Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2 - Avaliação de Postos
2 - Avaliação de Postos
O subsistema de seleção e desenvolvimento tem como objetivo básico fazer com que a
organização conte com pessoal adequado para alcançar as metas da organização.
O subsistema social abrange o homem e suas inter-relações, pode ser considerado o mais
dinâmico e ao mesmo tempo constitui o centro da gestão de recursos humanos, é um
produto da inter-relação entre a organização, as políticas, as normas e os métodos
interpessoais.
1.4.1 PRÉ-HISTÓRIA
A divisão do trabalho e o desenho do cargo são tão antigos quanto o homem. O ser
humano, impelido pela necessidade de sobrevivência através da interação com a natureza
e da necessidade de conhecê-la e transformá-la mediante o trabalho, recorreu ao
agrupamento e à cooperação entre as pessoas.
A distribuição do trabalho por seus membros, por sexo, idade e características físicas,
apareceu no primeiro momento da divisão do trabalho, apresentando, assim, um caráter
natural e espontâneo.
Surge como uma tentativa de Frederick Winslow Taylor (1856-1915), seu iniciador, de
abordar cientificamente o processo administrativo com base na análise do trabalho por
meio do estudo de tempos e movimentos, decompondo-o em seus elementos mais simples
e procurando métodos para aumentar a produtividade dos trabalhadores.
A escola clássica (da organização científica do trabalho), teve, entre seus principais
representantes, Frederick Winslow Taylor, Henry Lawrence Gantt, Harrington Emerson,
Henry Ford, Frank Buncker Gilbreth e Lilliam Gilbreth, entre outros.
Miles, R. (1975) afirma que "o enfoque da administração científica ressaltava que,
mediante os métodos científicos, poderiam ser projetados os cargos e treinar pessoas para
obter um resultado máximo... Um princípio básico no projeto do cargo é que este deve
conter um número limitado de tarefas relacionadas, cada uma das quais com habilidades
similares e periódicas, de igual grau de aprendizagem".
Um dos aspectos essenciais que caracterizam esta corrente é sua ênfase nos aspectos
relacionados à organização do trabalho, concebendo o homem como um ser nitidamente
econômico.
Os princípios da escola da organização científica do trabalho são: - princípios do controle;
- da especialização;
- Divisão de funções;
- Da unidade de comando;
- Da atividade de organização e métodos.
Scott, W., e Michell, T., (1976) concluem que a administração científica tratava de
projetar o seguinte:
1. encontrar a melhor maneira para que as pessoas se movam, localizem e gerenciem
fisicamente uma tarefa;
2. segmentar os cargos e tarefas repetitivas;
3. conseguir instrumentos e equipes de maneira que minimizem o esforço e a perda
de tempo;
4. construir o ambiente da fábrica de maneira que o ruído, a ventilação e outras
facilidades de apoio não reduzam a eficiência;
5. projetar instrumentos especiais para cargos específicos, como transportadores,
seguidores e outras máquinas para reduzir ações desnecessárias;
6. eliminar todas as atividades que causem fadiga e não estejam relacionadas à tarefa
executada.
Barnard, Ch. (1971) formula a teoria da organização como um sistema social, elaborando
uma concepção sobre a participação e a cooperação, atribuindo uma importância às
relações sociais, assim como abordando aspectos relacionados às características pessoais
do indivíduo de acordo com as tarefas a serem desempenhadas.
Uma virada radical no centro do objeto de estudo da administração e como reação à escola
clássica, foi denominada escola das relações humanas, a qual coloca o fator humano como
eixo central, idealizando fundamentalmente o trabalhador como homo social.
Nesta corrente, houve uma intensa participação da psicologia, ao colocar o fator humano
como objeto de estudo comum. Esta escola se sustentou nos conhecidos experimentos
Hawthorne realizados por Elton Mayo.
Não criaram métodos, novas técnicas, porém, descobriram que eram importantes os
complexos processos psicológicos que estavam por trás das relações humanas. As
relações informais são uma necessidade que deve ser considerada no trabalho.
1.4.7- MODELO BUROCRÁTICO
Entretanto, nesta escola pode-se avaliar a incidência do fator humano nas análises do
sociólogo Max Weber sobre os tipos de sociedade e de antiguidade, ao classificá-los em
tradicional, carismático e racional, legal ou burocrático.
Surge por volta da década de 50, com um acentuado caráter eclético e empirista, tendo,
entre seus principais representantes, Peter Drucker.
O QUE É UM SISTEMA?
Pode-se definir o sistema como um conjunto de elementos que interagem entre si e o meio
em função de um objetivo, e contém propriedades como:
- Totalidade;
- Sinergia;
- Estrutura;
- Organização interna;
- Qualidade resultante (sistêmica);
- Inter-relação-relação com o meio.
Forrester, J. (1961) também desenvolveu "as leis da dinâmica de sistemas", que são:
• fragmentação (dividindo um sistema, perde-se a dinâmica, assim a
departamentalização de forma tradicional reduz a dinâmica empresarial);
• pressões (quanto mais se pressiona um sistema, mais pressão existe no sentido
inverso); • melhoras aparentes (quando pressionamos um sistema, ele melhora
para depois piorar); • das demoras (existe um tempo entre a decisão e o resultado);
• dos ciclos (um ciclo positivo será seguido de um ciclo negativo, logo depois de
outro positivo);
• limite de crescimento (todo sistema tem, pelo menos, um limite de crescimento);
• da alavanca (se eliminarmos o limite mais importante ou mais potente, o sistema
ganhará dinamismo de forma mais proporcional).
Nesta escola existem diferentes posições que dão ênfase aos modelos matemáticos, os
modelos de comunicação, tendo como base a ciência da comunicação, engenharia de
sistemas, as leis da dinâmica de sistemas, a Cibernética como ciência do controle, as
elaborações sociológicas no campo das organizações e o enfoque sociotécnico pelo
caráter integrador do aspecto social e tecnológico.
O conhecimento das partes também é importante, mas deve ser concebido como parte de
um todo, qualquer mudança significativa em uma delas terá consequências no todo.
Falar de um todo tem lógica quando existem partes, assim como falar de partes adquire
sentido quando existe um todo; por isso deve-se avaliar estes elos em sentido sistêmico e
reconhecer seu caráter holístico e sinérgico. Isso implica analisar o sistema e seus
componentes, cujas interações adquirem uma dimensão qualitativa diferente.
A divisão e a cooperação de trabalho passam pela manufatura e pelo sistema fabril, chega
até a década de 50 e 60 do século XX; inicia-se o interesse pela integração e colaboração,
mas a divisão e a cooperação de trabalho chegam até nossos dias.