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 Mercado primário versus Mercado secundário

Uma das principais funções do mercado de capitais é possibilitar que as companhias ou outros
emissores de valores mobiliários, com o intuito de viabilizar projectos de investimento, captem
recursos directamente do público investidor em condições mais vantajosas do que as oferecidas
pelos empréstimos e financiamentos bancários. Quando as companhias decidem levantar
recursos dessa forma, elas realizam uma nova emissão de valores mobiliários no mercado.

O mercado primário é aquele em os valores mobiliários de uma nova emissão da companhia são
negociados directamente entre a companhia e os investidores – subscritores da emissão -, e os
recursos são destinados para os projectos de investimento da empresa ou para o caixa.

Entretanto, alguns desses valores mobiliários, como as acções, representam frações patrimoniais
da companhia e, dessa forma, não são resgatáveis em data pré-definida. Da mesma forma, outros
podem ter prazos de vencimento muito longo. Essas características, entre outras, poderiam
afastar muitos dos investidores do mercado de capitais, caso eles não tivessem como negociar
com terceiros os valores mobiliários subscritos, dificultando o processo de emissão das
companhias.

O mercado secundário cumpre essa função. É o local onde os investidores negociam e transferem
entre si os valores mobiliários emitidos pelas companhias. Nesse mercado ocorre apenas a
transferência de propriedade e de recursos entre investidores. A companhia não tem participação.
Portanto, o mercado secundário oferece liquidez aos títulos emitidos no mercado primário.

Questões

1. Como definiria o mercado primário de títulos?


2. Como definiria o mercado secundário de títulos?
3. Quais os principais intervenientes em cada mercado?
4. ‘’Entretanto, alguns desses valores mobiliários, como as acções, representam frações
patrimoniais da companhia e, dessa forma, não são resgatáveis (non reddemable) em data
pré-definida’’
a) Refira-se a esta característica da acção não ser resgatável em data pré-fixada.
b) Conhece outro tipo de produto financeiro que tem esta característica de ser resgatável
(redeemable) em data prefixada? Indique e comente.
c) De que forma as características de acções condiciona o processo de negociação das
mesmas pelos investidores?
5. Apresente motivos que justificam a existência de mercados secundários de títulos?

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6. Em termos práticos e técnicos o que significa transacionar em mercado primário e
secundário? Quais vantagens, desvantagens.
7. Quais activos tem mercados secundários mais activos? Por que?

O que são produtos financeiros?

Antes de falar dos principais produtos financeiros, é importante esclarecer o que eles são.
Produto financeiro é qualquer tipo de produto comercializado com o objetivo de captar e
aplicar recursos.
Isso pode ser feito por meio da concessão de crédito, pela aquisição ou venda de um
recurso, por exemplo. Os produtos financeiros não estão relacionados apenas com a
comercialização de opções de investimentos. A seguir, você vai entender melhor sobre
isso.

5 Principais tipos de produtos financeiros

Os produtos financeiros podem ser divididos em activos e passivos. Os activos podem ser
recursos direcionados ou livres, para financiar vendas, capital de giro, contingência, operações
de trade finance, operações de longo prazo e repasses.

Os produtos financeiros passivos são aqueles que controlam a liquidez da economia, com
potencial de se tornarem dinheiro em curto ou curtíssimo prazo.
Os emissores dos produtos financeiros passivos podem ser organizações públicas ou privadas,
com objetivo de captação bancária. Veja quais são os produtos financeiros activos e passivos.

1. Certificado de Depósito Bancário (CDB)


CDB é um produto financeiro emitido por bancos de investimento, bancos comerciais ou bancos
múltiplos. O título promove a captação de recursos de quem tem interesse em investir, seja
pessoa física ou jurídica.

2. Debêntures
Esses títulos de crédito são emitidos pelas empresas, com objetivo de levantar um volume alto de
dinheiro de investidores e vão apresentar rendimentos no longo prazo. As debêntures são
emitidas sem garantia, mas são feitas por grandes empresas, o que gera maior confiança nos
investidores.

3. Desconto de duplicatas
O título de crédito é emitido por uma empresa e pode ser descontado pelos bancos, por causa da
relação comercial e de crédito que eles mantêm. No desconto de duplicatas, o investidor
consegue antecipar os valores de uma venda a prazo, mas precisa pagar uma taxa de desconto
linear e adiantada.

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4. Vendor
Vendor é um tipo de empréstimo com prazo determinado, baseado em uma operação comercial.
Para concedê-lo, o banco exige algumas garantias, além de aplicar taxas pré-fixadas ou pós-
fixadas.
Além disso, o banco exige nota promissória, que pode ser complementada por duplicatas,
alienação fiduciária do bem, penhor etc.
Para as empresas, o vendor ajuda a aumentar sua vantagem competitiva. O banco financia, mas
os impostos são menores. Em geral, é um produto usado para programas de financiamento e
vendas de grandes empresas.

5. Cartão de crédito
O cartão de crédito é um dos produtos mais populares e acessíveis. Oferecido por bancos ou
empresas parceiras, esse produto permite a compra com prazo e pagamento facilitado. É aceito
em diferentes tipos de estabelecimentos e pode ser usado por pessoas físicas e jurídicas.

Questões?

1. Quais as características de um produto financeiro?


2. Diferencie os produtos financeiros activos dos passivos.
3. Quais as principais finalidades de ambos os subtipos?
4. Os activos podem ser recursos direcionados ou livres, para financiar vendas, capital de
giro, contingência, operações de trade finance, operações de longo prazo e repasses.
a) Explique em detalhe o motivo contingência, trade finance, repasse.
5. Explique em detalhe cada um dos produtos mencionando os intervenientes, vantagens e
desvantagens, justificando qual deles é o melhor e claro procurando a sua evidência
empírica.

Valores mobiliários de títulos

Valor mobiliário ou título financeiro é um título de propriedade (ação) ou


de crédito (obrigação), emitido por um ente público (governo) ou privado (sociedade
anônima ou instituição financeira), com características e direitos padronizados (cada título de
uma dada emissão tendo o mesmo valor nominal ou a mesma cotação em bolsa, mesmos direitos
a dividendos, etc.)

O conceito de valor mobiliário é altamente relevante para o mercado. Se determinado título for
considerado um valor mobiliário, significa dizer que ele deve se sujeitar às regras e à fiscalização
da Comissão de Valores Mobiliários. Isso implica uma mudança significativa na forma como
esses títulos podem ser ofertados e negociados no mercado.

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Originalmente, utilizou-se um conceito mais restrito para valor mobiliário e, assim, evitou
delimitar características amplas que pudessem ser utilizadas como referência para a
caracterização de um título como valor mobiliário. O legislador simplesmente listou o que se
deveria considerar como valor mobiliário e outorgou ao Conselho Monetário Nacional
competência para alterar a lista, quando necessário.
Com o passar do tempo, a lei e a regulamentação incluíram no rol de valores mobiliários
diversos outros títulos ou contratos de investimento. Mesmo assim, embora tenha
funcionado com sucesso durante um tempo, esse conceito mais restrito começava a se
mostrar ineficiente para fazer frente à crescente e constante criação de novos produtos
financeiros. Por essa razão, que procurou conceituar valor mobiliário de forma mais
ampla, com o intuito de abranger boa parte das modalidades de captação pública de
recursos.

A primeira legislação feita para regulamentar a oferta de valores mobiliários é a Lei 6385/76,
quando foram listados o que poderia ser considerado um desses títulos. Na ocasião, também foi
criado o Conselho Monetário Nacional (CMN) para mudar a lista, se fosse necessário. Dessa
maneira, ao longo do tempo a lei incluiu como valores mobiliários muitos outros tipos de títulos
e contratos de investimento. Mesmo assim, houve um momento em que o conceito inicial de
valor mobiliário se mostrou restrito. Afinal, muitos novos produtos financeiros foram criados
com o passar dos anos e o conceito precisou ser ampliado. Portanto, a Medida Provisória 1637,
de 1998, definiu valores mobiliários de modo mais amplo. Isto no Brasil.

De acordo com essa definição, são valores mobiliários, quando ofertados publicamente,
quaisquer títulos ou contratos de investimento colectivo que gerem direito de participação, de
parceria ou remuneração, inclusive resultante da prestação de serviços, cujos rendimentos
advém do esforço do empreendedor ou de terceiros". Os valores mobiliários são os títulos
financeiros negociados diariamente no mercado financeiro, que podem ser de propriedade ou de
crédito. Quem fiscaliza e controla esses activos é a Comissão de Valores Mobiliários (CVM),
para que os investidores tenham mais segurança e transparência ao comprar e vender títulos.
Com a evolução do mercado de capitais, a legislação vem incluindo novos activos na categoria
para dar conta da diversidade de produtos financeiros. No mercado financeiro, os valores
mobiliários funcionam como instrumentos de captação de recursos para as empresas e
entidades — ou seja, meios de financiamento. Para os investidores, são activos que
proporcionam diferentes rentabilidades e riscos. Valores mobiliários são “quaisquer títulos ou
contratos de investimento colectivo que gerem direito de participação, de parceria ou
remuneração, inclusive resultante da prestação de serviços, cujos rendimentos advêm do esforço

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do empreendedor ou de terceiros”. Os principais títulos negociados são ações, debêntures e
cotas de fundos de investimento.
Tipos de valores mobiliários

Existem vários tipos de valores mobiliários, já que a definição da lei é bastante abrangente.
Confira alguns dos mais conhecidos.

Ações

As ações são valores mobiliários porque concedem direito de participação ao investidor, já que
consistem em uma pequena fração do capital social das empresas. Ao comprar papéis e se
tornar accionista, você passa a ter ganhos de capital com o crescimento do negócio e também
pode tem direito a proventos como dividendos e juros sobre capital próprio.

Debêntures

Os debêntures são títulos de crédito privado emitidos por empresas, utilizados para captar
recursos para financiar actividades das organizações. Ao contrário das acções, são valores
mobiliários de renda fixa, ou seja, sua remuneração é conhecida no momento da aplicação
(prefixada ou pós-fixada).
Além disso, estão na categoria de títulos de crédito (obrigações), em que o accionista empresta
dinheiro à empresa e recebe o capital de volta com acréscimo de juros.

Bônus de subscrição

O bônus de subscrição é um título de propriedade que dá ao titular o direito de preferência para


aquisição de novas acções emitidas por uma empresa. Ao comprar o título, o acionista tem um
prazo para exercer seu direito e pode decidir pela compra de novas acções com condições
exclusivas.

Certificado de depósitos de valores mobiliários

O BDR (Brazilian Depositary Receipt), ou Certificado de Depósito de Valores Mobiliários, é um


título que dá direito à compra de acções de empresas estrangeiras. Ao comprar um desses
títulos, o investidor pode aplicar em companhias internacionais sem os altos custos de remessa
de capitais ao exterior.

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Cotas de fundos de investimento em valores mobiliários

As cotas de fundos de investimento em valores mobiliários também entram nessa categoria de


títulos. Ao adquirir uma cota, o investidor passa a integrar a aplicação colectiva e receber
retornos proporcionais à sua parte no capital do fundo.
Contratos futuros de valores mobiliários

Os contratos futuros de valores mobiliários são derivativos de acções e outros activos que
representa um acordo de compra e venda em uma data futura. Eles são negociados no Mercado
Futuro e permitem ao investidor ganhar com a variação de ativos.

Valores mobiliários x títulos de crédito

Como vimos, alguns títulos de crédito são considerados valores mobiliários pela legislação. No
entanto, há uma diferença entre os dois conceitos: enquanto os títulos de crédito são documentos
de direitos individuais, os valores mobiliários são distribuídos em massa e têm maior circulação
na economia do país. Os economistas franceses foram responsáveis pela diferenciação entre
títulos de crédito e valores mobiliários. “Os primeiros são instrumentos oriundos de relações
bilaterais comuns do comércio, enquanto os segundos estariam imersos num mercado
específico, em que as operações não são meramente bilaterais, mas se disseminam no mercado
por um público indeterminado”, explica.

Comissão de Valores Mobiliários

A regulação e fiscalização dos valores imobiliários é de responsabilidade da Comissão de


Valores Mobiliários (CVM), Sua missão é proteger o interesse dos investidores e assegurar
ampla divulgação de informações sobre emissores e seus valores imobiliários.

Cabe à CVM fiscalizar as seguintes actividades:

 Emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado


 Negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários e derivativos
 Organização, funcionamento e as operações das bolsas de valores

 Organização, o funcionamento e as operações das Bolsas de Mercadorias e Futuros


 Administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários
 Auditoria das companhias abertas
 Serviços de consultor e analista de valores mobiliários.

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Tipos de Valores Mobiliários

A nova Lei 10303/2001 incorporou o conceito da medida provisória e designou quais são os
tipos de valores mobiliários negociados no Brasil. Veja quais são eles a seguir:

 Ações, debêntures e bônus de subscrição;


 Cédulas de debêntures;
 Certificados de depósito de valores mobiliários;
 Notas comerciais;
 Cotas de fundos de investimento em valores mobiliários ou de clubes de investimento
em quaisquer ativos;
 Contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos ativos subjacentes sejam
valores mobiliários;
 Cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de desdobramento relativos aos
valores mobiliários;
 Outros contratos derivativos, independentemente dos ativos subjacentes.

O que não são Valores Mobiliários

Além disso, a lei define ainda o que não são considerados valores mobiliários. Dessa forma, a
lista contém os seguintes itens:

 Títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal;


 Títulos cambiais de responsabilidade de instituição financeira, excepto as debêntures.

Como são negociados os Valores Mobiliários

Os valores mobiliários (em geral títulos), são negociados no Sistema Financeiro Nacional, que
grosso modo é o mercado financeiro em si.

É através desse mercado, como na bolsa de valores, que as pessoas que têm dinheiro sobrando
(poupadores) e aquelas que precisam de recursos para financiar seus gastos e investimentos
(tomadores) conseguem fazer trocas entre si.

Ou seja, é onde as empresas conseguem pegar “emprestado” recursos de quem tem sobrando
para financiar seus próprios projetos, em troca de juros e lucros pagos a esses investidores.

Em outras palavras, os valores mobiliários são comprados e vendidos no mercado financeiro, em


operações de médio e longo prazo.

Um exemplo é quando uma empresa abre o seu capital para que os interessados possam comprar
as suas ações. Com isso, quem compra está investindo e valorizando as suas ações à medida que
a empresa se mostra mais lucrativa. Por outro lado, com o dinheiro obtido ao negociar as ações, a
empresa consegue investir em sua estrutura a fim de aumentar a sua lucratividade.

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No entanto, como dito, essas ações e outros os valores mobiliários devem seguir regras rígidas
para que o sistema seja justo a todos os envolvidos.

Além disso, os investidores também devem estar atento a quais são as regras para sempre
realizarem bons negócios.

Emissão de Ações

Uma emissão de ações é o ato de tornar as ações disponíveis para negociação. As emissões
podem ser primárias, quando são emitidas novas ações e dinheiro vai para a empresa, ou
secundária, quando atuais detentores de ações vendem totalmente ou parcialmente as suas ações.

Subscrição de Ações: quais são as vantagens de fazer esse tipo de operação?

O que é subscrição de Ações?

Basicamente, consiste em dar preferência de compras de novas Ações para os accionistas


originais da empresa. Ela surge quando uma empresa expande seu capital social e emite novos
papéis — faz uma oferta subsequente ou Follow On.

Seu objectivo é conceder aos acionistas actuais a oportunidade de manter o mesmo nível de
participação no negócio. Eles poderão garantir seus ganhos e poder de decisão dentro da
organização.

Imagine que uma empresa fez sua primeira abertura na Bolsa de Valores (B3) e emitiu 20 mil
ações. Nesse exemplo, você teria adquirido 2 mil em papéis, o que fornece a participação de 10%
na empresa.

Depois de um tempo, o negócio resolve emitir mais 10 mil activos. Antes de serem
comercializados na B3, você terá direito de adquirir parte deles para manter sua participação de
10%. Ressalta-se que o acionista não é obrigado a comprar os novos papéis, ele apenas terá
oportunidade de fazê-lo. Se ele não quiser adquirir essas Ações, então poderá vender o seu
direito de compra com outras pessoas. É interessante ressaltar que o direito de subscrição
também pode ocorrer em Fundos Imobiliários (FIIs).

Quais são suas vantagens?

Usufruir do seu direito de preferência (DP) na subscrição de Ações pode trazer diversas
vantagens para o acionista. Entenda as principais a seguir.

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Evita diluição na participação acionária

Se você não fizer a subscrição, outros investidores comprarão os activos. Você não perderá
Ações que já possui, mas elas representarão uma parte menor em relação ao capital social.
Consequentemente, os seus ganhos com dividendos reduzirão, pois os lucros são distribuídos
conforme a participação de cada um. Dependendo do tipo e da quantidade de Acções, os novos
accionistas poderão se tornar majoritários e tomar decisões prejudiciais à empresa.

Aquisição de ações com preços diferenciados

As subscrições podem ser oferecidas por um preço abaixo do mercado. Esse desconto serve para
estimular os accionistas a adquirirem os novos papéis. Por isso, também consiste em
uma oportunidade para comprar acções por um valor mais barato.

Aumento dos retornos

Uma organização que expande seu capital social consegue receber novos recursos para bancar
novos projetos, crescer e ampliar seus lucros. Então, quando você mantém sua participação na
empresa, poderá receber ainda mais dividendos e melhorar sua qualidade de vida.

Quando vale a pena fazer?

Essa resposta dependerá de cada caso específico, pois nem sempre a subscrição é o caminho para
alcançar seus objetivos. Ela será interessante, por exemplo, se o accionista tem interesse
de manter seu poder de decisão na empresa.

A subscrição também será vantajosa quando o accionista perceber que a empresa fará uso
inteligente dos recursos extras que receberá. Isso indica que os lucros aumentarão de forma geral,
potencializando seus ganhos. Por outro lado, esse recurso já não é tão eficaz na parte
de diversificar a sua carteira, já que ele estará aumentando sua participação em uma mesma
empresa.

Saiba que não é sempre que o accionista poderá aproveitar da subscrição. O art. 172 da Lei das
Sociedades Anônimas (S.A.) permite que esse direito seja excluído. Essa possibilidade deve
estar prevista no estatuto social e devem ocorrer as seguintes situações excepcionais:

 Emissão de papéis para venda na B3 ou subscrição pública;


 Permuta de ações em ofertas públicas, de participação de outras organizações;
 aumento do capital para investir em projetos de incentivos fiscais.

Os investidores ainda não terão o direito se houver conversão de títulos (como Debêntures) em
Ações. Outra situação acontece quando é oferecida a opção de compra de Ações para pessoas
que prestam serviços à empresa.

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Como realizar subscrição de Ações?

Assim que a empresa coloca novas acções à venda para subscrição, a corretora notifica os
acionistas, informando-os sobre o evento. Ela pode, por exemplo, enviar um e-mail com a data
limite para exercício do direito, preço e outros dados.

As informações também estão disponíveis no site na B3 na seção de eventos corporativos. Nessa


página será possível saber:

 Data que a empresa decidiu emitir novos papéis;


 Prazo para subscrever as Ações;
 Percentual dos ativos que você tem direito de subscrever;
 Valor para compra das novas Ações;
 data limite para negociar o direito de preferência com terceiros.

O prazo limite para fazer a subscrição será fixado na assembleia que decidiu pelo aumento do
capital. Ele também pode estar previsto no Estatuto Social. Porém, a Lei das S.A. impõe que o
prazo não pode ser inferior a 30 dias.

Para exercer o direito, na prática, o accionista deve entrar em contacto com sua corretora e
expressar a vontade de subscrever. Também será necessário ter em mão o capital necessário
para fazê-lo.

Depois de fazer a compra das novas Ações, será acrescentado um recibo de subscrição na
carteira de investimentos. Tais recibos podem ser encontrados no Home Broker. Eles terão final
9 para ações ordinárias e 10 para preferenciais.

Uma pessoa pode adquirir ainda mais activos da mesma empresa. Nesse caso, ela pode comprar
direitos de subscrição de outros accionistas. A organização também pode negociar “sobras de
subscrição”, que são aquelas que não foram exercidas ou vendidas a terceiros. Saiba que é
possível adquirir Ações originais antes que sejam emitidos novos papéis. Também há prazo
limite para isso, mas o investidor receberá o direito de subscrição. A subscrição de Ações é
necessária para garantir seus ganhos com dividendos ou até mesmo aumentá-los. Entretanto, o
accionista precisa do serviço de uma corretora experiente no mercado, competente e que ofereça
todo suporte necessário para seus clientes.

A subscrição de ações é um evento relativamente comum para investidores da bolsa de


valores.

O que é a subscrição de acções?


A subscrição de acções consiste no acto de adentrar em um processo de aumento de capital por
parte de empresa. Ou seja, um processo de emissão de novas ações.

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Imagine, por exemplo, que uma empresa irá aumentar o seu capital social em R$ 10 milhões. E
que, inicialmente, o seu capital social era de R$ 100 milhões.
Isto significa que a companhia estará aumentando o seu capital em 10%. Assim, os atuais
accionistas terão o direito de subscrever 10% da quantidade de acções que eles possuem. Parte
inferior do formulário

Por exemplo, suponha que você seja sócio desta empresa que está aumentando o seu capital. E
que você possui 1 mil ações. Você terá direito, portanto, a subscrever 100 ações. Pois 100
representa 10% da sua posição. Isto irá garantir que o acionista tenha o direito de manter o
mesmo percentual de participação na empresa. Ou seja, isto garante que ele não será diluído em
sua participação acionária.

É importante ressaltar que este é um direito e não uma obrigação do acionista, como o próprio
nome “direito de subscrição” indica.

Direito de subscrição: uma proteção do investidor

Subscrição de ações vale a pena?


Obviamente que esta decisão depende de cada caso específico. Porém, será ressaltado aqui
porque na maioria das vezes a subscrição de ações vale a pena. Bem como será explicado
também a ocasião em que não vale a pena subscrever as ações.

Por que fazer a subscrição de ações?


Existem alguns motivos pelos quais vale a pena subscrever acções. São eles:

 Evitar uma diluição na participação accionária;


 Comprar ações com desconto;
 Aumentar o potencial dos juros compostos.

1. Evitar uma diluição na participação acionária


Ao não participar de um processo de subscrição, o acionista terá a sua participação na empresa
diluída. Imagine, por exemplo, que uma empresa tem um total de 100 ações e que um investidor
é dono de 10 delas. Ou seja, ele é dono de 10% da empresa.

Caso a empresa faça um aumento de capital de 50%, ou seja, passe a ter 150 ações, o investidor
poderá subscrever mais 5 ações, ficando com um total de 15 e mantendo a sua participação de
10% na empresa.
Mas e se o investidor não exercer o seu direito de subscrição?

Nesse caso ele terá apenas 10 das 150 ações. Ou seja, 6,6% da companhia. Portanto, ele
subscrever ações é uma forma de evitar ser diluído.

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2. Comprar ações com desconto
Tipicamente as subscrições são oferecidas com desconto em relação ao valor de mercado da
cotação. Isto ocorre para estimular os acionistas a subscreverem os activos. Este desconto pode
proporcionar um pequeno ganho de capital para o investidor. Dessa forma, este é um outro
motivo para o investidor exercer o direito de subscrição.

3. Aumentar o poder dos juros compostos


Ao adquirir mais acções você está elevando o potencial dos juros compostos e se aproximando
cada vez mais da sua independência financeira.
Com uma maior quantidade de acções, você irá receber mais dividendos e obter maiores
retornos.

Quando não vale a pena subscrever ações?


Você observou os motivos pelos quais a subscrição de ações vale a pena. Mas ela também pode,
em alguns casos, não valer a pena. Esses casos são aqueles nos quais a empresa a emitir novas
ações tem péssimas perspectivas e não deve se configurar com um bom investimento.

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