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DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA
ELÉTRICA
Isto quer dizer que o fornecimento ideal de energia elétrica seria aquele que propiciasse
as seguintes características:
- faixa de freqüência nula - regulação nula e igual à nominal, por exemplo 60 Hz;
- distorção harmônica nula - formato perfeito da senóide da tensão alternada, isenta,
portanto, de qualquer distorção de onda;
- continuidade igual a 1 (um) - durante todo o tempo o consumidor estaria sendo
suprido;
- faixa de tensão nula - regulação nula e igual à nominal, por exemplo, 127 volts.
CONTINUIDADE DE FORNECIMENTO
A consideração de metas de qualidade deve, no caso de continuidade de fornecimento,
ser feita através de definição e de estabelecimento de índices numéricos, também
Estes índices são utilizados pelas concessionárias de energia elétrica como valores de
referência nos processos de decisão envolvidos em trabalhos de planejamento, projeto,
construção, operação e manutenção de sistemas de distribuição.
Conceitos Básicos
Apresenta-se a seguir a conceituação de alguns termos diretamente relacionados à
continuidade.
- Falha
Falha é todo evento que produz a perda de capacidade de um componente ou sistema
desempenhar sua função, levando-os à condição de operação inadmissível.
Designando por m esse tempo médio, pode-se definir a taxa de falhas (λ), pela
expressão:
λ=1/m
que representa o número de vezes que, em média. o componente falhou, por unidade
de tempo de permanência de serviço.
A confiabilidade vista pelo consumidor é calculada como função das taxas de falha dos
componentes do sistema.
As taxas de falha consideradas insatisfatórias podem ser melhoradas pela adoção de
várias das seguintes medidas:
- Segurança de serviço
A expressão segurança de serviço é geralmente utilizada para referir as características
de um sistema que permitam a restauração do fornecimento de energia elétrica à maior
parte ou à totalidade dos consumidores, sem que, para tal, seja necessário realizar
primeiramente serviços de reparo.
- Confiabilidade
Neste contexto, a designação confiabilidade deve ser interpretada como a característica
dos sistemas que quantifica, por meio de índices numéricos (também denominados
operativos) o seu desempenho passado, ou estimativas futuras conforme demonstrado
nos índices operativos (definidos mais adiante).
- Indisponibilidade
Indisponibilidade é a parcela de tempo em que determinado componente fica fora de
operação, por falha, num período de tempo considerado. É dada pela expressão:
D 1 C
Onde:
C = confiabilidade
- Índices operativos
Os índices mais utilizados pelas concessionárias para medir a confiabilidade são os
citados a seguir.
Ca(i) t (i)
D i 1
Cs
Onde:
D = duração equivalente por consumidor (horas);
Ca(i) = número de consumidores atingidos na interrupção (i);
t(i) = tempo decorrido na interrupção (i) (horas);
P(i) t (i)
Dk i 1
Ptotal
Onde:
Dk = duração equivalente por potência instalada (horas);
P(i) = potência instalada atingida na interrupção (i), expressa em kVA ou MVA;
t(i) = tempo decorrido na interrupção (i) horas;
P total = potência total instalada no sistema em kVA ou MVA;
i = número de interrupções, variando de 1 a n.
Ca(i) t (i)
d i 1
n
Ca(i)
i 1
Onde:
d = duração média por consumidor (horas).
P(i) t (i)
dk i 1
n
P(i)
i 1
Ca(i)
f i 1
Cs
P(i)
fk i 1
Ptotal
Não é difícil aceitar o princípio de que o grau de continuidade de fornecimento deve ser
função do tipo, da importância e das características da carga servida. Dentro desta
premissa, os níveis de continuidade de fornecimento deveriam ser estabelecidos de
acordo com esses três fatores, independentemente de sua localização. No entanto, a
consideração de um conjunto de circunstâncias importantes, como sejam: aspectos
econômicos envolvidos; características inerentes aos próprios sistemas de distribuição
(localização de diferentes cargas eletricamente no mesmo ponto) e dificuldades
envolvidas no acompanhamento dos níveis de continuidade, caso os mesmos fossem
estabelecidos a partir das características individuais de cada carga, aconselham que a
graduação dos níveis de continuidade de fornecimento seja estabelecida, basicamente,
em função da classificação de localidades ou zonas típicas de mercado.
Para que se possa fazer a fixação dos graus de continuidade em termos globais e para
que seja possível comparar os índices obtidos em diversos sistemas de distribuição,
estabeleceu-se, numa primeira fase, esses valores de referência por blocos de
consumidores, representados por tipos de localidade ou por zonas típicas de mercado,
conforme a classificação apresentada mais a frente.
Ressalte-se que a classificação a seguir apresentada foi obtida por meio de análises
comparativas de operação e desempenho de sistemas elétricos, tendo sido testada e
considerada satisfatória, pelo menos no estágio atual de implementação.
Graus de continuidade
Foram fixados, para cada tipo de localidade ou zona típica de mercado, os diversos
graus de continuidade, que servirão como referência no processo de planejamento.
a) Grau 1.
É um valor que, uma vez atingido, dispensa obras de melhoria de continuidade de
fornecimento e deve ser considerado como condição ideal.
b) Grau 2.
Significa que o sistema, apesar de atender satisfatoriamente, admite obras de melhoria
e/ou aprimoramento dos recursos de operação.
c) Grau 3.
Define-se como mínimo de qualidade admissível para o tipo da localidade. Um sistema
elétrico com tal característica admite melhoramentos (mais prioritário que o grau 2),
tendo-se em vista que o limite superior do grau 3 corresponde aos valores máximos
permitidos pelo DNAEE.
d) Grau 4.
Define-se uma condição indesejável e que necessita de melhoramentos. Neste caso, a
legislação não está sendo observada.
de segurança, que possuam cargas especiais etc., que devem merecer tratamento
específico.