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Filosofia Contemporanea Marcuse e Benjamin
Filosofia Contemporanea Marcuse e Benjamin
CONTEMPORÂNEA
Introdução
As teorias de Marcuse e Benjamin são muito importantes para a filosofia
contemporânea. Esses filósofos analisam crítica e reflexivamente a teoria
marxista, pontuando conceitos e categorias sobre a origem, a implemen-
tação e as consequências de sua aplicação prática.
Neste capítulo, você vai estudar a perspectiva de Marcuse sobre a
propaganda e a libido. Também vai conhecer os conceitos de aura e
reprodutibilidade técnica de Benjamin e a crítica desse filósofo à ideia de
progresso. Esse estudo vai contribuir para que você compreenda cada
vez melhor a filosofia contemporânea.
Dessa forma, é possível afirmar que essa sublimação leva a uma “dessexu-
alização”, que é necessária, segundo esses autores, para a vida em sociedade.
Do contrário, não seriam viáveis as relações interpessoais, a família, a amizade,
o trabalho social, o progresso, a investigação intelectual e a criação artística.
Para Marcuse, existe na arte uma sobrevivência da imagem de um mundo
diferente, existe a denúncia e a necessidade de libertação. Ou seja, a arte “[...]
conserva a consciência infeliz do mundo dividido, as possibilidades derrotadas,
as esperanças não concretizadas e as promessas traídas” (MARCUSE, 1969,
p. 73). Segundo o filósofo, a diferença entre a arte e a propaganda e outros
produtos culturais é que, se “Comparada com o otimismo da propaganda, a
arte está impregnada de pessimismo. O riso libertador lembra o perigo e a
calamidade”. Nesse sentido, o “[...] pessimismo não é contrarrevolucionário,
mas serve para advertir sobre a consciência feliz” (MARCUSE, 1999, p. 25).
Ou seja, a arte é desgarrada até mesmo das pessoas às quais ela se destina.
Assim, segundo Marcuse, o reforço do controle sobre as consciências
possibilita o afrouxamento dos tabus sexuais. Na verdade, a libertação da
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Para Marcuse (1963, p. 212), “Em uma sociedade repressiva, a felicidade individual e
o autodesenvolvimento produtivo estão em contradição com a sociedade: se eles
são definidos como valores a se realizar no interior desta sociedade, tornam-se eles
mesmos repressivos”.
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