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1ª QUESTÃO
Caro(a) aluno(a), a disciplina de Direito e Legislação Imobiliária nos proporciona o conhecimento da
legislação aplicável, base para todas as operações imobiliárias. O profissional sem dúvida irá desenvolver o
seu trabalho com mais segurança. A realização bem sucedida de uma negociação está diretamente
relacionada à familiaridade com os direitos e deveres, mesmo porque um dos elementos que levam o
cliente a nos contratar é a confiança.
SIGNIFICAÇÃO: Certamente isso ocorria por algum motivo. O tempo foi passando, o mercado tornou-se
mais exigente e o profissional precisou se qualificar para manter-se na ativa.
EXPERIMENTAÇÃO: Não se preocupe em demasia. Maus profissionais não existem apenas em nosso
segmento. Em todas as profissões existem aqueles que desconhecem regras, ética, educação, empatia e
boas práticas, mas você não quer ser um deles, ou quer?
REFLEXÃO: O fato mais importante já ocorreu em sua vida, você compreendeu que é preciso estudar e se
preparar para ser bem sucedido e mais do que isso, você tomou uma grande atitude ao iniciar seus estudos
conosco aqui na Unicesumar.
Sabendo como é importante desenvolver a sua carreira legalmente, leia atentamente o texto abaixo:
A celebração de contratos no âmbito de direito imobiliário exige a tomada de cuidados pelos sujeitos
envolvidos, em especial a análise da condição jurídica do alienante/vendedor e do imóvel, o que se
denomina pela expressão diligência legal. Regulamentando a Lei 7.433/1985, o Decreto 93.240/1986
estabelece que, para a lavratura da escritura pública, devem ser apresentados os seguintes documentos: (i)
documentos de identificação das partes, (ii) comprovante do pagamento do imposto de transmissão de
bens imóveis (ITBI ou ITCMD), (iii) certidões fiscais, assim entendidas a certidão referente ao tributo que
incida sobre o imóvel (IPTU se urbano, e ITR se rural), e as certidões de ações reais e pessoais
reipersecutórias relativas ao imóvel e a de ônus reais expedidas pelo Cartório de Registro de Imóveis.
Além de tais exigências, para a lisura do negócio jurídico imobiliário, há a necessidade de que a situação
fiscal do alienante/vendedor esteja regular, eis que o Código Tributário Nacional, em seu art. 185, estabelece
que se presume em fraude à execução a alienação de bens por sujeito em débito para com a Fazenda
Pública, por crédito tributário inscrito como dívida ativa, salvo quando o devedor reserva bens suficientes
para total pagamento da dívida inscrita.
É importante, pois, que o alienante/vendedor esteja em situação fiscal regular para com as fazendas
nacional, estadual e municipal, ou que apresente bens reservados para o pagamento do débito tributário,
para que a transação não seja reputada em fraude à execução, eis que tem o condão de invalidar o contrato
independentemente da boa-fé do comprador do imóvel (REsp repetitivo 1.141.990, rel. Min. Luiz Fux, Tema
290/STJ). Com vistas à adoção do postulado da segurança jurídica na atividade imobiliária, a Lei
13.097/2015, em seu art. 54, com a redação reafirmada pela Medida Provisória 1.085/2021, passa a adotar o
princípio da concentração na matrícula do imóvel, pelo qual não poderão ser opostas ao adquirente as
situações jurídicas que não da matrícula do imóvel, assim como explicita que não se exige do comprador a
obtenção de certidões forenses ou de distribuidores judiciais.
No entanto, o CPC/2015, em seu art. 792, considera em fraude à execução a alienação de bem, quando, ao
tempo da alienação, tramitava contra o devedor/alienante ação capaz de reduzi-lo à insolvência, assim
como o Superior Tribunal de Justiça tem entendimento firmado na Súmula 375 de que “o reconhecimento
da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova da má-fé do terceiro
adquirente”.
A orientação do STJ, sobre este tema, ainda é oscilante. Ora há julgados que dão ênfase ao princípio da
concentração da matrícula, segundo o qual, nos termos dos arts. 54 e 55 da Lei 13.079/2015, o adquirente
somente pode sofrer os efeitos de atos que estejam averbados na matrícula do imóvel (RMS 55.425, rel. Min.
Sérgio Kukina, AREsp 1.593.679, rel. Min. João Otávio de Noronha).
Diante destes nebulosos cenários legal e jurisprudencial, se avulta a importância da realização da diligência
legal como prudência a ser adotada pelo adquirente previamente à celebração de contrato imobiliário, a fim
de evitar que o contrato imobiliário venha a ser questionado judicialmente a pretexto de fraude à execução.
CONCEITUALIZAÇÃO: O nosso livro didático, as aulas, bem como pesquisas adicionais serão bem
importantes na realização dessa atividade que envolve o direito e a legislação imobiliária.
De acordo com o texto, conforme o princípio da concentração da matrícula, segundo o qual, nos termos dos
arts. 54 e 55 da Lei 13.079/2015, o adquirente somente pode sofrer os efeitos de atos que estejam
averbados na matrícula do imóvel, por outro lado, há julgados no sentido de que, independentemente da
averbação na matrícula do imóvel, é possível o reconhecimento de fraude à execução do contrato
imobiliário, quando houver a demonstração da má-fé do comprador consubstanciada na demonstração de
que tinha ciência da pendência do processo capaz de levar o alienante/vendedor à insolvência.
Sabendo que o assunto além de muito interessante, é de extrema importância, a proposta para nossa
atividade discursiva é que você argumente quais cuidados o corretor ou gestor de negócios imobiliários
deve tomar, independente dos pontos controversos abordados no texto para agir com diligência e
prudência na condução das negociações.
Atenção:
- Faça uma boa leitura da Unidade 04 – Contratos Imobiliários – Aula 03 - Corretagem
- Argumente formalmente com sua próprias palavras.
- Sua resposta deve ter entre 7 a 10 linhas de argumentação.
- Textos que apresentarem cópias sem referência serão zerados.
ALTERNATIVAS