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Perdão
Uma forma poderosa de liberdade,
felicidade e sucesso.
Outros trabalhos:
Forgiveness is Power,
Findhorn Press. ISBN:
978-1-84409-628-2
Elogios sobre o Forgiveness is Power
“William Martin criou um esclarecedor Guia do Usuário para o perdão.
Exaustivamente pesquisado. Imensamente perspicaz. Muito prático. Eu
sinceramente recomendo.”
Robert Holden, autor de Shift Happens! E Loveability
“Uma profunda mina de ouro, cheia de informações ricas e relevantes.”
William Bloom, Autor de The Endorphin Effect
“William Martin escreveu um poderoso livro-guia sobre como perdoar, não
apenas nossos irmãos e irmãs, mas também a nós mesmos.
Jon Mundy, Ph.D. autor de Living A Course in Miracles.
Status da Tradução
Desculpe, mas meu livro Forgiveness is Power ainda não está disponível em
seu idioma. Por favor, visite meu site http://forgiveness-is-power.com para
atualizações sobre quando ele poderá ficar disponível.
Por que Perdoar?
O Perdão liberta você
Você se beneficia imensamente, assim como quem está ao seu redor, quando
escolhe perdoar.
Quer você precise perdoar outros ou perdoar a você mesmo, ao fazê-lo você
liberta-se do passado e permite-se realizar o seu verdadeiro potencial. O Perdão
permite que você se liberte de crenças e atitudes limitadoras. Ele liberta sua
energia mental e emocional para que assim, você possa aplicá-las para criar uma
vida melhor.
O perdão ajuda você a alcançar seus objetivos, mesmo os mais práticos e
imediatos: Talvez você queira um trabalho melhor para ganhar mais dinheiro,
queira ter relacionamentos melhores ou viver em um lugar mais agradável. O
perdão ajuda você a alcançar tudo isto. Se você não perdoou, uma parte de sua
energia interna de vida fica presa ao ressentimento, raiva, dor ou a algum tipo de
sofrimento. Essa energia de vida que está presa irá limitar você. É como tentar
andar de bicicleta freando o tempo todo. Isso atrasa e frustra você, e faz com que
seja difícil continuar a viver.
As escolhas que você faz e as coisas que você acredita serem possíveis, serão
todas influenciadas pelos casos que você não perdoou. Assim que você aprende a
perdoar, a energia que estava sendo usada para pensamentos e sentimentos infelizes,
será liberada e poderá fluir para criar a vida que você desejar, ao invés de limitá-lo
ou criar mais sofrimento.
Se você não quer aprender a perdoar para beneficiar a si próprio, então aprenda a
perdoar para que você possa beneficiar os outros. Quando você aprende a perdoar,
você beneficia todo mundo que está em contato com você. Seus pensamentos serão
mais claros e mais positivos do que antes. Você terá muito mais a oferecer e
facilmente desfrutará do ato de compartilhar o que você possui. Você se tornará,
naturalmente e facilmente mais bondoso, mais generoso e mais carinhoso com os
outros – sem precisar se esforçar para que isto aconteça. Você terá atitudes mais
alegres e positivas com as pessoas que estão em sua vida e em troca elas irão
responder mais positivamente para você.
É mais fácil estar por perto de uma pessoa que perdoa do que uma que não
perdoa? Sim, com
Se você deseja passar para o próximo nível de sucesso e abundância
financeira, o Perdão irá ajudá-lo a conquistar isto. Por exemplo, se você deseja
mais dinheiro em sua vida, você precisa ter certeza que não tem magoas com
pessoas que possuem mais dinheiro que você. As pessoas que tem mais dinheiro
que você, são as que mais serão capazes de ajudá-lo a ter mais dinheiro
também. Se, assim como certas pessoas fazem, você tiver ressentimentos de
“pessoas com dinheiro”, então elas não serão capazes de ajudá-lo, porque você
não estará aberto enquanto estiver magoado. Da mesma forma, se você tem uma
atitude positiva com pessoas que tem mais dinheiro que você (sorrindo para elas
ao invés de olhar com raiva), elas irão vê-lo como uma pessoa acessível e serão
mais propensas a trabalhar ou a socializar com você.
Se você deseja um trabalho melhor e deseja ganhar mais dinheiro, então ter
uma atitude positiva em seu trabalho, com seu chefe, com seus colegas e com
seus clientes, ajudará imensamente.
Pessoas que tem uma atitude positiva e prestativa se destacam em qualquer
situação. Você nunca
poderá ter sucesso em uma organização para qual você não deseja sucesso,
porque você não dará o seu melhor. Se você não der o seu melhor, fazendo o
melhor que você pode em seu trabalho, então você não receberá o melhor que
pode vir à você. O Perdão irá ajudar você a ter o tipo de atitude que fará com
que você tenha sucesso em seu trabalho.
Aprender a perdoar também a si mesmo é de importância vital. Ferir-se,
recusando-se a perdoar a si mesmo, irá machucar os outros também. Se você
não perdoar a si mesmo, então você ira punir-se negando a si mesmo as coisas
boas da vida. Quanto mais você negar a si mesmo, menos você terá a doar.
Quanto menos você doar, menos você poderá beneficiar quem está a sua volta.
Quando você para de limitar o que você recebe, você para de limitar o que
pode doar. Todo mundo se beneficia quando você perdoa a si mesmo, pois
assim você permitirá mais coisas boas em sua vida e possuirá muito mais para
doar. Aprender a perdoar também a si mesmo é de importância vital. Ferir-se,
recusando a perdoar a si mesmo, irá machucar os outros também. Se você não
perdoar a si mesmo, então você ira punir-se negando a si mesmo as coisas
boas da vida. Quanto mais você negar a si mesmo, menos você terá a doar.
Quanto menos você doar, menos você poderá beneficiar quem está a sua volta.
Quando você para de limitar o que você recebe, você para de limitar o que
pode doar. Todo mundo se beneficia quando você perdoa a si mesmo, pois
assim você permitirá mais coisas boas em sua vida e possuirá um monte a mais
para doar.
Quando você perdoa, você se torna um melhor marido ou esposa, você se
torna um melhor aluno ou professor, você se torna um melhor empregado ou
empregador e você se torna um melhor pai ou filho. Quando você é capaz de
perdoar, você se abre ao sucesso, seja o que ele significar para você. Conforme
você aprende a perdoar, o que parecia impossível não apenas se torna possível,
mas até mesmo mais fácil de alcançar.
Se você é uma pessoa religiosa ou espiritual, aprender maneiras práticas de
perdoar melhorará e aprofundará sua experiência religiosa ou pratica espiritual.
Isto livrará você da culpa de não ser tão “bom” quanto você acha que deveria
ser, e ajudará você a se tornar a pessoa que você gostaria de ser. Praticar o
perdão fortalece a bondade dentro de você e assim, você se torna mais ativo
em sua vida. Você se sentirá menos inclinado a fazer coisas que você sabe que
não deve, mas que não foi capaz de parar de fazer por conta própria. Você
começará a fazer mais as coisas que você sabe que deve, mas que ainda não foi
capaz de começar a fazer.
Aprender a perdoar só ajuda você; nunca fará com que você se machuque.
O perdão é imensamente prático e útil. Não existe nada de vago ou inviável
nele. O perdão liberta você. À medida que você aprende a perdoar, muito
problemas (possivelmente até problemas de saúde) irão desaparecer
gradualmente. Será como se você pudesse ver sua vida de cima e enxergar o
caminho mais fácil para chegar aonde deseja. A vida irá surgir diante de você.
Novas oportunidades irão emergir do nada. Coincidências felizes irão ocorrer
ao encontrar a pessoa certa no momento certo. Idéias ou respostas irão vir até
você quando você precisar delas. Um comentário de algum amigo, o folhear
de um livro ou revista, ou uma conversa que você escute sem querer, irá lhe
dar o que você esta procurando. Por que isso acontece? É porque ao praticar o
perdão você se torna mais aberto à bondade da vida, assim a bondade será
mais capaz de encontrar o caminho até você.
Na medida em que você aprende a perdoar, habilidades que estavam
adormecidas dentro de você irão emergir e você irá descobrir que você é muito
mais forte e capaz do que você imaginava ser. Partes de você que não poderiam
florescer no solo frígido da falta de perdão, irão começar a crescer. Você
começará a livrar-se de apertos e dificuldades. Você encontrará um fluxo fácil e
a vida será muito mais prazerosa e muito mais agradável. Se tudo isso parece
exagero, então deixe estar, assim, por agora. Simplesmente pratique os Quatro
Passos para o Perdão que você
encontrará nestas páginas e você será muito grato por ter o feito.
Quatro Passos para o Perdão
Uma poderosa maneira de mudar sua vida para melhor.
Os Quatro Passos para o Perdão fornecem a você uma maneira rápida e fácil
de começar a perdoar. Ele poderá levá-lo a mudanças profundas e grandiosas
em sua vida. Seu poder está em sua simplicidade, portanto, comece a utilizá-
lo e você verá por si próprio.
Estes Quatro Passos podem ser usados para qualquer tipo de questão, grande
ou pequena.
Contudo, é melhor iniciar com assuntos relativamente pequenos até que você
pegue a idéia. De fato, é melhor não tentar perdoar alguém que poderá
potencialmente lhe causar feridas futuras até que você obtenha experiência e
entendimento sobre todo o processo de perdão (veja Perdão Difícil e
Reconciliação). Pense em uma questão pequena, que você deseja perdoar e
tente fazer os passos abaixo.
Os Quatro Passos para o Perdão
Pratique
Escolha por quanto tempo você vai trabalhar com os Quatro Passos (7 dias,
21 dias, etc) e em quais horários do dia você vai usá-los. Faça isso pelo
menos três vezes em cada sessão, escreva os passos se possível ou diga eles
em voz alta ou em silêncio mentalmente em cada sessão.
Ao repetir os passos você perceberá que seus sentimentos vão mudar (ex: no
Passo 2, a raiva mudará para frustração e assim por diante). Se isso acontecer,
basta alterar o seu texto para algo que melhor reflita os sentimentos que você
tem no momento. Você poderá perceber que depois de passar por todos os
passos algumas vezes, seus sentimentos sobre o desejo de perdoar, serão muito
mais fortes. Este é um bom sinal, especialmente se é porque você está
começando a enxergar todos os benefícios que virão para você (e as pessoas
próximas de você) conforme você aprender a perdoar.
Depois de um tempo você pode sentir que não é mais necessário fazer todos
os quatro passos.
Você poderá então, apenas usar a Declaração de Perdão do Passo Quatro, até
você se sentir satisfeito.
Como parte de livrar-se de velhos sentimentos, você pode precisar fazer
outros tipos de libertação emocional tais como, falar sobre as coisas com um
amigo ou até mesmo ver um terapeuta. Ao fazer isto, você pode encontrar
sentimentos inesperados e lembranças há muito tempo esquecidas poderão
surgir. Basta deixá-los passar ou encontre apoio se necessário.
Se você acredita em um poder espiritual mais elevado, é natural que você
queira que ele faça parte de seu processo de Perdão. Simplesmente adicione
uma frase no final, como: "Peço a ajuda de Deus para perdoar e me tornar
livre" ou "eu convido e aceito a graça de Deus para ajudar-me a
perdoar."
Usando o Passo Um
A chave para o primeiro passo é simplesmente reconhecer que pretende
perdoar alguém e reconhecer o motivo de você querer perdoar. Isso ajuda você
a sair de qualquer tipo de negação sobre o que aconteceu e ir para um estado de
espírito de aceitação e a partir daí, começar a fazer algo a respeito.
É importante não tentar ser agradável ou educado nesta etapa. Você precisa
aceitar seus sentimentos reais sobre o acontecimento, a fim de fazer mudanças
reais. Se você se sentir como “alguém roubou minha namorada", então essa é a
frase para usar - pelo menos no início. No entanto, evite interpretações
excessivamente dramáticas sobre o evento, tal como "eles arruinaram minha
vida para sempre".
Um pouco de drama é aceitável no início, porém tente ficar perto dos fatos,
sem muito drama. Mais tarde, depois de passar pelos passos algumas vezes,
você provavelmente vai descobrir que seus sentimentos vão mudar e as
palavras que deseja usar vão mudar também. Esta é uma parte natural do
processo.
Quando você quer perdoar alguém, você pode pensar que este alguém é quem
deve pedir desculpas para você primeiro. Ou você pode sentir medo de perdoar
alguém, pois você se preocupa que a pessoa possa lhe machucar de novo, caso
você ainda tenha algo a resolver com ela. Se sim, então dê uma olhada em
Perdão Difícil onde está incluído separadamente e distintamente um processo
de reconciliação. Se você está disposto a proceder com a idéia do Perdão
Difícil, então prossiga com o perdão usando os Quatro Passos durante este
processo. Caso contrário, escolha uma questão mais fácil por agora.
Se desejar trabalhar em perdoar a si mesmo, por favor, consulte Como
Perdoar a Si Mesmo.
Usando o Passo Dois
O Passo Dois é sobre reconhecer as formas em que as dores, que você
começou a sentir desde o acontecimento, aparecem em seus pensamentos,
sentimentos e ações. Assim como no Passo Um, é muito importante escrever
seus sentimentos reais, quanto mais você aceitar seus verdadeiros sentimentos,
mais facilmente você terá uma verdadeira mudança.
Se você não tem certeza do que você sente, ajudará se você fizer uma
estimativa aproximada e alterá-la conforme você vai trabalhando por algumas
vezes através dos passos.
Você também pode incluir sensações físicas para descrever seu sentimento, tal
como; "Eu libertarei esse sentimento espinhoso e de dormência fria". Isto é
especialmente útil caso você não esteja ciente das emoções específicas em torno
da questão, mas está ciente das sensações físicas. Basta você usar as sensações
físicas no lugar das emoções. Posteriormente, se você tornar-se consciente das
emoções, então você deve começar a incluí-las também.
Se os seus sentimentos são vagos, descreva-os da melhor maneira possível
neste momento: "Eu liberto esse tipo de sentimento de desespero"; "Eu liberto
esse tipo de sentimento obscuro, uma espécie de infelicidade fria e pegajosa".
Mesmo sentimentos vagos podem levar a descobertas maravilhosas, por isso
não deixe que a imprecisão dos seus sentimentos interrompa você, caso seja
isto que você está sentindo atualmente sobre uma questão.
Se você se sente realmente preso nesta etapa, então apenas tente trabalhar
em outra questão mais fácil por agora e volte a esta mais tarde. Caso contrário,
você pode precisar de apoio de um amigo de confiança ou um conselheiro,
para que possa trabalhar com a questão. Outra opção, se você ainda quiser ir
em frente, mesmo que você se sinta preso, pule este passo, se concentre mais
nos outros passos e veja se isso o ajuda a descobrir os seus sentimentos
necessários.
Usando o Passo Três
No Terceiro Passo você foca nos benefícios que você receberá ao se libertar
de sentimentos infelizes relacionados ao acontecimento. Imagine como você
vai se sentir e se comportar quando estiver livre destes velhos sentimentos
dolorosos. Pense o quão melhor e mais claro você se sentirá e na diferença
que isso fará em sua vida. Pense nas maneiras que você espalhará este
sentimento bom para aqueles que o cercam.
Neste passo você talvez comece a perceber o quão benéfico é o Perdão, isso
significa que você estará deixando a dor de lado e em seu lugar estará
escolhendo atitudes e ações mais felizes. Se isso acontecer, você está
realmente começando a entender porque perdoar é uma coisa maravilhosa de
se fazer. Se esta percepção surgir em você, então é um sinal muito bom, pois
vai ajudar a motivá-lo a perdoar.
Normalmente, os benefícios para perdoar são o oposto dos sentimentos
dolorosos. É melhor expressar esses benefícios em suas formas positivas:
"feliz" em vez de "não tão triste", "tranqüilo" em vez de "sem raiva". Se você
não tem certeza dos benefícios específicos que você receberá do perdão, você
pode usar as coisas boas em geral que você gostaria de ter em sua vida no
momento
- mesmo que você não tem certeza de que elas sejam relevantes - tais como:
"paz, felicidade, sucesso, ou abundância".
Se você usou sensações físicas para descrever o que você quer libertar, então
você pode simplesmente usar o seu oposto físico para descrever os benefícios
nesta etapa. As sensações de "frio e dormência" podem se tornar "calor e
vitalidade", "apertado e sufocado" se torna "livre e leve", etc.
Os benefícios também podem incluir coisas que são muito práticas,
declaradas da melhor forma que lhe agradar: "ser mais confiante", "conseguir
um emprego melhor" ou "criar um novo relacionamento feliz". Quanto mais
você gostar de obter um benefício, mais você irá se ajudar a motivar-se para
perdoar.
Usando o Passo
Quatro
No Passo Quatro você formalmente e especificamente declara sua intenção de
perdoar.
Você pode não ter certeza de que você realmente quer perdoar. Você pode
até ter um monte de dúvidas, mas apenas experimente e veja o resultado. O
perdão é uma dessas coisas onde até mesmo um pouco de vontade de
experimentar, de estar aberto a explorar as possibilidades - mesmo que muito
timidamente - pode trazer grandes resultados.
No início é melhor ser bastante genérico em relação aos efeitos do perdão:
"e eu aceito a paz e a liberdade que o perdão traz" ou "eu aceito a cura e bem-
estar que o perdão traz".
Mais tarde, você pode incluir alguns dos benefícios que você citou no Passo
Três e também inclui-los no Passo Quatro. Por exemplo, digamos que você
está perdoando uma questão relacionada ao trabalho e que esclarecer esta
questão ajudará você a conseguir um emprego melhor. Você pode usar frases
como: "Eu aceito a paz que o perdão traz e os benefícios de uma relação de
trabalho mais feliz e um emprego melhor" ou "Eu aceito os benefícios de ser
mais feliz no meu trabalho atual e de ser capaz de encontrar até mesmo um
emprego melhor."
No entanto, se este tipo de benefício parece muito materialista para você
ou de alguma forma ofende seu senso de valor, então deixe fora os
benefícios práticos.
Às vezes, pode ser útil levar um pouco mais de tempo em um determinado
passo, especialmente se você sente uma sensação de liberdade ou vitalidade
durante o tempo que você trabalha neste passo. Demorar no Passo Quatro e
repeti-lo mais do que os outros, pode funcionar bem a qualquer momento.
Também funciona bem transformar o Passo Quatro em uma afirmação
verbal, que você fala em voz alta ou em silêncio em sua mente por várias
vezes. Imaginar como você pensará, sentirá e agirá depois de concluir este
processo de perdão, torna isto ainda mais poderoso.
O Ciclone do Perdão
Perdoar a si mesmo irá beneficiar outros à medida que você se torna um pai
melhor, um amigo mais atencioso, um ouvinte melhor e uma pessoa mais
tolerante e assim por diante. Você poderá
ser menos egocêntrico e mais interessado em outras pessoas. Você poderá se
tornar menos carente e ter mais para doar. Escolha um exemplo de um
benefício para os outros, que provavelmente irá importar de verdade para
aquelas pessoas que o cercam.
Exemplos: Eu serei mais agradável para quem está ao meu redor (menos mal
humorado, ácido e deprimido), vou me tornar mais amável e mais amoroso. Vou
ter mais para oferecer.
Passo 4. Eu me comprometo a perdoar a mim mesmo por e
aceito a paz e a liberdade que o perdão traz.
profundos.
Reconciliação
fazer a reconciliação, irá nos libertar para perdoar tão abertamente quanto
gostaríamos.
Para perdoar pessoas problemáticas em todos os sentidos, use os Quatro
Passos Para o Perdão e, em algum momento, decida o que você deseja fazer a
respeito da reconciliação. A decisão a respeito do que você quer fazer no
caminho de uma reconciliação, também pode esperar até que você obtenha
uma nova perspectiva. Isso acontecerá à medida que usar os Quatro Passos.
Você pode achar a idéia do Perdão Difícil uma maneira útil para pensar a
respeito de como perdoar em situações desafiadoras.
Perdão Difícil
“Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem
alguma cousa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro
reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta”. (Mateus
5.23,24)
A reconciliação não é algo a ser praticado somente entre nós e Deus, mas
também para com nossos irmãos. Reconhecemos, que, à semelhança da cruz,
também temos duas linhas do fluir da reconciliação: a vertical (o homem com
Deus) e a horizontal (entre os homens). O mesmo perdão que recebemos de
Deus deve ser praticado para com nossos semelhantes.
“Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste
vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco
vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas”. (Mateus 6.14,15)
Deus tem nos dado seu perdão gratuitamente, sem que o merecêssemos, e espera
que usemos do mesmo espírito misericordioso para com quem nos ofende. Se
fluímos com o Pai Celestial no mesmo espírito perdoador, permanecemos na
reconciliação alcançada pelo Senhor Jesus. Contudo, se nos negamos a perdoar,
interrompemos o fluxo da graça de Deus em nossa vida, e nossa reconciliação
vertical é comprometida pela ausência da horizontal. Cristo também nos
advertiu com clareza sobre isto em uma de suas parábolas (faladas num
contexto que envolvia o perdão):
“Por isso o reino dos céus é semelhante a um rei, que resolveu ajustar contas
com os seus servos. E passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que devia dez mil
talentos. Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o seu senhor que fosse
vendido ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía, e que a dívida fosse
paga. Então o servo, prostrando-se reverente, rogou: Sê paciente comigo e tudo
te pagarei. E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora, e
perdoou-lhe a dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus
conservos que lhe devia cem denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo:
paga-me o que me deves. Então o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe
implorava: Sê paciente comigo e te pagarei. Ele, entretanto, não quis; antes,
indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida. Vendo os seus
companheiros o que havia se passado, entristeceram-se muito, e foram relatar ao
seu senhor tudo o que acontecera. Então seu senhor, chamando-o, lhe disse:
Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias
tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci
de ti? E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos
verdugos, até que pagasse toda a dívida. Assim também o meu Pai celeste vos
fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão”. (Mateus 18.23-35)
O significado desta ilustração dada por Jesus Cristo é muito forte. Temos um rei
e dois tipos de devedores. Se a parábola ilustra o reino de Deus, então o rei
figura o próprio Deus. O primeiro devedor tinha uma dívida impagável,
enquanto que a do segundo estava ao seu alcance. Não há como comparar a
dívida de cada um. Dez mil talentos da dívida do primeiro servo era o
equivalente a cerca de 200.000 dias de trabalho, enquanto que os cem denários
que o outro servo devia era o equivalente a apenas cem dias de trabalho. Esta
diferença revela a dimensão da dívida que cada um de nós tinha para com Deus,
e que, por ser impagável, estávamos destinados à prisão e escravidão eterna.
Contudo, sem que fizéssemos por merecer, Deus em sua bondade, nos perdoou.
Portanto, Ele espera que façamos o mesmo. O cristão que foi perdoado de seus
pecados e recusa-se a perdoar um irmão – seu conservo no evangelho – terá seu
perdão revogado.
Isto é muito sério. As ofensas das pessoas contra a gente não são nada perto das
nossas ofensas que o Pai Celestial deixou de levar em conta. E a premissa
bíblica é de que se pudemos ser perdoados por Ele, então também devemos
perdoar a qualquer um que nos ofenda.
Quem não perdoa, está preso. Lemos em Mateus 18.34: “E, indignando-se, o
seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse toda a dívida”. A palavra
verdugo significa
“torturador”. Além de preso, aquele homem seria torturado como forma de
punição. A prática do ministério nos revela que o que Jesus falou em figura
nesta parábola é uma realidade espiritual na vida de quem não perdoa. Os
demônios amarram a vida daqueles que retém o perdão. Suas torturas aplicadas
são as mais diversas: angústia e depressão, enfermidades, debilidade física, etc.
Muita gente tem sofrido com a falta de perdão. Outro dia ouvi alguém dizendo
que o ressentimento é o mesmo que você tomar diariamente um pouco de
veneno, esperando que quem te magoou venha a morrer. A falta de perdão
produz dano maior em quem está ferido do que naquele que feriu. Por isso
sempre digo a quem precisa perdoar: – “Já não basta o primeiro sofrimento,
porque acrescentar um outro maior (a mágoa)”?
Alguns acham que o perdão é um benefício para o ofensor. Porém, eu digo que
o benefício maior não é o que foi dado ao ofensor, mas sim o que o perdão
produz na vítima, naquele que está ferido. Sem perdão não há cura. A doença
interior só se complica, e a saúde espiritual, emocional e física da pessoa
ressentida é seriamente afetada. Em outra porção das Escrituras (onde o
contexto dos versículos anteriores é o perdão), vemos o Senhor Jesus nos
advertindo do mesmo perigo:
“Entra em acordo sem demora com teu adversário, enquanto estás com ele a
caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz ao oficial de
justiça, e sejas recolhido à prisão. Em verdade te digo que não sairás dali,
enquanto não pagares o último centavo”. (Mateus 5.25,26)
Não sei exatamente como é está prisão, mas sei que Cristo não estava brincando
quando falou dela. A falta de perdão me prende e pode prender a vida de mais
alguém. Isto é um fato comprovado. Tenho presenciado gente que esteve presa
por tantos anos, e ao decidir perdoar foi imediatamente livre. Isto também pode
acontecer com você, basta decidir perdoar.
Como deve ser o perdão? A pessoa tem que pedir o perdão ou merecê-lo para
poder ser perdoada? Não. Devemos perdoar como Deus nos perdoou:
O texto bíblico diz que nosso perdão e reconciliação horizontal deve seguir o
exemplo da que Deus em Jesus praticou para conosco. Então, basta perguntar: –
“Fizemos por merecer o perdão de Deus? Não. Então nosso ofensor também
não precisa fazer por merecer”.
Jesus disse que se eu souber que alguém tem algo contra mim, devo procurá-lo
para tentar a reconciliação. Mesmo se tal pessoa não me procurar ou nem
mesmo quiser falar comigo, tenho que ter a iniciativa, tenho que tentar. Deus
ofereceu perdão gratuito a todos, independentemente de qualquer
comportamento, e Ele é nosso exemplo!
Certa ocasião, o apóstolo Pedro quis saber o limite de vezes que existe para
perdoar alguém. E foi surpreendido pela resposta que Cristo lhe deu:
O Senhor declarou que mesmo se alguém repetir sua ofensa contra mim por
quatrocentos e noventa vezes, ainda deve ser perdoado. Na verdade, os
comentaristas bíblicos em geral entendem que Jesus não estava se prendendo a
números, mas tentando remover o limite imposto na mente dos discípulos para
perdoar.
Fico pensando o que seria de nós sem a misericórdia de Deus. Quantas vezes
Deus já nos perdoou? Quantas mais Ele vai nos perdoar? Se devemos perdoar
como também Deus em Cristo nos perdoou, então fica claro que não há limite
de vezes para perdoar!
Precisamos entender que Deus não será engrandecido na falta de perdão. Que o
ofendido não lucra nada por não perdoar. Que até mesmo o ofensor pode estar
espiritualmente preso. O único que lucra com isso é o diabo, pois passa a ter
autoridade na vida de quem decide alimentar a ferida do ressentimento.
A Bíblia nos ensina que não devemos dar lugar ao diabo (Ef 4.27). Que ele
anda em nosso derredor rugindo como leão, buscando a quem possa tragar (1
Pe 5.8), e que devemos resisti-lo (Tg 4.7). Mas quando nos recusamos a
perdoar, estamos deliberadamente quebrando todos estes mandamentos.
CONSELHOS PRÁTICOS
Para aqueles que reconhecem que não há saída a não ser perdoar, mas que, por
outro lado, não é algo tão fácil de se fazer, quero oferecer alguns conselhos
práticos que serão de grande valia.
É importante ver os ofensores como vítimas. Isto é algo especial que vejo em
Jesus na cruz:
“Contudo Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. (Lucas 23.34)
Em vez de olhar para eles como quem merece punição e castigo, Jesus enxerga
que eles também eram vítimas. Aqueles homens estavam em cegueira e
ignorância espiritual, debaixo de influência maligna, sem nenhum discernimento
de quem estavam de fato matando. Eram vítimas de todo um sistema que os
afastou de Deus e da revelação das Escrituras. E ao reconhecer que ele é que
eram vítimas, em vez de alimentar dó de si mesmo (como nós faríamos), Jesus
teve compaixão deles. Acredito que este é um princípio para o perdão fluir
livremente. Assim como Jesus o fez, deixando exemplo, Estevão, o primeiro
mártir do Cristianismo, também o fez:
“Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este
pecado”. (Atos 7.60)
A falta de perdão também nos rouba da vida plena que Deus quer para nós. Ao
invés de promover a justiça, a nossa falta de perdão torna-se amargura. Hebreus
12:14-15 adverte: "Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém
verá o Senhor, atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso,
separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que,
brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados". Da
mesma forma, 2 Coríntios 2:5-11 adverte que a falta de perdão pode ser uma
abertura para que Satanás nos desvie.
Também sabemos que aqueles que pecaram contra nós — a quem não
queremos perdoar – prestarão contas a Deus (ver Romanos 12:19 e Hebreus
10:30). É importante reconhecer que perdoar não é minimizar um erro ou
necessariamente se reconciliar.
Quando escolhemos perdoar, liberamos uma pessoa do seu endividamento a
nós. Renunciamos ao direito de buscar vingança pessoal. Escolhemos dizer que
não faremos com que pague pelo seu erro. No entanto, não necessariamente
significa que confiaremos novamente ou até mesmo que iremos libertar essa
pessoa das consequências de seu pecado. Somos informados de que "o salário
do pecado é a morte" (Romanos 6:23). Embora o perdão de Deus nos alivie da
morte eterna, nem sempre nos liberta das consequências do pecado que se
parecem com a morte (como um relacionamento quebrado ou a sanção fornecida
pelo sistema de justiça). O perdão não significa que agimos como se nenhum
erro tivesse sido feito; significa que reconhecemos que a graça abundante nos
foi dada e que não temos o direito de propositadamente penalizar a outra pessoa
pelo seu erro.
Para entender como o rancor pode afetar uma pessoa fisicamente, é preciso
compreender o conceito de doença psicossomática. Entenda a seguinte
definição: “A psicossomática é uma doença caracterizada por sinais e
manifestações apresentadas pelo corpo, onde os exames médicos não
conseguem descobrir uma origem orgânica ou biológica para o sintoma.” Em
outras palavras, sentimentos doentios como rancor, ódio, inveja, ciúme podem
gerar enfermidades no corpo, muitas delas bem graves.
“(…) perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aqueles que nos
tem ofendido (…)”. Fazemos essa oração todos os dias, mas será que a estamos
praticando? Jesus nos deixou a receita para as doenças da alma, mas nós nem
nos damos conta disso! O perdão é uma palavra tão conhecida, mas difícil de
ser vivida na prática! Será que você sabe perdoar? Será que você consegue
perdoar?
Acredito ser desnecessário falar sobre o que é o perdão; porém, falar sobre o
que a falta dele é capaz de fazer seria melhor, apesar de ser comum também.
No entanto, vale a pena! Perdão é uma ação, uma decisão, uma escolha, um
verdadeiro remédio para a alma. Um sentimento provocado pelo
relacionamento interpessoal, com o nome de mágoa, desgosto, amargura e
ressentimento.
Não há como viver essas três etapas ao mesmo tempo. No entanto, é preciso
esforçar-se para vencer uma de cada vez, olhando para a situação atual e
focando no lugar que deseja chegar, a libertação dos sentimentos que
acorrentam e adoecem.
Liberte e perdoe
Quem eu serei, se eu perdoar? Talvez, até aqui, eu só tenha sido esposa. E agora,
quem sou? Como justificar minha prostração, minha falta de iniciativa, minha vida
derrotada? É mais fácil continuar vítima desse vilão. É só permanecer igual, sofrendo.
Conheço pessoas que passaram uma vida inteira assim. Com mágoa, rancor e
lágrimas, alimentam, diariamente, o vilão que continua morando dentro de si e
dizendo: “Sem ele não sei viver, mesmo que preso dentro de mim”.
É preciso ter coragem de olhar o outro por trás da máscara de vilão. Mais coragem
ainda para se ver por trás da máscara de vítima. É preciso ter coragem para dizer a
quem me machucou (mesmo que em pensamento): “Eu o liberto de dentro de mim.
Você está livre para ser feliz. Você não me deve mais nada”.
O perdão é uma decisão pessoal que beneficia, em primeiro lugar, quem toma a
iniciativa. O perdão é muito mais para mim do que para a pessoa que me
ofendeu. Por isso, a decisão de perdoar depende mais de mim do que dos
outros.
Perdoar é assumir o presente, é viver e mergulhar nele. Perdoar é não sofrer por
aquilo que não posso mudar ou resolver. Não podemos mudar o passado.
Nunca!
O perdão leva a uma vida nova
Perdoar é concentrar suas atenções sobre as coisas boas da vida. “Se algo ou
alguém estragou o meu passado, não permitirei que estrague também o meu
futuro.” Perdoar é começar a valorizar as bênçãos de Deus, as coisas boas. É sair
do vício de ver sempre as mesmas coisas do mesmo jeito.
Perdoar é tomar a decisão de começar uma vida nova. O que fazer para sofrer
menos? Isso exige buscar, em primeiro lugar, o Reino de Deus. É decidir-se
pela primazia do Reino, e não do encardido. É optar pelo bem, divulgá-lo. É
aprender a sintonizar-se no bem.
“Abençoai os que vos maldizem e orai pelos que vos injuriam” (Lc 6,28). “Amai vossos
inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem.
Deste modo, sereis os filhos de vosso Pai do Céu, pois Ele faz nascer o sol tanto
sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os
injustos” (Mt 5,44- 45). Você não pode mudar um acontecimento do passado,
mas pode mudar a maneira de falar sobre ele. Com Jesus é possível achar um
ponto de vista mais positivo e esperançoso.
A vida sempre segue adiante, ela não para. Devemos aprender a concentrar
nossas atenções sobre as coisas boas da vida. Se já estragou o passado, não
permita que estraguem o presente nem o futuro. Não devemos sofrer por aquilo
que não podemos mudar. Não podemos mudar o passado.
A importância do perdão no
processo de cura interior
O Senhor nos pede o perdão como base para cura, mas se não
conseguirmos nos perdoar, não poderemos receber aquilo que o Senhor
quer nos dar, porque a falta de perdão bloqueia a graça
Quando digo aceitar, não quer dizer não fazer nada para melhorar, pois isso é
uma estagnação que não podemos permitir. Mas temos que aceitar a realidade
das coisas e tentar melhorar, como fez São Paulo: “Sou aquele que sou, vejo o
bem, aprovo-o e me acho a fazer o mal” (cf. Romanos 7,15-23).
Este sou eu. Certamente, esforço-me para ir em frente, mas a realidade é essa.
Muitas vezes, o Senhor nos pede o perdão como base para cura, mas se não
conseguirmos nos perdoar, não poderemos receber aquilo que o Senhor quer
nos dar, porque a falta de perdão bloqueia a graça.
Atenção! Estou me referindo a uma coisa muito importante e digo isso, antes
de tudo, para nós, sacerdotes; em seguida, para aqueles que nós devemos curar,
porque estão na nossa pastoral:
– Deus nos ama não porque somos santos, e o nosso pecado não diminui
o amor que Deus tem por nós;
– Deus ama o homem tanto quanto um Deus pode amar a sua criatura;
Quando o filho pródigo sai da casa do pai, o amor deste permanece igual para
esse filho; de fato, o pai está sempre lá para esperar a sua volta.
O perdão por parte do pai já está concedido, mas não pode chegar até o filho,
porque este ainda não disse: “Levantar-me-ei e irei a meu pai (Lucas 15,18).
Portanto, o bloqueio é do lado do homem e não do lado de Deus. Quando
falamos “Senhor, perdoe- me!”, estamos demolindo o bloqueio. Deus já nos
perdoou. Pecadores ou santos, somos
filhos d’Ele. Portanto, receber o amor depende de nos abrirmos àquele amor
que já está presente em nós, como aquele sol que já está presente fora do
ambiente fechado.
b) Perdoar a Deus. Esta expressão deve ser bem entendida: Ele não tem
necessidade de ser perdoado, não foi Deus que fez alguma coisa que
necessitasse de perdão. Mas olhando para nós, de pequeno que somos, vendo
Deus permitindo que sejamos maltratados ou não nos escutando, deixando-nos
sozinhos nesse sofrimento, é gerada em nós uma raiva de Deus. Nesse caso, é
bom ir diante do Senhor e dizer a Ele: “Está bem, Senhor, eu não O entendo!
Somente sei que estou ferido, mas quero perdoá-Lo!”. Da nossa parte existe
essa necessidade de perdoar a Deus, como aos outros e a nós mesmos.
Perdoar é muito difícil, até mesmo para os cristãos que têm como exemplo
Jesus Cristo, que morreu para nos perdoar. É preciso aprender perdoar, mas
como aprendemos essa difícil lição? Neste artigo trataremos do perdão como
uma dádiva divina para todas as pessoas, do poder curador do perdão, também
sobre a diferença entre culpa e vergonha, e dos níveis de perdão. Esperamos que
a leitura reflexiva deste texto, sob ação do Espírito Santo, faça bem à sua alma.
Primeiro é preciso que você considere como você foi perdoado: “Sejam
bondosos e compassivos uns com os outros, perdoando-se mutuamente,
assim como Deus os perdoou em Cristo” (Efésios 4.32).
Perdão é o remédio para a culpa. Enquanto não damos atenção à culpa, ela nos
atormenta a consciência, mas se decidimos que realmente devemos tratá-la, o
perdão é um excelente remédio. A culpa proveniente do amor é saudável,
benéfica e nos motiva a reatar ligações rompidas com Deus, com nós mesmos e
com o outro.
Há dois níveis de perdão: 1) Não pagar o mal com o mal. Isso significa perdoar
quem nos magoa. 2) A reconciliação, mais profunda e mais difícil, envolve a
participação de quem magoou e de quem foi magoado. O que magoou deve
perceber o mal que causou e assumir a responsabilidade por ele; o magoado
deve acreditar que o mal causado foi reconhecido e que há interesse em repará-
lo. Quando essa mútua compreensão acontece, há a reconciliação e há a cura:
“Perdoai, e vos será perdoado” (Lucas 6.37).
Não perdoar traz males à saúde do corpo e da alma. A raiva prolongada vira
ressentimento e o ressentimento vira ódio. O que são ressentimentos? São
lembranças rancorosas de dores passadas que não foram resolvidas. É um
sentimento destrutivo capaz de causar males físicos, emocionais e espirituais.
Um grande mestre escreveu: “Os ressentimentos são as irritações de ontem
arranhando a membrana de nossa memória”. Há pessoas que estão convencidas
de que têm todas as razões para sentir ressentimento, mas é bom lembrar: “O
ressentimento leva o tolo à morte” (Jó 5.2).
Pode-se construir uma prisão para si mesmo, cada mágoa será um tijolo nessa
construção. Rancores guardados acabam com a alegria da vida, tornam as
pessoas amargas. Pessoas cheias de ressentimento podem ter pelo menos três
tipos de comportamento: algumas vivem com eles, mas estão doentes (são
pessoas que vivem de aparência); outras se fecham e se afastam (vivem isoladas
– têm dificuldade de se abrir
a novas amizades) ou ainda, aquelas que explodem (são agressivas e vivem de
mau humor). É preciso deixar que o Senhor aplique graça às nossas mágoas,
pois ela nos faz ver o perdão de Deus.
Por que será que até mesmo os cristãos têm tanta dificuldade em liberar o
perdão? A Bíblia diz que quem demonstra pouco amor, também libera pouco
perdão, como nos afirma o próprio Senhor Jesus: “aquele a quem pouco foi
perdoado, mostra pouco amor” (Lc 7.47). Embora requeira muito esforço, o
benefício do perdão recompensa, pois o verdadeiro amor cura mágoas.
O poder da confissão não está com quem a realiza, mas com o Deus que a ouve:
“Se confessarmos nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos
pecados e nos purificar de toda injustiça” (1João 1.8-9). Às vezes, a confissão
precisa ser também uns com os outros, assim como a Igreja Primitiva fazia
(Atos 19.18-20) e assim como ensinou o apóstolo João: “Se perdoarem os
pecados de alguém, estarão perdoados; se não os perdoarem, não estarão
perdoados” (João 20.23).
Parte da cura consiste em para de se culpar pelo que aconteceu, depois de curar
as feridas causadas por nossos atos, e sobretudo é preciso acordar todos os dias
e optar por praticar o bem: “Façam todo o possível para viver em paz com
todos” (Romanos 12.18).
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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)
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perdão.
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu
Filho
unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha
a vida eterna.”João 3.16. Você já parou para analisar este texto, que
escreve e usa essa expressão ele está nos dizendo que o amor de
Deus é infindo, que é verdadeiramente desmedido, Ele criou o
homem no Éden, por que ante de estabelecer o plano criação, Ele já
tinha estabelecido o plano da redenção, ou seja, Cristo Jesus já tinha
se oferecido para morrer por nós na cruz do calvário.
Verdadeiramente o Filho de Deus nos amou primeiro, Ele nós amou:
“Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro.” 1 João 4:19
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também”.Colossenses 3.13
Outra coisa muito importante é que quando não nos
sujeitamos ao
perdão segundo a declaração do Mestre Jesus, nossa oferta não
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empregada deve ser usada com Sabedoria para ela produza frutos
dignos de arrependimento, para que ela produza mudança no
caráter das pessoas e uma transformação pelo Espírito Santo. Se
você jogar a verdade na cara das pessoas ao invés de produzir
mudanças, você vai produzir revolta e amargura no coração das
pessoas. "O irmão ofendido é mais difícil de conquistar do
que uma cidade forte.” (Pv 18:19).
O cuidado em não magoar alguém deve ser muito grande
porque por mais que nós venhamos buscar o perdão daquela
pessoa, podemos encontrar entraves tremendos, a pessoa magoada
pode se fechar como uma ostra, vindo a negar a liberação do
perdão. Aí neste caso meu amigo a única coisa a fazer é orar, mas
se você cumpriu o caminho para chegar ao coração do seu irmão
tenho certeza que o Espírito Santo mais cedo ou mais tarde vai fazer
a obra.
Somente aquele que perdoa pode ser perdoado:
“Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas,
também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não
perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco
vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.” Mt 6.14-15.
Uma do texto muito forte que fala desse assunto foi
citado pelo Mestre Jesus, leiamos para recebermos do Espírito
Santo um melhor entendimento, o texto é Mateus 18.23-35. Essa
parábola nos mostra uma das coisas mais terríveis que a
natureza humana pecaminosa pode
“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)
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uma amnésia extrema, nos esquecemos do que foi feito por nós na
Cruz e de como fomos perdoados pelo Senhor Jesus. Você já parou
para pensar de onde Deus te tirou? Você já parou para pensar da
grande obra regeneradora que o Espírito Santo tem realizado em
sua vida? E ainda, o que Ele fez de maior, ter-se entregado para
morrer na Cruz do Calvário pagando a nossa dívida, pagando a
nossa conta para com o Inferno. Jesus rasgou a cédula.
“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)
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este
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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)