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Índice
Introdução........................................................................................................................................4
I.O Enriquecimento sem Causa, a Responsabilidade Civil e o Pacto de Preferência......................5
1.1.Enriqueciemnto sem Causa........................................................................................................5
1.1.1.Natureza Subsidiária da Obrigação........................................................................................6
1.1.2.Repetição do Indevido............................................................................................................6
1.1.3.Cumprimento de obrigação alheia na convicção de que é própria.........................................7
1.1.4.Objecto da Obrigação de Restituir..........................................................................................7
1.1.5.Agravamento da Obrigação....................................................................................................7
1.1.6.Obrigação de Restituir no caso de Alineção Gratuita.............................................................8
1.1.7.Pressupostos da Obrigação de Restituir o Enriquecimento sem Causa........................................8
1.2.Responsabilidade Civil..............................................................................................................9
1.2.1.Elementos da Responsabilidade Civil..................................................................................10
1.2.2.Danos não Patrimoniais........................................................................................................11
1.2.3.Responsabilidade dos Autores, Instigadores e Auxiliares....................................................12
1.2.4.Responsabilidade das Pessoas obrigadas à Vilglância de outrem........................................12
1.2.5.Limites da Responsabilidade................................................................................................12
1.2.6.Diferença entre Enriquecimento sem Causa e Responsabilidade Civil................................13
1.3.Pacto de Preferência................................................................................................................14
1.3.1.Objectivo do Pacto de Preferência........................................................................................15
1.3.2.Natureza Jurídica do Pacto de Preferência...........................................................................15
1.3.3.Tutela do Pacto de Preferência.............................................................................................18
Conclusão......................................................................................................................................20
Referências bibliográficas.............................................................................................................21
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Introdução
O enriquecimento sem causa, em comparação com outros institutos jurídicos, apresenta um grau
de indeterminação bastante elevado dado à vacuidade de seu conceito. Esta indeterminação não é
tanto conseqüência da imprecisão das palavras que o exprimem, mas sim da necessidade de um
aclaramento da zona periférica do conceito que só pode ser obtido pela aplicação numerosa e
sucessiva da norma a casos concretos.
Aquele que, sem justa causa, enriquecer à custa de outrem é obrigado a restituir aquilo co
que injustamente se locupletou;
A obrigação de restituir por enriquecimento sem causa, tem de modo especial por objecto
o que for indevidamente recebido, ou o que for recebido por virtude de uma causa que
deixou de existir ou em vista de um efeito que não se verificou.
De acordo com o artigo 474º do CC, não há lugar à restituição por enriquecimento, quando a lei
facultar ao empobrecido outro meio de ser indemnizado ou restituído, negar o direito à
restituição ou atribuir outros efeitos ao enriquecimento.
Sem prejuízo do disposto acerca das obrigações naturais, o que for prestado com a
intenção de cumprir com a obrigação pode ser repetido, se esta não existia no momento
da prestação;
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A prestação feita a terceiro pode ser repetida pelo devedor enquanto não se tornar
liberatória nos termos do artigo 770º;
Aquele que, por erro desculpável, cumprir uma obrigação alheia, julgando-a própria,
goza do direito de repetição, excepto se o credor, desconhecendo o erro do autor da
prestação, se tiver privado do título ou das garantias de crédito, tiver deixado prescrever
ou caducar o seu direito, ou não tiver exercido contra o credor ou contra o fiador
enquanto solventes;
Quando não existe o direito de repetição, fica o autor de prestação sob-rogado nos
direitos do creddor.
De acordo com o artigo 480o do CC, o enriquecido passa a corresponder também pelo
perecimento ou deterioração culposa da coisa, pelos frutos que por sua culpa deixem de ser
percebidos e pelos juros legais das quantias a que o empobrecido tiver direito, depois de se
verificar algumas das seguintes circunstâncias:
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b) Ter ele conheciemento da falta de causa do seu enriquecimento ou da falta de efeito que
se pretendia obter com a prestação.
Tendo o enriquecido alienado gratuitamente coisa que devesse restituir, fica o adquirente
obrigado em lugar dele, mas só na medida do seu próprio enriquecimento;
Se, porém, a transmissão teve lugar deposi da verificação de algum dos factos referidos
no artigo anterior, o alineante é responsável nos termos desse artigo, e o adquirente, se
estiver de má fé, é responsável pelos mesmos termos.
a) O Enriquecimento
se for presumível que o enriquecido não teria escolhido o benefício em determinada situação
concreta.
b) O Empobrecimento
Considera que o empobrecimento não deve ser considerado como requisito inútil a ser
eliminado, mas ponderado conforme as circunstâncias específicas, quando, dependendo da
situação, poderá ser dispensado para a configuração do enriquecimento sem causa.
c) À custa de outrem
feita por meio da indenização, que é quase sempre pecuniária. O dano pode ser à
integridade física, à honra ou aos bens de uma pessoa.
a) Conduta Humana
Conduta humana, para a responsabilidade civil, é todo e qualquer comportamento praticado por
uma pessoa, comportamento este que há de ser positivo ou negativo, consciente e voluntário e
causador de dano ou prejuízo.
b) Nexo de Causalidade
Teoria da Equivalência das Condições: esta teoria consagra como causa do evento
danoso tudo o que houver concorrido para o mesmo. É a teoria adoptada pelo Código
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Penal moçambicano no seu artigo 13, a qual hoje é aperfeiçoada pela teoria da imputação
objectiva.
c) Dano ou Prejuízo
O dano consiste na efetiva violação a um interesse jurídico tutelado, o qual pode ser patrimonial
(material) ou extrapatrimonial (moral). Para que haja dano indenizável necessário se faz que haja
violação a interesse juridicamente tutelado e que o dano seja certo, não hipotético. A falta de
dano torna sem objeto a pretensão a sua reparação.
Espécies de dano:
Dano Moral
Dano Estético
Na fixação da indemnização deve atender-se aos danos não patrimoniais que, pela sua
gravidade, mereçam a tutela do direito;
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Por morte da vítima, o direito à indenmização por danos não patrimoniais cabe, em
conjunto, ao cônjuge não separado judicialmente de pessoas e bens e aos filhos ou outros
descendentes; na falta destes, aos pais ou outros ascendentes; e, por último, aos irmãos ou
sobrinhos que os representem;
De acordo com o artigo 490º do CC, se forem vários os autores, instigadores ou auxiliares do
acto ilicito, todos eles respondem pelos danos que hajam causado.
De acordo com o artigo 491º do CC, as pessoas que por lei ou negócio jurídico forem obrigadas a
vigiar outras, por virtudeda incapacidade natural destas, são responsáveis pelos danos que elas
causem a terceiro, salvo quando se mostrarem que cumpriram o seu dever de vigilância ou que
os danos se retiam produziido ainda que o tivesse cumprido.
Todavia, faz-se necessário esclarecer que o fato de os dois institutos compartilharem esta função
genérica de redistribuição da riqueza induz a uma tendência de que ambos sejam tratados nos
esquemas da responsabilidade civil, que é tradicionalmente mais conhecida e utilizada como
forma de resolução de conflitos. Mas existem entre ambos profundas diferenças que revelam que
a função de cada um deles é distinta.
De acordo com NORONHA (2003:152) a diferença essencial entre eles é que a responsabilidade
civil tem por fim remover um dano e o enriquecimento sem causa objetiva remover um
enriquecimento; as outras são:
enriquecimento sem causa não supõe a identidade exata entre o perdido por um e o obtido
por outro.
No enriquecimento sem causa a conduta do enriquecido não tem tanta relevância, já que a
obrigação de restituir o enriquecimento pode derivar até de um ato jurídico que não seja
conseqüência da conduta humana. Neste instituto o papel da culpabilidade é bem mais
restrito, servindo apenas para garantir que o enriquecido de boa-fé não tenha de restituir
mais do que o enriquecimento patrimonial subsistente.
Importa salientar que, essa celebração do pacto de preferência não se traduz em constituir
imediatamente o direito de preferência, mas apenas pressupõe uma possível constituição futura
do mesmo direito. E ainda, o tipo de contrato objeto da preferência estará determinado no pacto
de preferência.
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De acordo com AZEVEDO (2000:651), “o pacto de preferência tem como objetivo a eventual
celebração de um contrato futuro, sob esta perspectiva, o pacto de preferência parece
desempenhar uma função semelhante ao contrato-promessa e aos acordos de negociação”.
Ainda de acordo com GUEDES (1995:355), O pacto de preferência como uma modalidade de
promessa unilateral duplamente condicional. Acrescentando que caso o direito de preferência
não seja respeitado, a indemnização a satisfazer ao preferente deve ser a mesma que nas
situações de promessa unilateral de venda.
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De facto, essas doutrinas aceitam implicitamente que a obrigação a que o obrigado à preferência
está vinculado consiste também na obrigação de celebrar o contrato projetado com o preferente,
por outras palavras, o obrigado à preferência só se exonera completamente da sua obrigação no
caso de celebrar o contrato projetado com o preferente, parece que, assim, o obrigado à
preferência está sujeito também à obrigação de contratar e não simplesmente à obrigação de
preferir.
De acordo com BARATA (2002:649) refere que no direito de preferência, “existe um sujeito
activo, que é o presumível alheador e um objeto deste direito, que é um non facere, por parte do
sujeito passivo, que consiste em não poder alienar a estranho se o consorte quiser adquirir”.
De facto, há muitas obrigações de conteúdo positivo, sobretudo aquelas que têm como objetivo
possibilitar a apropriação ou a posse de uma coisa pelo credor, que, muitas vezes, não apenas
incumbem ao devedor realizar certa prestação de conteúdo positivo, mas também, de forma
implícita, não praticar qualquer conduta que desencadeie o incumprimento dessa prestação ou o
seu cumprimento defeituoso. Isto quer dizer, muitas vezes, a obrigação de praticar certa conduta
inclui, de forma necessária e lógica, a obrigação de não praticar condutas incompatíveis com a
conduta devida.
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Por consequência, entendemos que o facto de certa obrigação ser violada mediante conduta
positiva não, necessária e definitivamente, chega a uma conclusão de que esta obrigação violada
tem de ser qualificada como uma obrigação de conteúdo negativa.
A doutrina inclui o direito de preferência na categoria dos direitos reais de aquisição, direitos
através de cujo exercício se adquire outro direito real, de gozo ou de garantia.
De acordo com BARATA (2002:645), o direito de preferência com eficácia real não é um
direito de crédito, nem um direito subjetivo strictu sensu, mas antes um direito real de
aquisição.
Também como refere GUEDES (1995:368), os direitos reais de aquisição resumir-se-iam, pelo
que respeita ao ordenamento jurídico português, no direito de preferência.
Pelo contrário, no que diz respeito aos direitos convencionais de preferência com eficácia real,
mesmo nos casos em que o obrigado à preferência tenha celebrado o contrato com um terceiro
em violação das suas obrigações, o preferente ainda pode, através da acção de preferência,
exercer o seu direito de preferir.
Por consequência, de acordo com esta teoria, apenas as preferências legais que têm por
finalidade a aquisição de um direito real e as preferências convencionais com eficácia real que
têm por mesma finalidade revestem a natureza de um direito real de aquisição.
Quanto à tutela do pacto de preferência, é necessário que analisemos os mecanismos que a lei
põe à disposição do titular do direito. Esses mecanismos são, principalmente, de dois tipos:
quando o obrigado à preferência violar as suas obrigações, o preferente tem, desde logo, direito a
ser indemnizado pelos danos sofridos, por um lado; e em certas situações, o preferente pode
ainda recorrer à acção de preferência, por outro lado.
a) Direito à indemnização
Neste sentido, se o obrigado à preferência contratar com o terceiro sem realizar a comunicação
ou realizar inexactamente a comunicação, está em causa uma violação da obrigação de
comunicar, e consequentemente, constitui-se uma pretensão indemnizatória a favor do
preferente. Neste caso, o interesse prejudicado do preferente não é, em princípio, o interesse em
celebrar o contrato projetado, mas sim o interesse em decidir se exerce ou não o direito de
preferência em face de um projeto de contrato
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Nos casos em que o obrigado à preferência celebre o contrato projetado com terceiro em
detrimento do preferente, o obrigado à preferência violou as suas obrigações, nomeadamente a
obrigação de contratar (após o preferente ter declarado pretender preferir), a obrigação de
comunicar (sem realizar a comunicação) ou o dever de agir de boa fé (após a realização da
comunicação e sem ter esperado pela resposta do preferente). Neste caso, se o direito de
preferência gozar de eficácia em relação a terceiros, o preferente terá direito de recorrer à acção
de preferência, e assim, ele faz prevalecer o seu direito sobre o direito de propriedade do terceiro.
O preferente, neste caso, está a declarar tacitamente que pretendeu exercer o seu direito de
preferência, uma vez que antes não lhe foi dada a oportunidade de o fazer. Caso tal pedido seja
considerado procedente, o preferente pode haver para si a coisa alienada.
A lei atribui ao preferente um direito de haver para si a coisa alienada, isto é, um direito a
adquirir a coisa sujeita à preferência nas condições em que a venda ou dação em cumprimento
foram celebradas entre obrigado à preferência e terceiro.
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Conclusão
Em prol das abordagens acima referidas, fez-se a menção de seguintes aspectos a saber que o
enriquecimento sem causa é um instrumento de defesa do direito de propriedade que tem raízes
históricas bastante fragmentadas. É necessária uma referência de sua memória, ainda que muito
abreviada, para auxiliar na resolução de algumas das dúvidas e elucidar as discussões
doutrinárias a seu propósito. O enriquecimento sem causa, em comparação com outros institutos
jurídicos, apresenta um grau de indeterminação bastante elevado dado à vacuidade de seu
conceito. Esta indeterminação não é tanto conseqüência da imprecisão das palavras que o
exprimem, mas sim da necessidade de um aclaramento da zona periférica do conceito que só
pode ser obtido pela aplicação numerosa e sucessiva da norma a casos concretos.
Responsabilidade civil é a obrigação de reparar o dano que uma pessoa causa a outra. Em direito,
a teoria da responsabilidade civil procura determinar em que condições uma pessoa pode ser
considerada responsável pelo dano sofrido por outra pessoa e em que medida está obrigada a
repará-lo. A reparação do dano é feita por meio da indenização, que é quase sempre pecuniária.
O dano pode ser à integridade física, à honra ou aos bens de uma pessoa. Responsabilidade civil
é a aplicação de medidas que obriguem uma pessoa a reparar dano moral ou patrimonial causado
a terceiro em razão de ato por ela mesmo praticado, por pessoa por quem responda, por algo que
a pertença ou de simples imposição legal. O pacto de preferência atribui ao preferente uma
prioridade sobre certo terceiro na celebração de determinado contrato, é relevante determinar
qual o facto que suscita a constituição do direito de preferência, quer por via legal, quer por via
convencional
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Referências bibliográficas
AZEVEDO, Antônio. Negócio jurídico: existência, validade e eficácia. 3ª. Ed., São Paulo:
Saraiva, 2000.
COSTA, Mário Júlio. Direito das Obrigações. 6a. ed, Coimbra: Livraria Almedina, 1994
Legislação: