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Transporte nas Plantas - Resumo

Biologia e Geologia (Ensino Médio - Portugal)

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«Transporte nas Plantas» – Resumo

As plantas necessitam de obter água e nutrientes minerais (inorgânicos) do solo. –


essenciais p/ a síntese de matéria orgânica e p/ outras funções.

Plantas não vasculares:


São pequenas e não apresentam sistemas de transporte de seivas nem tecidos
condutores (não necessitam de tecidos especializados p/ transporte de substâncias)
Vivem em zonas húmidas, o movimento da água efetua-se por osmose e a matéria
movimenta-se por difusão de célula a célula. - Ex: musgos.

Plantas vasculares:
São maiores e têm tecidos diferenciados para o transporte de substâncias – tecidos
condutores (xilema e floema). As folhas são formadas por tecido clorofilino
(fotossintético) e as células recebem água e sais minerais através dos tecidos
condutores (nervura da folha).
As trocas (gasosas) das
Ex: fetos, angiospérmicas e gimnospérmicas.
plantas vasculares c/ o
meio são asseguradas
pelos estomas e pelos
tecidos condutores.

Seiva Bruta ou Xilémica → Água e substâncias minerais dissolvidas → Xilema →


Sentido Ascendente

Seiva Elaborada ou Floémica → (Água) e compostos orgânicos → Floema → Sentido


Descendente

 Sistema contínuo de vasos condutores (xilema): desde a raiz → passa pelos


caules → chega às folhas;
 Sistema de vasos (floema): movimento de água e solutos orgânicos que se
deslocam das folhas → para outros órgãos da planta. (translocação)

Funções da raiz, caule e folhas

Sistema Radicular: A raiz é importante para a fixação da planta ao solo e para a


absorção de água e substâncias minerais existentes no solo que são conduzidas às
folhas para o processo de fotossíntese.

Sistema Caulinar: O caule serve de suporte às folhas, permitindo-lhes uma posição


adequada à captação de luz. É também através do caule que se efetua o transporte das
seivas.

Sistema Foliar: As folhas são responsáveis por realizar a fotossíntese.

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Estrutura dos Tecidos Condutores

Xilema / Tecido Traqueano / Lenho: especializado no transporte de água e sais


minerais. Constituído por quatro tipos de células: tracoides; elementos de vasos; fibras
lenhosas e parênquima lenhoso. → Elementos condutores, células mortas onde
circulam a água e os sais minerais: tracoides e elementos de vasos.

Floema / Tecido crivoso / Líber: especializado no transporte de água e substâncias


orgânicas. Constituído por quatro tipos de células: células dos tubos crivosos; células
de companhia; fibras e o parênquima.

→ O xilema e o floema não são tecidos isolados, estando associados nos diferentes
órgãos da planta, por exemplo, nas nervuras, caules, raiz… Estes tecidos
correlacionam-se entre si e com os restantes tecidos da planta (organismo vivo),
funcionando como uma unidade.

Localização dos Sistemas de Transporte

Folhas: Os feixes condutores de xilema e floema localizam-se ao nível das nervuras


das folhas. Estas são mais salientes na página inferior da folha. Os feixes condutores
são duplos e colaterais, isto é, cada feixe tem xilema e floema, estando colocados lado
a lado. O xilema está mais próximo da página superior e o floema está mais próximo da
página inferior.

Caule: Nos caules os feixes também são duplos e colaterais. O xilema está voltado para
o centro do órgão e o floema está voltado para fora.

Raiz: Na raiz os feixes condutores são simples e alternos, isto é, cada feixe tem somente
xilema ou floema, os quais alternam.

Estrutura da Folha

Mesófilo

Estoma

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Estrutura do Estoma

Ostíolo

Células-Guarda

Absorção de água e de solutos pelas plantas

A maior parte da água e dos iões necessários para as atividades da planta são
absorvidos pelo sistema radicular da planta.

A eficiência deste processo deve-se á presença de pelos radiculares que aumentam a


área da superfície da raiz em contacto com o solo.

A absorção de água é feita por osmose:


Solo (meio hipotónico) → Raiz (meio hipertónico)

A absorção de solutos (iões) é feita por transporte ativo:


Solo (meio hipotónico) → Raiz (meio hipertónico)

Transporte no Xilema

Para explicar o movimento ascendente da água e dos solutos no xilema, foram


apresentadas várias hipóteses.

→ Hipótese da pressão radicular;

→ Hipótese da tensão-coesão-adesão.

Hipótese da pressão radicular

A pressão que se exerce na raiz (pressão radicular) pode explicar a ascensão de água
no xilema em algumas situações uma vez que se trata do fenómeno causado pela
acumulação de iões nas células da raiz que aumenta a concentração de soluto e
provoca a entrada de água por osmose para o interior da planta.

→ A acumulação de água nos tecidos provoca uma pressão na raiz que força a água a
subir no xilema.

(Porém, os valores de pressão radicular não são suficientes para explicar a ascensão
da água até ao cimo de certas árvores e por vezes nem se verificam e, por isso, é
possível afirmar que existem outros fatores responsáveis pela ascensão de água no
xilema.)

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Hipótese da tensão-adesão-coesão

As plantas absorvem grande quantidade de água pelo sistema radicular, mas também
perdem muita água através da transpiração. Estes fenómenos relacionados, explicam a
ascensão de água nos vasos xilémicos.

→ Sinteticamente

A capilaridade resulta das interações entre as forças de adesão (das moléculas de


água às paredes do tubo) e de coesão (das moléculas de água entre si).

Para além das forças de adesão e coesão, uma outra força contribui para explicar o
movimento da água no xilema, contrariando a força da gravidade: as forças de tensão,
geradas pela saída de água por transpiração.

A tensão é uma pressão hidrostática negativa criada pela saída de vapor de água pelos
estomas. Esta pressão negativa gerada nos espaços entre as células fotossintéticas,
associada à coesão da água, vai «puxar» as moléculas dos vasos do xilema mais
próximos, onde a pressão hidrostática é maior.

Devido à coesão entre moléculas de água e à sua adesão às paredes celulares dos
vasos xilémicos, forma-se uma coluna contínua que transmite a tensão desde as células
do mesófilo até às raízes.

O movimento da água no xilema explica-se pela pressão radicular e também pela


combinação das três forças: tensão, coesão e adesão.

Estas forças permitem manter uma corrente


de transpiração: quanto mais rápida for a transpiração ao nível das folhas, mais rápida
será a ascensão de seiva xilémica.

Transpiração: A água chega às folhas através dos vasos de xilema, depois sai destes
vasos por osmose para as células do mesofilo e posteriormente difunde-se para os
espaços intercelulares e para a câmara estomática. Através da transpiração o vapor de
água é libertado pelo ostíolo para o exterior, também por difusão. Este fenómeno cria
uma tensão (pressão negativa) e a água passa do xilema para o mesófilo, onde a
pressão osmótica aumentou, por osmose.

Coesão e Adesão no xilema: As moléculas de água mantêm-se unidas devido a forças


de coesão e aderem às paredes dos vasos devido a forças de adesão, formando uma
coluna contínua ascendente (corrente de transpiração).

Absorção de água do solo: A ascensão de água cria um défice da mesma no xilema


da raiz fazendo com que novas moléculas de água passem para o xilema, o que
determina a absorção ao nível da raiz por osmose uma vez que o potencial de água no
solo é elevado.

A transpiração acaba por ser o “motor” que faz ascender a seiva xilémica e por isso
quando a transpiração aumenta, a absorção também aumenta e a ascensão de seiva
torna-se mais rápida.

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Controlo da Transpiração

Os estomas são responsáveis por controlar a quantidade de água perdida por


transpiração.

Nas células-guarda as paredes celulares que rodeiam o ostíolo são mais espessas do
que as paredes que contactam com as outras células da epiderme. As zonas mais finas
das paredes celulares têm maior elasticidade do que as zonas de maior espessura.

Quando há entrada de água, esta exerce uma pressão de turgescência sobre a parede
celular o que provoca a deformação da região mais fina da mesma e leva à abertura
dos estomas (meio pobre em iões K+).

Quando a célula perde água e a pressão de turgescência diminui, o estoma volta à sua
forma normal, aproximando-se das células-guarda, o que provoca o fecho dos estomas
(obscuridade).

Fatores que fazem variar a pressão de turgescência das células-guarda:

 Intensidade Luminosa;
 Concentração em CO2;
 Valores de pH;
 Concentração de iões.

Transporte no Floema (A seiva floémica / seiva elaborada)

O mecanismo de ascensão xilémica garante o transporte de água e de sais minerais até


às folhas, para aí se produzirem substâncias orgânicas, através do processo
fotossintético. No entanto, a fotossíntese não ocorre em todas as células, pelo que as
substâncias orgânicas produzidas nos órgãos fotossintéticos têm de ser transportadas
pelo floema p/ as restantes células.

Hipótese do Fluxo de Massa

Basicamente, explica a translocação floémica, o fluxo de massa associado ao transporte


ativo.

1. A glicose elaborada nos órgãos fotossintéticos é convertida em sacarose e passa


para o floema por transporte ativo.
2. À medida que aumenta a concentração de sacarose nos tubos crivosos, a
pressão osmótica aumenta e a água sai do xilema para o floema por osmose.
3. Aumenta a pressão de turgescência, o que faz com que o conteúdo dos tubos
crivosos atravesse as placas crivosas por difusão simples.
4. A sacarose passa do floema para locais de consumo ou reserva por transporte
ativo.
5. À medida que diminui a concentração de sacarose nos tubos crivosos, a pressão
osmótica diminui e a água sai do floema para o xilema por osmose.

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Notas:

Plantas sem tecidos condutores Tecidos Condutores

Este tipo de plantas têm Xilema: transporta água e sais


rudimentos de tecido condutor, ou minerais (seiva bruta) da raiz para
seja, tecido com células ainda as partes aéreas
pouco diferenciadas.
Floema: movimento de água e
solutos orgânicos (seiva
Estomas elaborada) que se deslocam das
São pequenas aberturas na folhas para outros órgãos da
epiderme das folhas. Onde planta.
ocorrem também as trocas
gasosas. (entra o CO2) Gutação
Controlam a quantidade de água Quando a pressão radicular é
que se evapora pelas folhas – muito elevada e faz com que a
processo de transpiração.
água ascenda até às folhas onde
é libertada nas margens sob a
Exsudação forma de gotas.
Quando se procede a uma poda
tardia de certas plantas e a água → Absorção de água é feita por
sai através do caule. osmose;

→ Absorção de solutos (iões) é


feita por transporte ativo

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