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Lua

Bem...olá, eu me chamo Lua, tenho..23


anos, alguns que estão a ler já devem me
conhecer e provavelmente se perguntam o
que eu faço aqui, estou aqui pra contar
minha história, tenho certeza de que ela não
vai ser a melhor que já ouviram ou até a
pior, tentarei contar da melhor maneira que
eu puder, mas bem, prefiro que tirem suas
próprias conclusões,.

Desde que me conheço por gente,


fui filha e fiz parte da família Oliveira, eles
eram uma família amável, composta por um
pai, uma mãe e duas filhas, sendo muito bem
conhecida na cidade com sua boa fama de
doces e gentis com as pessoas, tinham uma
estatura financeira alta e moravam em um
lugar ótimo, um bairro super seguro com
moradores que mantinham o bem estar e a
tranquilidade impressionante daquele bairro,
quem os olhasse não via nenhum defeito
naquela família, era tão impressionante, até
hoje me impressiono.
Bom, e tem eu, fui adotada por eles
quando era muito nova, com mais ou menos
1 ano de idade, por ai, desde que comecei a
ter algum entendimento, eu soube que não
filha biológica deles, no fundo eu sempre
soube, pois éramos muito diferentes, tanto de
jeito quanto de aparencia, alguns me olhavam
com maus olhos dizendo que eu
desequilibrava aquela família perfeita, eu
nunca liguei para isso, pois ter pais que me
amavam era tudo o que me importava, mas
essa fantasia de criança não teve tempo para
durar, afinal, é aquele típico cliche de que
você vê as aparencias, mas se não vive dentro
da casa, não sabe o que acontece de verdade.
Sempre fui uma criança doce e
sorridente, eu não via maldade em nada e
nem em ninguém, achava que tudo era pra
bem, que o jeito do qual as coisas eram era
certo, pois eu nunca tinha conhecido outra
forma de viver, então de toda forma eu estava
feliz e apenas sorria e continuava a brincar,
seguir a vida, mas olhando hoje pra isso não
penso da mesma forma, eles sempre diziam
que eu não podia contar nada pra ninguém,
se não elas iam ficar irritadas, iam me pegar e
jogar no poço pra eu ficar sozinha e morrer
lá com os bixos assustadpres que iriam me
pegar, com isso apenas concordava e não
falava nada por ter medo de que isso
realmente acontecesse.
Nunca fui para escola quando
pequena, sempre estudei em casa, eles
achavam que se eu fosse para a escola eu
acabaria contando o que acontece lá dentro e
o que faziam comigo, então me mantinham
presa dentro da casa na maior parte do
tempo.
Sei que pode achar que o que estou
dizendo está pouco confuso, mas logo logo
irá começar a entender.
A casa onde vivi a minha infância inteira
era bem grande, pois dinheiro foi uma coisa
que nunca faltou pra essa família, tudo o que
minha irmã pedia, ela tinha, meus pais davam
tudo, mas nunca atendiam meus pedidos, por
mais simples que fosse, porque aos olhos
deles, eu era uma coisa que não tinha
importancia, apenas vivia para ser e fazer o
que eles queriam, eu e minha irmã Summer,
filha biológica deles, temos a mesma idade e
fomos criadas juntas desde minha chegada,
ela me amava e eu amava ela, bricávamos e
nos divertiamos uma com a outra o tempo
todo, mesmo havendo essa injustiça entre
nós, isso não nos impedia do nos divertirmos
uma com a outra.
Nossos pais não gostavam disso,
então com o tempo começaram a nos separar,
era tão claro como a luz do dia que eles não
gostavam de mim... por saberem o que eu era
e o que ainda sou, e por não me verem com
os mesmo olhos, somente me usavam, como
uma mera distração, alívio e até mesmo
diversão, e a Summer, minha irmã e melhor
amiga, vendo tudo aquilo, ouvindo o que
seus pais falavam, passou a fazer o mesmo a
medida em que cresciamos.
Que tal se eu contasse sobre como
eram meus dias naquela casa? acho que é
uma boa amostra.

Summer: Hey luana, vamos brincar de


alguma coisa?

- vamos, do que vamos brincar? _ digo de


forma alegre e entusiasmada a olhando _
Summer: de cabelereiro, vamos la pro meu
quarto _ saio correndo na frente indo pro
meu quarto _

- ta bom _ animada corro atrás de summer


entrando no quarto logo depois dela, ao
passar pela porta a vejo perto de sua
penteadeira e me aproximo dela _

Summer: vou fazer seu cabelo _ puxo luana


que estaria ao meu lado e a ponho sentada na
cadeira em minha frente _

- okay, mas toma cuidado pra não machucar

S: não se preocupa, sou a melhor cabelereira


que existe! _ na penteadeira pego uma tesoura
e com um sorriso começo a cortar o cabelo
de luana que estaria a minha frente, e logo se
passado alguns minutos, ainda sorrindo viro
luana para o espelho e a vejo olhar para si
mesmo com sua alegre expressão a se
desmanchar _

- po-por que vc fez isso? _ digo com a voz


em um tom de choro me virando para
summer _

Summer: porque assim ninguém vai olhar pra


você, ninguém quer ver uma menina feia e
mau arrumada como você, com o cabelo
assim vai todo mundo rir de você

- mas eu não quero que as pessoas riam de


mim, você não podia fazer isso!

Summer: posso sim, voce é não nada perto


de mim, você é burra e boba, até seu nome
tem vergonha de você! _ me aproximo dela e
a empurro com força fazendo a mesma bater
no espelho e quebra-lo, logo com ela
machucando a mão com os cacos por ter
posto a mão na frente e rio dela _

Summer: seu nome tinha que ser lua, ela é


tão pequena e dependente que não consegue
nem brilhar sem o sol, que nem você

- por que v-voce ta sendo má co-comigo?


Summer: a mamãe e o papai dizem que é
assim que um demônio como você tem que
ser tratado, aberração!

- eu não sou um demônio! _ corro pra fora


do quarto com os olhos repletos de lágrimas
que desceriam pelo meu rosto e vou até
Daniela, minha mãe, que estaria sentada no
sofá da sala assistindo tv _
- ma-mamãe a summer me machucou e
cortou meu ca-cabelo...

_ direcionando seu olhar para mim e olhando


em meus olhos após ouvir minhas palavras, a
mesma riria de mim e agarra em meu rosto o
apertando de forma que deixaria a marca de
seus dedos _
Daniela: ainda achei que o que ela fez foi
pouco pra uma aberração como você, você
merecia mais do que isso

_ olhando nos olhos dela, eu enxergava o


desprezo e o ódio que tinha por mim,
parando por um momento estando sem
reação, tentava encaixar o que ela teria dito
em minha mente e raciocinar o porque
daquilo _

- ...mã-mamãe?

D: eu nunca serei mãe de um demônio! _ a


solto jogando a mesma no chão e levanto do
sofá saindo do cômodo me direcionando para
a cozinha _

_ com a respiração levemente acelerada


levanto do chão sem entender e vou para
meu quarto, após entrar, fecho a porta e me
sento no pé da cama abraçando minhas
pernas chorando _

Uma criança sentir o desprezo das


pessoas que considera sua família é doloroso,
não é? Até porque, as pessoas com quem ela
espera contar todos os momentos é a família.
Provavelmente deve se perguntar
onde está meu pai, bom meu caro ou cara, o
que preferir.
Meu pai, Eduawrd, vivia no
trabalho, mas mesmo passando tanto tempo
lá, ele era fiél a esposa que tinha, porém, seu
temperamento era forte, quando não tinha o
que fazer ele ficava mais estressado pela falta
do que fazer, então meu pai bebia, e quando
ficava bebado colocava tudo o que pensava e
sentia pra fora, ele virava o seu verdadeiro eu,
e sim... ele também me detestava, com
Summer do lado deles, também ouviam os
apelidos que ela me dava e me chamavam das
mesmas coisas, com isso, passei a me chamar
Lua e também me chamavam de outros
apelidos como demônio, aberração, desgraça,
diziam que eu deveria voltar pro inferno que
lá era meu lugar.
A medida em que eu fui crescendo,
deixei de dar tanta importancia pros apelidos
e todas aquelas implicancias, isso os irritavam
tanto.
Em um dia como qualquer outro,
quanto tinha 8 anos, eu estava sentada no
tapete da sala, próxima ao sofá assistindo
desenho desenho e Eduawrd, meu pai,
chegou em casa bêbado, completamente
alterado, e veio até mim me agarrando pelo
braço, me fazendo levantar e logo em seguida
ele fechou a mão e me deu um soco mais do
que forte em meu estômago, o que me faz
cair no chão tossindo um pouco, sentindo
dor, ele estava estressado, meu pai me pegou
pelo braço novamente, me arrastando até meu
quarto, fechando a porta, ele me largou em
cima da cama começando a me espancar.
Quando ele começou gritei o
máximo que pude pra ver se alguém me
ouvia e me ajudava, mas foi envão, além de
apannhar muito, acabei perdendo a voz.
Estando já saciado, completamente
calmo e satisfeito, Eduawrd sai do quarto
calmo e sorridente, largada no chão,
chorando de mais e com muita dor fiquei ali
deitada tentando encontrar forças pra me
levantar, mas no fim acabei dormindo no
chão mesmo e acordei com Summer me
empurrando com o pé em meu ombro, rindo
ao me ver machucada, ela me puxou pelo
cabelo, me fazendo sentar e a olhar.

Summer: eu disse, você é tão idiota que nem


o papai gosta de você, não chora, ele vai
fazer muito mais disso hahahah _ a solto a
permitindo cair no chão de novo e saio de
seu quarto batendo a porta _
É como digo não houve nada
demais, isso não foi algo tão ruim não é?
O desprezo e essa tortura
psicológica continuaram durante anos, e
mesmo assim durante todo esse tempo, eu
não via maldade neles, achava isso normal, a
Daniela não fazia nada além de me xingar e
me ver sendo espancada pelo Eduawrd e pela
Summer.
Oohhh se você sobesse o ódio que
eu acumulei de todos esses anos, talvez
entenda o tamanho da minha dor, mas
continuando a história, foram anos vivendo
assim sendo espancada e ameaçada, e tudo
isso contribuiu para que no final, eu me
tornasse uma pessoa louca, quando ficava
sozinha no meu quarto, eu ria e chorava ao
mesmo tempo, eu ria tanto que quando eles
me escutavam me chamavam de louca e
doente, e bem...eu realmente ficava cada vez
mais louca a medida que crescia.
Quando tinha meus 12 anos, eu já
não os via mais como bonzinhos, eu os
odiava, já enxergava a verdade observando o
jeito que tratavam Summer, como eles agiam
perto dos parentes em jantares de fim de
semana, e para esconder os ematomas dos
espancamentos, para que os parentes não
percebecem, pra fama de família perfeita
continuar, me faziam usar casacos e outras
roupas que tampassem meu corpo, eu
detestava isso, eu agia de maneira fria, porém
amigável pois me forçavam a manter a
máscara, então tinha um modo totalmente
depressivo e sem vida, me achavam estranha
por causa disso.
Foi nessa idade que a loucura
começou a me atingir com mais força, havia
momentos em que eu ria istéricamente e por
nada, outros momentos em que eu falava
coisa sem sentido, isso não tinha hora pra
começar ou acabar, algumas vezes eu
conversava com uma voz que estava sempre
comigo, ela também não gostava muito de
mim, mas gostava de conversar e as vezes me
fazia rir, eu fazia isso sozinha, nos jantares
que os parentes se reuniam, na rua, e todos
aqueles que viam, me chamavam de louca,
falavam que eu estava doente, diziam pros
meus pais me mandarem para um hospício
ou hospital pois isso era de nascença.
Como eu nunca fui uma pessoa
"normal", os remédios humanos não tinham
muito efeito sobre meu corpo, o efeito que
tinha era bem fraco, então pros remédios que
me eram indicados eu precisava tomar o
dobro da dose, mas um dia peguei uma caixa
de remédios que havia na cozinha e
simplesmente tomei todos os comprimidos
que tinham na caixa, após alguns poucos
minutos tendo se passado acabei desmaiando
no chão da cozinha e fui parar no hospital,
mas não foi nada extremamente grave pois
não tinha tomado uma quantidade suficiente
para ter uma overdose ou morrer.
Eu tentei, tentei muitas vezes me
matar, de muitos jeitos que estavam ao meu
alcance, mas em todas eu fracassei, por mais
que eu tenha saído muito machucada dessas
vezes, eu sobrevivi a todas elas, e as pessoas
que chegavam a saber disso, fofocavam e
diziam que eu fazia isso porque eu era louca
e que os Oliveiras eram ótimos pais pra
fazerem algo de ruim comigo, e foi essa
desculpa mesmo que meus pais usaram,
como esse boato sobre mim já corria, pra
evitar qualquer suspeita eles disseram que eu
era doente e que já estava em tratamento.

Sabe aquelas vezes que você chega


no seu limite? eu já estava no meu, eu não
estava mais aguentando todas aquelas
mentiras e torturas, eu não podia dizer nada
sobre o que eu passava ou sentia que logo
me chamavam de louca e doente, que eu
deveria estar no hospício, era uma tortura
diária, não tinha um apoio sequer, sempre foi
só eu e eu, aquilo já havia se tornado demais
pra eu poder aguentar, pense como é viver
num lugar onde te torturam física e
psicológicamente, tentar por um fim em tudo
partindo para a próxima vida mas só
conseguir sentir uma tremenda dor e agonia
da semi-morte, é sentir que ela olha n sua
cara e diz "eu não vou te levar, você precisa
de mais disso", até parecia que meu destino
era sofrer pelo resto da vida.
Em meio a tudo isso eu passei a
dormir mais por conta do cansaço que meus
remédios me forneciam, então pra ficar mais
acordada decidi que precisava começar a
tomar café, grande erro.
No dia em que descobri que não
podia ingerir café foi um dos piores dias pra
mim e também descobri isso da pior maneira.
_ Nesse dia era de tarde e eu estava
com muito sono e cansada pensando em
alguma maneira de ficar acordada, porque se
eu dormisse por muito tempo eu apanhava, e
não era pouco, então lembrei que a Daniela e
o Eduward bebiam café de manhã cedo pra
terem disposição durante o dia, ingênua, fui
até a cozinha e bebi todo o café que havia na
cafeteira, poucos minutos depois eu não sabia
o que tinha acontecido, estava tonta, o
copono qual eu bebia havia caído no chão e
quebrado, uma forte euforia me subiu e
começei a rir loucamente, de forma
descontrolada, minha maior vontade era de
botar tudo pra fora e quebrar tudo a minha
volta, eu não tinha mais tanta preocupação
com o que aconteceria, minha tristeza havia
sumido e eu só conseguia sorrir e agir
impulsivamente, tentei me segurar mas... os
impulsos falaram mais alto, destrui toda a
cozinha, o prejuízo foi enorme mas mesmo
assim ainda sentia uma grande agonia e falta
de satisfação, uma vontade de fazer algo
específico mas não sabia o que era, cai
ajoelhada no chão com toda essa agonia e a
euforia passando, respiração acelerada, ele
apareceu....Eduawrd me viu e viu tudo aquilo
que eu havia destruido, tomado pela raiva ele
me agarrou com força pela minha blusa e me
levou até o quarto onde me espancou
novamente, o que durou algumas horas, e ao
acabar ele teria dito que se eu fizesse alguma
outra coisa que desse prejuízo, eu me
arrependeria, que da próxima não seria
piedoso, Eduawrd sai do quarto, como
sempre me deixando lá no chão chorando _

Ohh sinceramente não sei se voce vê


algo demais nas coisas que lhe contei, até
porque houve pessoas que já sofreram bem
mais que isso, não é?
Quando menor eu tinha o costume
de tocar instrumentos, eu amava, era a
maneira que em meio a tudo aquilo eu
conseguia me sentir bem, Summer nunca foi
capaz de conseguir tocar algum instrumentos,
meus pais haviam pagados aulas particulares
para ela, mas de modo algum ela aprendia,
então pra não ter jogado dinheiro fora, me
colocaram no lugar da Summer na aula.
_ como esperado, eu aprendi a
tocar, meus pais recebiam um dinheiro
mensal pra cuidarem de mim, por isso que
nunca se livraram de mim, eu não sabia de
onde vinha esse dinheiro, nunca tive interesse
em saber, mas foi esse dinheiro que usaram
para pagar as aulas, e sendo sincera, essas
aulas foram a melhor coisa que já tinha
acontecido na minha vida.
Eu aprendi diversos instrumentos e
todos que eu aprendia, eu tinha, meu
professor os dava pra mim, isso me deixava
feliz, ele até que era uma boa pessoa, mas
infelizmente isso não durou muito tempo,
Daniela se incomodava fácil com o som e
não gostava daquilo, porque eu estava sempre
praticando, o que ela menos gostava era a
guitarra e eu nunca entendi o porque.
Quando acordei em uma manhã,
todos os meus intrumentos haviam sumido
do quarto, nervosa e desesperado com aquilo
eu simplesmente levantei da cama e corri pra
fora do quarto, e quando cheguei nas escadas
vi ela conversando com um homem e duas
moças, estavam todos em frente a um porta
trancada segurando cruzes e bíblias em suas
maõs, eu não entendi bem aquilo e apenas
fiquei parada no pé da escada, seus olhares
quando me viram eram de desprezo, como se
tivessem visto um demônio de verdade atrás
de mim e isso me assustou.
Aquelas pessoas se direcionaram a
mim erguiam suas bíblias e cruzes, conforme
se aproximavam dizendo palavras estranhas,
uma língua muito diferente confusa, meu
medo aumentava e minha pele ardia, ardia
mais e mais, isso me deixava agoniada, com
minhas forças sai correndo pro meu quarto o
mais rápido que pude e me tranquei lá. _

Depois de tudo isso, nos meados da


noite daquele mesmo dia, Summer tinha um
passeio escolar pra ir no dia seguinte, era um
acampamento, ela estava nervosa, estressada e
queria achar uma maneira de se livrar dessa
tensão toda, e como sempre, eu me tornei o
brinquedo para aliviar essa tensão.
_ Eu estava deitada em minha cama
pois ainda sentia dor e muita fraqueza tanto
que não conseguia me levantar direito, as
luzes estavam apagada enquanto tentava
dormir, Summer de repente, entra em meu
quarto as pressas, porém, de maneira tão
silenciosa que não ouvi, se aproximando de
mim ela amarra uma mordaça em minha
boca para evitar que eu gritasse, ela se
aproveitaria da minha fraqueza e com isso
segura minhas mãos retirando uma faca de
cortar carne do seu bolso que teria pego na
cozinha, ao ver a faca entro em desespero e
tento me levantar mas não consigo devido a
minha pouca força, o que não me permitiria
me soltar de suas mãos. Summer sorria vendo
meu desespero, ela se saciava da minha dor,
sem demora, a mesma leva a faca até o alto e
sem esitação alguma perfura meu braço com
a primeira facada, eu tentava gritar mas o
som saia abafado por contar da mordaça em
minha boca, e isso continuou por tanto
tempo, eu não tive noção de quanto tempo
durou, parecia uma eternidade para mim.
Quando se sentiu mais calma Summer me
soltou enquanto ria, se sentia bem em ver a
forma como me encontrava e continuava a
me xingar, me chamando de inútil, louca,
demônio, eu não aguentava mais. Satisfeita,
ela saiu do quarto e como sempre, bateu a
porta, retirando aquela mordaça da minha
boca, com raiva e minha respiração tão fraca,
com o pouco de força que me sobrava, me
levanto da cama e quase rastejando chego em
minha penteadeira, dentro da gaveta teriam
algumas faixas as quais eu usava quando me
machucava, pego dois rolos de faixas brancas
e algumas gases, devagar pressiono o sangue
com uma toalha e vou limpando um braço de
cada vez com as gases, no fim, enrolo as
faixas e caio deitada no chão, a náusea era
tanta que apenas me encolho e durmo no pé
da penteadeira. _

Essa foi a maneira como ganhei as


cicatrizes nos meus braços, foi uma maneira
meio boba kkk mas infelizmente essas coisa
acontecessem, não é mesmo? Agora vamos
vamos pular para o dia em que a reviravolta
aconteceu, não vamos ficar falando de coisas
que acontessem todos os dias, isso é chato.
_ Esse dia, foi o dia em que as coisas
mudaram, mudaram de verdade. Eu não
estava dando a mínima pra nada, pois quase
tudo o que tinha pra acontecer de ruim já
havia acontecido, eu estava cansada, se eu
morresse com a próxima tortura deles seria
lucro pra mim, fui até a cozinha como de
costume para pegar algo pra comer, ao entrar
naquele cômodo, a primeira coisa que pude
notar foi uma faca em cima da mesa, com um
pouco de curiosidade me aproximo e a pego
dando uma olhada nela e em seus detalhes,
era muito bonita, sua coloração preta com
tons azulados, havia me apoixonado por ela,
a guardo na cintura pra poder olhar melhor
em meu quarto, fazia três dias que Summer
tinha ido pro acampamento e os outros dois
estavam no quintal cuidando das lindas e
belas flores deles. A procura de algo para
matar minha fome, avisto um pote de cookies
na parte de cima do armário que eu não
alcançava, então puxei uma cadeira e subi
para pegar, mas o porém, é que era uma
cadeira feita de madeira já meio velha, ao
subir o pé da cadeira cede e como eu teria
aberto a porta do armário, me segurei ali mas
a porta também não me aguentou e quebrou,
eu cai de costas no chão mas sai sem nenhum
arranhão, com medo de eles terem ouvido
corro até meu quarto e tranco a porta já com
os olhos cheios de lágrimas, estava com
medo do que fariam comigo dessa vez, em
desespero corro até a cama e me sento
próxima a ela abraçando minhas pernas
esperando pelo que fosse acontecer. Não
demorou muito até alguém bater na porta
começando a gritar, era notável a irritação em
sua voz, me escondo de baixo da cama com
muito medo e escuto um alto barulho e vejo
a porta se abrir, Daniela quebrou a tranca da
porta e entrou, olhando em volta ela pode me
ver ali de baixo pois o quarto estava claro e
não conseguia parar de tremer, a tal veio até
mim com uma expressão bem zangada e me
puxa de baixo da cama me levando pra fora
do quarto indo até Eduawrd no corredor, que
ao me ver me agarra pelo rosto me olhando
de forma séria e dando um breve sorriso ao
ver o medo estampado em meu rosto _

Eduawrd: eu disse que você iria se


arrepender, amor prepare as coisas já para
quando eu terminar, hoje essa garota vai ter o
que merece
D: tudo bem, aproveite bastante, demônio

_ Não entendi o que eles iriam fazer, só


entendi que não seria como das outras vezes,
seria pior..., de forma bruta, meu pai me leva
para o quarto dele, trancando a porta, ele
retira a chave da fechadura e põe a dentro de
seu bolso para não ter chance de eu fugir, o
mesmo me joga contra a cama que bato com
o rosto no colchão e se aproxima de mim
com um olhar que eu não saberia como
descrever, me viro logo me levantando para
tentar correr, porém, ele me pega pelo cabelo
e me faz deitar novamente pressionando
minha cabeça contra a cama e ficando sobre
mim. Começando a hiperventilar e ofegante
estaria eu já com os olhos repletos de
lágrimas imaginando o que ele faria e como
teria a capacidade de fazer aquilo, ainda
pressionando minha cabeça com a mão
esquerda, com a direita ele abre seu cinto
onde aproximava mais o corpo, o colando ao
meu, sua mão boba passaria com calma por
lugares onde não deveriam enquanto o
mesmo beijava e lambia meu pescoço com
suavidade, eu estava tão ofegante que me
faltava ar, parando de resistir fecho meus
olhos já esperando pela crueldade que a vida
teria preparado para mim, mas ao a escuridão
tomar conta de minha visão, lembro da faca
em minha cintura que havia pego mais cedo
na cozinha, ponho a mão sobre a faca e faço
um rápido movimento que faria a mão de
Eduawrd escorregar de minha cabeça
escapando de baixo dele, sem saber o que
fazer o via vindo em minha direção e quando
ele iria se jogar em cima de mim para me
prender novamente, ergo a faca com os olhos
fechados, apenas senti algumas gotas caindo
sobre meu rosto, com as mãos tremulas mas
ainda no mesmo lugar abro meus olhos
lentamente, e após abrir eu tinha aquela visão
tão próxima do corpo dele perto do meu e da
faca presa em seu peito, ele não aguentando
cai para o lado em cima da cama me
encarando enquanto tentava respirar, este me
chamava de desgraçada só com o olhar,
chegando perto devagar, pego na faca a
retirando do peito de meu pai, o olhando por
alguns segundos empunho aquele objeto
novemente com a lâmina direcionada a ele e
o esfaqueio repetidas vezes até ter a certeza de
que ele estaria morto. Respirava fundo e me
sentava na cama não tçao longe do corpo,
vendo o sangue enxarcar os lençóis, as
lágrimas de alívio desciam pelo meu rosto,
me acalmava em alguns segundos e olhava
para minhas mãos sujas de sangue, de um
sangue impuro, logo, pego a chave da porta
no bolso do corpo e a destranco liberando
minha saída, calada e pensando: "eu não
deveria ter o matado, isso é errado, eu vou
ser presa! ...mas...agora que ele se foi não
poderá mais me maltratar, então será que
essa é a solução? é o que eu devo fazer pra
acabar com meus problemas? se a Daniele
ver o que fiz provávelmente tentará fazer o
mesmo, mas...e se ela morrer também? não
vai poder contar pra ninguém e se não me
verem aqui também não poderão me culpar"
_

Bem acho que com isso já deve dar


pra entender o que aconteceu, não quero
entrar em detalhes de como matei a Daniele,
foi assim que cometi meu primeiro
assassinato, e olha... foi tão satisfatório pra
mim, eu não penso que isso tenha sido um
erro, eu não me arrependo de nada! na
verdade, isso foi a coisa mais certa que eu já
fiz na minha vida! assassina... eu gostei disso.
Enquanto vivia naquele lar
abusivo, eu vivia sonhando com esse dia, em
que eles seriam presos ou mortos, me
imaginava assim, os esfaqueando até a morte
ou esmagando seus crânios, toda minha vida
nunca pensei que poderia me tornar uma
assassina de verdade, mas bem...acabei me
tornando uma e tenho orgulho disso.
Tendo se passado dois dias depois
desse ocorrido, a polícia descobriu sobre o
assassinato através de uma denúncia, os
vizinhos haviam denunciado pois tinham
achado estranho o casal de ter sumido assim
tão repentinamente e não haver um
movimento sequer vindo da casa, eles
analizaram o local durante um dia inteiro,
pegaram os corpos e os levaram, a Summer
quando voltou do acampamento teve que
pegar suas coisas e ir morar com a tia, e
como eu fiquei feliz com isso, quanto a mim?
Eu me escondi, não deixei com que me
encontrassem, pois não queria passar mais
nenhum momento com qualquer pessoa que
carregasse o nome dessa família, e com a
reputação que eu tinha pelo local, os policiais
me mandariam pra um hospício. Abriram
meu caso como de desaparecimento, em
maior dedução, acharam que algum
criminoso ou assaltante teria invadido a case,
me feito de refém pra conseguir algo de
valor, os matado e me levado.
_ Um bom tempo se passou e
encerraram as buscas por mim levando em
consideração de que eu havia sido morta ou
levada para algum lugar longe, entendi que
agora que viveria sozinha eu teria que ser
mais esperta pra conseguir viver e escapar das
ciladas que me metesse, comecei a morar
sozinha dentro daquela casa, ela tinha ficado
para Summer, mas como ainda era nova para
morar sozinha, a casa ficou parada, como eu
já tinha 13 anos já sabia me virar muito bem,
eu não tinha que me preocupar com muita
coisa, muito menos com dinheiro ou comida,
porque como eu disse, eles eram de classe
alta. Fiz uma limpeza geral na casa e me livrei
de tudo que fosse pertences pessoais dos
Oliveiras, deixando somente minhas coisas e
outras coisas que eu queria. Em uma das
minhas limpezas, fui limpar o sótão, pois
deveria haver muitas coisas velhas deles lá,
não vi problema algum, mas no meio da
organização, lá no fundo meio escondido
achei umas coisas que eram minhas dentro de
uma caixa com meu nome mas que eles
haviam escondido de mim durante toda
minha vida, achei uma adaga que na minha
opnião era linda, completamente detalhada e
bem trabalhada, continha esta alguns
símbolos pequenos que tinham muitos
significados que eu não compriendia, também
encontrei uma foice na qual seu detalhamento
não era muito e por não ter sido bem cuidada
nesses anos sua lâmina continha algumas
ferrugens, a pegando, vejo meu nome escrito
no cabo forjado com letra cursiva, fiquei me
perguntando quem deixaria ou faria armas
para uma criança e por último, vi um
pequeno medalhão feito de pura prata jogado
no fundo da caixa, tinha esse objeto um
formato de coração, parecia ter sido feito com
muito cuidado e seus desenhos que o deixava
mais bonito, o abri mas sua cor estava tão
escura devido a sujeira que não dava ler o
que estava escrito dentro, decidi ficar com
essas coisas pensando que em algum
momento seriam úteis pra mim. Quando
terminei de limpar, peguei todas aquelas
coisas e desci indo diretamente pra cozinha
largando tudo em cima da mesa de jantar,
talvez tenha arranhado um pouco, só um
pouquinho, mas é a vida, fui até o escritório
que ficaria ali mesmo no andar de baixo e
peguei o notebook que tinha lá, voltei para a
cozinha e pus o computador sobre a ilha que
ficava ali naquele cômodo, comecei a ver
diversos vídeos e pesquisar sites que
ensinavam sobre como limpar prata, cuidar
de armas brancas, limpa-lás e etc. Passei toda
a minha tarde com aquilo, mesmo que eu
tenha perdido bastante tempo, gerou um
ótimo resultado, no dia seguinte, eu já havia
limpado tudo, a sujeira preta, a ferrugem,
estava tudo como novo, e com isso, as
palavras no medalhão já eram vísiveis e
legiveis, então, quando terminei de seca-lo,
fiquei a encarar o objeto com ele em mãos,
pensativa, apenas o coloquei no pescoço e me
sentei no sofá da sala com o notebook em
mãos e fiquei a assistir alguns vídeos. _

Talvez esteja a se perguntar o


porque não li o que estava escrito, bom, antes
o meu racíocinio era de que se minha família
biológica havia deixado pra mim, meu ódio e
minha mágoa por todos eles era muito
grandes, então decidi que ainda não estava
preparada para ler, e se fosse algo que
aumentasse meu ódio? Ou algo triste? Eu
não quis saber e apenas o guardei comigo.

_ Após alguns dias, depois de ter


deixado toda a casa da maneira que eu
queria, passei a estudar sobre como usar
armas brancas e desefa pessoal, porque
bem...eu precisava aprender a me defender
sozinha, meio treinamento era pesado, eu
trabalhava duro pra aprender o necessário e o
desnecessário, depois de todos esses anos de
sofrimento, prometi para mim mesma que
nunca mais, qualquer um que me machucasse
sem minha permissão, iria pagar caro, ou
melhor, pagar com a vida. Durante cada
treinamento, eu via meu progresso, porém
notava também coisas fora do comum ao
meu ver, como uma agilidade maior do que a
de uma pessoa normal, uma força mais
elevada e eu sabia que aquilo não era
comum. Todo o meu conhecimento vinha
das pesquisas, tanto da internet quanto de
livros, cada coisa que eu aprendia, eu
registrava, cada situação incomum que
ocorria comigo, eu anotava em algumas
folhas soltas, utilizava a maior parte do meu
tempo para isso, assim, fui aprendendo e
conhecendo mais sobre mim mesma,
chegando a conclusão... de que eu não era
um ser humano de verdade, tinham tantas
opções, tantos seres que se encaixavam com o
meu ser, isso me agoniava e me deixava em
calafrios, era tão incomodo. _
Meus surtos de loucura se toram
cada vez mais frenquêntes, calafrios, agonias,
me incomodavam tanto e me desgastava
apenas esperar passar dentro daquela casa
vazia, como também ficar dentro de cas 24h
por dia era cansativo, eu saia, mas sempre
procurei sair a noite pois, evitava muitas
pessoas, durante a noite a rua era mais pacata
e vazia, contando, que eu não podia entrar
em contato com a luz do sol em dias quentes,
não entendia o porque, mas minha pele ardia
e surgia queimaduras, minha visão ficava
completamente confusa, por isso quando saia
de manhã, arrumava o cabelo de maneira que
a frana fizesse sombra em meu rosto, usava
casaco e sapato fechado, quando a noite
levava minha foice comigo, era bom poder
praticar com seres vivos de verdade. Matava
animais e alguns seres quse inofensivos, uou...
isso era uma coisa tão satisfatória pra mim,
descobri que a melhor forma de aliviar meus
surtos é matar, eu achava tão incrível, era
uma coisa nova para mim, porém tão
proibida nesse mundo onde sempre vivi, e eu
gostava, não ligava se era certo ou errado,
então... eu não me limitei a matar apenas
animais, mesmo sendo bom, os humanos
eram melhores ainda. Foi o que fiz, comecei
a matar pessoas quando me convinha, por
quê? porque é bom e o que melhorava eram
suas expressões desesperadas e apavoradas,
seus gritos de dor e agonia pedindo socorro e
vendo que todo esforço que faziam são
envão, saber que suas vidas acabavam em
minhas mãos e que a última coisa que viam
era meu sorriso sádico e psicopata com um
olhar sedento, eu me delíciava e me satisfazia
com aquilo.
Foram tantas as coisas que
aconteceram depois que minhas saídas
noturnas começaram, que não sei bem por
onde continuar a contar, mas deve estar
curioso, não é? meu caro leitor.

_ Quando esses meus hábitos se


tornaram mais frequentes, ficava sempre nessa
rotina de sair a noite e dormir durante uma
parte do dia, tinha vezes que eu não tinha o
que fazer, pois terminava o treino, a pesquisa
começou a diminuir quando os
acontecimentos não tinham mais respostas tão
claras e caiam para criaturas antigas nas quais
eu nunca acreditei, como por exemplo,
Deuses, hunf, que coisa mas credibilidade e
falta do que fazer, então no fim, dava ums
voltas por ai durante o dia mas disfarçada
para que não me reconhecessem, e no fim, só
ficava sentada em cima de uma árvore ou na
calçada observando o movimento da rua, isso
me ajudava a aprender a observar melhor,
mas a cada saída que eu dava, todos os meus
passos eram seguidos e eu não fazia a menor
ideia disso, e como eu descobri? Muito
simples, os observadores decidiram agir.
Nesse dia, eu estava voltando para
casa após ter ido ao mercado já que não
tinha nada pra comer, me aproximei da porta
e assim que abri, 3 homens, dois deles
tinham aparencia bem jovem, pareciam ter
uns 23 anos no máximo anos, já o terceiro,
uns 35? Só sei que tinham músculos e força
suficiente para segurarem e levarem um
garota que acabou de fazer 14 anos, sairam
de trás das árvores e vieram correndo em
minha direção, rapidamente um deles me
agarrou e cobriu minha boca me levando
para dentro, enquantos os outros dois entram
e trancam a porta, não consegui impedir que
tal coisa acontecesse por ter sido muito
repentino. _
Chamarei eles por números pra
assim facilitar o entendimento de vocês.
_ Com uma expressão fria
demostrando leve irritação fico os encarando
sem conseguir dizer uma palavra sequer,
depois de trancar a porta o moço mais velho,
o número 1, vem até mim com um sorriso
estampado em seu rosto enquando o dos
olhinhos claro, o moço número 3, me segura
tampando minha boca.
Moço 1: - pelo visto, parece que alguém não
deu muita sorte hoje, não é criança?

- Tudo bem, o que vocês querem aqui? _


digo após o terceiro moço retirar a mão de
meu rosto me possibilitando falar _

Moço 1: - não precisa ser grossa criança, nós


estamos aqui a trabalho, mas vamos
aproveitar para pegar umas coisas de valor.

Moço 2: - isso, mas se você for uma má


menina e não nos obedecer ai já tomaremos
outras medidas um pouco mais exageradas.

- peguem logo o que querem e vão logo


embora por favor

Moço 3: - criança boba, não vamos sair tão


cedo, você é nosso trabalho

_ Ao o terceiro moço dizer aquelas


palavras, ele soltaria uma risada por cima do
meu ombro e chuta a parte de trás da minha
perna, me fazendo perder a firmeza, abrindo
seus braços, quais me seguravam, o mesmo
segura minhas mãos as prendendo em minhas
costas e me força pra baixo, assim, com meu
corpo batendo contra o chão de bruços, pude
sentir uma das pesadas pernas dele sobre as
minhas fazendo peso, suas frias mãos
apertando fortemente meus pulsos, me
impedindo de me mover.
_ Os outros dois homens, já teriam
saído pra caça ao tesouro tão desejada deles,
era notável a ganância que existia neles, no
andar de baixo, pegaram tudo que fosse de
valor alto que acharam em sua frente, isso é
nojento, e bem, não eram poucas coisas.
Ainda deitada no chão com homem
incrivelmente pesado sobre mim, minhas
costas já estavam a doer, minha expressão se
mantinha fria mas de um jeito estranho,
demonstrando estar incomodada, naquele
momento fechava os olhos, somente
esperando para que chegasse logo a hora que
eles fossem embora, no entanto, ao a
escuridão tomar toda minha visão, surgia o
sentimento e poucas lembranas daquele curto
e último momento que passei com meu pai,
o medo e o desespero, mexia minha cabeça
de um lado pro outro tentando não chorar,
dizendo baixo e repetidas vezes a palavra
“não”, o moço 3 apes me encarava com um
olhar desconfiado, sem entender muita coisa,
mas mesmo assim, ficava em silêncio. Alguns
minutos se passaram, eu só ouvia o som dos
ponteiros relógio localizado na parede a ecoar
pela sala, abro meus olhos com calma e
olhando para o objeto, vejo que já seriam
18:00 horas em ponto, paro de olhar o
relógio e suspiro pesadamente quebrando o
silêncio que ali reinava. _

- tudo bem, eu já esperei, pode me soltar?

Moço 3: - pensa que isso é algum tipo de


brincadeira ? É óbvio que eu não vou te
soltar.
- Já estou sem paciência e energia pra isso,
me solta logo.

Moço 3: - você tem marra, mas vai precisar


de mais do que isso pra se livrar do que
nosso chefe preparou pra você, e se continuar
sendo mau educada assim, que terá um
castigo extra.

_ Ouvindo sem vontade suas palavras,


solto uma leve e baixa risada, com um sorriso
de canto pequeno, logo, essas leves risadas se
tornavam mais altas e intensas, de maneira
incontrolável, sendo outro surto. _

Moço 3: - do que você está rindo? Qual a


graça? _ Pergunto em um tom de voz sério,
entretanto, confuso e irritado por não
entender.

_ Não o respondi, não consegui,


aquela agonia e vontade de rir me impediam
de falar, isso o irritou ainda mais, então afim
de conseguir me fazer responder sua
pergunta, ele retirou as mãos dos meus pulsos
e pôs o joelho por cima pra segurar e com as
mãos, começou a apertar meu pescoço
tentando me enforcar para parar com aquela
“palhaçada”, mas eu não parei, tossia sem ar
e ria com dificuldade. Esse idiota se focou
tanto no próprio estresse que consegui liberar
uma das minhas mãos, paro de rir mas me
ponho a sorrir sadicamente, rapidamente levo
minha mão até o centro de suas pernas e
aperto com extrema força, o rapaz ao sentir a
dor subir, saia de cima de mim caindo pro
lado sentado no chão gemendo de dor,
sentindo todo aquele peso saindo de cima das
minhas costas, respiro aliviada por um
segundo e levanto ageitando minhas roupas,
avisto minha foice jogada no chão da sala,
que teria caido no chão com toda a confusão
que aconteceu e a pego voltando a me
aproximar do homem.

- Eu disse que estava sem paciêcia, e ainda


me enforcou... você pagará essa dívida com
sua vida. _ minhas palavras eram
completamente frias e sem algum sentimento,
ergo minha foice sobre o tal que tentava falar,
porém, não conseguia pelo tamanho medo de
morrer, naquele segundo de silêncio, sorrio e
nesse sorriso, um espírito amedrontador me
subiria ao corpo, um espírito que nunca havia
sentido antes onde só o olhava com desejo de
matar, seria esse a habilidade “sorriso
psicopata” do senhor dos pesadelos? Eu não
sei _
- te vejo no infeno! _ a foice descia do alto
em direção a ele e atravessava seu crânio, o
que o fazia falecer no mesmo instante _

_ Ao retornarem para porta principal,


os dois homens riam alegremente com um
belo sorriso estampado em seus rostos
enquanto carregavam aquilo que haviam
pego, os sorrisos se desmanchavam após
baterem seus olhares em seu colega morto
estirado no chão, seus olhares logo eram
direcionados para mim, que estava de pé ao
lado do corpo, suas expressões começam a
demostrar o medo que sentiam, mas o
primeiro homem, não deixou seu medo
transparecer, ficando com uma expressão
irritada. _

Moço 1: - mas que palhaçada é essa?

- finalmente chegaram, espero que tenham se


divertido na sua caça ao tesouro..

Moço 2: - o que você fez com ele? Você


abriu a cabeça dele!

- ele tinha dívidas, então as pagou com sua


vida
Moço 1: - isso não foi nada além de uns
videozinhos na internet e sorte, vamos
terminar logo esse trabalho

Moço 2: - deve estar morrendo de medo por


dentro, não é criança? _ dizendo aquilo, pego
minha faca logo após o primeiro moço
erguer a dele em direção a garota _

- venham então

_ O moço 2, com um enorme sorriso


esboçado em seu rosto, tendo em mente a
certeza de que conseguiria, vem correndo em
minha direção, erguendo a lâmina de sua
faca, ele se vira em 90 graus tendo a intensão
de acertar meu peito, apenas com dois passos
para trás e um para o lado, escapo de seu
golpe, utilizando minha agilidade, me movo
rapidamente para trás do homem e desfiro
um chute, com o pé direito nas costas do tal,
o empurrando em direção ao sofá fazendo
com que ele batesse de cabeça no móvel,
tendo minha foice em mãos, a seguro firme
pelo cabo e corro até o moço, erguendo
minha arma, ponho o pé sobre a mesa de
centro da sala de estar e pego impulso dando
um salto, levo minha foice para frente e ao
por os pés no chão, a enorme lâmina da
arma já estaria encravada nas costas do
homem, sua espinha teria se partido e as
pontas dos ossos quebrados da espinha,
perfurariam alguns poucos órgãos internos,
fazendo com que ele morresse ali na hora,
mas o que eu não esperava era que o moço 1
me atacasse no meu momento de distração,
assim que retiro minha arma do corpo no
sofá, o único moço restante fechava seus
punhos e no mesmo instante largaria um
soco na lateral do meu rosto, logo em
seguida dando um chute em meu estômago,
o que faria minhas mãos perder a firmeza e
soltar a foice, e com isso, caio de bruços no
chão, como um contra-ataque rápido, ponho
a mão esquerda na cintura retirando dali
minha adaga, mas antes que eu me levantasse,
o tal pisa em minha mão e eu solto o objeto.

- Aaaah!

Moço 1: -garota tola, acha que é forte só por


ter uma foice e saber uns truquesinhos, mas
saiba, que você não passa de uma praga, um
demônio. _ vendo a adaga da garota jogada
no chão, a pego e a analiso, a mesma que
estaria tentando se levantar, retiro meu pé de
cima de sua mão e piso com força em seu
toráx, fazendo com que ela deite de novo _

Moço 1: - você é e sempre vai ser uma


aberração! _ seguro o objeto com firmeza e
me abaixo, pegando em seu cabelo, a puxo
tirando a mesmo do chão dou uma facada no
abdômen dela, a observo no intuido de saber
em como seu corpo reagiria com esse ataque,
mas em sua expressão, as únicas coisas que
eram possíveis de ver seriam a imensa dor e
agônia que ela estaria sentindo, como uma
pessoa normal _
_ Mesmo sentindo dor e estando
nervosa por ver tanto sangue saindo de meu
corpo, levanto minhas mão e seguro a do
homem, que estaria presa em meu cabelo, a
apertava e arranhava com minhas unhas,
sendo isso envão pois minha força estava se
esvaindo, ele tira a máscara de seu rosto
enquanto me encarava com aquele olhar
interesseiro e sorriso sádico, eu o olhava nos
olhos e ele nos meus.

Moço 1: -sabe...eu não vim aqui só para


roubar, viemos a mando da nossa chefe,
Summer, que nos pagou pra lhe matar e ela
me pagou muito bem, ela me passou todos
os dados sobre você, principalmente suas
maneiras de agir, mas ela também disse que
se eu quisesse poderia lhe usar como um
experimento se eu quisesse _ solto a garota a
jogando contra o chão, abrindo a mochila
que antes estava em minhas contas, pego dali
duas longas correntes e as enovolvo na
menina, apertando bem para não ter chance
dela se soltar _

Moço 1: quer uma dica? aprenda a ser mais


esperta, comece a observar tudo a sua volta
porque se não, é nessas situações que você
acaba se metendo, mas é uma pena que não
terá chance de fazer isso, já que não terá uma
próxima vez

- agradeço muito pelo seu conselho, mas se


for pra me matar, faz isso logo por favor
Moço 1: hey fica tranquila menina _ ainda
abaixado, seguro o rosto da menor apertando
levemente seu queixo e lhe dou um beijo na
ponta de seu nariz com um pequeno sorriso
em meu rosto_

Moço 1: -você não é uma pessoa normal,


quero ver até onde vai a sua resistência _ a
vendo distraida com minhas palavras, pego a
adaga no chão e de forma rápida, faço um
grande corte na bochecha dela e dou um
chute em seu abdômen onde estaria localizada
a facada, ela bate com força na parede e cai
no chão em seguida_
_ Um tempinho se passou, já era noite,
não tinha noção de que horas eram, ele tinha
passado todo aquele tempo me torturando, eu
não estava mais aguentando de tanta dor, essa
foi a maior dor que já havia sentido na vida,
pois não eram apenas socos ou chutes, eram
ferimentos reais, em lugares letais que
jorravam sangue, minha visão já estava falha,
mau consiguia ficar acordada, mas ao fechar
os olhos eu também não desmaiava, aquele
cara se admirava com minha tamanha
resistência, ele ria, checava meus batimentos,
basicamente fazia exames depois de uma
tortura, e logo, começava outra, eu já não
tinha mais forças, até pra me mover era um
tormento, quando ele fazia uma pausa, eu
sentia como se estivesse morta, mas quando
voltava, eu me lembrava de que ainda estava
viva. _

Moço 1: -Incrivel, você ainda continua viva e


o melhor, em nenhum momento sequer você
dormiu, você é realmente um monstro! De
qual rça demoníaca você veio?

_ Eu o ouvia, escutava cada palavra, mas não


tinha vontade de responder suas perguntas,
doia muito, olhava em rosto lentamente,
movendo somente minha pupilas,
aproveitando que o tal teria entrado em outra
pausa, naquele ângulo de visão eu conseguia
ver minha foice, estava caída no chão, ao lado
do sofá, mesmo com dor, encontrei forças,
sendo pequenas, queria por um fim naquilo,
me arrastava, me movia muito lentamente no
chão para tentar alcançar minha arma e
pega-la, estava chegando, quando ia
conseguir por a mão nela, aquele ser
desprezivel apareceu e a pegou _
Moço 1: -é isso aqui que você quer? então
por que não tenta ir pegar já que consegue se
mover? _ segurando a foice, a arremesso para
o raul de entrada, ela bate na porta e em
seguida cai no chão. Tendo um sorriso meigo
e uma expressão calma em meu rosto, pego a
jovem adolescente pelos cabelos a fazendo se
levantar e ficar ajoelhada, penetrando a arma
de ponta afiada na pele da menor novamente,
sendo desta vez no estômago, deixando o
objeto ali, o girava em 360 graus _

-....aaaaaaahhh... _ desta vez eu já estava


preparada pra morte, gemendo de dor,
agonizava enquanto ele me segurava pelo
cabelo, era tão insuportável que fazia meu
corpo esquentar, era um quentinho tão
agrável, me fazia sentir que estava em minha
cama de baixo do cobertor na madrugada
dormindo, apenas esperando pelo amanhecer,
de repente, de maneira inesplicável ao meu
ver, as mechas soltas de meu cabelo deixavam
a coloração castanha e iriam para a
vermelhada, meus olhos estavam quase
cedendo, mas pude ver, algo saiu de baixo de
mim, da minha sombra e se transformou em
algo grande, sua forma era tão estranha, tinha
aproximadamente 3,5 à 4 metros de altura,
vindo dele, eu ouvia, ouvia gritos de dor e
desespero, acompanhados de risadas, ele
também emitia risadas, eram de uma criança,
eram...minhas? ..mas naquele momento eu
não conseguia entender, não se parecia com
nada que eu já tinha visto antes. O homem
vendo também aquele ser sombrio que havia
se formado ali, me soltava e se afastava
assustado, com passos lentos ele andava de
costas, com medo de que a criatura o
atacasse, ele apressado, se virou e correu até a
porta de entrada principal_

Moço 1: - m-mas o que que tá acontecendo?

_ Ele já na porta tentava a abrir, puxava,


puxava, mas de nada adianta, pois o impacto
da foice nela, teria a feito emperrar, no
desespero da situação, o cara começa a gritar
por ajuda, gritava alto, mas infelizmente, antes
de que qualquer pessoa chegasse pra
socorre-lo, o ser de escuridão o agarrou e
com uma incrivel facilidade, o tirando do
chão, quebrou seu pescoço e arrancou sua
cabeça do corpo, apenas puxando, a tal
criatura comeu a cabeça do homem em
apenas um mordida, em seguida do corpo,
que o enfiou goela a baixo, a única coisa que
havia restado dele eram as pequenas poças de
seu sangue no chão. Eu estava apavorava,
pensando que a criatura faria a mesma coisa
comigo, fechava meus olhos, relaxando o
corpo e apenas me entregando para a vida,
esperando pelo meu destino. Se passando um
máximo de três minutos, ouvia ligeiramente
uma forte pancada na porta principal, só que
não era apenas só uma, era uma seguida de
outra, como se algo ou alguém estivesse
tentando abrir, não estando consciente, não
conseguia abrir os olhos para ver o que era,
apenas escutava, logo conseguiu abrir e
entrou na casa, o tal ser, já havia
desaparecido, por alguma razão, mesmo sem
ver, eu tinha a certeza de que ele não estava
mais ali, não o sentia. A pessoa vendo a
forma em que a casa se encontrava, se
assustava pela quantidade de sangue, mas
batendo os olhos em mim, rapidamente se
aproximou, uma moça, era jovem e pelo seu
tom de voz tinha uns 25 anos, ela próxima,
se abaixava colocando algo no chão e
parando ao meu lado, esta pegava meu pulso
para sentir os batimentos, querendo saber se
ainda estava viva, pois pelo meus estado
físico, não aparentava, ela falava comigo
soltando minha mão, sua voz era tão suave e
doce, naquele momento, eu realmente senti
que estava morta, parecia que tinha um anjo
ao meu lado, era tanta calma e paz, era...
reconfortante, depois disso, eu adormeci?
Não sei dizer, não conseguia ouvir ou sentir
mais nada, a única coisa que sentia era aquela
mesma sensação de conforto e paz de quando
aquela mulher estava do meu lado, mas
então.. eu acordei. _
_ Eu acordei, ainda sentia imensas dores
por todo meu corpo, mas eram muito
menores em comparação a que sentia antes,
respiranpirando com suavidade, me levantava
com calma para conseguir me sentar, assim,
tendo uma visão bem ampla do lugar onde
me encontrava, direcionava minha atenção
para o ambiente ao meu redor, era um local
desconhecido por mim, era bem arrumado,
tinha um aroma agradável e era fresco, o ar
circulava por ali livremente, em minha cabeça
não conseguia parar de me perguntar que
lugar seria aquele, na dúvida, lentamente levo
meu olhar para meu corpo e vejo, estava sem
blusa, mas estava repleta de faxias e curativos,
não apenas em meu troco, mas também nos
braços e no rosto, não estavam sujos ou
bagunçados, estavam bem justos em minha
pele e limpos, isso deixava bem aparente que
haviam sido trocados recentemente, com esses
fatos, começava a me perder cada vez mais
em minhas dúvidas, me aprofundando nos
pensamentos, no entanto, tudo isso era
interrompido ao um som ser emitido da
porta, ela havia se aberto e pude ver alguém
entrar no cômodo, ao sua aparência ser
revelada a mim, fiquei ainda mais
desentendida, era novamente aquela mesma
moça de antes, era estranha essa sensação
quando a vi, parece que toda energia negativa
que ali me rodeava, havia se espantado com a
paz e conforto que ela emitia com sua
presença. A tal mulher ao me ver sentada na
cama, abriria um sorriso calmo e fecharia a
porta, assim, vindo até mim_
Bianca:- você acordou, que ótimo, como se
sente?

_ Ao ouvir sua voz, senti minha mente entrar


em colapso, eu não entendia nada, estava
tudo tão confuso, tinha tantas perguntas, por
um segundo senti como se minha cabeça
fosse explodir.. e apenas perguntei _
- ...por que me ajudou?

Bianca: -por que eu vi o que aconteceu, eu


não podia ignorar o fato de que precisava de
ajuda e eu sei que você acabaria morrendo se
não recebesse ajuda

- você... não quer que eu morra?


Bianca: -o que? claro que não, isso não é
algo que eu desejaria à alguém

_ Tentando por em ordem todos aqueles


pensamentos que corriam a solta olho para
baixo por alguns milésimos segundos_
- .. Obrigada

Bianca:- de nada, aliás, eu me chamo Bianca,


e você? Como se chama?

- pode me chamar.. de Lua

E foi essa a maneira que conheci a


Bianca, ela é realmente um anjo, não acha?
Foi a única pessoa que sabendo das ocasiões
que passei e todas as minhas péssimas
decisões, ficou do meu lado e cuidou de
mim, e sim, eu contei tudo pra ela nesse meu
momento de recuperação, da mesma forma,
ela quis ficar.
_Depois de duas semanas se
passarem, a maior parte dos meus ferimentos
já haviam cicatrizado, até mesmo meus ponto
já haviam secado, bem rápido, não? Também
achei isso bem estranho, mas não me
incomodar. Durante esse pequeno período,
fiquei morando com a Bianca em sua casa,
ela não queria que eu morasse sozinha na
minha casa, não sem uma supervisão
adequada e sem cuidados decentes depois de
tudo o que aconteceu, e mesmo não me
sentindo confortável com essa ideia eu fui,
hesitante, mas fui, pois eu tinha plena
consciência de que ela faria o possivel para
isso acontecer.
Então nesse tempo em que fiquei de
hóspede na casa dela, percebi que sua rotina
era muito monótona, o que era entediante,
era assim, acordar as 5h, tomar café da
manhã e sair para ir trabalhar, chegar as 18h,
cuidar da casa e organizar as finanças e
contas, depois, ir dormir, isso é extremamente
chato, eu apenas a observava fazer tudo isso,
ela não tinha um marido ou um namorado,
nem filhos sequer, não visitava e nem falava
com parentes, era apenas ela, com isso pude
entender que sua incistência em me ter ali,
não era apenas pelo meu bem, era também
para que tivesse alguém quem pudesse cuidar
e ter companhia, sua vida era solitária e um
tanto vazia, então para retribuir o favor que
fez por mim, decidi ficar e ajudar. Enquanto
estava no trabalho, eu quem fazia a janta e
organizva a casa, porque cai entre nós, eu
tinha preguiça de fazer almoço então comia
biscoito pra não ficar com fome, mesmo
assim a Bianca reclamava, não perdia tempo,
por isso durante a tarde eu treinava, para ficar
mais e mais forte, à noite, quando bianca
chegava, eu a auxíliava com as contas, pra
que pudesse terminar mais rápido, assim, ela
poderia ter um pouco mais de tempo para
arpoveitar, jantavámos e depois ficavámos de
preguiça, apenas assistindo tv ou jogando
alguns jogos bobos, mas da mesma forma,
nada me agradava, achava chato, até mesmo
repugnante te-la ali ao lado, o que me levava
a sair de casa pra observar os outros e as
vezes, matar um pouco durante a madrugada.
Quando os meses se passaram,
Bianca não gostava que eu ficasse o dia
inteiro dentro de casa, apenas fazendo tarefas
e mexendo em eletronicos, sem aprender
nada de novo, então ela sugeriu que eu
trabalhasse na confeitaria com ela como sua
aprendiz, e foi o que eu fiz, pensei que
poderia ser algo interessante,ficava lá desde a
hora de abrir até a hora de fechar a loja,
durante alguma semanas, não era algo tão
ruim, até que.. daquilo eu gostava, descobri
que cozinhar era um bom hobbie, o que
também me levou a me aproximar um pouco
mais de Bianca, sua presença já não era mais
tão repugnante assim. Um dia, no final do
expediente, estando a fechar a loja, Bianca
veio até mim empolgada, com um papel em
suas mãos, mas eu com meu jeito de ser, não
dei a mínima e continuei a tomar meu chá de
fim de tarde, mexendo no celular com uma
cara séria, mas ao mostrar que o papel era
uma matrícula concluída de escola, sendo
presencial e dizer que havia conseguido me
matricular, me engasguei com o chá com
tamanho espanto daquilo, ela adorou a ideia e
sabendo que eu iria negar, fez a matrícula
antes de me dizer, fazia questão de que eu
fosse a escola já que era meu primeiro ano
no ensino médio, então queria que eu
pudesse sentir essa emoção de fazer amigos,
socializar e saber como é estudar fora de casa,
já que miha idade é a idade de fazer novos
amigos pra vida toda, aprender as coisas e blá
blá blá, pois eu estudei em casa a minha vida
toda, e sim, eu já tinha 15 anos, mas detesto
aniversários, insisti para que Bianca não
fizesse nada, nem comentasse sobre, que era
pra deixar passar como um dia comum.
- Bianca...tem certeza de que isso vai ser uma
boa ideia? _ como de natureza, não gostei
nem um pouco da ideia, mantendo uma face
séria enquanto a olhava, não gosto de estar
perto de outras pessoas, principalmente
quando sei que as verei todo dia_

Bianca: -claro que vai ser, você vai poder


conhecer um mundo diferente, onde tem
várias pessoas legais e da sua idade, você
ainda não é adulta, tem que aproveitar!

- Eu não sei não, você conhece bemo meu


jeito e como detesto as pessoas, e sem contar
que é arriscado, alguém pode descobrir

Bianca: -niguém vai descobrir, acredite, Lua


você precisa sair um pouco desse mundo no
qual está acostumada a viver

_ Suspiro profundamente com um ar irritado,


apenas respondo_ -...Okay.

Bianca: -isso, é assim que se fala!!! _ com


bastante animo abraço Lua feliz por sua
decisão_
Bianca: -você vai ver, a escola é um lugar
ótimo, inclusive, vamos comprar seus
materiais amanhã porque você começa na
segunda

- Espera, eu teria que ir querendo ou não?


Bianca: - quase isso.

- ...Bianca bianca, vamos fechar logo ou


vamos nos atrasar para a janta.

_ No dia seguinte, acordamos cedo,


não tanto quanto o normal, mas já que era
fim de semana, a confeitaria estaria fechada,
então não precisávamos ter pressa alguma, já
indo para as lojas pra comprar os coisas que
seriam necessárias que seriam necessários.
Com toda sinceridade, a Bianca tem um sério
problema com sair pra compra coisas
específicas, ela se destrai, isso, antes de
conseguirmos comprar os materiais, passamos
em várias lojas de roupas, aaaaahhh como
aquilo era chato, mas no fim, consegui levá-la
para a loja certo, no entanto, em nossa ida a
uma dessas lojas houve um leve
interferimento. _

- Bianca eu já disse, não ta faltando nada, por


favor eu não aguento mais, quero ir embora!

Bianca: -calma calma, faltou uma coisa que eu


preciso pegar, por que não procura uma
mochila ou uma bolsa pra usar? foi a única
coisa que você não pegou

- Okay então_ Me viro, saindo daquele


corredor a procura do qual ficariam as
mochilas, ao chegar lá fico andando e
olhando calmamente procurando pela ideal,
mas não prestando muita atenção no caminho
a minha frente, acabo esbarrando sem querer
em um garoto, que aparentemente tinha
minha idade, ele estava mexendo no celular e
por causar do esbarrão, seu celular cai no
chão, então me desculpo de um modo calmo
e sereno, um tanto sério, mas ao garoto
retirar o celular do chão, olha em meu rosto,
deixando perceptivel a raiva em seu olhar _

- sinto muito por esbarrar em você _ignoro o


olhar de raiva do garoto, não dando a
mínima importância para isso _

Garoto: desculpa? pedir desculpas não desfaz


o seu erro, o que você ia fazer te tivesse
quebrado hein? Garota estabanada.
- tudo bem, mas não quebrou, foi sem querer

Garoto: você precisa deixar de ser desastrada


e prestar atenção por onde anda, como
alguém tão incrédula e rídicula como você
pode encostar em alguém como eu?

- Era você quem estava mexendo no celular,


devia olhar pra onde anda

Garoto: agora a culpa é minha por você estar


no meio do meu caminho? você sabe quem
eu sou? melhor tomar cuidado

- um garotinho arrogante e infantil?


Garoto: grr depois não diga que não avisei
_me aproximando dela, a empurro contra
uma estante com força, fazendo a mesma cair
no chão, com algumas mochilas caindo em
cima dela, sorrindo, a olho em seus olhos _
o que foi? a garotinha vai chorar? kkk

- você se acha muito superior aos outros, não


é? _ levanto do chão calmamente, retirando
tudo aquilo de cima de mim, tendo um olhar
morto e frio, ficando de frente para o garoto
_ - que desprezível!

Garoto: quem você chamou de desprezível


sua anã?! _ a agarro pelo seu casaco e a
ponho contra as prateleiras novamente,
ficando a empurrá-la, a mantendo presa ali_

- . . . _ dou um baixo grunhido com tal ação


dele, o olhando, ainda da mesma forma, pois
mesmo tendo minha idade, ele era maior e
como todo garoto, mais forte do que uma
garota “indefesa”. _

Garoto: melhor saber onde é o seu lugar se


não quiser apanhar mais!

- você não é ruim.. _ tendo um sorrisso de


canto de rosto, ponho o capuz de meu casaco
na minha cabeça, guardando parte de meu
cabelo dentro do casaco, deixando a franja
cobrir um pouco de meus olhos _
- Mas você deveria pensar um pouco mais
antes de mexer com alguém com problemas
mentais _ solto minha cabeça, a relaxando, já
que a garota ainda me segurava contra as
prateleiras, apenas dou leves e suaves risadas,
que com o passar dos segundos, iriam se
intensificando, logo, boa parte da loja
conseguia ouvir o som das minhas
gargalhadas histéricas, que já não conseguia
mais parar, dando uma pausa das
gargalhadas, estando agora com um sorriso
enorme no rosto, o levando, estando por vez,
cara a cara com o jovem, o vendo se arrepiar
dos pés até a cabeça, notando o tom
avermelhado no castanho de minhas pupilas e
dentes agora afiados_

Garoto: ((m-mas o que é isso? Que olhar é


esse? Sinto como se fosse sugar minha alma!
Que tipo de garota é essa? )) _ trêmulo,
encarando sua expressão que tão facilmente
mudava, a solto, dando alguns curtos passos
pra trás. _

- o que foi? Está com medo? Não se


preocupe você me excitou tanto que agora
quero brincar com você! _ vou me
aproximando dele, com o mesmo ritmo de
seus passos _

Garoto: SAI DE PERTO DE MIM SUA


LOUCA!! _ viro correndo para fora do
corredor indo até os meus pais mas ao sair
do corredor sinto uma pontada em meu peito
e minha visão se escurece _
_ com todos olhando o menino que acabara
de cair morto no chão saio do corredor e me
aproximo dele tirando a foice de suas costas,
o levanto e mordo o pescoço com uma certa
força bebendo o sangue dele, após acabar
vejo que todos ali presentes estavam olhando
para mim sussurrando _

Bianca: o que está acontecendo? _ enquanto


andava vejo todas as pessoas se reunirem
num certo ponto da loja, então me aproximo
para saber qual era o motivo daquilo e ao
conseguir passar por todas aquelas pessoas
vejo Lua de pé no centro do circulo com a
cabeça baixa completamente suja de sangue
com um corpo ao seu lado _ ~...oh não
_ já me preparando para atacar e matar todos
ali vejo Bianca no meio daquela multidão e
estaria me encarando tentando pedir com os
olhos para que eu não fizesse aquilo, suspiro
e após alguns segundos saio andando dali
passando por aquela multidão que se afastava
de mim. Ao sair da loja vários carros de
polícia que chegariam no local estacionando
os carros na frente da loja e saindo as pressas
de dentro dos veículos, eles param e todos os
policiais apontam suas armas em minha
direção, parada só os observando se
aproximarem de mim dizendo coisas calmas e
positivas tentando me acalmar pra não os
atacar, um encosta em meu braço para me
algemar _ Não encosta...EM MIM!!! _ seguro
firmemente a foice decaptando todos os que
estavam próximos e com essa minha ação
todos os outros começam a atirar então com
leve dificuldade desvio das balas e dou um
salto logo saindo dali, por estar em cima de
uma prédio no qual eles não me alcançariam
endireito minha postura respirando fundo e
me acalmando me viro pra deixar o local e
seguir pra casa sinto uma dor na minha perna
mas prefiro não dar muita atenção por achar
que seria bobeira e vou embora _

P.O.V Bianca

Depois de toda aquela situação vejo


lua ir embora ficando meio preocupada

((infelizmente não posso ir falar com ela


agora, isso poderia compromete-la))
_ Apressada vou para o caixa pra
poder pagar logo por tudo e ir embora, mas
então ouço o barulho dos tiros, em seguida
os vidros das portas sendo quebrados por
causa das balas, num ato de medo vejos todos
dali se abaixando e me abaixo também para
não ser atingida, após isso me levanto e com
pressa pego as coisas saindo correndo de
dentro da loja_

- ...por favor meu Deus, que não tenha


acontecido nada sério com ela

_ pego o carro e sigo as pressas até em casa


repleta de preocupação, estaciono na garagem
e vou correndo pra dentro de casa, ao abrir a
porta vejo lua deitada na sofá já com a roupa
trocada usando uma blusa de mangas
cumpridas e short mexendo no celular, solto
as coisas no chão e corro até ela a fazendo se
levantar segurando em seus ombros _

- você está bem? se machucou? chegou em


segurana né?

Lua: calma bianca, ta tudo bem,cheguei em


casa bem _ digo de modo calmo vendo a
preocupação nos olhos dela tentando passar
tranquilidade pra mesma _

- que bom, fiquei preocupada quando ouvi o


tiroteio
Lua: as balas não me atingiram, só uma que
passou de raspão na minha perna

- O QUE? _ olho pra perna dela e a seguro


puxando pra eu poder ver a farida
derrubando lua no chão _

Lua: aii mas eu já enfaixei

- me desculpa _ seguro as mãos da mesma a


ajudando a levantar _

Lua: de boa, aliás, você conseguiu trazer as


coisas com aquela confusão toda?

- sim consegui, recomendo que arrume sua


mochila porque você vai pra escola na
segunda

Lua: sim sim, daqui a dois dias, eu já sei

- que bom, não quero que falte no primeiro


dia

Lua: ainda não entendo o motivo do porquê


que você quer que eu vá pra lá

- eu só quero que você tenha a mesma


experiência que muitos adolescentes da sua
idade _ ponho minha mão na cabeça de lua
fazendo carinho _
Lua: _ me assusto levemente com a ação de
bianca e antes dela tocar em minha cabeça
seguro seu pulso com leve força e um olhar
frio, ao perceber isso solto o braço dela me
afastando um pouco mudando a expressão _
...eu vou pro meu quarto _ sem mais e nem
menos pego o material e subo pro meu
quarto trancando a porta deixando bianca na
sala _

P.O.V Lua

_ após entrar no quarto fecho a porta com


leve força por estar meio frustrada, e me
virando, vejo o uniforme daquela tal escola,
arrumado, limpo e passado em cima da
minha cama, o encarando por um tempo,
respiro fundo acalmando toda aquela
frustração dentro de mim e com tranquilidade
me sento no chão em silencio tirando as
coisas das sacolas arrumando todo o material.
No fim, tiro tudo do chão deixando as
coisas organizadas, guardo a mochila no pé
da mesa que teria no canto do quarto, pondo
junto o uniforme por cima da cadeira que
ficaria de frente para a mesa, após isso me
ponho sentada no chão apoiando minhas
costas na cama de estaria atrás de mim
enquanto fico a encarar a parede, nesse
momento, um turbilhão de pensamentos
começariam a invadir minha mente, com
sentimentos, perturbação e lembranças
antigas, mas logo, tudo isso era interrompido
por um bater na porta e uma voz suave e
familiar que me chamava pelo nome _
Bianca: Lua querida, vem jantar, já faz muito
tempo dese a ultima vez que comeu

- . . . _ não a respondo ainda estando com


um leve receio e medo do que teria ocorrido
mais cedo, ficando assim em completo
silêncio _

Bianca: ...bem, caso estiver com fome, vou


deixar seu prato no microondas _ paro de
falar esperando com que recebesse alguma
resposta, mas não recebendo nenhuma,
lentamente me afasto da porta saindo dali e
descendo as escadas voltando para o andar de
baixo _
Se tem uma coisa que eu nunca, na
minha vida, quis dizer pra Bianca é que tinha
algo a mais que me incomodava, ...uma voz,
que estava sempre ali...a cada hora...a cada
minuto... ~a cada segundo, ela nunca se
calava ou se afastava, mas essa voz possuía
uma aparencia, uma "forma", um “garoto”,
tinha a pele tão clara, parecia que nunca tinha
entrado em contato com o sol, seus cabelos
pretos como as sombras, olhos mais escuros
do que a própria escuridão e pupilas mais
brancas do que a luz mais pura, sempre usava
este um casaco de ziper aberto, calça e um
par de tênis, as cores presentes nele iriam
diretamente do branco até o preto, levando
diversos tons do cinza. Ele alegava não ser
um humano e também não ser apenas uma
voz ou alucinação, mas alegava ser tão real
quanto a luz do dia, dizia que seu nome era
Aka Nightmare, mas preferia que fosse
chamado de Shadow, eu não conseguia
acreditar que um ser como ele poderia existir,
sua aparencia era muito encantadora, nunca
tinha visto um ser tão bonito quanto ele. No
entanto ...o que aquele garoto tinha de
beleza... ele tinha de maldade.
Este estava sempre me induzindo e
manipulando a fazer algo que fosse de seu
interesse, e em algumas vezes... ele possuia
meu corpo, tomando total controle dele, meu
hábito de canibalismo? Hunf, Shadow foi o
resposável, ele quem sugeriu que essa seria
uma ótima maneira para suprimir meus
desejos e me satisfazer, essa praga sempre foi
de me estressar, mas tinha vezes nas quais ele
passava dos limites e me enlouquecia de tal
maneira, que eu perdia o controle, o que me
levava a destruir qualquer coisa que estivesse
a minha volta... e ele adorava, se satisfazia
com a confusão que causava.
Nunca disse isso para a Bianca por
medo, medo de que por causa desse meu
problema ela quisesse me abandonar, sei que
ela é uma boa pessoa, maravilhosa na
verdade, mas isso não muda a forma que ela
pode pensar sobre minha pessoa e poderia
me tratar de maneira ruim, o amor dela por
mim poderia sumir.
As vezes, tudo se tornava muito difícil
para eu suportar, então eu bebia café. Por
algum motivo desconhecido, o café é como
se fosse uma droga pra mim, com muito
tempo de observação e pesquisa, Bianca me
ajudou a descobrir que todos os efeitos dessa
bebida sobre mim era os mesmos efeitos da
cocaína sobre as pessoas, tal coisa me
surpreendeu pois café é apenas uma bebida
normal que as pessoas bebem sem
problemas, isso...foi apenas mais um ponto
no qual me fazia dúvidar se eu reamente era
uma pessoa como as outras, ou como dizem,
se eu era uma humana de verdade.
Quando eu o ingeria, perdia a sanidade e
o juizo completamente, ficava mais agressiva,
meu coração batia mais forte, minha
respiração acelerava e sem motivos eu ria, por
vezes caia na gargalhada e não me continha,
minha insanidade se tornava tão forte que me
fazia me sentir tão bem... mas isso me fazia
muito mau, Bianca sabia de tudo isso e
dificilmente tentava me impedir depois que eu
começava a beber, pois ela tinha plena
consciência de que eu poderia a machucar,
mesmo sabendo que não era por querer,
então nos momentos de minha ausência
Bianca procurava esconder o pó de café ou
até mesmo se livrar dele, mas não importava
o quanto ela fisesse isso, eu sempre achava e
comprava mais... já havia se tornado um vicío
e eu não conseguia viver sem.

_ Pela madrugada, destranco a porta do


quarto com cautela, olhando em volta no
corredor para saber se Bianca ainda estava
acordada, vendo que não, saio e desço as
escadas silenciosamente indo até a cozinha, ao
chegar lá, passo um tempo procurando o café
pois Bianca sempre o escondia por saber que
eu bebia escondido à noite, após ter se
passado um bom tempo de procura, consigo
achar o pó de café dentro de um pote de
biscoitos no alto do armário de cozinha, pego
e com calma, mas um pouco de pressa, faço
o café manualmente para poder ficar mais
forte do que o habtual, e também, em uma
grande quantidade, o colocando em um
recipiente.
Ao terminar, ponho um pouco da bebida
em minha caneca e subo em cima da
bancada, de sapatos, me sentando ali com as
pernas cruzadas bebendo o café enquanto
olho pro nada tentando esvaziar minha mente
_

Shadow: sua bebida parece muito boa, mas


sabe uma maneira de deixa-lá mais gostosa?
~...sangue
- por favor shadow, cala a boca por pelo
menos 5 minutos, você está me
importunando o dia inteiro

Shadow: vamos, não seja rude, isso é tão


gostoso, não faria mau beber um pouco

- ...eu já disse que não quero, está dificil de


entender?

Shadow: então deixe-me sair, assim não terá


com o que se preocupar, estará... ~relaxada
_digo em um tom de voz extremamente
calmo, porém, de forma levemente sádica
com um pequeno sorriso no rosto _

- não, eu não vou deixar, você causa muita


confusão e tem atitudes impróprias e
impulsivas, você não é confiavel

Shadow: grr.. você diz isso mas sabe que não


vai aguentar muito tempo, vai acabar sedendo
e eu vou ter todo o controle do seu corpo _
digo em um tom de voz meio irritado com
toda minha expressão mais “alegre” se
desfazendo _

_ apenas me calo e em silêncio me levanto


saindo de cima da bancada o ignorando, o
deixando sentado ali sozinho, suspiro
pesadamente e vou até o freezer que ficaria ao
lado da geladeira, abrindo o lado esquerdo
começo a revirar as carnes e as caixas que
haviam ali dentro tentando chegar ao fundo,
ao conseguir pego uma garrafa que continha
em média uns 1,5 litro de sangue dentro, com
o objeto em mãos, me dirijo até a bancada
me sentando novamente, mas desta vez em
um banquinho, desenroscando a tampa da
garrafa, com um pouco de receio e
preocupação, tomo o primeiro gole, tinha o
gosto tão doce e agradável, parecia que fazia
décadas que não bebia algo com tamanho
gosto e sensação, soltando a caneca de café
vazia na bancada, começo a tomar o sangue
diretamente da boca da garrafa rapidamente,
sem ter uma pausa boa para respirar, eu
conseguia sentir o olhar de Shadow sobre
mim e via seu sorriso sádico estando mais do
que satisfeito e se deliciando com o olhar, a
garrafa ainda com um pouco do líquido
dentro escaparia de minhas mãos e caia no
chão com algumas gotas escorrendo para
fora, a cafeína estava a se espalhar pelo meu
sangue, o que estava me causando náuseas,
minha cabeça girava tanto, a última coisa que
vi foi a expressão daquele ser que me
encarava e o som de sua risada, eu desmaiei.
Quando acordei, já era de manhã, em meu
quarto os raios de sol entravam pela janela,
não era um calor forte, mas sim agradável e
quentinho, sua luz já estava a enfraquecer,
abro os olhos lentamente sentindo uma forte
dor de cabeça, deitada em minha cama sinto
um friozinho passar por todo meu corpo,
então com calma me ponho sentada na cama,
mas ao me sentar vejo que estaria sem
roupas, com todas elas jogadas no chão
estando somente com minhas fiaxas nos
braços, quais cobriam minhas cicatrizes,
minha indignação era grande, pois ele sempre
fazia aquilo pra suprimir seus interesses. O
vendo deitado no chão dormindo, respiro
fundo e enrolada no cobertor me levanto com
um pouco de dificuldade devido a fraqueza
que estava sentindo, a mast*rbação havia sido
intensa e também não havia comido nada
desde o dia anterior _

~Shadow...seu desgraçado.. _ no criado


mudo pego meu celular e o ligo olhando a
hora _

- o que? Já são 17:35h da tarde?! como eu


dormi tanto? _ soltando o celular,
rapidamente vou até o guarda roupas
pegando uma muda de roupas limpas e abro
a porta do quarto, saindo dali de dentro teria
um prato na frente da porta com um
sanduiche e um copo de suco que Bianca
havia deixado com a preocupação de que eu
comesse, porém, pela minha pressa, não vejo
o prato e piso nele acabando por escorregar e
cair no chão derrubando tudo _

Bianca: Lua? ta tudo bem ai em cima? _ na


sala, me levanto do sofá e vou cautelosamente
até o pé das escadas_

- Está sim, n-não foi nada, não precisa se


preocupar _ ouvindo os passos da tal ficando
cada vez mais próximos, levanto do chão
quase que de forma desesperada e pego
minhas roupas do chão correndo até o
banheiro, no caminho o cobertor estava a
escorregar de meu corpo, então chegando no
banheiro solto o pano no chão e entro
fechando a porta, por fim, a trancando.

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