neste instante", ela
finalmente encontrou sua voz.
"Nicole, se você sair por aquela porta agora, pode dizer adeus ao
trabalho", disse seu chefe. Ela olhou para ele a partir de sua posição de
cabeça para baixo com incredulidade. Ela não estava andando para
qualquer lugar. E ninguém ia parar este homem por raptá-la
abertamente?
Ela começou a bater nas costas de Ryan com raiva quando eles
andaram até seu carro. O motorista abriu a porta de trás como se não
houvesse nada de errado com seu chefe carregando uma mulher sobre o
ombro. Inferno, por tudo o que sabia, ele podia realmente fazer isso numa
base regular. Ele jogou-a no banco de trás e subiu rapidamente ao seu
lado, antes que ela tivesse a chance de recuperar o fôlego novamente.
Ryan disse algo para o motorista, e o carro começou a se mover
pelas ruas quase desertas.
"O que você pensa que está fazendo?", Ela perguntou, uma vez que
conseguiu recuperar sua voz.
"Você queria falar, mas saiu. Você tem sorte que eu estou te dando
uma segunda chance", afirmou ele, num tom arrogante de voz. Ela olhou
para ele como se fosse louco. Ele achava que estava fazendo um favor a
ela ao arrastá-la para fora da lanchonete, mas estava custando-lhe um
emprego valioso e muito provavelmente seu último salário também.
"Você está louco? Você sabe como é difícil encontrar trabalho?", Ela
perguntou a ele.
Ryan olhou para ela enquanto ela fazia o seu melhor para fingir que
ele nem estava lá. Ele estava irritado com ela agindo como se ele tivesse
cometido algum crime, quando o que ele tinha feito foi ajudar. Ela estava
muito melhor sem tal trabalho inseguro, e logo estaria agradecendo. Ele
sorriu quando pensou sobre como ela poderia agradecê-lo corretamente.
Nicole olhou para ele nervosamente. Ela não estava de modo algum
preparada para entrar em sua casa. Ali ele estaria verdadeiramente em
seu domínio, e ela não queria sair do veículo quando percebeu isso. O
motorista estacionou em frente à enorme casa e abriu a porta traseira.
Ela teimosamente ficou sentada lá dentro, se recusando a sair do veículo.
"Você pode sair e entrar, ou eu posso levá-la", disse Ryan para ela.
O motorista não disse nada, e Nicole sabia que Ryan não estava blefando,
então relutantemente saiu do carro e seguiu em direção a casa.
Nicole estava de repente tão exausta que mal conseguia ficar de pé,
muito menos andar pelo longo corredor que eles estavam atravessando. A
casa parecia não ter fim, mas ela colocou um pé na frente do outro
enquanto o seguia mais profundamente na casa. Finalmente eles viraram
uma curva, e ele a levou para uma sala convidativa com um fogo
crepitante e quente.
Ela sabia que precisava pedir a ajuda dele para sua irmã, e estava
até mais confiante de que ele iria ajudar, mas não tinha certeza se seria
capaz de lidar com tudo o que ele ia querer em troca.
Ela estava começando a pensar que ele ia querer seu peso em ouro
em troca. Ela estremeceu quando se inclinou contra o sofá e fechou os
olhos, e sua mente automaticamente voltou para o terrível dia, tantos
anos antes.
Quando ela percebeu que teria que romper com ele, preferiu que ele
pensasse que ela era uma adolescente egoísta em vez de uma patética. Ela
o levou a acreditar que não o achava suficientemente bom para ela.
Ele foi embora definitivamente dois anos depois que eles tinham se
separado, odiando-a tanto quanto no dia em que ela tinha terminado com
ele - e ela sofreu os abusos de seu pai durante todo esse período sem
demonstrar. Quando ela finalmente completou dezoito anos, conseguiu
um emprego decente, pegou sua irmã e saiu de casa. Seu pai não tentou
impedi-la, porque estava com medo de ir para a cadeia, e sua mãe estava
muito bêbada para sequer notar as filhas saindo de casa.
Seus pais morreram num acidente de carro dois anos mais tarde, e
tinham sido somente ela e Patsy a partir desse ponto. Elas estavam
tocando a vida e indo muito bem até Patsy desenvolver uma doença
cardíaca que ameaçava tirar sua vida. A equipe do hospital disse que a
cirurgia era eletiva, e agora ela estava sentada na casa de Ryan,
implorando por sua ajuda.
Ele pegou-a em seus braços, e em seu sono ela se virou para ele em
busca de proteção. Ela se envolveu em torno dele, fazendo seu corpo se
mexer com desejo. Ele estava aborrecido consigo mesmo por ficar tão
afetado com pouco mais do que um simples movimento em seu sono.
"Achei que você nunca fosse acordar", disse a voz de Ryan. Ela
empurrou-se na cama, de repente se lembrando de sua noite estranha
com ele. Ela não tinha a menor ideia de como acabou ali, mas ficou
eternamente grata ao descobrir que não estava nua. Ela então percebeu
que, embora não estivesse nua, estavam sem suas calças, e sentiu o
rubor sobre suas bochechas. E se ele tivesse sido aquele que tirou suas
calças? Ela estava vestindo uma calcinha perfeitamente comportada que
não mostrava muito, mas ainda estava um pouco envergonhada.
Ela entrou na cozinha, e seus olhos foram atraídos para uma mesa
lateral com vários pratos cheios de comida e com um cheiro delicioso. Ela
queria desesperadamente ir até a mesa e servir-se um prato cheio de
comida, mas não era sequer uma convidada na casa e, portanto, não teve
coragem de fazê-lo.
"Você poderia, por favor, parar de olhar para a comida como se ela
fosse desaparecer e se servir? Podemos falar enquanto comemos", ele
disse. Ela saltou quando ouviu sua voz. Era óbvio que não tinha
percebido que ele estava ali.
"Ok, acho que é hora de termos nosso bate-papo agora", Ryan disse
a ela. Nicole respirou fundo e se preparou para mendigar. Não havia
ninguém além de sua irmã por quem ela se rebaixaria. Desde que ela era
mais uma mãe para Patsy do que uma irmã, ela faria o que fosse preciso
para ter certeza que ela ficaria bem.
"Patsy tem uma doença cardíaca rara, que requer cirurgia, mas seu
seguro não cobre isso. Dizem que é uma cirurgia eletiva mas, se ela não a
fizer, não vai sobreviver ao seu aniversário de dezessete anos", disse
Nicole rapidamente. Ela estava lutando contra as lágrimas pela simples
ideia de perder Patsy. Ela a amava muito, e devia cuidar dela. Ela deveria
ter sido capaz de evitar que ela ficasse doente, e agora Patsy estava mal. O
pensamento disso quase destruiu Nicole.
"O que você está disposta a fazer por mim se eu aceitar sua
proposta?", Perguntou friamente.
"O que você quer?", Perguntou ela, com muito medo da resposta
que ele poderia dar. Ele sorriu para ela, e seu estômago se apertou. Ela
estava aterrorizada com o que ia sair de sua boca. E se ela não fosse
capaz de lhe dar o que ele queria? Se estivesse ao seu poder, então era
claro que ela o faria, mas Nicole não conseguia descobrir o que ele poderia
querer dela, já que não tinha absolutamente nada.
Ryan sabia que iria direto para o inferno, mas não se importava. Ele
a queria, e agora tinha a chance de consegui-la. Ele ia quebra-la, e
quando tudo estivesse dito e feito, ele iria embora. E então, apenas talvez,
ele não ia mais sentir dor. Ela nunca saberia que ele já tinha
providenciado a cirurgia, e que teve Patsy mudando de quarto na noite
anterior.
Ela não sabia que, mesmo se ela caminhasse para fora da porta
dizendo-lhe para ir para o inferno, ele ainda iria ajudar Patsy. Ele amava
a menina quando ela tinha apenas um par de anos de idade e se enrolava
a seus pés. Ele a ajudaria sem exigir nada em troca. Mas, por outro lado,
por que não começar algo com Nicole, se pudesse? Ele olhou diretamente
nos olhos dela, assim não haveria nenhuma chance de um mal-
entendido.
"Eu exijo uma resposta, agora", ele ordenou. Ele não queria lhe dar
qualquer chance de mudar de ideia.
"Que escolha você está me dando?", Ela gritou quando uma lágrima
escorreu pelo seu rosto. Ela nunca tinha odiado o homem mais do que
naquele momento. Como ela poderia não fazer o que fosse preciso para
manter sua irmã segura? Se as pessoas no hospital descobrissem que
elas estavam atualmente sem-teto, eles tomariam Patsy dela, e ela ia ser
colocada num orfanato.
"Eu preciso ver minha irmã", foi tudo o que ela disse a ele.
Antes que ela desse mais do que alguns passos, porém, ele estava
lá, virando-a para encara-lo. Eles olharam um para o outro, nenhum
disposto a recuar.
Ela se recusou a abrir a boca para ele no começo, mas quando sua
língua sacudiu ao longo da costura de seus lábios, ela rapidamente
perdeu a força de vontade. Ele pressionou-a na parte inferior das costas,
colando-a ao seu corpo, possibilitando-lhe sentir sua excitação evidente.
Tal proximidade fez um suspiro escapar de seus lábios, dando-lhe acesso
a sua boca. Ele mergulhou sua língua dentro, e todos os pensamentos de
resistir a ele foram dissipados.
Suas mãos corriam para cima e para baixo de seu corpo trêmulo, e
em questão de segundos ela chegou a seu ponto de fusão. Nenhum outro
homem jamais a tinha beijado como Ryan, e ela estava agradecida de que
ele a estava segurando, porque suas pernas já teriam cedido há muito
tempo. Antes que ela soubesse o que estava fazendo, seus braços
envolveram o pescoço dele para puxá-lo mais perto, e ela caiu no beijo
com uma paixão que chocou os dois.
Ele continuou a brincar com ela com sua boca e língua, enquanto
suas mãos trabalhavam sua própria magia por seu corpo necessitado. Ela
queria mais, e se aproximou o máximo possível dele. Ela amaldiçoou as
roupas que os mantinham separados.
"Acho que este acordo vai funcionar muito bem, contanto que você
continue a ser essa coisinha tão tentadora", ele disse com escárnio. Ele
estava tentando encobrir sua própria reação poderosa a ela, e estava
fazendo um maldito bom trabalho.
"Eu sinto muito Hum, fiquei presa no trabalho, mas vim logo que
pude esta manhã", disse Nicole para a irmã. "Você provavelmente não se
lembra de Ryan", acrescentou.
"Sinto muito que você esteve em tanta dor," Ryan disse através do
aperto em sua garganta. Ele tentou limpá-la, para acabar com o
desconfortável sentimento.
"Eu senti sua falta também, e sinto muito por não ter estado por
perto para ajudá-la antes," Ryan disse a ela.
"Estou feliz que você está aqui, agora", ela respondeu, com a
honestidade de uma criança.
"Isso é tão fofo. Nicole sempre te amou", ela disse, com a inocência
da juventude. Ryan olhou para Nicole, que estava corando. Ela olhou
fixamente para ele antes de balançar a cabeça e se virar para a irmã.
"Você logo vai ficar boa, bebê," Nicole disse a ela com lágrimas nos
olhos.
"É você, Nicole? Não te vejo há tanto tempo. Você está ótima", disse
Drew quando percebeu quem estava de pé ao lado de seu primo. Antes
que ela soubesse o que estava acontecendo, Drew se aproximou e a
envolveu em um enorme abraço de urso. Ela sentiu lágrimas ardendo em
seus olhos pela aceitação fácil que ele ofereceu.
"Estou ótima", Nicole respondeu. "Eu não sabia que você e Derek
tinham voltado", acrescentou. Ela se lembrou de quão devastado ficou
Derek quando Jasmine terminou seu relacionamento. Ela estava sentindo
sua própria dor por um dos primos Titan então, e sentiu simpatia.
"Então, o que está acontecendo com você? Adoro Nicole, você sabe
disso, mas ainda me lembro da devastação total que você sentiu quando
ela saiu de sua vida", perguntou seu primo. Ryan não estava pronto para
contar a seus primos a verdade ainda. Isso o fez se sentir uma cadela, e
ele sequer queria ver o olhar de desaprovação em seus olhos.
"Ela está ainda mais linda agora do que quando era adolescente",
disse Derek com um meneio de suas sobrancelhas.
Ele sabia que Derek era um homem bem casado, mas Ryan
descobriu que não gostava de nenhum homem fazendo comentários sobre
ela. Derek simplesmente riu de seu primo, antes dos três irem para a
piscina.
Ela descobriu que queria derramar suas entranhas para elas, mas
estava com medo que Ryan ficasse furioso e, em seguida, se recusasse a
ajudar sua irmã. Ela não achava que ele fosse capaz de cancelar a
cirurgia, mas não queria correr nenhum risco. E a verdade era que ela
ainda tinha sentimentos por Ryan, se fosse tão honesta quanto possível.
Ela não se permitiu quebrar e chorar nem mesmo uma vez, porque
sabia que se fosse deixar ir, ela não seria capaz de se reerguer. Ela então
percebeu que não estava caindo completamente – ela estava realmente se
sentindo apoiada pelas duas mulheres incríveis.
"E você sabe que nós temos que tentar ajudar", falou Drew
enquanto acariciava Trinity.
O triste era que ela não acreditava que um dia fosse segurar seu
próprio filho em seus braços. Talvez um dia, ela pensou
melancolicamente. As mulheres continuaram a fazer suas coisas, e Nicole
aproveitou o tempo segurando o pequeno bebê Mark em seus braços.
Os homens lentamente entraram na cozinha, se comportando como
se estivessem numa zona de guerra. Eles estavam com medo que as
mulheres fossem mandá-los embora de novo, e os machos alfa não
gostavam da sensação de serem mandados embora.
"Eu sei que é terrível brincar com eles, mas às vezes é simplesmente
muito divertido para resistir", disse Jasmine com uma risadinha.
"Estou muito cansada, por isso, se você puder me dizer onde vou
dormir, vou deixá-lo sozinho", ela murmurou para ele.
"Você vai dormir na minha cama novamente, mas desta vez eu não
vou ficou acordado e frustado metade da noite", ele rosnou para ela.
"Eu não vou dormir na sua cama, Ryan", disse ela, seu próprio
temperamento esquentando. Ele não podia força-la a dormir com ele.
Ryan olhou para ela, e se levantou lentamente. Ele parecia mais como um
predador do que ela já tinha visto antes. Ela ficou um pouco apavorada, e
mais excitada do que jamais iria admitir. Ele era um homem
impressionantemente masculino, e aquele olhar de desejo, misturado com
a fúria que podia ver em seus olhos, fez seu estômago se transformar
numa massa trêmula.
Ela olhou para trás, e percebeu que estava presa num canto. Ela
sabia que era uma medida desesperada, mas não se importava. Se ela não
conseguisse fugir do quarto muito em breve, ele ia agarrá-la, e ela sabia
que se isso acontecesse, ela estaria perdida.
Ela notou a mesa à sua esquerda e, se desviando nela, começou a
correr para um quarto. Ela poderia enfrentá-lo mais tarde. Seu único
pensamento agora era entrar em outra sala, uma com tranca, onde ela
poderia se trancar e não ser tentada a deixa-lo leva-la para sua cama.
Ela precisava parar tudo isso. Precisava informá-lo que não estava
pronta. Precisava encontrar força de vontade para impedir seus
avanços... mas não conseguia fazer nada disso. Ela não podia sequer
pensar, muito menos encontrar forças para se negar a ele.
Ryan se afastou sua boca, apenas para passar os lábios pelo seu
pescoço e percorrer com a língua ao longo dos montes de seus seios. Até o
momento em que ele finalmente apertou seu mamilo dolorido na boca,
seu corpo inteiro já se sacudia para fora da cama. Ela desistiu de
qualquer protesto que tinha pensado em fazer. Ele passou a língua sobre
seus mamilos, e ela pôde sentir o aperto em seu estômago e a umidade
em seu núcleo. Seu corpo estava se preparando para a entrada dele, e ela
o queria mais do que qualquer coisa.
Ele trouxe seus lábios de volta aos dela e a beijou ternamente, e ela
foi arrastada com as emoções desse beijo.
Como ele podia ser tão frio e calculista num momento, e depois
beijá-la como se fosse a coisa mais preciosa no universo? Se ela já não
tivesse se rendido, com certeza esse beijo teria garantido sua submissão.
Ele pressionou a ponta de sua ereção em sua abertura lisa, e ela
podia sentir o calor arder em seu núcleo dolorido. "Por favor", ela
implorou quando ele ainda não tinha se empurrado para dentro dela.
"Eu não posso esperar mais", ele rosnou. Ele queria tornar isso bom
para ela, queria ter certeza de que ela estava pronta para ele. Em
contraponto, ele a queria por tanto tempo, e não tinha estado com outra
em meses, embora não quisesse, se maneira nenhuma, começar a
discursar sobre sua vida amorosa agora. O fato era que seria quase
impossível para ele ser delicado com ela na primeira vez, tamanha sua
necessidade.
Ele levantou as pernas dela, passando seus braços por trás delas e
a abrindo totalmente para ele. Ele podia sentir seu calor contra a cabeça
de seu pau, e ele estava fazendo todo o seu corpo quebrar e suar
conforme tentava manter seu controle.
Ele nunca perdeu o controle sobre seu corpo com qualquer outra
mulher.
Ela suspirou em voz alta pela intensa onda de prazer que correu
através dela, e empurrou seus quadris tentando se abrir mais para deixa-
lo entrar.
Ryan gemeu quando sua boceta apertou em volta dele. Ele não
podia acreditar no quanto ela estava apertando-o. Ele perdeu o resto do
limite da sanidade e, depois de uma pequena pausa, saiu dela e
empurrou de volta, mais rápido a cada movimento. Ele estava fora de
controle quando agarrou seus quadris, levantando-a mais, para que
pudesse se afundar ainda mais em seu interior.
Depois do choque inicial dele a enchendo, Nicole sentiu nada além
de prazer, e logo levantou os quadris para encontrar seus impulsos. Ela
podia sentir seu corpo apertando mais e mais com cada impulso dele
dentro dela.
Seu calor apertado foi o suficiente para enviar Ryan sobre a borda
e, em poucos segundos, ele se enterrou profundamente dentro dela,
disparando o seu prazer profundamente dentro de seu núcleo. Ele gozou
nela por mais tempo do que já tinha feito antes, e então desmoronou
contra seu corpo, sem energia para mover um membro sequer. Ela o
drenou completamente.
Ryan finalmente puxou para fora de seu corpo, e ela sentiu como se
estivesse perdendo uma parte de si mesma. Ela resmungou para ele, o
que fez uma risada escapar de sua garganta. Ela ficou tensa com sua
risada, mas estava tão cansada que não conseguiu se afastar, ou até
mesmo abrir os olhos para encará-lo.
Suas pernas não puderam mais apoiá-lo, então ele caiu sobre a
cama em estado de choque. Ele pensava que ela tivesse o abandonado
quando eram adolescentes para explorar suas opções, bem como os
rapazes que achava serem melhores do que ele. Ele tinha ficado tão cheio
de raiva então. Mas, agora que tinha parado para pensar, percebeu que
nunca a tinha visto com outro cara depois dele. Ele tinha ficado com
tanta raiva que nunca tinha pensado muito sobre isso, até agora.
Tinha que haver outra explicação para o sangue, porque não havia
nenhuma maneira que ela ainda fosse virgem, pensou, porque a outra
opção lhe daria um baque. Ele não podia encarar isso. Ela tinha sido a
única a larga-lo e nunca olhar para trás, e merecia sofrer um pouco. Não
era como se ela não estivesse ganhando pela vida rodeada de luxo que ele
lhe daria até o final desse acordo, de modo que ela já estava ganhando
muito. Ele foi procura-la, e então ela ficaria perfeitamente ciente de onde
pertencia. Ela somente podia sair da cama quando ele não a quisesse
mais lá.
Nicole foi abruptamente despertada por um muito irritado Ryan.
Ela tinha acordado após a segunda vez que ele a tinha levado no meio da
noite, e tinha esperado-o cair no sono antes de escapar de sua cama e
encontrar outro quarto. Não tinha sido difícil, já que o lugar parecia ter
um suprimento infinito de quartos vagos.
"O que você acha que está fazendo aqui?", Ele perguntou, depois de
olhar para ela em silêncio por alguns minutos.
Ryan estava furioso com ela. Como ela ousa não só sair da sua
cama, mas, em seguida, ter a ousadia de ignorá-lo quando ele estava
tentando falar com ela?
"Você vai dormir toda a noite na minha cama", ele disse a ela.
"Eu vou dormir onde quiser", ela declarou de volta para ele.
"Sim", ela cuspiu, disposta a dizer qualquer coisa que o fizesse dar-
lhe algum espaço para respirar. Ele sorriu triunfante e fechou o espaço
entre eles. Ela engasgou em choque com a paixão do beijo, e antes que ela
tivesse tempo de reagir, ele se afastou e saiu do quarto.
Nicole sentou lá, tremendo. Ela não tinha certeza se estava aliviada
ou não por ele tê-la deixado. Não podia negar que o queria, e que era
aparentemente natural ela ficar louca de amor por ele noutro dos
momentos mais sombrios de sua vida. Ela já tinha dependido e precisado
dele antes, quando acabou tendo que deixá-lo ir, com medo de que ele
tivesse pena dela. Nada teria sido pior do que isso.
Ela olhou para seus poucos itens patéticos e baixou a cabeça. Ela
vinha vivendo com apenas algumas roupas durante todo o tempo que
conseguia se lembrar. As necessidades de sua irmã tinham sido muito
mais importantes do que as suas próprias. Patsy nunca tinha sido
consciente dos sacrifícios que ela fez, porque não havia nenhuma razão
para que ela soubesse. Nicole estava apenas fazendo o que qualquer irmã
deveria fazer nessas circunstâncias.
"Nós precisamos ir, para que possamos ver Patsy antes dela ser
levada para a cirurgia," Ryan disse a ela. Ela enfiou mais comida em sua
boca e deu um pulo.
"Estou pronta", ela disse a ele através de sua boca cheia de comida,
e caminhou em direção à porta da frente. Ryan a seguiu, e eles seguiram
em silêncio para o hospital. Nicole teve de dizer a si mesma que estava
fazendo a coisa certa e que nada mais importava, exceto sua irmã ficando
melhor. Era difícil se lembrar dessas coisas quando ela estava no pequeno
espaço com Ryan, no entanto.
"A cirurgia vai levar um par de horas, então por que não saímos
para almoçar? Você precisa dar a sua mente algum descanso”, Ryan
sugeriu enquanto caminhavam em direção a sala de espera.
"Não, eu preciso estar aqui no caso do médico sair", disse ela, quase
em pânico.
"Podemos ficar, tudo bem", ele ofereceu. Eles entraram pelas portas
da sala de espera, e Nicole ficou atordoada por encontrar sua família
sentada lá dentro. Estavam todos ali, incluindo seus primos, seus
cônjuges e seus dois tios. As mulheres se levantaram e imediatamente
jogaram seus braços em volta dela, fazendo com que as lágrimas que ela
se recusou a deixar cair corressem em cascata para baixo de suas
bochechas. Ela estava assustada, e muito feliz por ter Jasmine e Trinity
para confortá-la.
"Sim?", Ela disse, quase num sussurro. Ela estava apavorada, mas
precisava saber.
"Sua irmã está fora da cirurgia, e parece que tudo vai ficar bem. As
próximas horas são críticas, mas parece que sua irmã vai ter uma
recuperação completa", ele disse.
Nicole não sabia quando Patsy foi transferida, mas notou que sua
irmã estava sendo transferida por causa de Ryan.
O médico permaneceu mais um tempo esfregando suas costas e
sussurrando palavras tranquilizadoras para ela. Quando ela finalmente
conseguiu se recompor, foi levada para sala de recuperação de Patsy.
Ryan enviou o resto da família para casa, já que Patsy não estaria
acordada na próxima hora. Não havia nenhum ponto deles esperarem.
Eles relutantemente saíram, e a exaustão tomou conta de Nicole enquanto
ela estava deitada na cadeira ao lado da cama de Patsy. Ela adormeceu
pela primeira vez em muito tempo com paz em seu coração.
"Você está saindo com a gente hoje. Você não fez nada além de se
sentar aqui e se preocupar com a sua irmã, mas ela está bem. Ela tem um
milhão de revistas, médicos e enfermeiras ao seu alcance. Você, por outro
lado, parece que não come há um mês, tem olheiras sob seus olhos e esta
necessitando desesperadamente de uma manicure", disse Jasmine para
Nicole.
"Patsy, você não quer dizer isso, você precisa de mim aqui", disse
Nicole, um pouco magoada com sua irmã por tais palavras.
"Eu acho que não faria mal sair durante algumas horas", Nicole
admitiu. Ambas as mulheres assentiram, encorajando-a. Ela pegou sua
bolsa e fez com que Patsy fosse devidamente coberta antes de
relutantemente seguir as mulheres para fora do quarto.
Nicole estava pensando que não havia nenhuma maneira que ela
fosse gastar o dinheiro de Ryan. Ele já tinha dado um braço e uma perna
para a cirurgia de Patsy, e ela poderia viver com isso porque não era para
ela. Ela não achava aceitável tê-lo comprando sua roupa pessoal, no
entanto.
"Nós podemos discutir sobre isso mais uma vez enquanto você
estiver sendo alimentada e mimada. Então eu vou me sentir muito melhor
em ganhar, porque o meu adversário não vai mais parecer como se
estivesse prestes a voar com um pequeno vento", disse Jasmine com um
sorriso.
"Tudo bem, isso foi um pedaço do céu, mas agora vamos fazer
algumas compras", disse Trinity, com um olhar satisfeito no rosto.
"Por que não vamos passear, então eu posso estar com vocês
enquanto compram suas coisas novas?", Nicole tentou. As duas mulheres
sorriram uma para a outra, e a arrastaram na direção de uma loja
chique.
"Ok, eu acho que não me faria mal comprar um vestido, mas sério,
não tem que ser algo extravagante," Nicole admitiu. Ambas, Jasmine e
Trinity, gritaram de alegria, e até o final do seu dia de compras, Nicole
estava lamentando aquelas poucas palavras simples.
"Eu estou bem, você pode realmente parar com essa agitação sobre
mim agora", disse Patsy, impaciente com sua irmã superprotetora.
"Lembre que o seu médico disse que você não pode exagerar,
apenas caminhadas leves, e nenhuma escola por pelo menos mais um
mês", Nicole lembrou.
Patsy tinha ficado tão espantada com a casa de Ryan quanto Nicole.
Nicole estava lá por um pouco mais de duas semanas agora, embora, e
tinha se ajustado ao lugar palaciano. Para Patsy, porem, tudo era novo, e
ela queria explorar o espaço em seus mínimos detalhes. Ela ainda ficava
sem fôlego com muita facilidade, porém, e tinha que ir com calma. E
Nicole se certificaria que ela fosse realmente relaxar.
"O que é isso?" Ryan se virou para sua pobre recepcionista quando
ela chamou.
"Eu sinto muito interrompê-lo, Mr. Titan, mas você tem uma
chamada na linha um," ela disse. Toda a sua equipe de escritório tinha
aprendido uma maneira de evitá-lo ao longo das duas últimas semanas.
Ele parecia um urso enjaulado, e não conseguia se conter.
Nicole estava morando com ele por algumas semanas, mas ele não
tinha ficado sozinho com ela desde a noite em que sua irmã tinha ido
para a cirurgia. Ela tinha ficado noite e dia no hospital e, embora ele
quisesse arrastá-la para fora do quarto pelos cabelos e insistir que ela
tinha que compartilhar sua cama, ele não poderia fazê-lo.
O motorista o levou para casa em tempo recorde, uma vez que não
houve hora do rush com que lidar. Ele entrou em casa e trabalhou o resto
do dia no seu escritório. Ele não confiava em si mesmo para estar em
torno de Nicole ainda, porque tinha certeza que ela estava cuidando de
sua irmã, e que não seria bom para o coração de Patsy assistir sua irmã
mais velha ser violada na sua frente. Cara, ele estava agindo como um
adolescente com tesão.
"O que está enfiado em seu traseiro?" Derek perguntou com uma
risada. Ryan ignorou a pergunta.
"O que você quer, Derek?", Ele perguntou. Ele sabia que estava
sendo rude, mas seu arranjo com Nicole estava seriamente o matando.
Ele deveria tê-la em sua cama todas as noites, e até agora tudo o que
tinha conseguido foi uma noite em duas semanas.
"Eu tinha me esquecido disso. Não sei se posso ir, com Patsy recém
chegada aqui", disse Ryan. Se ele fosse, certamente não seria capaz de
arrastar Nicole com ele.
"Bem, isso é muito ruim, porque então você vai perder Nicole
parecendo quente e sexy", disse Derek, sabendo que ia obter uma reação
de seu primo com esse comentário. A cabeça de Ryan voou para cima em
surpresa.
"Eu não acho que ela estaria disposta a participar de sua festa, por
causa de sua irmã, apesar de eu ter cuidadores para ela," Ryan
resmungou.
"Merda, eu me sinto fora do circuito. Nem sabia que ela tinha saído.
Ela e eu vamos ter uma conversa séria", disse Ryan, com um pouco de
ameaça em seu tom.
"Soa como se você estivesse na ponta dos pés por causa de uma
mulher," Derek disse, com um muito presunçoso olhar em seu rosto.
Ryan simplesmente olhou para ele, até que Derek riu. Ele, então, se
aproximou e se serviu de uma quantidade generosa do melhor Bourbon
de Ryan.
Nicole pegou alguns dos produtos, sem ter ideia do que eram. Havia
máscaras faciais, loções, óleos essenciais e esfoliantes corporais. Ela
tinha a sensação que seu corpo ia estar completamente dolorido manhã.
Ela estava se virando para sair quando alguém puxou seu braço. "É
você, Nicole?" Perguntou uma voz.
"É tão bom ver você, Stephanie, tem sido muitos anos", disse Nicole
com sinceridade. Era bom ver outro rosto familiar nessa multidão de
estranhos. Stephanie deu-lhe um abraço.
"Não deixe tudo isso intimidar você. Jasmine nunca iria convidar
qualquer um que fosse uma pessoa horrível", Stephanie a tranquilizou.
"Eu sei, mas eu me sinto muito velha para estar num baile", Nicole
disse a ela conscientemente.
Nicole sabia que Stephanie estava certa. O que fazia alguém aqui
melhor do que ela? Se Ryan fosse insistir que ela se pendurasse em seu
braço em determinados eventos, era melhor se acostumar com isso. Além
de tudo, só porque as outras pessoas na sala foram abençoadas com mais
dinheiro do que precisavam, isso não os fazia melhor do que ela.
Ela ainda estava vivendo cada dia como se estivesse de frente à sua
última refeição. Era o resultado de passar tantos anos sem ter tido algo
diferente. Ela carregou seu prato, que transbordou, em seguida,
sorrateiramente foi para um canto e começou a comer tudo, rezando para
que ninguém notasse. Ela certamente não estava agindo como qualquer
uma das outras mulheres comendo assim, já que a maioria tinha medo de
ganhar uma libra ou ficar com algo preso entre os dentes.
Ele meio que ouvia o que seus companheiros estavam falando. Ele
balançou a cabeça quando deveria e pronunciou um comentário aqui e
ali, mas seus olhos nunca deixaram Nicole. Ele sentiu seus lábios se
curvarem quando a notou apertando os olhos ao redor da sala com ar
culpado e, em seguida, encher seu prato até transbordar. Se ele ainda
tivesse alguma dúvida de que ela não era uma das mulheres da alta
sociedade presentes na festa, seu prato cheio a teria denunciado. Ele
estava pensando em jogar um jogo com ela naquela noite.
Por que não começar do zero e fingir serem estranhos? Ele poderia
ter algum romance com ela, alem de adicionar um pouco de mistério em
seu relacionamento. Nada mais parecia estar funcionando para afastar
sua mente de suas preocupações, então por que não apimentar as
coisas?, ele pensou. Ele estava ficando mais animado a cada momento,
imaginando como as coisas terminariam naquela noite.
Ele não podia acreditar que quase tinha se recusado a vir ao baile
de máscaras. Seu humor melhorou consideravelmente. Quando olhou em
volta, notou todas as mulheres com suas vestes habituais, seus vestidos
de grife e joias, tudo ostentação.
"Ryan, você não ouviu uma palavra do que eu disse," a voz áspera
da mulher que estava atualmente tentando manter sua atenção disse. Ela
estava lhe dando sinais por meses, demonstrando que estava
prontamente disponível e à procura de um marido que pudesse mantê-la
no estilo de vida ao qual estava tão acostumada. Ele não queria ser rude
com ela, mas tinha a sensação de que teria que soletrar em preto e branco
que não estava interessado.
"Eu sinto muito, minha mente estava nos negócios," ele mentiu
facilmente, acalmando os sentimentos dela. Ela deu seu melhor sorriso
falso e esfregou seus mal cobertos seios contra seu braço. Ele não sentiu
nada com o toque. "Eu sinto muito por deixa-las, senhoras, mas estou
indo comer, e então tenho assuntos a discutir com Tom", disse ele, se
afastando do grupo.
"Você sabe onde nos encontrar quando estiver pronto para jogar em
vez de falar de negócios," a outra mulher fez beicinho para ele. Ele não
conseguia sequer lembrar seu nome. Ele precisava tornar conhecido em
breve que já não estava disponível, embora soubesse que isso não ia parar
a maioria das mulheres com as quais estava acostumado a lidar. Ele se
afastou e esqueceu tudo sobre elas logo que saiu.
Ele foi parado várias vezes em seu caminho em direção a ela, e teve
que lutar para não rosnar para as interrupções contínuas. Ele queria
chegar até ela antes que ela decida escapar. Ele não seria capaz de jogar
seu jogo se ela fugisse. Afinal, era um baile de máscaras; a noite era sobre
segredos e romance.
Ele queria ver seu cabelo escuro solto do bolo em que estava
amarrado atualmente. Ele queria rasgar a máscara fora de seu rosto e ver
sua pele impecável, mas, e assim fosse, o mistério do jogo iria
desaparecer.
"Como você está esta noite?", Perguntou a ela por trás, quando
finalmente fez o seu caminho para o seu canto escuro. Ele teve que lutar
contra o sorriso quando seu corpo inteiro ficou tenso por um momento
enquanto ela lentamente se virava para encará-lo. Ele sentiu outro aperto
em seu estômago enquanto ela olhava para ele com seus incríveis olhos
azuis, realçados pela maquiagem e parecendo mais exóticos do que
nunca. A parte de seu rosto que ele podia ver era deslumbrante, como de
costume. Que os jogos comecem.
Seus lábios cheios estavam inclinados para cima, num sorriso que
parecia estar escondendo algum tipo de segredo. Seus intensos olhos
verdes estavam olhando para ela como se ela fosse sua próxima
conquista, e ela não achou a ideia desagradável. Ela viu a mão dele
levantando em direção a sua máscara, e rapidamente deu um passo para
trás.
Ela teve que admitir que ainda estava atraída por Ryan, e que sua
admiração estava acariciando seu ego.
"Você nunca ouviu que nem sempre se consegue o que quer?", Ela
disse com um sorriso cheio. Ela sabia que precisava de uma desculpa
para se afastar dele, mas descobriu que estava gostando da paquera. O
que poderia prejudicar, de qualquer maneira? Ela poderia se esquecer de
todos os seus problemas por uma noite. Ele não ia tentar qualquer coisa
na festa, e ela poderia voltar a ser distante quando a campainha soasse
que é meia-noite – mas, por enquanto, ela se sentia como Cinderela, o
que a fez ousada e corajosa.
"Bem, então eu acho que é hora de você saber que não pode ter
tudo que quer", disse ela com um sorriso sedutor. Ela então se virou e
começou a ir embora. Ryan estava tão atordoado que quase a deixou ir.
Ele estava muito fora de sua liga. Ela manteve o corpo rígido
quando sua mão pousou na parte inferior de suas costas, puxando-a em
direção a ele.
"Eu não pedi", disse ele com confiança quando olhou em seus
olhos. "Estamos começando a fazer uma cena então, a menos que você
goste de ser o centro das atenções, eu sugiro que você simplesmente
dance, porque eu não estou deixando você sair."
"Eu estou um pouco quente demais, eu preciso sair", disse ela. Ela
estava frustrada com ela mesma ao perceber quão sem fôlego estava seu
tom de voz. Como ela iria convencer Ryan que não o queria se não podia
nem controlar seu próprio desejo e suas palavras? Ela sabia que eles
tinham um acordo, mas isso não significava que ela tinha que ser tão
fácil.
Nicole não disse mais nada quando ela se afastou dele e começou a
caminhar em direção as portas da varanda. Ela tentou puxar a mão livre,
mas ele se recusou a soltá-la. Ela não conseguia se libertar de seu toque
sem chamar a atenção, então, mais uma vez, o deixou fazer do seu jeito.
Ela estava indo para dar-lhe um pedaço de sua mente, se ele não
recuasse, no entanto.
Eles entraram pela porta da varanda escura. Ryan olhou por cima
do ombro antes de fechar a porta, e ficou aliviado ao perceber que
ninguém tinha notado sua saída. Ele soltou a mão de Nicole e ela
rapidamente foi para o outro extremo da varanda, tentando ficar o mais
longe possível dele. Ele sorriu para si mesmo. Nunca era nada divertido
pegar sua presa muito cedo.
Em Seattle, uma noite clara era uma coisa rara, e aquela noite não
foi exceção. Era excepcionalmente quente, mas a cobertura das nuvens
fez o deck completamente isolado do resto do mundo. Ela queria
desesperadamente domar seus hormônios em fúria, escorregar de volta
para dentro e sair de uma festa a qual ela nunca deveria ter vindo, em
primeiro lugar. Ela deveria estar ajudando sua irmã, não flertando com o
homem que a estava fazendo algo ela desprezava.
Suas mãos estavam abertas sobre seu estômago, e seu corpo foi
pressionado ao longo do comprimento de suas costas.
Ela podia sentir sua respiração quente em seu pescoço, e não pode
parar o arrepio que correu por sua espinha. Ele não disse nada enquanto
ficava ali, esfregando círculos em seu estômago trêmulo.
"Ela tem todo o cuidado que precisa, então qual é a pressa?", Ele
perguntou, antes que ela sentisse a pressão dos lábios dele em seu
pescoço. Ela mal conseguia conter o gemido querendo escapar de sua
garganta. Sua boca era tão boa tocando sua pele. Ele estava beijando ao
longo do comprimento do seu pescoço, e ela podia sentir o toque de sua
língua ao longo de seu ponto pulsando. Ela iria detê-lo em apenas um
momento. Ele lhe fez uma pergunta, mas nem por sua própria vida ela
conseguia se lembrar o que era.
Isso foi tudo que precisou para fazê-la saltar de um penhasco que
parecia não ter fundo. O corpo dela estremeceu num orgasmo poderoso
quando onda após onda de êxtase varreu através dela. Ela estava
tremendo incontrolavelmente conforme puro prazer corria através dela, no
que parecia uma tempestade sem fim.
Ela sentiu ele mergulhar o dedo dentro de seu calor, e quis sacudir
a cabeça. Ela não aguentava mais. Seu corpo estava gasto, e ela mal
podia respirar. Sua língua viajou no comprimento de seu corpo para cima,
até que seus lábios apertaram em volta de seus mamilos ainda sensíveis
mais uma vez. Ela sentiu uma agitação em seu estômago enquanto ele
tomava os picos ainda endurecidos em sua boca e os
chupava profundamente. Quando ele mordeu suavemente sobre um
deles, ela arqueou para fora da espreguiçadeira, e sentiu o despertar do
prazer começar a subir novamente.
Ela tinha ouvido falar sobre mulheres que podiam ter mais de um
orgasmo, mas ela nunca pensou que poderia ser tão sexual. Seus olhos se
arregalaram em choque quando sentiu o calor insuportável subir por seu
corpo novamente. Seus dedos ainda estavam dentro dela, lentamente
bombeamento dentro e fora de suas dobras aquecidas, e ela mais uma vez
começou a se remexer em seu toque. Ele moveu o corpo para cima, e de
repente seus lábios estavam colados nos dela.
Ele empurrou sua língua dentro de sua boca, dando tanto quanto
tomou. Ele então afastou a mão de seu corpo, e ela gritou na sensação de
vazio. Ela precisava de mais, e não sabia nem o que era essa
necessidade.
"Por favor", ela gritou, sem saber pelo que estava implorando.
Ela sentiu o peso de seu corpo quando ele abriu suas coxas. Ele
estava gloriosamente nu em cima dela, e ela avidamente esfregou as mãos
ao longo do comprimento musculoso de suas costas e braços. Ele a estava
beijando tão profundamente que ela mal podia respirar, e não se
importava. Ela não precisava de oxigênio. Ela não precisava de nada além
da sensação do que ele estava fazendo com ela. De repente, ela sentiu a
pressão quando ele empurrou contra sua abertura, e uma nova onda de
calor a afetou, umedecendo ainda mais o corpo dela para a penetração.
Ryan podia sentir que a esticou muito. Ele era muito grande para
ela. e precisava retomar algum controle sobre si mesmo. Como pode
esquecer a visão de seus lençóis da última vez? Mas então ela enrolou as
pernas em torno dele e empurrou seus quadris para cima, e ele perdeu
todo o senso de controle. Com o seu impulso, ele foi enviado ao longo da
borda, e não havia nenhuma maneira de voltar.
Seu corpo estava queimando, e ele estava grato pela brisa suave
soprando contra eles. Ele não conseguia abrir os olhos enquanto ele
estava lá com ela em seus braços. Ele acariciou suas costas e nenhum
deles disse nada. Eles sempre poderiam falar mais tarde.
Nicole acordou, porque estava congelando. E começou a entrar em
pânico quando se perguntou onde estava. Enquanto se movia, sentiu
braços em volta dela, e tudo que tinha acontecido voltou com a força de
um guindaste de demolição.
Ela não podia acreditar no quão facilmente tinha caído nos braços
de Ryan, mais uma vez. Ela nunca conseguiria convencer o homem que
não queria estar num relacionamento quando continua a cair na cama
com ele no segundo em que ele a tocava. O seu objetivo era fazê-lo ficar
enjoada dela, para que então ela e Patsy pudessem continuar com suas
vidas. Ela já estava começando a ter sentimentos profundos por ele
novamente, algo que nunca deveria acontecer. Ele ficou com ela
simplesmente para ter algum tipo de vingança pela forma como ela o
deixou. Ele não podia saber que ela tinha feito o que fez pelas melhores
razões possíveis.
Ela não queria nada mais que ficar tão longe dele quanto pudesse,
para descobrir o que fazer a seguir. Ela sabia que ele ficaria zangado com
ela, já que ele tinha sido bem claro quanto à proibição de ela correr de
sua cama novamente, mas onde dormir era uma das poucas coisas em
seu controle, e ela não podia ganhar sempre. Além disso, ela não
estava tecnicamente em uma cama, então não estava quebrando qualquer
uma de suas regras ridículas.
Ela finalmente conseguiu se desembaraçar dos braços dele, e
procurou pelo deck escuro por sua roupa. Felizmente o vestido não tinha
sido completamente despido, e sua jaqueta leve foi fácil de encontrar. Ela
não podia achar a calcinha, porem, mas decidiu que isso não importava.
Felizmente não havia ninguém por perto tão cedo de manhã, e ele
foi capaz de passar despercebido. Ele foi direto para casa, onde planejava
ter uma luta empolgante com sua mulher, ao fim da qual ela certamente
aprenderia o seu lugar. Ele iria lhe ensinar que seu lugar era na cama
dele. Ele se encolheu um pouco com o quanto esse pensamento soou
chauvinista, mas não se importava: ela era sua e precisava aprender isso.
Ele entrou pela porta da frente e percebeu que tudo estava quieto
na casa. Ele subiu e viu que Patsy estava dormindo profundamente. Ele
sorriu para sua pele muito mais saudável, sabendo que ela ia ficar bem.
Só isso já valia a pena todo o sofrimento que sua irmã estava lhe
dando.
Ele subiu as escadas e, é claro, ela não estava em seu quarto. Ele
soltou um suspiro frustrado. Em seguida, ele foi para o quarto onde a
tinha encontrado na última vez, e abriu a porta. Sua respiração foi tirada
dele. Em pé diante dele estava Nicole, vestindo nada além de uma toalha.
Ela era tão incrivelmente linda, mesmo sem um pingo de maquiagem no
rosto e com cabelo pendurado bagunçadamente pelas costas.
Ela olhou para ele, e ele olhou para ela. Era hora de deixá-la saber
como uma amante tinha que agir.
"Eu lhe disse para não sair da minha cama no meio da noite", ele
rosnou para ela.
"Eu odeio você", ela cuspiu nele. Ele deu um grande sorriso para ela
quando seu olhar passou sobre seu corpo. Ela estava corada, e sua
respiração estava saindo em ondas. Ela pode odiá-lo, mas o corpo dela o
queria, e ela não podia negar isso.
"Como você pode ter tanta certeza de que eu não estava fingindo a
coisa toda?", Disse ela com sua própria versão de um sorriso arrogante.
Mas ela não o enganava. Seus olhos se estreitaram ainda mais, e ele
caminhou para mais perto dela. Ele agora a tinha presa contra a cama,
sem nenhum lugar para ir. Ele estava respirando tão fortemente quanto
ela, e seu temperamento estava perto do ponto de ruptura.
"Negue tudo que quiser, mas você me quer tão mal quanto eu quero
você. Você pode jogar de mártir, mas nós dois sabemos que partilhar
minha cama não é nenhuma dificuldade para você ", disse ele enquanto
continuava a acariciar sua pele.
Ela não disse mais nada; ela sabia que tinha perdido a pequena
batalha, mas não iria ceder toda a guerra.
Ele quase riu em voz alta com os olhares aliviados de sua equipe
quando sorriu e lhes perguntou como seus dias estavam indo. Ele não
tinha percebido quão completamente resmungão tinha sido. Ele também
tinha a sensação que seu humor iria melhorar ainda mais conforme ele
passava os dias com Nicole. Ele apertou o botão para chamar sua
secretária.
"Oh sim, eu quase esqueci", Ryan mentiu para ela. "Eu gostaria que
você viesse para o escritório hoje, para almoçar comigo", ele disse.
"Bem, então você terá que desfazer quaisquer planos que tenha
feito, e estar aqui ao meio-dia", ele disse, sem nenhum espaço para
discussão. O outro lado da linha ficou em silêncio por tanto tempo que ele
estava começando a pensar que ela, na verdade, teve a audácia de
desligar. Seu bom humor foi embora, e ele estava prestes a explodir.
"Tudo bem, eu vou estar ai," ela finalmente disse, em uma voz nem
um pouco feliz.
"Eu atendo", ele respondeu para a mulher. Ele não obteve resposta.
Sua equipe tinha pavor de que tipo de humor ele estaria, porque ele
mudava a cada dois minutos. Ele atendeu a chamada, e estava grato que
ela tivesse o ocupado durante o próximo par de horas. Ele não tinha
tempo para sentar e pensar sobre o que Nicole estava pensando ou
fazendo.
"Será que ninguém lhe ensinou boas maneiras? Você deve bater
antes de entrar no escritório de alguém. Eu poderia estar numa reunião
importante", ele virou para ela. Ela levantou as sobrancelhas e pôs um
sorriso no rosto, o que não ajudou seu humor. "Onde diabos
está a minha secretária, de qualquer maneira? Ela deveria ter te parado."
"Bem, é recíproco. Eu não vejo por que você quer continuar com
este arranjo quando nós dois estamos tão miseráveis. Você é o único que
insistiu pra eu vir para cá", ela gritou. Ele sabia que sua equipe estava
escutando pedaços de sua conversa, mas não se importava realmente.
"Estou com fome, vamos", ele ordenou e saiu pela porta, não
confiando em si mesmo para tocá-la. Ele estava de mau humor, e ia
acabar jogando-a sobre a mesa. Ele queria dobra-la a sua vontade, mas,
ao mesmo tempo, parte de sua atração imensa por ela era devido ao fato
de ela não ser apenas uma outra fêmea choramingando e querendo
agradar. Ele não se importaria se demonstrasse um pouco de apreciação,
no entanto.
"Sim, senhor", ela murmurou. Ele fingiu não ouvir. Era melhor para
ambos dessa maneira. Ao atravessar os escritórios, ele notou que seus
funcionários não estavam fazendo contato visual com ele. Então ele
começou a se sentir um pouco mal sobre isso. Ele normalmente não era
um urso, e as pessoas costumavam gostar de trabalhar para ele. Ele
realmente tentaria não descontar suas frustrações em seus empregados.
Ele olhou para sua secretária e esperou até que tivesse sua atenção.
"Isso foi muito gentil de sua parte," Nicole disse. Todo o seu
comportamento tinha relaxado com essas poucas palavras que ele tinha
proferido. Ele olhou para ela com surpresa. Ela jogou mil dólares de
presentes de volta em seu rosto com desprezo, mas quando gastava
algumas centenas de dólares para pagar o almoço à estranhos ela ficava
toda morna e distorcida. Ele não conseguia entendê-la.
"Eu sou um cara legal", disse ele com um olhar de soslaio. Ele
então não pode mais aguentar o espaço entre eles, e estendeu a mão para
puxá-la em seus braços. Ela endureceu por cerca de dois segundos, em
seguida, seu corpo derreteu no dele. Química sexual não era algo que
estava faltando. Ele a beijou com toda sua raiva reprimida, e quando o
elevador chegou no térreo, ambos estavam ofegantes.
"Eu não quero deixar Patsy sozinha por muito tempo", disse ela
enquanto o seguia para o carro esperando por eles. Ela não tinha sequer
ouvido-o chamar seu motorista.
"Patsy não esta sozinha, e vai ficar bem sem você por mais algumas
horas", disse ele com frustração. Ela procurava qualquer desculpa para
ficar longe dele, e ele não ia mais permitir isso.
"Eu sei, mas ela ainda precisa de mim", disse Nicole. Ela tinha que
lutar contra sua atração por Ryan a cada segundo que eles passavam
juntos, e isso era exaustivo. Ela tinha ficado vacilante desde o beijo
apaixonado no elevador. Isso podia ser algo que ele fazia em uma base
diária, mas a deixou fora de seus pés, e tomou lhe cada grama de
concentração manter uma conversa com ele.
Eles chegaram num shopping que ela nunca tinha ido. A loja mais
barata no local era muito além do que seu orçamento permitiria.
Ela estava um pouco auto-consciente entrando no prédio em seus atuais
jeans e camiseta. Ela manteve a cabeça erguida, porem, porque a roupa
não fazia a pessoa. Ela não precisa de itens de fantasia para se vestir e se
tornar tão boa quanto as outras mulheres ao seu redor.
Mas então ela percebeu que eles estavam numa loja para mulheres,
e o que ele estava pretendendo. Seu rosto ficou escarlate quando a mulher
se virou para ela para uma avaliação. Ela podia ver que a vendedora
queria saber quem ela era, e ela também podia ver que ela estava
esperando que Nicole fosse a irmã mais nova.
"Eu certamente posso ajudá-la com roupas novas. Por favor, siga-
me", disse ela, movendo os quadris muito mais do que o necessário
quando se afastou.
"O que você pensa que está fazendo?" Nicole acusou debaixo de sua
respiração, certamente não querendo que a mulher muito elegante a
escutasse.
"Estou comprando algumas roupas", disse ele. Ele então olhou para
ela como se ela não fosse muito inteligente, uma vez que eles estavam de
pé numa loja.
"Eu não pedi para você me comprar roupas, nem as quero", ela
sussurrou para ele, e começou a caminhar para fora da loja. Ele estava
tão atordoado por sua recusa que quase lhe permitiu sair pela porta. No
último segundo, porem, ele levantou seu braço, agarrando-a.
Ryan sentou ali, frio como gelo enquanto a observava. Ela virou o
rosto e teve que lutar contra as lágrimas - estava com tanta raiva. A
vendedora, cujo nome era Barbie - muito apropriado, Nicole pensou -
maliciosamente estava trazendo itens diferentes para a aprovação de
Ryan.
Então, ele não podia acreditar que estava mesmo considerando não
fazê-lo. Mas Patsy não estava pronta para deixar o país, logo, não havia
nenhuma maneira que ele pudesse levar Nicole. Ela ficaria miserável
querendo saber como sua irmã estava indo.
Ele poderia jurar que ela era uma bruxa que tinha colocado-o sob
algum tipo de um feitiço. Ela se dava espetacularmente bem com todos os
membros de sua família. Ele parecia ser o único que não estava sob sua
pele. Ele nunca, nenhuma uma vez em sua vida adulta, durou tanto
tempo com qualquer mulher. Ele não conseguia o suficiente dela, mesmo
quando ela estava fugindo dele. Ele imaginou que a queria mais do que
qualquer coisa, e a única coisa sensata a fazer sobre isso era cortar os
laços.
"Eu tenho que sair esta noite. E não vou estar de volta por pelo
menos um mês, talvez mais. Esperemos que até então eu vá ter um pouco
mais de controle sobre mim mesmo," Ryan respondeu. Derek realmente
teve a ousadia de rir, o que fez Ryan lhe lançar um olhar duro. Isso só fez
Derek rir ainda mais. Ryan imaginou que merecia, já que tinha
empurrado os botões de Derek quando ele tinha ficado miserável.
"Jasmine aconteceu. Eu não sabia que podia ser tão feliz, mas ó
homem, se eu estou longe dela, mesmo por uma noite, me sinto vazio",
disse Derek. O estômago de Ryan apertou com essas palavras. Ele estava
se forçando a ficar longe de Nicole por muito mais tempo do que uma
noite. Ele não era seu primo, embora, e não se permitiria pensar nisso.
Era uma boa ideia, pelo menos.
"Sim, sim vocês podem todos vir e jogar a sua felicidade na minha
cara", resmungou Ryan. Ele podia estar reclamando um pouco, mas
ficaria muito feliz de ter sua família vendo um de seus projetos.
"Sim, isso foi o que eu disse também. Vamos ver se você vai durar
tanto tempo quanto eu", disse Derek, com um olhar compreensivo no
rosto. Derek se foi então, e Ryan tentou tirar Nicole de sua mente quando
começou a se concentrar em seu projeto. Ele realmente gostava de Roma.
Era um lugar bonito, e o projeto que ele estava aceitando era o maior e
mais antigo em que ele já trabalhou. Iria consumi-lo de todo o coração, o
que era uma coisa boa.
Ryan bateu o martelo com muito mais força do que era necessário.
Ele tinha estado no trabalho por mais de um mês, sentado numa mesa
nos bastidores, e ainda não tinha sido o suficiente para acabar com seu
mau humor. Ele não podia acreditar que ainda não tinha sido capaz de
tirar Nicole de sua mente. Ele tinha até mesmo ligado para ela varias
vezes, usando variadas desculpas, quando a verdadeira razão era só para
ouvir a voz dela. Ele estava indo para casa naquele dia. Simplesmente não
conseguia ficar separado dela por mais tempo. Ele ainda se tranquilizava
dizendo que simplesmente precisava tirá-la do seu sistema.
Ele estava pronto para ir para casa e tomar de volta o que era dele.
Ele não podia tirá-la de sua mente, então a próxima melhor coisa era ir
para casa e ver como consertaria isso. Ele tinha um problema real, porque
além de Nicole, ele também tinha conseguido realmente se ligar a Patsy.
Inferno, ela ainda era uma criança, mesmo que fosse uma adolescente.
A primeira vez que ela disse 'eu te amo' para ele, tão casualmente,
seu coração tinha saltado em sua garganta. Não havia nenhuma maneira
que ele quisesse expulsá-la de sua casa. Ela parecia estar indo tão bem, e
suas notas estavam prosperando. Ele se recusou a pensar em qualquer
outra coisa. Seu único pensamento era chegar em casa e tomar Nicole na
sua cama, onde era o lugar dela.
Seu quarto era um sonho, e maior do que seu antigo apartamento. Ela
ficou lá, apreciando a suavidade do colchão, embora ainda sentisse um vazio
por estar nele sozinha. Ela não podia acreditar no quão ligada tinha ficado a
Ryan novamente em tão curto espaço de tempo. Ela imaginou que nunca
tinha realmente deixado de amá-lo em primeiro lugar, e ficar perto dele
novamente agora era como uma faca em seu coração.
Ela não tinha tido coragem de dizer não a Patsy, embora, e nunca
tinha visto os olhos da sua irmãzinha se iluminarem com prazer tão intenso.
O dia não tinha sido concluído até que todas elas foram para manicures
e pedicures. Patsy tinha até colocado unhas falsas para usar em sua dança.
Ela tinha estado exibindo-as em torno da casa desde então.
Ela narrou todo o dia dela, e todas as roupas incríveis que tinha
comprado. Ela não tinha qualquer pista que tinha sido ele quem mandou
comprar tudo. Enquanto ela se preparava para entregar o telefone para
Nicole, disse a ele que o amava, como apenas uma adolescente podia
fazer, e Nicole teve que lutar contra as lágrimas.
"Eu estou bem Jacob, e parece que vocês estão tendo um grande
momento", ela o tranquilizou.
"Não, eu tenho que voltar, mas talvez da próxima vez", ela disse. Ela
se virou para caminhar de volta para a casa, e os meninos correram na
outra direção, gritando e disparando ao mesmo tempo.
Ela sorriu para si mesma. Jacob era sobrinho de Ryan, bem,
tecnicamente ele era seu primo, mas os três homens eram mais como
irmãos, e seus filhos os chamavam de tios. Ela ficou impressionada com a
família muito coesa.
"O que aconteceu com sua perna?", Disse Ryan para ela. Ela ficou
sem fala por um momento quando olhou para cima e o viu de pé diante
dela. Ela não estava esperando que ele voltasse por mais algumas
semanas, e estava seriamente preocupada com o quanto queria jogar seus
braços ao redor do homem que assombrou seus sonhos a cada noite.
"Eu levei um tiro com um paintball, mas parece muito pior do que é. Isso
é apenas tinta", disse ela, e se inclinou para passar o dedo sobre a pintura.
Ele tinha mais dinheiro do que poderia gastar, e ela não queria
deixá-lo nem comprar-lhe um simples par de jeans. Ele não permitiria que
as pessoas pensassem que ele a maltratava, de qualquer forma. Ele iria
comprar suas coisas, mesmo se tivesse que, literalmente, levá-la para os
vestiários e vesti-la.
"Eu senti sua falta", disse ele antes que pudesse se impedir. Ele não
tinha a intenção que isso escorregasse para fora de sua boca, mas pelo
brilho nos olhos dela, tinha sido a coisa certa a dizer. Ele tinha a
sensação de que ela sentia falta dele também, embora não se achasse
capaz de levá-la a admitir isso.
"Hum, eu... hum, preciso... Hum... vou lavar isso de mim", ela
gaguejou, agindo mais como uma criança de escola secundária do que
como uma adulta crescida. Ela precisava melhorar isso, então
rapidamente fugiu de lá antes de ver o grande sorriso no rosto de Ryan.
Era o primeiro sorriso genuíno que ele teve desde a noite em que a
arrastou do restaurante.
"Não que seja da sua conta, mas eu estava no trabalho," ela estalou
de volta para ele. Ele estava de volta por uma semana, e mesmo que eles
tenham feito amor todas as noites desde então, seus dias não foram tão
agradáveis. Ele ainda era altamente exigente, e ela ainda estava
mostrando sua própria independência.
Ela tinha zero dúvida de que estava apaixonada pelo homem, mas
também sabia que era simplesmente um brinquedinho para ele, e que ele
acabaria por se aborrecer com ela. Em seguida, ela ficaria devastada tudo
de novo. Para piorar, ela também tinha um mau pressentimento de que
estava grávida. Ela estava ignorando isso por meses, mas seu estômago
estava começando a aumentar, e ela estava sempre tão exausta.
"Tudo que você faz é meu negócio. A rapidez com que você esquece
que nós temos um acordo é alarmante", ele retrucou.
Ele ficou além louco por ela ter voltado para um de seus trabalhos
sem valor quando ele estava disposto a fornecer tudo o que ela
e Patsy precisavam. Ela permitiu que ele comprasse coisas para Patsy,
mas se recusou a usar a joia que ele comprou para ela, e ainda usava as
mesmas roupas velhas que tinham vindo da sua casa, uma e outra
vez. Isso estava realmente o deixando com raiva.
Todas as outras mulheres com que ele já tinha saído tinha tentado
obter cada última coisa que podiam dele, e quando ele finalmente tinha
uma mulher para quem queria comprar essas coisas, ela só às jogava de
volta na sua cara. Ele já tinha tido um dia frustrante no escritório, por
isso tinha vindo para casa mais cedo em primeiro lugar, e ela agora estava
agravando seu estado de espírito ainda mais. Ele esperava que estar com
ela fosse acalmá-lo.
Ela olhou para ele como se ele fosse louco por um momento. Ele
podia ver que ela estava tentando decidir se ia gritar com ele ou sair.
Finalmente, ela começou a rir. Ele ficou lá em choque completo. Ninguém
nunca riu dele. E ele não gostou disso acontecendo agora.
"Eu já te disse que não quero um só centavo seu", disse ele, pela
centésima vez.
"Só porque você tem muito mais dinheiro do que qualquer pessoa
jamais deveria ter não significa que pode jogá-lo na minha cara. Se eu
quiser pagar de volta, então vou fazer exatamente isso, mesmo se eu tiver
que empurrar o dinheiro para baixo da sua garganta", ela disse
teimosamente.
"Eu não posso sequer falar com você", ele gritou enquanto corria os
dedos pelo cabelo mais uma vez.
"Eu acho que vou ter que arrastá-la longe deste trabalho que você
arranjou. Já fiz isso uma vez, e não pense que não vou fazer de novo",
ameaçou.
"Eu não acho que você vai ser capaz de fazer isso agora", ela sorriu
para ele, o que fez seu sangue ferver ainda mais.
Ryan soltou a respiração quando percebeu que ela estava certa: não
havia nenhuma maneira no inferno que ele fosse tentar arrastá-la para
fora de lá. Jasmine e Trinity iam destruí-lo se tentasse. Não havia homem
no planeta que o assustasse, mas as mulheres de seus primos eram uma
questão totalmente diferente.
Ela mais uma vez riu dele, amando que tivesse ganhando a disputa
com esse argumento. Ela começou a subir as escadas como se não tivesse
nada para se preocupar.
"Eu comprei roupas novas, e você ainda opta por usar esses trapos.
Eu exijo que você jogue tudo fora agora", ele gritou. Seus nervos foram
imediatamente atiçados novamente.
"Eu prefiro ficar nua do que vestir sua caridade", ela gritou de volta.
Seus olhos se arregalaram pelo olhar que surgiu nos olhos dele então.
Ele entrou em seu armário e tirou seus preciosos itens dos cabides,
e caminhou até a cômoda e tirou os poucos pares de roupa íntima que ela
tinha trazido. Ele jogou tudo em cima da cama e caminhou em direção a
ela.
"Não nessa vida", ela cuspiu de volta. Mas suas palavras estavam
carregadas pela qualidade sem fôlego em sua voz.
Ela não podia persegui-lo pela casa em nada vestindo nada alem de
suas roupas de baixo.
Ele a agarrou em seus braços antes que ela pudesse tirar a calcinha
e, em seguida, protegendo seu corpo com o seu, a levou para a casa e
tomou as escadas de volta ao seu quarto. Ela gritou e bateu nele com os
punhos o caminho inteiro, o que só alimentou seu desejo. Ele ia domá-la
da melhor maneira que podia imaginar.
Ele estava tão duro que tinha certeza que poderia rasgar o pequeno
pedaço de material. Eles olharam um para o outro, presos na cama. Ela
se contorceu debaixo dele, o que só fez sua ereção pulsar com intensidade
dolorosa.
"Ou assim?" Disse com voz rouca quando apertou os quadris sobre
o calor entre suas coxas. Ela estava tremendo debaixo dele, e ele podia ver
que ela estava tentando lutar muito mais duro com ela mesma, mais até
do que estava tentando lutar contra ele.
"Diga que você me quer", ele rosnou para ela. Ela balançou a
cabeça negativamente - mesmo no auge da paixão ela não queria se
render. Ele precisava de sua rendição, porem, e, mesmo lhe causando dor
física real, ele se enterrou profundamente nela e parou de se mover. Ela
se contorceu debaixo dele, precisando que ele se movesse. "Diga", ele
exigiu novamente com os dentes cerrados. Ela olhou para ele através de
seus olhos cheios de desejo, quase soluçando de frustração e
necessidade.
Após a agitação, seus corpos pararam, e ele caiu contra ela, não
tendo força para mover um músculo sequer de seu corpo. Ele estava
tentando simplesmente obter sua respiração sob controle. Nenhuma
mulher jamais teve o poder de fazê-lo ficar assim. Ele notou que ela
estava se contorcendo sob ele, porem, e percebeu que provavelmente
estava esmagando-a sob seu peso. Inferno, ele pesava duas vezes mais
que ela. Ele virou seus corpos então, se recusando a deixá-la ir.
Ela não tinha mais energia para lutar com ele, não após o intenso
prazer que ela tinha acabado de receber, então o permitiu mantê-la ao seu
lado. Ambos adormeceram depois de fazer amor.
"Nem sequer pense nisso", ela ouviu Ryan dizer quando ele
aumentou seu aperto em seu corpo. Ela ficou tensa.
"Eu preciso usar o banheiro", disse ela como desculpa. Ela não
podia ver seu rosto, e estava feliz que ele não podia ver o dela, porque
sabia que estava em chamas escarlate em constrangimento.
"Eu não sou sua posse, sua garota de programa ou sua empregada,
portanto, não tenho que ouvi-lo ", ela declarou no mesmo tom de
conversa.
Ryan riu alto. Ele realmente poderia se acostumar com ela sendo
uma parte permanente de sua vida.
Ela era boa para o seu enorme ego, ou pelo menos para levá-lo
abaixo de um entalhe ou dois. Ele não acreditava que ela realmente
pudesse ser domada, mas tinha certeza que ia gostar de tentar.
Ryan sabia que eles cada um deles ganhou algumas das batalhas
menores naquela noite, mas no final ele tinha ganhado a guerra.
Ele ainda não a tinha visto bater o pé. Ele podia pensar que ela
tinha sido teimosa antes, mas a última festa à qual ela tinha
acompanhado-o havia sido miserável, e as mulheres presentes tinham
sido umas piranhas. Nem Jasmine nem Trinity tinham estado lá, e ela
lutou contra as lágrimas durante todo o tempo em que ela e Ryan
permaneceram ali. Portanto, estava decidida a não passar por isso de
novo.
"A única razão pela qual você se sentiu miserável na última desta
foi por causa de sua própria teimosia estúpida", ele zombou dela. Ela se
recusou a usar o vestido que ele tinha comprado, ou as joias em sua
gaveta.
Em vez disso, ela tinha usado um vestido de promoção, que
parecido algo apropriado apenas para um churrasco de quintal. É claro
que as socialites tinham rasgado-a em pedaços.
Ele tinha estado zangado com ela por recusar seus presentes, e a
ignorou a maior parte daquela noite. Ele nem sequer queria ir para a festa
estúpida pela qual eles estavam brigando, mas aceitou o convite porque
queria puni-la. Ele sabia que era estúpido, mas ela tinha uma maneira de
realmente ficar sob sua pele.
"Bem, você pode pegar a sua festa e enfiar no seu...", ele não a
deixou terminar a frase. Ele a agarrou pelos braços e esmagou sua boca
na dela. Ela o irritava mais do que qualquer outra mulher, mas também
acendia fortemente sua paixão.
"Você vai estar pronta as sete hoje à noite," ele disse, saindo do
quarto. Ela sorriu para a porta fechada. Ele realmente tinha outra briga a
caminho se achava que ia conseguir o que queria. Se ele não gostava de
como ela estava se comportando, então ele poderia chutá-la para fora. Ela
não gostava da sensação que esse pensamento causou em seu intestino,
porem. Ela podia pensar que ele era um idiota pomposo metade do tempo,
mas ele também era o garoto que ela amava mais do que qualquer outro.
"Isso é uma verdadeira boa menina", ela elogiou o carro. Ela parecia
louca quando falava com o carro como se fosse um ser humano, mas não
se importava. Ela imaginava que suas palavras de louvor eram as únicas
coisas que mantinha seu carro andando.
Ela sabia que seus maridos tinham mais dinheiro do que elas
jamais iriam precisar e que elas não precisavam trabalhar, mas elas,
assim como Nicole, precisavam de algo próprio.
"Bom dia Nicole, como você está hoje?", perguntou Trinity enquanto
ela caminhava pela porta.
"Acho que minhas roupas estão mais apertadas apenas por estar
aqui", disse ela com uma risada. As mulheres conversaram por um
tempo, curtindo a companhia uma da outra. Um par de outros
empregados chegaram e ficaram em torno da loja, que tinha realmente
uma atmosfera casual.
"Então, se você pudesse fazer qualquer coisa, o que seria?" Trinity
perguntou a ela. Nicole perdeu o olhar manhoso entre as duas mulheres.
1 O scrapbook é uma terminologia em inglês para definir um livro com recortes. É, entretanto, uma
técnica de personalizar álbuns de fotografias ou agendas com recortes de fotos, convites, papel de balas
e qualquer outro material que possa ser colado e guardado no interior de um livro.
"Bem, você tem duas novas melhores amigas que já possuem o
espaço. Não levaria muito tempo para Rayan construir uma adição, e você
não tem nada a perder, considerando que já estamos estabelecidas. Nós
vamos investir em você, porque sabemos sem sombra de dúvida que você
vai se sobressair," Trinity disse. Os olhos de Nicole se encheram de
lágrimas pela confiança que suas amigas tinham nela. Foi um sentimento
tão avassalador que a deixou sem palavras.
Ele dirigiu pela rota que sabia que ela ia usar para voltar para casa,
mas passou direto por ela, andando no canto da estrada, porque não
esperava que ela estivesse ali. Quando ele chegou ao seu carro
abandonado e não a encontrou, começou a entrar em pânico.
Ele saltou para fora do seu carro e caminhou até o pedaço de lixo.
Ele sabia que essa carcaça iria, eventualmente, deixá-la encalhada. Era
irritante que ela não usasse o carro perfeitamente novo que ele tinha
comprado para ela. Bem, seu carro enferrujado estava indo para o
estaleiro de sucata agora, e não havia mais nada que ela pudesse fazer
alem de usar o carro que ele tinha comprado.
Ele dirigiu de volta por onde veio, muito mais lento dessa vez, e
rezando para encontrá-la sem que nada de ruim tivesse acontecido.
"Entre, Nicole," ele disse com os dentes cerrados. Ela nunca deveria
ter entrado nessa armadilha mortal, em primeiro lugar, e vê-la caminhar
ao longo da estrada escura empurrou seu pavio curto além da borda da
razão.
Nicole deu uma olhada no rosto de Ryan e decidiu que não havia
nenhuma maneira dela entrar no carro com ele. Ela ainda estava brava
com ele sobre sua briga anterior, e seu tom deixou claro seu próprio
temperamento ao ponto de ebulição.
Ele não disse mais nada, já que não confiava em sua voz. Ele
simplesmente a pegou e jogou por cima do ombro. Nicole imediatamente
começou a bater em suas costas, e exigiu que ele a colocasse no chão.
Ambos estavam respirando pesadamente quando que ele terminou com
ela em seu assento do passageiro. Ela tentou sair novamente do carro, e
ele viu vermelho.
"Eu juro para você, Nicole, se você sair do carro, eu vou te amarrar
no porta-malas", ele a ameaçou. Ele se inclinou sobre ela, seu rosto a
apenas polegadas do seu. Ela sabia que ele queria dizer o que disse. Ela
decidiu não testá-lo. Ela se sentou, cruzou os braços sobre o peito e olhou
para fora da janela, se recusando a falar com ele.
Ryan dirigiu cada vez mais rápido em direção a casa. Ele queria
estrangula-la, então sabia que não era uma boa ideia eles permanecerem
sozinhos. Ele sabia que nunca ia abusar dela fisicamente, mas ainda
poderia dizer algo do qual se arrependeria mais tarde.
Eles chegaram na casa e ele saiu do carro e deu a volta para o lado
dela antes mesmo que ela tivesse a chance de desatar o cinto de
segurança. Ela apenas olhou quando ele estendeu a mão e desabotoou
seu cinto, então a pegou pelo braço e a levou para dentro.
Ela tentou se afastar dele, mas ele não ia deixar isso acontecer. Ele
a puxou atrás dele em linha reta. Quando entraram, ele a empurrou para
o sofá e a olhou, deixando-a saber que deveria ficar exatamente onde
estava. Ele caminhou até o armário de bebidas e se serviu de uma
generosa quantidade de Bourbon, e o engoliu rapidamente. A sensação de
queimação lavada para baixo em sua garganta aliviou seu temperamento.
Ele tomou uma respiração profunda e se dirigiu ao telefone.
Nicole assistiu cansada quando ele pegou o telefone. Ele falou por
alguns minutos antes dela perceber o que ele estava fazendo. Ele ligou e
ordenou que seu carro fosse destruído. Ela ficou chocada.
"Eu não chamo de sorte você ser o único a vir em meu socorro. Eu
teria mais chances com um psicopata", disse ela, com raiva demais para
sequer pensar no que estava dizendo. Ele ia se livrar de seu carro, e não
havia nenhuma maneira dela dirigir aquele que ele tinha comprado; logo,
ela ficaria sem transporte.
Ryan ficou ali em choque completo, sua mão ainda no ar. Ele olhou
para Nicole e viu que ela estava realmente apavorada. Ela tinha uma
expressão assombrada no rosto e ele sabia, sem sombra de dúvida, que
alguém tinha batido nela antes. E não só tinha batido nela, mas tinha
feito isso tão mal que ela não estava mais no controle de si mesma, e
apenas o pensamento de apanhar de novo a deixava apavorada.
Ele precisava de respostas para o que tinha acontecido com ela. Ele
podia parecer calmo por fora, mas por dentro ele estava como um louco.
Ele queria rasgar em pedaços a pessoa que tinha se atrevido a colocar
uma mão sobre ela. Se tivesse sido um ex-namorado? Era a única
resposta que fazia sentido para ele. Como ela poderia ter permitido que
um homem batesse nela? E tinha que ter acontecido por muito tempo,
porque terror como aquele não vem de uma ocorrência única.
Uma vez que a banheira estava pronta, ele voltou para o quarto e a
encontrou ainda deitada na cama. Ela parecia um pouco melhor, mas seu
rosto ainda estava branco, e ele não estava feliz por ter sido o único a
fazê-la parecer assim.
"Eu vou despi-la agora. Tenho um banho pronto para você. Acho
que vai ajudar a acalmar seus nervos", disse a ela, falando baixinho. Ela
não disse nada quando ele começou a tirar a roupa dela. Ele a despiu
rapidamente e, pela primeira vez, a visão de seu corpo não o mandou ao
longo da borda da insanidade. Ele não queria nada mais do que consola-
la.
"Eu estou bem, Ryan. Me desculpe por isso. Acho que estou apenas
cansada. Eu sei que você nunca iria me bater", disse ela, tentando
parecer casual, e não o chatear. Ele se abaixou e tocou gentilmente seus
lábios com os dele, precisando tranquilizar a ambos de que tudo ia ficar
bem.
"Estarei de volta em breve", ele disse antes de sair do banheiro. Ele
deixou a porta aberta com uma fresta e disse a governanta para manter
um olho nela. Ele também providenciou para que o cozinheiro enviasse
alguma coisa para ela fazer um lanche enquanto estava na banheira. Ele
sabia que ela estaria de volta ao normal em breve.
"Me desculpe por isso. Eu bati, mas não acho que você pudesse
ouvir, mesmo se a casa tivesse caído em torno de você", ele disse a ela um
pouco alto demais, uma vez que era a única maneira que ela poderia ouvi-
lo.
"Eu quero falar com você sobre Nicole. Ela não vai querer falar
comigo sobre isso, mas eu preciso saber, para que possa ajudá-la", disse
ele para Patsy, se certificando de que ela estivesse olhando para ele, e que
pudesse entender o que ele estava dizendo.
"Sim", ele respondeu. Ele não sabia o que mais poderia dizer, então
se sentou e esperou que ela falasse. Ela olhou para o prato, em seguida, o
empurrou para longe, como se tivesse perdido o apetite. Ele entendia essa
reação. Ele não achava que pudesse ser capaz de comer novamente,
também.
"Tudo começou quando ela ainda era muito jovem", Patsy começou,
e ele ficou chocado. Quem diabos teria batido em Nicole quando ela era
jovem? Ele simplesmente não conseguia compreender o que Patsy estava
dizendo. "Quando o pai perdeu o emprego, ele se afundou ao ponto mais
baixo que poderia chegar. Ele sempre foi ranzinza e era muito cruel com
suas palavras, mas quando perdeu o emprego, começou a descontar tudo
em Nicole. Mamãe era uma bêbada e não ajudava em casa, então nunca
esperamos que ela nos defendesse. Quando fiquei mais velha, papai
começou a me perceber também, mas Nicole sempre ficou entre nós. Ela
nunca permitiu que ele me batesse, e isso significa que ela apanhou em
dobro. Eu sei que ele quebrou alguns de seus ossos, e ela estava sempre
num tom de preto e azul", disse ela enquanto uma lágrima escorria por
sua bochecha.
"Ele sempre teve muito cuidado para nunca bater em seu rosto,
embora. Ele não podia deixar que ninguém visse como estava
aterrorizando-a. Eu implorei para ela me deixar contar a alguém, mas ela
disse que ia aguentar até completar dezoito anos, quando seria capaz de
cuidar de mim. Ela disse que se eu contasse a alguém, nos colocariam
num orfanato, e que provavelmente não ficaríamos juntas. Ela sempre foi
tão forte: nunca gritou, nunca chorou. Quando suas lágrimas caiam
aquele bastardo parecia realmente desfrutar. Parecia que todo o seu
propósito na vida era quebra-la, mas ela era tão forte. Ele nunca
realmente a quebrou. Acho que ela se machucou muito mais quando você
já não era uma parte das nossas vidas do que quando ele batia nela",
finalizou Patsy. As lágrimas agora encharcavam seu rosto, e ele entregou-
lhe alguns guardanapos.
"Ninguém sabia, porque é assim que ela queria que fosse. Quando
saímos, nenhuma de nós jamais olhou para trás, e quando eles
morreram, nenhuma de nós chorou. Nós não sentimos qualquer perda.
Para dizer a verdade, nós duas nos sentimos mais seguras sabendo que
não havia nenhuma chance dele vir atrás de nós novamente. Se ele não
tivesse focado em Nicole, ele teria me quebrado. Eu não sou tão forte
quanto ela, e eu não poderia ter suportado as surras como ela fez. Eu
tentei embora, Ryan, eu realmente tentei. Eu tentei ficar entre eles, mas
ela me trancava fora do quarto, e eu só podia ouvir através da porta ele a
atingindo uma e outra vez", disse ela, soluçando abertamente agora. Ela
não podia falar mais nada.
Ryan a puxou para o seu colo e esfregou as costas dela, tentando
confortá-la da melhor maneira que podia.
Seu estômago doía tanto que ele não sabia como não estava
vomitando. Ele não podia acreditar que nunca tivesse percebido pelo que
ela passou. Ela tinha vivido um pesadelo diário enquanto crescia, depois
teve que criar Patsy e cuidar de sua saúde quando ela ficou doente, e ele
não tinha feito nada nos últimos meses a não ser aterrorizá-la mais. Ryan
se sentia como o menor ser humano sobre a terra.
Ela devia odiá-lo. Mas, Deus, ele não conseguiria libertá-la. Ele ia
certamente mudar algumas coisas, mas precisava dela em sua vida. Ele
precisava vê-la quando entrava pela porta, precisava ouvir sua voz
ecoando pelos corredores, precisava cheirar seu perfume doce. Ele não
podia libertá-la, mas sabia que ela poderia deixá-lo eventualmente. Ela já
esteve num inferno, e não tinha necessidade de viver em outro pelo resto
de sua vida.
"Eu estou bem agora", Patsy engoliu em seco quando olhou para ele
com seus olhos inocentes. Ela mais parecia ter doze do que dezesseis
anos.
"Sinto muito que você tenha passado por tudo isso, e estou ainda
mais triste por não ter estado lá por você", ele disse, lutando para não
demonstrar sua própria dor.
"Você não poderia ter estado lá para nós. Ela não permitiria que
qualquer pessoa ajudasse", Patsy disse. Ele sabia que ela estava certa,
mas com certeza isso não o fazia se sentir melhor. Quando Nicole o
mandou embora, ele nunca olhou para trás. Ele não quis demonstrar
qualquer fraqueza e, por causa disso, ela tinha sido ferida.
Ele jurou fazer as pazes com ela. Ele iria se certificar que sua vida
fosse muito melhor do que tinha sido antes. Ela nunca teria que se
preocupar com problemas de dinheiro, ou onde ia dormir. Ela nunca teria
outra preocupação novamente. Ele sorriu ironicamente para si mesmo ao
pensar sobre o quão bem essa conversa ia se desenrolar.
Ele tinha certeza que ela e sua irmã sabiam sobre o seu amor
por Patsy, e era isso que ele usaria para convencê-la a aceitar suas
ofertas. Ele sabia que ela já tinha ido até os confins da terra por sua irmã,
e ele também sabia que ela ia continuar fazendo isso pelo resto de sua
vida.
Seus sacrifícios não eram sacrifícios aos seus próprios olhos. Ela
acreditava que todo mundo devia fazer a mesma coisa por sua família. Ela
estava tão errada. A maioria das pessoas que ele conhecia não dava um
segundo pensamento sobre alguém ou alguma coisa além deles próprios.
Ela era uma exceção.
"Eu posso fazer isso sozinha", disse ela, trazendo os joelhos até o
peito para se cobrir. Ele olhou para ela com as sobrancelhas erguidas. Ela
estava escondendo não só o que ele tinha visto muitas vezes, mas o que
também tinha lambido, chupado e feito todo o imaginável. Como se ela
pudesse ler seus pensamentos, suas bochechas ficaram escarlate e ela
rapidamente desviou o olhar.
Ele deu um sorriso muito sedutor e começou a tirar sua roupa. Ela
olhou para ele em choque, e ele podia ver que ela estava tentando decidir
se queria permanecer na segurança de suas bolhas ou saltar para fora da
banheira. Ele realmente esperava que ela ficasse.
Ele tirou suas roupas, nem mesmo tentando esconder seu desejo
por ela, e entrou na banheira. Ele a moveu para frente e sentou atrás
dela, rapidamente puxando-a em seus braços. Foi como voltar para casa.
Ela se inclinou contra ele, tensa por alguns instantes e, quando ele não
tentou fazer qualquer coisa diferente de abraçar, ela finalmente começou
a relaxar.
"Ha", disse ela, com um puxão de seu ombro. Ele teve que lutar
contra o sorriso. Ele amava como ela sempre tinha que ter a última
palavra, e amava ainda como ele sempre podia deixá-la sem palavras. Ele
começou a esfregar as mãos contra o estômago dela, e sentiu um arrepio
passando através de seu corpo quando suas preocupações começaram a
derreter.
Suas mãos viajaram pelo corpo dela, até que ele agarrou seus seios
incrivelmente deliciosos. Ele esfregou seus mamilos endurecidos entre os
dedos, fazendo-a ofegar em voz alta. Ele despertou naquele momento, e
não poderia imaginar um tempo em que ela não fosse transformar seu
cérebro em mingau.
Ela empurrou o corpo de volta contra ele, e ele foi o único que
deixou escapar um gemido então. Ela estava escorregadia e molhada, e ele
estava além de pronto para unir seus corpos. Ele se inclinou e beijou ao
longo de seu pescoço esguio, beliscando e lambendo a pele macia. Ele
amava o gosto e o cheiro dela. Ele continuou a massagear seu peito
enquanto a outra mão deslizou mais baixo em seu corpo, encontrando
sua dolorida protuberância e fazendo-a gritar de prazer. Não demorou
muito esfregando seu botão inchado antes dela começar a tremer de
prazer.
Ele tinha que provar sua pele, tinha que sentir sua pulsação contra
ele. Ele tinha que tê-la logo em seguida.
Ele não conseguia tirar os lábios dos dela, então apenas continuou
bebendo avidamente enquanto ela manteve o ritmo intenso que tinham
estabelecido.
Ele abaixou sua cabeça em seu ombro, não querendo que ela visse
seus olhos, mas precisando que ela estivesse ao lado dele. Ele precisava
que eles ficassem pele a pele, com seu corpo ainda dentro dela, sem se
mover dessa posição. Ele acariciou suas costas enquanto ambos se
recompunham. Nenhum dos dois estava disposto a falar ou quebrar o
momento. A conversa teria que esperar até mais tarde.
"Tudo bem, eu vou usar o carro estúpido", disse Nicole enquanto
jogava as mãos para cima em frustração. Ela chamou um táxi para
buscá-la e levá-la para trabalhar, e quando Ryan descobriu, ele surtou.
"Isso foi realmente tão difícil?", Ele praticamente rosnou para ela.
"Sim foi, e obrigada por perguntar", ela zombou. Ele queria dobrá-la
sobre o seu joelho. É claro que esse pensamento tinha sua mente indo na
direção errada, e ele já estava atrasado para uma reunião do conselho.
Ele tinha que se apressar e ter o seu trabalho terminado no escritório,
para que pudesse ir até a loja conhecer o arquiteto para o trabalho de
remodelação que Jasmine solicitou. Ele achou divertido preferir muito
mais estar fazendo isso do que ficar sentado em seu escritório.
Nicole não sabia que ele iria ao seu local de trabalho mais tarde
naquele dia, e ele estava ansioso para surpreendê-la. Ele não achava que
ela fosse ficar encantada com tal surpresa, o que poderia ser mais ruim
para ela do que bom.
"Bem, então, eu vou te ver mais tarde", disse ela, e estendeu a mão
para a porta do carro. Ele girou em torno dela e capturou sua boca num
beijo longo e duro, deixando-a sem fôlego.
"Pense sobre isso hoje", disse ele, em seguida, pulou em seu carro e
foi embora. Nicole ficou lá, atordoada por alguns momentos, e soprou um
suspiro de frustração. O homem podia ficar sob sua pele em segundos.
Ele evocava emoções poderosas nela, isso era certo, seja raiva, luxúria ou
felicidade. Ele não fazia nada pela metade.
Ela saiu de casa, mas teve que parar um par de milhas abaixo da
estrada numa Farmácia. Ela tinha decidido comprar um teste de gravidez
depois desse tempo todo, pois sabia que já tinha passado da hora. Ela
estava apavorada de confirmar o que já sabia em seu coração, mas tinha
que fazer. Porem, ela não quis fazer o teste em casa, onde Ryan podia ler
seu rosto como um livro.
Ela sabia sem sombra de dúvida que seu amor por Ryan nunca
tinha ido embora. Ela tinha amado-o com a inocência de uma criança, e
desde que tinha ido viver com ele, esse sentimento tinha crescido para o
amor profundo de um adulto. Ela sabia que ele não a amava, porem, e
esse conhecimento era suficiente para destruí-la.
Ela sabia que ele a desejava, entretanto, e nos meses que estiveram
juntos, esse desejo tinha se transformado num inferno quente. Parecia
que nenhum deles conseguia o suficiente do outro - mas isso não era o
suficiente para fazer um relacionamento funcionar, especialmente com
um bebê a caminho. Ela tinha sentimentos mistos sobre o teste. Ela
queria o bebê com um desejo irresistível, mas ao mesmo tempo estava
aterrorizada sobre o que isso significaria para Ryan e ela.
Ela não podia esperar nem um segundo mais, e foi direto para o
banheiro. Trêmula, ela leu as instruções da caixa, fez o que precisava ser
feito e, em seguida, sentou-se com a pequena vara do teste sobre borda da
pia. Ela esperou um total de dez minutos antes de ter coragem de agarrar
o teste de novo e ver qual era o resultado.
Ela não estava pronta para compartilhar seu segredo com ninguém
ainda, então ficou no banheiro um pouco mais.
Ela tinha esperança que poderia ficar, e queria gritar para o mundo
que ia ser mãe. Seria difícil não dizer nada para Ryan naquela noite, mas
ela não tinha certeza se queria compartilhar sua descoberta com ele
ainda.
Ela não sabia como ele ia reagir à notícia. Ela sabia que ele amava
crianças, porque ele era incrível com as crianças de seus primos, mas ele
tem sido enfático com ela sobre o relacionamento deles ser uma coisa
temporária.
"O que você está fazendo aqui?", ela perguntou com desconfiança.
"Oh, eu não sabia", ela disse, soltando um suspiro de alivio. Ela não
era normalmente uma mulher de manter segredos. Se ela queria dizer
alguma coisa, ela simplesmente falava, e ao inferno com
as consequências.
Agora que ele sabia o que ela tinha passado quando adolescente, e
que sabia que ela não tinha o deixado pelas razões que uma vez tinha
pensado, era hora de colocar seu coração em cima da mesa e fazer sua
aposta. Ele estava com medo de que se ela o rejeite mais uma vez ele
nunca voltasse a ser o mesmo de novo, mas também não queria continuar
no caminho que estavam indo. Ele não queria que ela lhe desse tudo de si
em sua cama e nada durante o dia.
"Eu tenho que voltar para casa. Vejo você em poucas horas", disse
ele. Tomando-a nos braços, ele a beijou com tanta ternura que deixou
lágrimas em seus olhos. Nicole olhou para ele com uma expressão
chocada e simplesmente assentiu com a cabeça.
Nicole ficou presa na loja. As garotas nunca lhe pediram para ficar
até mais tarde, mas estavam fazendo um necessário inventário e tinham
pedido sua ajuda. Eram oito horas quando ela finalmente fez seu caminho
para fora da porta. Ela estava morta em seus pés, e ainda em estado de
choque sobre o teste de gravidez.
Ela tinha chegado a conclusão que simplesmente ia dizer a verdade
e explicar que um bebê não significava que eles precisavam mudar as
coisas. Eles poderiam chegar a um acordo mútuo para que pudessem ser
ambos participantes ativos na vida de seu filho. Ela odiava o pensamento
deles não serem mais do que estranhos, porem. Isso doía de maneiras que
nada nunca tinha machucado antes.
Nicole suspirou quando viu a cena à sua frente. Seu corpo começou
a tremer e sua mente se recusou a reconhecer o que estava vendo. Ryan
estava de pé na outra extremidade vestindo um smoking que mostrava
seu corpo impressionante com perfeição. O homem realmente vestia um
smoking bem, pensou. Ele era impressionante, e ela mal conseguia
afastar os olhos de sua forma magnífica.
Ela olhou para a mesa que foi preparada para a sedução. Havia
velas acesas, e mais pétalas de rosa espalhadas. Champagne e o aroma
da comida fizeram seu estômago roncar com fome.
"Eu pensei que você merecia um pouco de romance," ele disse, com
paixão queimando em seus olhos. Ela segurou o fôlego. Eles tinham tido
tantos problemas...
"Eu... eu não sei o que dizer", ela finalmente suspirou. Ela sentiu a
pontada de lágrimas em seus olhos e rapidamente se virou, não querendo
que ele a visse chorar. Ela culpou a gravidez por suas emoções fracas.
Ele cheirava a casa, e ela se apertou ainda mais perto dele. Ela não
se importava com nada que não fosse o momento. Ela precisava ter esta
noite com ele antes de contar sobre o bebê e, consequentemente seu
mundo mudar. Ela sabia que ia se lembrar dessa noite num futuro
próximo, e mesmo que essa lembrança pudesse causar dor, pelo
menos ela seria capaz de dizer honestamente a seu filho o quanto ela era
apaixonada por seu pai.
Ryan a girou ao redor da sala numa dança delicada que era apenas
para os dois. Ele inclinou a cabeça para baixo e tomou seus lábios com
tanta paixão que seu coração cresceu duas vezes seu tamanho normal.
Ela passou as mãos por seu pescoço e o puxou ainda mais perto.
"Eu te quero demais, nunca duvide disso, mas está noite é sobre
romance, e se eu continuar te beijando assim, o jantar será esquecido e
nós vamos acabar na cama", ele rosnou para ela. Seu peito inchou com
orgulho. Ela sabia que era apenas sexo, mas muitas outras relações
foram construídas com muito menos do que isso.
"Estou tentando dizer que estraguei tudo. Tentei punir você por me
deixar, mas agora eu sei o que realmente aconteceu. Patsy falou comigo, e
eu gostaria muito que você tivesse me dito. Eu teria estado lá para você, e
teria te protegido. Eu amei você antes, e eu te amo agora, e quase me
destrói saber que eu não estava lá para mantê-la segura. Eu deveria ter
sido o único a tomar a sua dor. Eu deveria saber que algo estava errado,
mas eu deixei o orgulho ficar no meu caminho. Eu nunca vou deixar isso
acontecer novamente. Estou dando meu coração de novo para você, aqui e
agora. Eu amo você, Nicole, e não posso imaginar minha vida sem você
nela. Por favor, aceite meu amor e me deixe te proteger para o resto da
minha vida", disse ele com ternura, nunca quebrando o contato visual.
Ela odiava que ele soubesse sobre o abuso. Isso a fez se sentir
fraca, mas quando ela olhou em seus olhos, percebeu que ele não
pensava nela como fraca. Ela acreditava que ele realmente a amava,
considerando o olhar de admiração em seu rosto.
Uma de suas mãos foi para o seu rosto. Ele não disse mais nada.
Ele simplesmente segurou a mão dela e esperou até ela ter suas emoções
sob controle. Ela o olhou nos olhos, à procura de alguma coisa que
desmentiria suas palavras. Ela viu nada além de amor e aceitação dentro
de suas profundezas.
"Eu também te amo, Ryan. Eu sempre amei, mas tive que mandar
você embora naquela época porque não queria que você soubesse o quão
fraca eu era," ela começou.
"Não se atreva a dizer que você foi fraca. Você é a pessoa mais forte
que eu já conheci, e você levou toda a punição sozinha. Você levou o peso
do mundo sobre seus ombros... e você é tão teimosa. Eu teria tido prazer
em levar esse peso por você, mas eu entendo agora porque você fez o que
fez. Mas agora você me tem ao seu lado, e nós podemos conquistar
qualquer coisa, desde que fiquemos juntos", ele interrompeu.
"Eu era tão tola, Ryan, eu sempre me culpava pelos
espancamentos, e eu pensei que você ficaria horrorizado e me deixaria de
qualquer maneira se você soubesse o que estava acontecendo. Eu era tão
jovem", disse ela como explicação.
"Diga de novo," ele exigiu, e ela sabia o que ele queria ouvir.
Ela soluçava quando balançou a cabeça num sim. Ela não poderia
ter feito essa palavra passar pela sua garganta nem se sua vida
dependesse disso, tamanha emoção que sentia.
"Eu espero que você goste. Mandei fazer especialmente para você",
disse ele, parecendo inseguro.
"É impressionante, Ryan, mas você não precisava de um tão
grande. Eu teria ficado feliz com uma pedra simples", ela disse. Ele olhou
para ela como se ela fosse louca.
"Se o tamanho do anel igualasse o amor que eu sinto por você, você
não seria capaz de levantar sua mão. Eu realmente o diminuí bastante
considerando o que eu originalmente queria", disse ele timidamente. Ela
jogou os braços em volta do seu pescoço e o segurou com força. Como ela
poderia ter acreditado que sua generosidade era para controla-la? Ele
vinha mostrando seu amor o tempo todo, apenas da forma errada. Ele
tinha comprado coisas para ela, coisas que ela tinha continuamente
rejeitado, mas essa era a única maneira que ele sabia como mostrar amor.
Ela iria ensina-lo que o que ela realmente queria era apenas ele.
"Eu adoraria encher esta casa com elas", disse ele com um sorriso
malicioso.
"Eu não sei sobre encher o lugar, mas eu poderia ter uma aqui em
cerca de cinco meses," ela disse, e esperou ele absorver suas palavras. Ela
viu quando seus olhos a fitaram com confusão por alguns momentos, e
depois se arregalaram quando ele entendeu o que ela tinha dito.
Seu carinho não era para ser sexual, mas ele estava transformando
seu corpo em fogo líquido com suas carícias inocentes.
"Eu já suspeitava há algum tempo, mas só descobri com certeza
hoje. No começo eu pensei que estava ficando gorda com todos os
alimentos que você está me dando.", disse ela um pouco timidamente.
"Eu amo seu corpo. Nunca diga algo assim novamente. Eu gostei de
suas curvas, e fiquei simplesmente tão ligado por você que não prestei
atenção nas mudanças", disse ele, com paixão real por trás de suas
palavras.
"Estou pensando em ser bom para você todos os dias, para o resto
de nossas vidas", ele disse. Então ele a pegou em seus braços, e a
conversa chegou ao fim. Ele a levou para o quarto, onde adorou seu
corpo, notando a ligeira mudança que seu filho estava causando nela, e
ficou mais ligado do que nunca sabendo que eles haviam criado uma
vida.
"Apague as velas, baby", disse Nicole para a filha de dois anos. Ela
não podia acreditar no quanto sua vida tinha mudado nos últimos anos.
Ela estava mais feliz do que poderia ter alguma vez pensado ser possível.
Ele então envolveu Nicole perto dele, ainda tão apaixonado por ela
como no dia em que tinham se reencontrado. Ele não conseguia ter o
suficiente dela. Ela tinha lhe dado o presente que era sua filha, e seu
amor, e ele não poderia estar mais feliz.
Ele olhou em torno de seu quintal, grato pelo dia bonito em Seattle.
Não havia nenhuma nuvem no céu, como se os destinos estivessem
brilhando sobre eles. Seus primos estavam jogando na estrutura de jogo
enorme com seus filhos. Ele sorriu para sua família crescente.
Ele riu para si mesmo, pensando no quão duro ele e seus primos
lutaram contra casamento e compromisso.
Nenhum deles podia imaginar suas vidas sem suas belas esposas
agora e, como se não bastasse, as mulheres todas se davam tão
incrivelmente bem juntas. Elas rapidamente se tornam melhores amigas,
compartilhando sua loja juntas, bem como a maternidade.
"Eu teria feito a mesma coisa. Não posso sequer imaginar o que eu
vou passar quando meus filhos começarem a ter encontros", disse Derek,
estreitando os olhos.
"Eu quase sinto pena dos pobres rapazes que tentarem ultrapassar
seus limites", disse Derek, mas o olhar em seus olhos contradizia suas
palavras. Ele ia desfrutar completamente de aterrorizar esses homens.