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Emilly foi meu primeiro amor.

Eu era bem novo, tinha uns 12 anos, mas eu sabia que amava
ela. E ela nunca nem mereceu isso, ela só era uma amiga, mas eu gostava de tudo que
vinha dela, eu sentia tanta coisa boa mas também estranha em relação à ela, era bizarro.
Eu acho que ela chegou a gostar de mim, mas não da mesma forma, não na mesma
intensidade, nem da forma que eu merecia, ao meu ver. Eu sentia tudo, eu sentia os
abraços, as coisas que ela me falava, a tristeza quando ela me deixava e mal e me
decepcionava, os poucos beijos que demos, os quase beijos e os momentos de calma que
vivemos, e eu não sei explicar, mas até quando ela me fazia mal, eu ainda queria ela. Eu
senti tanto, tanto, e no fim, mesmo eu tentando e fazendo de tudo pra ela também me
querer, pra ser bom pra ela, não adiantou de nada, porquê mesmo eu tentando, não era ela.
Mesmo eu gostando muito dela, uma hora eu cansei e só deixei ela ir. E com isso, eu
aprendi que nem sempre é sobre não ser bom pra pessoa, mas pode ser sobre não ser a
sua pessoa, e o melhor a se fazer é dispensar e só deixar ir. Eu ainda lembro de tudo, dos
bons aos maus momentos, mas a maturidade me fez guardar isso com mais carinho e como
uma lição, foi algo que eu precisei viver pra me tornar quem eu sou hoje. Por mais ruim que
tenha sido, eu sou grato a Emilly por ter sido a primeira pessoa que eu amei. Não deu certo,
mas as memórias e tudo que aprendi compensaram a pessoa que ela não foi pra mim.

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