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EXPEDIENTE
Ibaneis Rocha
Governador do Distrito Federal

Paco Britto
Vice-governador do Distrito Federal

Ericka Filippelli
Secretária de Estado da Mulher do Distrito Federal

Paulo Wanderson Moreira Martins


Secretário de Estado Controlador-Geral do Distrito Federal

André Clemente
Secretário de Estado de Economia do Distrito Federal

Adriana Faria
Secretária Executiva de Valorização e Qualidade de Vida
Secretaria de Estado de Economia do Distrito Federal

CRIAÇÃO E ELABORAÇÃO
Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal
Controladoria-Geral do Distrito Federal
Secretaria de Estado de Economia - Secretaria Executiva de
Valorização e Qualidade de Vidado Distrito Federal

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO


Alaondes Lázaro

ARTES
Ferdinand André

CAPA
Pedro Garcia
APRESENTAÇÃO
Assédio moral e sexual
Com esta cartilha, a Secretaria de Estado da Mulher, a Secretaria de
Estado de Economia e a Controladoria-Geral pretendem colaborar com a
Administração Pública do Distrito Federal no combate à prática do assédio,
em todas as suas modalidades, além de proporcionar informações sobre
dignidade e respeito aos servidores na execução de suas atividades
laborais.

A psicoterapeuta e vitimóloga francesa Marie-France Hirigoyen foi a


precursora do termo "assédio moral". Segundo ela, a opção pelo termo
implicou posicionamento, tendo em vista a impossibilidade de se analisar
esse fenômeno sem considerar a perspectiva ética. Ainda de acordo com a
psicoterapeuta, enquanto "assédio" representa a qualificação psicológica, o
significado "moral" é aquilo que pode ser considerado aceitável ou
inaceitável em nossa sociedade. Nesse sentido, o conceito de assédio
moral, no que se refere à vítima, remete ao desprezo, ao maltrato, à
humilhação e, no que se refere ao agressor, remete à intencionalidade de
fazer mal a alguém.

Há de se ter responsabilidade na aplicação do termo assédio, a fim de não


o utilizarmos de forma banalizada e deturpada. Para tanto, a análise desse
fenômeno, que é psicossocial, deve permitir, a partir de um contexto
históricocultural, a definição e a identificação dos sujeitos envolvidos e da
instituição em que estão inseridos, além de reconhecer as implicações
advindas das relações entre eles.

Além de crescimento profissional e satisfação pessoal, as organizações


podem produzir, também, sofrimentos e doenças. Devemos desnaturalizar
o fato de que essa questão pertence apenas ao mundo do trabalho, uma vez
que ela repercute diretamente na vida pessoal, social e econômica dos
trabalhadores e, ainda, na área da saúde, nos sindicatos e no Poder
Judiciário.
SUMÁRIO
6 LEGISLAÇÃO

ASSÉDIO MORAL
8
11
ASSÉDIO SEXUAL

ASSÉDIO MORAL NO TELETRABALHO


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18 SINTOMAS DE QUEM SOFRE ASSÉDIO

PREVENÇÃO
20
22 DENÚNCIAS
LEGISLAÇÃO
O tema assédio
no ambiente de
trabalho
O tema assédio no ambiente de trabalho tem tido repercussão em diversas
áreas de conhecimento. Na área jurídica, existe o Projeto de Lei Federal de nº
4.742/2001, o qual propõe a alteração do Decreto- Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 (Código Penal), para tipificar o assédio moral. Esse projeto
de lei introduz o art. 146-A no Código Penal Brasileiro, que dispõe sobre o
crime de assédio moral no trabalho. No Brasil, apesar de não existir uma
legislação específica sobre o assédio moral, pode-se buscar amparo na
Constituição Federal, por meio do art. 1º, incisos III e IV, que diz que a
República Federativa do Brasil tem como fundamentos: a dignidade da pessoa
humana e o valor social do trabalho, e também do art. art. 5º, inciso X, e do art.
6º, nos quais são assegurados o direito à saúde, ao trabalho e à honra; no
Código Civil, por meio do art.186, "aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito"; na Lei Complementar nº 840/2011,
que traz, no seu art. 180, incisos XI, XIII e XV, que são deveres do servidor
público, entre outros: ser leal às instituições a que servir; manter conduta
compatível com a moralidade administrativa; e tratar as pessoas com
civilidade.

Sobre assédio sexual, há a Lei nº 10.224, de 15 de maio de 2001, que


introduziu no Código Penal a tipificação do crime de assédio sexual, dando a
seguinte redação ao art. 216-A: "Constranger alguém com o intuito de obter
vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua
condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de
emprego, cargo ou função". Importa destacar que, no âmbito da administração
pública, sendo o assediador um servidor público, este é passível de punição
tanto na esfera civil, como nas esferas administrativa e penal. O servidor pode
sofrer até mesmo dispensa, após regular processo disciplinar, em caso de
prática de assédio sexual.

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ASSÉDIO
MORAL
O que é
assédio moral?
Assédio moral refere-se a comportamentos de uma pessoa que,
intencionalmente, colocam outra em situações humilhantes, ofendendo a
dignidade e a integridade física ou psíquica dela no ambiente de trabalho.

A habitualidade da conduta é imprescindível para a definição desse tipo de


assédio. Desde que as ações estejam relacionadas às funções
desempenhadas pelo servidor, o assédio moral também pode se manifestar-
se fora do local de trabalho.

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho: "Assédio moral


interpessoal é toda e qualquer conduta abusiva e reiterada, que atente contra
a integridade do trabalhador com intuito de humilhá-lo, constrangê-lo, abalá-
lo psicologicamente ou degradar o ambiente de trabalho. É o assédio de
pessoa para pessoa, em que o assediador objetiva minar a autoestima,
desestabilizar, prejudicar ou submeter a vítima emocionalmente para que
ceda a objetivos, como pedido de demissão, atingimento de meta, perda de
promoção, por exemplo".

Essas práticas afetam os indivíduos de maneiras diferenciadas. A maioria


sofre uma descompensação emocional que pode gerar um conjunto de
sintomas e evoluir para quadro de depressão, estresse, burnout, ideação
suicida e até mesmo o ato suicida em razão da forte angústia gerada pelas
vivências abusivas. Essas ocorrências podem produzir uma degeneração em
todo o ambiente do trabalho.

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O que caracteriza o assédio moral?

Ÿ Atribuir atividades estranhas ou incompatíveis ao cargo;


Ÿ Exigir a execução de tarefas em prazos inexequíveis;
Ÿ Contestar sistematicamente as atitudes e criticar o trabalho realizado;
Ÿ Desprezar, ignorar ou humilhar o servidor, isolando-o de contato com colegas e
superiores hierárquicos;
Ÿ Sonegar informações necessárias ao desempenho das funções ou relativas à
vida funcional;
Ÿ Deixar de repassar serviços, deixando o servidor propositalmente ocioso;
Ÿ Apropriar-se de ideias, propostas, projetos ou trabalhos;
Ÿ Constranger constantemente o servidor, ridicularizando suas atitudes;
Ÿ Fazer críticas em público;
Ÿ Dificultar ou impedir promoções ou o exercício de funções diferenciadas;
Ÿ Agredir verbalmente, alterar o tom de voz ou ameaçar com formas de violência
física;
Ÿ Desconsiderar problemas de saúde ou recomendações médicas; e
Ÿ Isolar a pessoa assediada de eventos e atividades realizadas no local de
trabalho.
VOCÊ SABIA?

Assédio moral é diferente de atos de gestão. É preciso deixar


claro que não podemos confundir assédio moral com a prática de
atos de gestão administrativa. A atribuição de tarefas aos
subordinados para atender o interesse da administração, a
transferência do servidor para outro local, a alteração da jornada
de trabalho ou a destituição de funções comissionadas sem a
finalidade discriminatória, não caracterizam assédio moral,
assim como divergências no modo de pensar, críticas
construtivas e cobranças de prazos e de execução de trabalho,
também não estão relacionadas à prática de assédio, desde que
não exponham o servidor a situações constrangedoras e
vexatórias.

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ASSÉDIO
SEXUAL
O que é
assédio Sexual?
No ambiente de trabalho, o assédio sexual caracteriza-se por constranger
alguém mediante palavras, insinuações, gestos ou atos, que visam a obter
vantagem ou favorecimento sexual. Estudos demonstram que o assédio
sexual no ambiente de trabalho afeta especialmente as mulheres, que
sofrem perseguição, importunação e, normalmente, sentem-se
envergonhadas em denunciar. Maurice Drapeau conceitua o assédio como
"toda conduta de natureza sexual não solicitada, que tem um efeito
desfavorável no ambiente de trabalho ou consequências prejudiciais no
plano do emprego para as vítimas".

Esse tipo de assédio pode-se consumar mesmo que ocorra uma única vez
e mesmo que os favores sexuais não sejam concretizados. Ele pode ser
caracterizado pelo não consentimento do assediado diante de
comportamentos desagradáveis, ofensivos e impertinentes por parte do
assediador. O assédio sexual fere a dignidade e os direitos dos servidores e
dos empregados públicos, dos terceirizados e dos estagiários. Ele pode se
dar de forma sutil, verbalizada ou apenas insinuada.

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O que caracteriza o assédio sexual?

Ÿ Realizar contato físico não desejado;


Ÿ Fazer convites impertinentes para participar de encontros ou saídas;
Ÿ Criar ambiente de trabalho pornográfico, com insinuações explícitas ou
disfarçadas;
Ÿ Contar piadas ou realizar conversas de cunho sexual;
Ÿ Ofender, por meio de palavras, contatos telefônicos, bilhetes ou mensagens de
caráter sexual;
Ÿ Solicitar favores sexuais com promessas ou chantagem para permanência ou
promoção no emprego;
Ÿ Fazer ameaças e insinuações explícitas ou veladas; e
Ÿ Perturbar com gestos ou palavras de caráter sexual.

Existem tipos de
assédio dirigidos
especialmente às
VOCÊ SABIA?

mulheres.

São eles: dificultar ou


impedir que as gestantes
compareçam a
consultas médicas;
dificultar a saída para
amamentação; e tentar
interferir na vida pessoal
das mulheres,
induzindo-as para que
não engravidem.

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ASSÉDIO
MORAL NO
TELETRABALHO
O que caracteriza
o assédio moral no
teletrabalho?
É importante compreendermos que o teletrabalho é uma atividade que
ocorre remotamente, com o uso das tecnologias de informação e
comunicação (whatsapp, google meet, teams, tablet, notebook, etc.), já o
home office (atividade que ocorre em casa) é uma das formas de teletrabalho.

De um dia para o outro, fomos "jogados" em regime de teletrabalho e isso


provocou muitos problemas, por falta de planejamento, estrutura e formação.
A forma urgente e compulsória como ele nos foi apresentado, obrigou a alta
gestão a se adaptar de maneira rápida e sem prévios ajustamentos, tendo
sido necessário um trabalho de excelência entre gestores e servidores, para
que não se perdesse a qualidade e a continuidade dos serviços prestados.

Ao se tratar da temática de assédio, nota-se que ele também pode aparecer


nessa nova modalidade de trabalho para os servidores e empregados
públicos do Distrito Federal. A fim de evitar que isso aconteça, é necessária a
realização de planejamento, estabelecimento de metas e alinhamento de
atividades.

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Quais atitudes podem ser consideradas assédio moral no teletrabalho?

Ÿ Criticar a vida particular do servidor;


Ÿ Postar mensagens depreciativas em grupos de Whatsapp e em outras
redes sociais;
Ÿ Desconsiderar ou ironizar, injustificadamente, as opiniões do servidor;
Ÿ Sobrecarregar o colaborador com novas tarefas ou retirar,sem prévia
comunicação, o trabalho que, habitualmente, competia a ele executar;
Ÿ Impor condições e regras de trabalho personalizadas, diferentes das que
são cobradas dos demais servidores;
Ÿ Não respeitar a jornada de trabalho do servidor;
Ÿ Delegar tarefas impossíveis de serem cumpridas ou determinar prazos
incompatíveis com a atividade;
Ÿ Manter vigilância excessiva;
Ÿ Monitorar a rotina pessoal do servidor; e
Ÿ Mandar mensagens, e-mails e fazer ligações exigindo a conexão do
servidor fora do seu horário de trabalho.

TORNE O TELETRABALHO MAIS POSITIVO E EFICAZ!


Ÿ Prepare o ambiente que será utilizado para o trabalho, com
mesa adequada, computador, cadeira ergonômica e boa
iluminação. É importante, ter um espaço exclusivo para o
trabalho. Outro alerta é o cuidado com a visão, para isso,
recomenda-se uso de filtros de luz azul, prática de exercícios
oculares e cuidado com horários após as 18h;
Ÿ Para servidores que têm filhos, a sugestão é definir horários
para dar atenção a eles, criar atividades para ocupá-los,
definir momentos de pausa e revezamento. Outra estratégia
é manter horários regulares para se dedicar às atividades
domésticas, e pessoais,como a prática de exercícios físicos,
entre outras. Especialistas apontam para a importância de se
manter uma rotina definida para o equilíbrio entre as diversas
tarefas do dia a dia;
Ÿ Planejamento também é fundamental, para isso, sugere-se o
uso de post-its como planejamento visual, a criação de
planos para os próximos três dias, a autopercepção sobre
seus horários de melhor produtividade, além do
estabelecimento de limite do número de atividades no dia;
Ÿ Imprescindível estabelecer o horário de almoço de pelo
menos uma hora de duração.

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SINTOMAS DE
QUEM SOFRE
ASSÉDIO
Quais os principais
sintomas?
Físicos: mal-estar, insônia, pesadelos, distúrbios
digestivos, hipertensão, palpitações, cansaço, tremores,
dores de cabeça, alterações da libido, aumento ou
diminuição de peso, agravamento de doenças pré-
existentes.

Psicológicos: depressão, estresse, sentimento de culpa,


vergonha, sentimento de inferioridade, tristeza, baixa
autoestima, irritação, angústia, falta de concentração,
problemas de memória, cogitação de suicídio.

Sociais: isolamento nas relações sociais, diminuição da


capacidade de fazer novas amizades, desprezo nas
relações com amigos, parentes e colegas de trabalho,
dificuldade no relacionamento familiar.

Profissionais: falta de interesse pelo trabalho, redução da


produtividade, rejeição pelas tarefas, aumento do número
de erros no cumprimento das funções, reação negativa ao
ambiente de trabalho, desprezo pelas ordens superiores.

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PREVENÇÃO
FIQUE LIGADO!
Algumas medidas de
prevenção:
Ÿ Incentivar a efetiva
participação de todos os
servidores na vida do órgão,
com definição clara de
tarefas, funções, metas e
condições de trabalho;
Ÿ Promover palestras, oficinas
e cursos sobre o assunto;
Ÿ Incentivar as boas relações
no ambiente de trabalho,
com tolerância à diversidade
de perfis profissionais e de
ritmos de trabalho;
Ÿ Ampliar a autonomia para
organização do trabalho,
após fornecer informações e
recursos necessários para
execução de tarefas;
Ÿ Observar o aumento súbito e
injustificado de absenteísmo
(faltas ao trabalho);
Ÿ Garantir que práticas
administrativas e gerenciais
no órgão sejam aplicadas a
todos os servidores, de forma
igual, com tratamento justo e
respeitoso;
Ÿ Oferecer apoio psicossocial
e orientação aos servidores
que se julguem vítimas de
assédio.
A informação é a
principal forma de
evitar o assédio.
Existem diversas maneiras de prevenir o assédio no ambiente de trabalho, porém,
sem dúvida alguma, a principal delas é a informação. Garantir que todos saibam o
que é assédio moral, sexual e assédio no teletrabalho e quais são os
comportamentos e ações aceitáveis contribui para a redução e até para a eliminação
dessa prática.

A prevenção é uma ação efetiva e deve começar, necessariamente, por uma


avaliação da cultura organizacional, que se paute na identificação de fatores que
promovam ou perpetuem ambientes autoritários e hierarquizados em demasia, que
são geradores de situações assediantes.
Caso as mudanças fiquem restritas a alguns gestores, líderes e servidores não
haverá alteração na cultura da organização e esta deve ter, entre os seus princípios e
regras, a não permissão do assédio.

Como agir diante


do assédio?
Ÿ Demonstrar, de forma clara, que não aceita o comportamento da pessoa;
Ÿ Anotar detalhes das ações sofridas;
Ÿ Reunir provas como gravação das conversas, bilhetes, e-mails e presentes;
Ÿ Evitar ficar sozinho com a pessoa, sem a presença de possíveis testemunhas;
Ÿ Procurar ajuda dos colegas, em especial daqueles que presenciaram os fatos;
Ÿ Comunicar ao setor responsável ou ao superior hierárquico do assediador ;
Ÿ Incentivar os atingidos a denunciar, buscando apoio institucional para o problema.

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RECEBIMENTO DE DENÚNCIA

DENÚNCIA
(SUPOSTA PRÁTICA DE ASSÉDIO
MORAL E/OU SEXUAL)

ENCAMINHAMENTO
PELA OUVIDORIA

COMISSÃO ESPECIAL DE
COMBATE E PREVENÇÃO
AO ASSÉDIO

ANÁLISE ANÁLISE – IDENTIFICADO


CONFLITO ENTRE SERVIDORES

ENCAMINHAMENTO CONDUÇÃO DO
PARA APURAÇÃO PROCEDIMENTO
DOS FATOS NO MEDIAÇÃO DE
ÓRGÃO DE ORIGEM* CONFLITOS

*CASO IDENTIFICADOS ELEMENTOS MÍNIMOS PARA PROSSEGUIMENTO


DENÚNCIAS!
As denúncias devem ser acompanhadas de provas e/ ou testemunhas e precisam ser
relatadas claramente, com detalhes suficientes para que se possa comprovar o
ocorrido. Não seja vítima ou cúmplice de atos de assédio, pois os danos à saúde do
servidor e ao seu futuro profissional da pessoa assediada podem ser irreparáveis.

Vo c ê p o d e f a z e r d e n ú n c i a
entrando em contato com os
seguintes órgãos:

Ouvidoria Geral - 162

Delegacia da Mulher
DEAM I, Asa Sul - (61) 3207-6172

Delegacia da Mulher
DEAM II, Ceilândia - (61) 3207-6172

Ouvidorias das Secretarias de


Estado Delegacias de Polícia.

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