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Mercado Primário Versus Mercado Secundário Handout
Mercado Primário Versus Mercado Secundário Handout
Uma das principais funções do mercado de capitais é possibilitar que as companhias ou outros
emissores de valores mobiliários, com o intuito de viabilizar projectos de investimento, captem
recursos directamente do público investidor em condições mais vantajosas do que as oferecidas
pelos empréstimos e financiamentos bancários. Quando as companhias decidem levantar
recursos dessa forma, elas realizam uma nova emissão de valores mobiliários no mercado.
O mercado primário é aquele em os valores mobiliários de uma nova emissão da companhia são
negociados directamente entre a companhia e os investidores – subscritores da emissão -, e os
recursos são destinados para os projectos de investimento da empresa ou para o caixa.
Entretanto, alguns desses valores mobiliários, como as acções, representam frações patrimoniais
da companhia e, dessa forma, não são resgatáveis em data pré-definida. Da mesma forma, outros
podem ter prazos de vencimento muito longo. Essas características, entre outras, poderiam
afastar muitos dos investidores do mercado de capitais, caso eles não tivessem como negociar
com terceiros os valores mobiliários subscritos, dificultando o processo de emissão das
companhias.
O mercado secundário cumpre essa função. É o local onde os investidores negociam e transferem
entre si os valores mobiliários emitidos pelas companhias. Nesse mercado ocorre apenas a
transferência de propriedade e de recursos entre investidores. A companhia não tem participação.
Portanto, o mercado secundário oferece liquidez aos títulos emitidos no mercado primário.
Questões
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6. Em termos práticos e técnicos o que significa transacionar em mercado primário e
secundário? Quais vantagens, desvantagens.
7. Quais activos tem mercados secundários mais activos? Por que?
Antes de falar dos principais produtos financeiros, é importante esclarecer o que eles são.
Produto financeiro é qualquer tipo de produto comercializado com o objetivo de captar e
aplicar recursos.
Isso pode ser feito por meio da concessão de crédito, pela aquisição ou venda de um
recurso, por exemplo. Os produtos financeiros não estão relacionados apenas com a
comercialização de opções de investimentos. A seguir, você vai entender melhor sobre
isso.
Os produtos financeiros podem ser divididos em activos e passivos. Os activos podem ser
recursos direcionados ou livres, para financiar vendas, capital de giro, contingência, operações
de trade finance, operações de longo prazo e repasses.
Os produtos financeiros passivos são aqueles que controlam a liquidez da economia, com
potencial de se tornarem dinheiro em curto ou curtíssimo prazo.
Os emissores dos produtos financeiros passivos podem ser organizações públicas ou privadas,
com objetivo de captação bancária. Veja quais são os produtos financeiros activos e passivos.
2. Debêntures
Esses títulos de crédito são emitidos pelas empresas, com objetivo de levantar um volume alto de
dinheiro de investidores e vão apresentar rendimentos no longo prazo. As debêntures são
emitidas sem garantia, mas são feitas por grandes empresas, o que gera maior confiança nos
investidores.
3. Desconto de duplicatas
O título de crédito é emitido por uma empresa e pode ser descontado pelos bancos, por causa da
relação comercial e de crédito que eles mantêm. No desconto de duplicatas, o investidor
consegue antecipar os valores de uma venda a prazo, mas precisa pagar uma taxa de desconto
linear e adiantada.
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4. Vendor
Vendor é um tipo de empréstimo com prazo determinado, baseado em uma operação comercial.
Para concedê-lo, o banco exige algumas garantias, além de aplicar taxas pré-fixadas ou pós-
fixadas.
Além disso, o banco exige nota promissória, que pode ser complementada por duplicatas,
alienação fiduciária do bem, penhor etc.
Para as empresas, o vendor ajuda a aumentar sua vantagem competitiva. O banco financia, mas
os impostos são menores. Em geral, é um produto usado para programas de financiamento e
vendas de grandes empresas.
5. Cartão de crédito
O cartão de crédito é um dos produtos mais populares e acessíveis. Oferecido por bancos ou
empresas parceiras, esse produto permite a compra com prazo e pagamento facilitado. É aceito
em diferentes tipos de estabelecimentos e pode ser usado por pessoas físicas e jurídicas.
Questões?
O conceito de valor mobiliário é altamente relevante para o mercado. Se determinado título for
considerado um valor mobiliário, significa dizer que ele deve se sujeitar às regras e à fiscalização
da Comissão de Valores Mobiliários. Isso implica uma mudança significativa na forma como
esses títulos podem ser ofertados e negociados no mercado.
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Originalmente, utilizou-se um conceito mais restrito para valor mobiliário e, assim, evitou
delimitar características amplas que pudessem ser utilizadas como referência para a
caracterização de um título como valor mobiliário. O legislador simplesmente listou o que se
deveria considerar como valor mobiliário e outorgou ao Conselho Monetário Nacional
competência para alterar a lista, quando necessário.
Com o passar do tempo, a lei e a regulamentação incluíram no rol de valores mobiliários
diversos outros títulos ou contratos de investimento. Mesmo assim, embora tenha
funcionado com sucesso durante um tempo, esse conceito mais restrito começava a se
mostrar ineficiente para fazer frente à crescente e constante criação de novos produtos
financeiros. Por essa razão, que procurou conceituar valor mobiliário de forma mais
ampla, com o intuito de abranger boa parte das modalidades de captação pública de
recursos.
A primeira legislação feita para regulamentar a oferta de valores mobiliários é a Lei 6385/76,
quando foram listados o que poderia ser considerado um desses títulos. Na ocasião, também foi
criado o Conselho Monetário Nacional (CMN) para mudar a lista, se fosse necessário. Dessa
maneira, ao longo do tempo a lei incluiu como valores mobiliários muitos outros tipos de títulos
e contratos de investimento. Mesmo assim, houve um momento em que o conceito inicial de
valor mobiliário se mostrou restrito. Afinal, muitos novos produtos financeiros foram criados
com o passar dos anos e o conceito precisou ser ampliado. Portanto, a Medida Provisória 1637,
de 1998, definiu valores mobiliários de modo mais amplo. Isto no Brasil.
De acordo com essa definição, são valores mobiliários, quando ofertados publicamente,
quaisquer títulos ou contratos de investimento colectivo que gerem direito de participação, de
parceria ou remuneração, inclusive resultante da prestação de serviços, cujos rendimentos
advém do esforço do empreendedor ou de terceiros". Os valores mobiliários são os títulos
financeiros negociados diariamente no mercado financeiro, que podem ser de propriedade ou de
crédito. Quem fiscaliza e controla esses activos é a Comissão de Valores Mobiliários (CVM),
para que os investidores tenham mais segurança e transparência ao comprar e vender títulos.
Com a evolução do mercado de capitais, a legislação vem incluindo novos activos na categoria
para dar conta da diversidade de produtos financeiros. No mercado financeiro, os valores
mobiliários funcionam como instrumentos de captação de recursos para as empresas e
entidades — ou seja, meios de financiamento. Para os investidores, são activos que
proporcionam diferentes rentabilidades e riscos. Valores mobiliários são “quaisquer títulos ou
contratos de investimento colectivo que gerem direito de participação, de parceria ou
remuneração, inclusive resultante da prestação de serviços, cujos rendimentos advêm do esforço
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do empreendedor ou de terceiros”. Os principais títulos negociados são ações, debêntures e
cotas de fundos de investimento.
Tipos de valores mobiliários
Existem vários tipos de valores mobiliários, já que a definição da lei é bastante abrangente.
Confira alguns dos mais conhecidos.
Ações
As ações são valores mobiliários porque concedem direito de participação ao investidor, já que
consistem em uma pequena fração do capital social das empresas. Ao comprar papéis e se
tornar accionista, você passa a ter ganhos de capital com o crescimento do negócio e também
pode tem direito a proventos como dividendos e juros sobre capital próprio.
Debêntures
Os debêntures são títulos de crédito privado emitidos por empresas, utilizados para captar
recursos para financiar actividades das organizações. Ao contrário das acções, são valores
mobiliários de renda fixa, ou seja, sua remuneração é conhecida no momento da aplicação
(prefixada ou pós-fixada).
Além disso, estão na categoria de títulos de crédito (obrigações), em que o accionista empresta
dinheiro à empresa e recebe o capital de volta com acréscimo de juros.
Bônus de subscrição
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Cotas de fundos de investimento em valores mobiliários
Os contratos futuros de valores mobiliários são derivativos de acções e outros activos que
representa um acordo de compra e venda em uma data futura. Eles são negociados no Mercado
Futuro e permitem ao investidor ganhar com a variação de ativos.
Como vimos, alguns títulos de crédito são considerados valores mobiliários pela legislação. No
entanto, há uma diferença entre os dois conceitos: enquanto os títulos de crédito são documentos
de direitos individuais, os valores mobiliários são distribuídos em massa e têm maior circulação
na economia do país. Os economistas franceses foram responsáveis pela diferenciação entre
títulos de crédito e valores mobiliários. “Os primeiros são instrumentos oriundos de relações
bilaterais comuns do comércio, enquanto os segundos estariam imersos num mercado
específico, em que as operações não são meramente bilaterais, mas se disseminam no mercado
por um público indeterminado”, explica.
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Tipos de Valores Mobiliários
A nova Lei 10303/2001 incorporou o conceito da medida provisória e designou quais são os
tipos de valores mobiliários negociados no Brasil. Veja quais são eles a seguir:
Além disso, a lei define ainda o que não são considerados valores mobiliários. Dessa forma, a
lista contém os seguintes itens:
Os valores mobiliários (em geral títulos), são negociados no Sistema Financeiro Nacional, que
grosso modo é o mercado financeiro em si.
É através desse mercado, como na bolsa de valores, que as pessoas que têm dinheiro sobrando
(poupadores) e aquelas que precisam de recursos para financiar seus gastos e investimentos
(tomadores) conseguem fazer trocas entre si.
Ou seja, é onde as empresas conseguem pegar “emprestado” recursos de quem tem sobrando
para financiar seus próprios projetos, em troca de juros e lucros pagos a esses investidores.
Um exemplo é quando uma empresa abre o seu capital para que os interessados possam comprar
as suas ações. Com isso, quem compra está investindo e valorizando as suas ações à medida que
a empresa se mostra mais lucrativa. Por outro lado, com o dinheiro obtido ao negociar as ações, a
empresa consegue investir em sua estrutura a fim de aumentar a sua lucratividade.
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No entanto, como dito, essas ações e outros os valores mobiliários devem seguir regras rígidas
para que o sistema seja justo a todos os envolvidos.
Além disso, os investidores também devem estar atento a quais são as regras para sempre
realizarem bons negócios.
Emissão de Ações
Uma emissão de ações é o ato de tornar as ações disponíveis para negociação. As emissões
podem ser primárias, quando são emitidas novas ações e dinheiro vai para a empresa, ou
secundária, quando atuais detentores de ações vendem totalmente ou parcialmente as suas ações.
Seu objectivo é conceder aos acionistas actuais a oportunidade de manter o mesmo nível de
participação no negócio. Eles poderão garantir seus ganhos e poder de decisão dentro da
organização.
Imagine que uma empresa fez sua primeira abertura na Bolsa de Valores (B3) e emitiu 20 mil
ações. Nesse exemplo, você teria adquirido 2 mil em papéis, o que fornece a participação de 10%
na empresa.
Depois de um tempo, o negócio resolve emitir mais 10 mil activos. Antes de serem
comercializados na B3, você terá direito de adquirir parte deles para manter sua participação de
10%. Ressalta-se que o acionista não é obrigado a comprar os novos papéis, ele apenas terá
oportunidade de fazê-lo. Se ele não quiser adquirir essas Ações, então poderá vender o seu
direito de compra com outras pessoas. É interessante ressaltar que o direito de subscrição
também pode ocorrer em Fundos Imobiliários (FIIs).
Usufruir do seu direito de preferência (DP) na subscrição de Ações pode trazer diversas
vantagens para o acionista. Entenda as principais a seguir.
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Evita diluição na participação acionária
Se você não fizer a subscrição, outros investidores comprarão os activos. Você não perderá
Ações que já possui, mas elas representarão uma parte menor em relação ao capital social.
Consequentemente, os seus ganhos com dividendos reduzirão, pois os lucros são distribuídos
conforme a participação de cada um. Dependendo do tipo e da quantidade de Acções, os novos
accionistas poderão se tornar majoritários e tomar decisões prejudiciais à empresa.
As subscrições podem ser oferecidas por um preço abaixo do mercado. Esse desconto serve para
estimular os accionistas a adquirirem os novos papéis. Por isso, também consiste em
uma oportunidade para comprar acções por um valor mais barato.
Uma organização que expande seu capital social consegue receber novos recursos para bancar
novos projetos, crescer e ampliar seus lucros. Então, quando você mantém sua participação na
empresa, poderá receber ainda mais dividendos e melhorar sua qualidade de vida.
Essa resposta dependerá de cada caso específico, pois nem sempre a subscrição é o caminho para
alcançar seus objetivos. Ela será interessante, por exemplo, se o accionista tem interesse
de manter seu poder de decisão na empresa.
A subscrição também será vantajosa quando o accionista perceber que a empresa fará uso
inteligente dos recursos extras que receberá. Isso indica que os lucros aumentarão de forma geral,
potencializando seus ganhos. Por outro lado, esse recurso já não é tão eficaz na parte
de diversificar a sua carteira, já que ele estará aumentando sua participação em uma mesma
empresa.
Saiba que não é sempre que o accionista poderá aproveitar da subscrição. O art. 172 da Lei das
Sociedades Anônimas (S.A.) permite que esse direito seja excluído. Essa possibilidade deve
estar prevista no estatuto social e devem ocorrer as seguintes situações excepcionais:
Os investidores ainda não terão o direito se houver conversão de títulos (como Debêntures) em
Ações. Outra situação acontece quando é oferecida a opção de compra de Ações para pessoas
que prestam serviços à empresa.
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Como realizar subscrição de Ações?
Assim que a empresa coloca novas acções à venda para subscrição, a corretora notifica os
acionistas, informando-os sobre o evento. Ela pode, por exemplo, enviar um e-mail com a data
limite para exercício do direito, preço e outros dados.
O prazo limite para fazer a subscrição será fixado na assembleia que decidiu pelo aumento do
capital. Ele também pode estar previsto no Estatuto Social. Porém, a Lei das S.A. impõe que o
prazo não pode ser inferior a 30 dias.
Para exercer o direito, na prática, o accionista deve entrar em contacto com sua corretora e
expressar a vontade de subscrever. Também será necessário ter em mão o capital necessário
para fazê-lo.
Depois de fazer a compra das novas Ações, será acrescentado um recibo de subscrição na
carteira de investimentos. Tais recibos podem ser encontrados no Home Broker. Eles terão final
9 para ações ordinárias e 10 para preferenciais.
Uma pessoa pode adquirir ainda mais activos da mesma empresa. Nesse caso, ela pode comprar
direitos de subscrição de outros accionistas. A organização também pode negociar “sobras de
subscrição”, que são aquelas que não foram exercidas ou vendidas a terceiros. Saiba que é
possível adquirir Ações originais antes que sejam emitidos novos papéis. Também há prazo
limite para isso, mas o investidor receberá o direito de subscrição. A subscrição de Ações é
necessária para garantir seus ganhos com dividendos ou até mesmo aumentá-los. Entretanto, o
accionista precisa do serviço de uma corretora experiente no mercado, competente e que ofereça
todo suporte necessário para seus clientes.
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Imagine, por exemplo, que uma empresa irá aumentar o seu capital social em R$ 10 milhões. E
que, inicialmente, o seu capital social era de R$ 100 milhões.
Isto significa que a companhia estará aumentando o seu capital em 10%. Assim, os atuais
accionistas terão o direito de subscrever 10% da quantidade de acções que eles possuem. Parte
inferior do formulário
Por exemplo, suponha que você seja sócio desta empresa que está aumentando o seu capital. E
que você possui 1 mil ações. Você terá direito, portanto, a subscrever 100 ações. Pois 100
representa 10% da sua posição. Isto irá garantir que o acionista tenha o direito de manter o
mesmo percentual de participação na empresa. Ou seja, isto garante que ele não será diluído em
sua participação acionária.
É importante ressaltar que este é um direito e não uma obrigação do acionista, como o próprio
nome “direito de subscrição” indica.
Caso a empresa faça um aumento de capital de 50%, ou seja, passe a ter 150 ações, o investidor
poderá subscrever mais 5 ações, ficando com um total de 15 e mantendo a sua participação de
10% na empresa.
Mas e se o investidor não exercer o seu direito de subscrição?
Nesse caso ele terá apenas 10 das 150 ações. Ou seja, 6,6% da companhia. Portanto, ele
subscrever ações é uma forma de evitar ser diluído.
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2. Comprar ações com desconto
Tipicamente as subscrições são oferecidas com desconto em relação ao valor de mercado da
cotação. Isto ocorre para estimular os acionistas a subscreverem os activos. Este desconto pode
proporcionar um pequeno ganho de capital para o investidor. Dessa forma, este é um outro
motivo para o investidor exercer o direito de subscrição.
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