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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DA VARA CÍVIL DA COMARCA DE TAQUARA-

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.

Distribuição por Dependência ao Processo nº 0043412-19.2020.5.15.0024

Marcos Bertolli, solteiro, engenheiro agronômico, RG sob


o n° 12.345.678 , e no CPF sob o n° 252.678.455-08, domiciliado no endereço Avenida Rimeiro,
n° 34, com e-mail: marcossolero@hotmail.com, vem à presença de Vossa Excelência, com
elevado acatamento, com fundamento nos artigos 682 a 686 do novo Código de Processo Civil,
propor

AÇÃO DE OPOSIÇÃO

em face de Carlos Bertolli, brasileiro, solteiro, inscrito no


RG sob o n° 23.546.789-23 e no CPF sob o n° 678.327.678.032, domiciliado na Rua Bartolucci
Ramalho, n° 37, bairro Santana, Porto Alegre, RS, CEP- 065..234-09, com e-mail:
bertolli@hotmail.com e de Pedro Couto Bertolli, brasileiro, solteiro, inscrito no RG sob o n°
23.567.213-45, no CPF sob o n° 342.726.428-23, domiciliado na Rua Damasco, n° 347, bairro
Engenho, Porto Alegre, RS, CEP- 052.389.-78, com e-mail: taluso@hotmail.com, pelos fatos e
fundamentos a seguir expostos.

FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS

“Spoliatus debet ante omnia restitui”.

O Oposto Carlos Bertolli, e o Oposto Pedro Couto Bertolli,


discutem direito de posse de bem imóvel, nos autos da ação possessória nº 0043412-
19.2020.5.15.0024, proposta pelo Oposto Pedro em face do Oposto Carlos.

Nesta, o Oposto Pedro Couto Bertolli afirma que Oposto


Carlos Bertolli lhe cedeu a posse do bem imóvel.

No entanto, não é possível que o Oposto Carlos Bertolli


entregue a posse do bem imóvel ao segundo Oposto, seu sobrinho, visto que, o bem em
discussão é de propriedade do pai do opoente, que seja, o Opoente Marcos Bertolli (Doc.3, às
Fls 4/5), e com aquele, este, constitui composse, da res rural, à cerca de dez anos.
A titularidade de propriedade do pai opoente sobre o bem imóvel em litígio pelos opostos
pode ser comprovada pelos documentos (Doc. 4, em apenso às Fls. 3/4) que seguem
colacionados à presente peça vestibular de Oposição

O Opoente busca, provar, através desta actio, que, os


opostos, em deliberada simulação, junto com a filha da falecida companheira, do oposto pai
Carlos Bertolli, tenta, através de uma farsa processual, tomar o direito do opoente filho,
Marcos Bertolli, sobre a posse da propriedade, e assim, sobre a sua autoridade, perante o
pater famílias, por interesses meramente sucessórios, cujo escopo visa a obtenção de
vantagens, esbulho sobre o patrimônio paterno, e lucros econômicos, à terceiros.

E, sendo, factível, e odorífico o cheiro do mau direito,


Opoente-Filho anseia demonstrar a simulação, e a dissimulação, encenada na ação principal,
cujo fulcro é lesionar o seu direito de herdeiro do pai oposto, e de seu compossuidor, da
propriedade rural familiar, esbulhando-o de seus poderes possessórios, e sucessórios, relativos
à res rural familiar.
Razão pela qual, o opoente propõe esta ação – nos termos do
art. 682 do CPC.

DA COMPOSSE

Composse é a posse (direta ou indireta) comum de duas ou


mais pessoas sobre o mesmo bem. Os atos possessórios os quais se refere o art. 1.199 do
Codex Civil, são cerrados por um óbice elementar contido dentro da norma civilista, em sua
segunda parte. O dispositivo diz que aqueles, podem ser exercidos, contanto que ” não
excluam os dos outros”.

Ora, na simulação implícita, delineada, forçosamente, na


causa petendi esmaltada no bojo da actio principal, conclui-se, de forma teleológica, na
oracular vontade das partes opostas em, através do embate dúplice, dissimulado, que, per se,
já exclui, a priori, a existência de fato, deste ora opoente, debelar qualquer possibilidade de
manter-se na composse do imóvel, como primeiro passo, para, então, como supra discorrido,
passar a posse plena e integral a opoente.

A composse fora constituída ab inito, quando dos primeiros


preparativos para o desenvolvimento, e a construção lenta, longa, e gradual, do imóvel rural.
Desde então, quando tomara o conhecimento da aquisição das terras, e fora pela primeira vez
ao imóvel, em dezembro de 2009, levado pelo oposto, avantajou-se na elaboração de um
planejamento de propriedade familiar, autossustentável, cuja devoção do opoente, desde o
início, quando tomou o primeiro contato com a res rural, beira a espiritual.

Deixara, os projetos profissionais, para trás, e se impusera a


desenhar o escopo de um empreendimento familiar, de pai, e filho, cujo marco, e inspiração
fosse a nova propriedade recém-adquirida. Como forma de dar sustentabilidade financeira, ao
projeto agronômico.

A distância do domicílio do opoente, dificultava a suas


incursões à propriedade, posto que esta localiza-se no extremo do sul, do pais. Mesmo assim,
a o pai oposto, ao menos duas vezes, ao ano, planejava as viagens de ida, e de
reconhecimento das terras, a fim de que o opoente pudesse acompanhar, in loco, o
andamento e o desenvolvimento do projeto agronômico, da propriedade rural.
O segundo tramite, deste ardil processual, seria, portanto,
deveras impensável: Adquirir a propriedade, a longo prazo, pela aceitação tácita do titular do
domínio, da aparência de posse mansa e justa, ( e com justo título, e aparente boa-fé) da
opoente, na res, até que se atingisse a prescrição aquisitiva, quando, ipse iure, poderia esta,
debelar o bem do patrimônio do herdeiro, de forma definitiva.

O que aparenta ( e aqui, sim, caberia uma teoria da aparência,


“ao inverso”) ser plano longo, ou por demais complexo, denota, o que justamente, esconde,
que é a conta e o risco( e, talvez, até mesmo, o dolo, ou a “negra e fúnebre expectativa de um
direito”), no bojo das circunstâncias, em que, pese a idade madura e avançada do pai oposto.

DA POSSE CLANDESTINA

Tomou-se pleno, de surpresa e de sinistra perplexidade, o


opoente, quando tomara o conhecimento da actio possessória, a principal, dos supra citados,
referidos, autos, e de pronto tomou a iniciativa de procurar informações de tudo que estava se
passando, em relação a propriedade paterna. A súbita revelação dos fatos atingira,
diretamente, em cheio, o psiquismo, e as forças, e energias, do opoente.

Embora fuja, em parte, das relações de direito contratual,


os fatos e acontecimentos presentes nesta actio, não há de deixar-se de seduzir-se pela ideia
do princípio do direito das obrigações, venire contra factum próprio, quando do conhecimento,
da ação principal, a esta, oposta, e o instituto do tu quoque, do direito civil.

E fora somente, quando o opoente movimentara-se em


direção os fatos, pessoas, e acontecimentos, relativos ao esbulho, que pode compreender o
que se desenrolara, na calada da noite, à frente.

Um caso pleno de uma complexidade de intrigas, planos


de corvina, e mesmo, de ocultas ameaças, como se provará na carga probatória das provas
testemunhais, subsequentes, requeridas nesta actio, e de como, enquanto o opoente
imaginara-se seguro de sua composse, junto ao pai-opoente, praticava-se o esbulho, sobre a
res familiar. Afinal, diz o Direito, em clara letra, sobre a impossibilidade do direito aos
interditos possessórios, àqueles cujo contato com a propriedade imóvel, seja, meramente, em
caráter de detenção, e sob a subordinação do proprietário.
O Codex Civil, in verbis:

(...)

Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não
autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência
ou a clandestinidade.

(…)

Durante todo o tempo, portanto, da construção e


preparativos, e obras de engenharia agronômica, tomadas no solo da propriedade, as ocultas,
e de forma clandestina, a falecida cônjuge, e sua filha, levaram indivíduos e pessoas à
propriedade para passarem dias, ou mesmo, por certas vezes, semanas, ao completo
desconhecimento do filho do proprietário, sempre, juntas, ou, usando o sobrinho oposto,
quando de suas idas , a propriedade.

O conhecimento destes fatos, somente vieram à tona, para o


opoente, após o ingresso da ação principal, pelas partes, em Juízo. E logo, de pronto, tratou-se,
este, em avantajar-se sobre, e em direção, ao campo processual onde se iniciara a simulação
de lide. Justamente, com esta actio ora proposta.

Em tempo, in verbis:

(...)

Art. 1.224. Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho, quando,
tendo notícia dele, se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é violentamente
repelido.

(...)

Posse clandestina é a posse que se adquire por via de um


processo de ocultamento. Contrapõe-se a que é tomada de forma pública e aberta. Segundo
Caio Mário é um defeito relativo que só pode ser acusado pela vítima contra o esbulhador.
Assim, perante outras pessoas esta posse produz efeitos normais
Aproveitando-se do afastamento, muitas vezes, forjado,
proposital, e dissimulado, a filha da falecida companheira , e o Opoente Paulo Couto,
tomaram o mais completo domínio sobre a personalidade do pai, e sobre a propriedade rural.
Propriedade rural, diga-se, de Pai e Filho.

Durante todo este tempo, tudo fora conduzido as ocultas, e


apenas com o debelo da ação possessória principal a qual esta será apensada, é que toda a
trama, como supra dito, viera à tona, aos olhos atônitos do opoente.

DA SIMULATIO VERSUS FACTU VERITAS

E não haveria, de ser diferente.

Nos anos subsequentes à construção da casa ao cume da


propriedade rural, o opoente fora rigorosamente e continuamente, informado pelo pai oposto,
de que ninguém mais, indubitavelmente, visitava a propriedade. Garantia, que não levava ou
convidava, ninguém, a subir até o cume das terras. Disse, mais de uma vez, que o Oposto
Paulo Couto, somente estivera na propriedade, poucas vezes, e nestas, sempre a seu convite.

Sempre, impreterivelmente, afirmara, mesmo quando não


questionado, que nenhuma visita subia até a propriedade, ou que algum indivíduo houvera
antes visitado o imóvel, á fim de veraneio. Que ele, o pai oposto, e o filho opoente, eram os
únicos que visitavam à propriedade, excetuando, eventualmente, alguns familiares, os quais,
nestes, não se incluíam Paulo Couto, como visitante habitual, ou esporádico. Dizia, em todo o
caso, que somente ele, os proponentes, e eventuais detentores cujo objetivo era realizar
tarefas ou obras nas terras, contratado pelo opoente, adentravam os limites da propriedade.

O CARÁTER RELATIVO DA POSSE INJUSTA.

Segundo Caio Mário e Gustavo Tepedino os vícios da posse


assumem caráter relativo, ou seja, só podem ser alegados pelo possuidor agredido em face do
agressor, não produzindo, então, efeitos erga omnes. Desse modo, por mais estranho que
possa parecer, impõe-se aos terceiros o respeito à posse do esbulhador, ao qual será
concedida a tutela possessória, mesmo que esta tenha sido adquirida de forma injusta
Se, na simulação jurídica ficta, da actio principal a suposta
posse do autor, mesmo se não de boa fé, in hypoteses, soe, ou seja, justa, o mesmo não
significa que o seja, ao terceiro que alega sobreposição de seu direito, na expectativa do
direito, alheio.

Da mesma forma, supra, cabe ao possuidor agredido em sua posse, alegar, se, de face ao seu
status juridico, e a sua condição ipso factum, a posse esbulhadora, é de caráter injusto.

O que se confirma, in casu, sub iudice, no entendimento efetivo dos fatos ocorridos,
clandestinamente, durante anos, na propriedade rural situada a 950 metros do cume, de uma
pequena cidade, do Estado do Rio Grande do Sul.

DA COMPOSSE , COMO DEFESA INTEGRAL DA POSSE E DO DOMÍNIO SOBRE A RES


RURAL NO CONTEXTO FÁTICO SUB IUDICE.

“Quae simulate geruntur, pro infectis habentur

O que se faz simuladamente, tem-se por não feito.”

A defesa da composse, pleiteada na oposição, contra o esbulho,


a turbação, ou a ameaça, destas, não é pleito de possuidor ou copossuidor em ação sinérgica
proativa, cujo elemento volitivo é a vontade subjetiva de ser, ou agir como dono.

É defesa e ação processual de proteção, sobre todas as coisas,


da composse do filho opoente, e da posse do titular do domínio sobre a res sub iudice, o pai
opoente.

A simulação processual, movida por ameaças, conluio, ardis,


mentiras, e dissimulações, é intrínseca, em todo o bojo do processo principal. E visa, somente,
esbulhar e turbar o patrimônio familiar.

Sendo assim, a tentativa de usurpar a propriedade rural, fruto,


como supra dito, de uma longa e temporal linha teleológica de trabalho e existência, não
revela-se uma mera tentativa de usurpação patrimonial, como é comum e ordinário, em casos
do tipo, mas algo muito pior, e além. Anseia, a transfiguração total, da personalidade do pater
familias, e de sua história de vida, para que, possa, ser, definitivamente, esbulhado.
E que, todo um obrar de vida, tenha, como ponto culminante,
e de destino ( e ai, o fim teleológico de todo patrimônio de um homem, que é a herança, e a
partilha, aos seus filhos), a família de terceiros, e completos desconhecidos, e cujo Oposto
Paulo Couto, é mero instrumento.

Assim, não se trata de mero animus domini, ou jus


possessionis. Mas plano incomum de captação total, absoluta, da vida e do patrimônio de um
homem, pater famílias, bem sucedido em sua longa, dura, solar, e bem aventurado
empreendimento como homem existente, cujos frutos pendentes, de toda uma existência,
tem sua árvore fincada no terreno de família de terceiros e de desconhecidos, e de indivíduos
de índole duvidosa, para que ali, pendam seus valorosos e duramente, trabalhados, frutos.
Como a acessão de uma propriedade, cuja arvore finca e cresce, em terreno vizinho, e os
moradores do lote adjunto, pedissem a posse, da glade da árvore alheia cujos frutos maduros,
em seus pensamentos, os saboreia.

O que se esbulha, portanto, não é apenas a propriedade sub


iudice.

Mas o próprio pai de família.

DO DIREITO

A posse, como visibilidade do domínio, traduz a conduta


normal externa da pessoa em relação à coisa, numa aparência de comportamento como se
fosse proprietário, com o fito de lograr seu aproveitamento econômico. Ocorre, assim, para
que a coisa cumpra a sua finalidade, um deslocamento a título convencional, e, então, outra
pessoa fundada no contrato, tem a sua posse sem afetar a condição jurídica do proprietário ou
do possuidor antecedente.

A teoria de Ihering comporta o entendimento que basta à


determinação da posse que se proceda em relação à coisa como o faz o proprietário (posse-=
visibilidade do domínio) e aquele que a recebe numa destinação econômica usa-se como faria
o proprietário. Há, na hipótese, a possibilidade de desdobramento da posse, que pressupõe
uma certa relação entre o possuidor indireto e o possuidor direto.
A exceptio proprietatis, da parte do pai oposto, caso fosse
arguida, poderia ser efetivamente manuseada com o intuito de manter o escopo de sua posse
direta sobre a coisa, cujo desenho conjectural , calcado no jus possidendi, reservaria somente a
si o direito de debandar, ou resguardar o domínio completo sobre a coisa a si.

Mas, somente pode-se observar, no mapa circunstancial da


ação principal, e especialmente, na causa petendi da exordial impetrada pelos opostos, a
vergastada vulnerabilidade da proteção deste direito, cujos ramos incidem diretamente, (afora
o conceito e as razões históricas e familiares que emergem da gênese da propriedade e da
posse primeva, em 2005), sobre o filho opoente, e cuja ausência no palco processual lançado
pela actio do sobrinho oposto, tornaria a ação imediata imprescindível, do filho, a fim de
resguardar, não só o seu interesse, não só o interesse do pai-opoente, mas todo um valor e um
interesse familiar de anos e anos de luta e existência, mas de forma extraordinária, fatalista, e
urgente, todo um futuro de anos e anos, ainda à frente.

Como disse Nietzsche, supra citado, “ Há muitas auroras que


ainda não brilharam”.

Assim, o que se protege na urgente actio de oposição, não


se relaciona apenas a posse, ou a ameaça desta, ou o mero jus possidendi, ou mero jus
possessionres, mas sim, o futuro, de fato, abrumado, emaranhado de acasos, certezas, e
incertezas, cujo horizonte guarda, em segredo milhares de auroras por sobre o cume, de certo,
e cuja futura e certa, (inclusive, jurídica), existência, deve ser protegida.

A questão da proteção possessória, da propriedade e do


patrimônio familiar, e a necessidade de manter o patrimônio na esfera jurídica vigiada, da
família. A prescindibilidade de cautela, e da pro=atividade jurídica na defesa e na proteção do
esbulho de bens, e de patrimônio por parte de terceiros, e da investida ilícita ou antijurídica, e
da má-fé da parte de pretensos esbulhadores do patrimônio construído durante toda uma
existência de vinculo família, e fruto do empreendimento profissional, da família.

Como um todo, o instituto da família, se revela um conjunto e


uma conjectura de valores, princípios, história, relações, pormenores, cuidados, atenções,
construções, lições, e aprendizados, que devem prevalecer sobre qualquer questão
patrimonial intentada ou iniciada individualmente, e por pessoas alheias ao cerne familiar, cuja
a má-fé debele ou ameace estes valores.

Se a maior conquista do pater famílias, é o seu patrimônio, a


sua prole, e a sobrevivência de seu sangue, assim, será a importância master, da proteção de
seu domínio, a priori, e acima de tudo.
Posse é aparência, mas posse, é, antes de tudo, fato. Ou
melhor, em friso: situação de fato. Sabe-se, no universo jurídico, sobretudo nos discorrimentos
da teoria tridimensional do direito, que, todo direito, é composto por três prumos, ou três
dimensões, as quais, incidem, a norma, o fato, e o valor. Um fato, deve, sobre ele, incidir uma
norma, e antes disto, há uma valoração deste fato, sob um prisma normativo, já delineado.
Sem norma, e sem valor, um fato, além de não ser jurídico, é fato natural, ou humano, sem
incidência normativa jurídica.

Mas se posse é, incidenter tantum, fato, e evento fático, e


duração temporal, deste, por um período aparente ( na posse clandestina, não há visibilidade,
ou aparência, o que cede exceção a teoria civilista, cada evento ou movimento humano, seja
objetivo ou subjetivo, deve ter, em algum momento, sua comprovada existência fática, através
de indícios ou certezas que comprovem que, nem ao menos, por período delimitado de
tempo, este fato existiu, ou ainda ( desta vez, com a percepção aprendida, de como obter e
vislumbrar esta visibilidade, ou esta, então, possibilidade), exista.

De forma material, fática, animada por um espírito vivo de realidade.

PEDIDOS

Diante do exposto requer:

A) A procedência da ação de oposição para afastar o direito discutido pelos opostos nos autos
da ação de nº 0043412-19.2020.5.15.0024, reconhecendo a posse do opoente.

B) A citação dos opostos, nos termos dos arts. 246, 247 e 248, para querendo contestarem à
presente ação no prazo de 15 dias (art. 335), sob pena de não o fazendo serem os fatos
considerados verdadeiros (art. 341 CPC).

C) O depoimento de testemunhas, cujo rol segue abaixo.

Rol de Testemunhas:

1-Maria Carolina Delboni. RG n. 23.456.790-7 ; CPF n. 234.567.389-09.

2- Fabiana Sodramini. RG n. 34.567.138-03; CPF n. 345.237.192-89.

3- Juliana Omonroe. R.G n. 56.346.290-23; CPF n. 987.145.243-56.

4- Barbara Lourão. R.G n. 29.145.389-21; CPF n. 389.234.687-10


5- Andrea Coxon. R.G n. 90.345.179-67; CPF n. 237.890.789-34

Por fim, protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito,
especialmente pelos documentos juntados e se necessário pelo depoimento pessoal das
partes.

Dá-se a causa o valor de R$ 80.000,00 ( oitenta mil reais), nos termos do inciso II do artigo 292
do Novo Código de Processo Civil.

Termos em que pede deferimento.

São Paulo, SP, 09 de Outubro de 2020.

Raphael Passaro Baumgardt

Advogado

OAB/UF XXXX

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