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A história da colonização dos continentes pelos animais remonta ao período Silúrico da Era Paleozoica, há cerca de
440 milhões de anos. O grupo dos Artrópodes, ao qual pertencem os insetos, foi o primeiro a deslocar-se em terra. Os
seus membros articulados e o seu exosqueleto impermeável tornaram possível a locomoção no solo e a proteção contra
a desidratação. O desenvolvimento de um sistema respiratório que permitisse aos animais retirar o oxigénio do ar
quando antes o faziam a partir da água foi também uma adaptação essencial à vida nos continentes. No caso particular
dos insetos foi desenvolvido um sistema de traqueias que possibilitou a captação eficiente do oxigénio da atmosfera
através de minúsculos poros superficiais e a sua condução direta a todas as células do organismo (Figura 1).

Figura 1 – Traqueias nos insetos.

Há cerca de 370 milhões de anos foi a vez dos anfíbios colonizarem os continentes. Este grupo de animais evoluiu a
partir dos Sarcopterígeos (peixes pulmonados), uma linha evolutiva diferente daquela que originou os artrópodes.
Uma série de mudanças estruturais e fisiológicas no organismo dos anfíbios permitiu que eles realizassem a
transição do meio aquático para o meio terrestre. Entre elas estão o facto de se terem tornado tetrápodes
(desenvolveram quatro patas para a sua locomoção), terem desenvolvido coluna vertebral e musculatura que permitem
a sustentação do corpo fora do ambiente aquático, e terem desenvolvido pulmões. A pele dos anfíbios, embora ofereça
alguma proteção contra a desidratação, é permeável, permitindo a respiração cutânea.
No entanto, a conquista do meio terrestre pelos anfíbios não foi perfeita. Eles são ainda dependentes do meio
aquático, pelo menos para a reprodução. Os seus ovos têm de se manter permanentemente húmidos e por isso são
colocados na água. As formas larvares (girinos) também dependem da água para a respiração branquial (Figura 2).

Figura 2 – Brânquias externas dos girinos.

Répteis, mamíferos e aves surgiram posteriormente no meio terrestre, evoluindo, tal como os anfíbios, a partir da linha
evolutiva que tem os peixes como ancestral comum. Os mamíferos e as aves são vertebrados verdadeiramente
adaptados ao meio terrestre. Com a aquisição de um sistema respiratório muito eficaz na captação de oxigénio do ar,
com a passagem da fecundação externa para interna, com o ganho de resistência às variações de temperatura e à
perda de água atingiu-se o expoente máximo na adaptação ao meio terrestre.

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Figura 3 – Representação esquemática da evolução dos pulmões dos vertebrados.

Baseado em: https://www.shapeoflife.org/sites/default/files/global/TerrestrialArthropods.pdf https://educacao.uol.com.br/disciplinas/biologia/anfibios-


primeiros-vertebrados-a-habitar-o-meio-terrestre.htm?cmpid=copiaecola https://estudandoabiologia.wordpress.com/anfibios/

1. Considera as três afirmações relacionadas com a adaptação dos animais ao meio terrestre.
Seguidamente selecione a opção que as avalia corretamente.

I - A adaptação dos animais ao meio terrestre só foi verdadeiramente conseguida quando surgiram pulmões como
órgãos respiratórios.
II - Na transição do meio aquático para o meio terrestre ocorreu uma interiorização da superfície respiratória no
organismo dos animais.
III - Os mamíferos estão melhor adaptados ao meio terrestre do que os anfíbios, já que a sua dependência do meio
aquático é menor.

(A) As afirmações I e III são verdadeiras; II é falsa.


(B) As afirmações I e II são verdadeiras; III é falsa.
(C) As afirmações II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) A afirmação III é verdadeira; I e II são falsas.

2. Nos insetos, as trocas gasosas com o meio hematose, razão pela qual se pode afirmar que na superfície
respiratória destes animais ocorre difusão _ de gases.
(A) não envolvem ... indireta
(B) envolvem ... direta
(C) não envolvem ... direta
(D) envolvem ... indireta

3. Nos insetos, o transporte de oxigénio às células dependente da circulação da hemolinfa, o que contribui
para a eficácia desse transporte, já que o sistema circulatório nestes animais é .
(A) está ... aberto
(B) está ... fechado
(C) não está ... fechado
(D) não está ... aberto

4. No processo de metamorfose do girino para a rã adulta a superfície respiratória transforma -se de modo a conseguir
conservar , já que o oxigénio passa a ser captado a partir _.
(A) humidade … da água
(B) pequena espessura … do ar
(C) pequena espessura … da água
(D) humidade … do ar

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5. A hematose que se verifica nos pulmões dos anfíbios é _ para satisfazer as necessidades metabólicas
destes animais, razão pela qual também se verifica hematose .
(A) suficiente ... branquial
(B) insuficiente ... cutânea
(C) suficiente ... cutânea
(D) insuficiente ... branquial

6. Na evolução dos pulmões, dos anfíbios aos mamíferos e aves, verifica-se da área de contacto entre o ar
inspirado e a superfície respiratória e, em todos os casos, ocorre difusão de gases.
(A) um aumento ... indireta
(B) um aumento ... direta
(C) uma diminuição ... indireta
(D) uma diminuição ... direta

7. Nas aves, as trocas gasosas ao nível dos ocorrem de forma muito eficaz graças à existência de um
mecanismo de contracorrente em que a isotonia entre o oxigénio do sangue e do ar, aumentando, assim,
a eficiência da hematose.
(A) parabrônquios ... se atinge
(B) sacos aéreos ... não se atinge
(C) parabrônquios ... não se atinge
(D) sacos aéreos ... se atinge

8. A difusão de gases respiratórios ocorre sempre gradiente e, no caso dos anelídeos, como as minhocas, e
de muitos invertebrados aquáticos, ocorre através de uma superfície respiratória _.
(A) a favor do ... especializada
(B) a favor do ... não especializada
(C) contra o ... não especializada
(D) contra o ... especializada

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