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NOME: Raphael Passaro Baumgardt.

R.A: D2549J-2

Nos contratos de compra e venda de imóveis, a falta de registro da incorporação imobiliária


não compromete os direitos transferidos ao promissário comprador, os quais podem ter
efeitos perante terceiros. O Superior Tribunal de Justiça entendeu que o direito à adjudicação
compulsória não se condiciona ao registro do compromisso de compra e venda no cartório de
imóveis. (Súmula n. 239/STJ).

O artigo 1417, do Codex Civil positiva, em suas entrelinhas, que o direito real garantido ao
promitente comprador, se edifica e se perfaz no registro do órgão competente. Embora, a
norma civilista deixe, de forma, quase implícita, a interpretação gramatical na hermenêutica ,
prima facie, da lei, ao lado de uma leitura concisa e objetiva, de que o direito real apenas se
consolida, quando do ato registral, o STJ entendeu que o mesmo não procede, quando a ótica
é subsumida em sede da adjudicação compulsória.

O dispositivo trata de direito real de aquisição, novo elemento e inteligência do rol do art.
1.225 do Código Civil, confeccionado pela produção legiferante pátria recente. É reconhecida a
validade do compromisso de compra e venda, mesmo que não providenciado o respectivo
registro imobiliário, como garantia da boa-fé e da realidade fática negocial, desde que não
configurada a fraude à execução.

Se assim, não o fosse, a lacuna deixada pela insegurança jurídica sob o tema, permitiria nicho
propício a injustiças, com negócios feitos, licitamente, através de escrituras particulares ou
públicas, completamente desfalcados no campo processual, em demandas onde, por má fé, as
partes poderiam intentar contra direitos pessoais já consolidados e protegidos pelo direito das
obrigações.

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