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Argumentação Baseada em Falácias
Argumentação Baseada em Falácias
Argumentação Baseada em Falácias
E EXPRESSÃO
Letícia Sangaletti
Argumentação
baseada em falácias
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Neste texto, você estudará a arte de falar bem, ou seja, a retórica. Tam-
bém conhecerá os artifícios normalmente usados pelos debatedores
para conseguir a adesão do auditório. Reconhecer e aplicar argumentos
comprobatórios, demonstrativos e retóricos é um passo muito importante
rumo ao uso funcional e eficiente da língua.
Muitas delas são tão tentadoras e, portanto, tão comuns que até têm nomes
próprios. Isto pode fazê-las parecer um tópico novo e separado, mas, na ver-
dade, dizermos que algo é uma falácia é apenas outra forma de dizermos que
uma das regras dos bons argumentos foi violada. (WESTON, 1996, p. 46).
Para saber mais sobre o processo, leia o texto “Retórica e Argumentação” (SERRA, 1996).
O teórico afirma ainda que as quatro etapas podem ser entendidas como
tarefas (erga) que devem ser cumpridas pelo orador. A etapa da invenção
consiste em compreender o assunto e reunir todos os argumentos pertinentes.
A da disposição significa pô-los em ordem. Já a elocução se trata de redigir
o discurso da melhor forma possível. Por último, a ação é o ato de proferi-lo.
Se o orador cumprir com as tarefas, o discurso terá menor possibilidade de
se tornar vazio, desordenado ou mal escrito (REBOUL, 2004).
Essas etapas são descritas por Vanoye (2007) de modo diferente, mas
seguindo a mesma lógica. O teórico explica que a retórica possui quatro
tempos, nos quais é feita a composição e a organização do discurso verbal.
Num primeiro, tem-se como tarefa encontrar o que se vai dizer (argumentos);
num segundo, procura-se dispor o que se encontrou numa ordem que depende do
objetivo traçado (informar, demonstrar, convencer, emocionar: cada uma dessas
operações conduz a uma organização particular dos elementos do discurso).
Em suma, é preciso construir um plano e, em especial, cuidar da elaboração do
começo e do fim do discurso. Num terceiro tempo, a tarefa é a de atentar para o
modo de apresentação dos argumentos, recorrendo-se às figuras. Finalmente,
no quarto tempo, o trabalho constitui-se em dizer o discurso, utilizando os
recursos vocais (dicção) e os gestuais. (VANOYE, 2007, p. 47-48).
A seguir, você pode ver as etapas propostas por Reboul (2004) aplicadas
ao texto que acabou de ler.
Invenção/encontrar: aqui, o interlocutor precisa compreender o tema e
reunir argumentos. Observe:
Leitura recomendada
DOWNES, S. Guia das falácias de Stephen Downes. Edmonton: University of Alberta,
1996. Disponível em: <http://www.lemma.ufpr.br/wiki/images/5/5c/Falacias.pdf>.
Acesso em: 18 nov. 2017.