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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS, HABITAÇÃO E RECURSOS HÍDRICOS

DIRECÇÃO NACIONAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E SANEAMENTO

PROJETO ÁGUA SEGURA PARA ZONAS RURAIS E VILAS NAS PROVÍNCIAS


DE NAMPULA E ZAMBÉZIA

Termos de Referência

CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONSULTORIA


PARA FISCALIZAÇÃO DAS OBRAS DE REPOSIÇÃO
DE 223 FONTES DISPERSAS NAS PROVÍNCIAS DE
INHAMBANE (20), SOFALA (20), TETE (61) E
ZAMBÉZIA (122)

CONCURSO NO MZ-DNAAS-CERC-RSTWSP-CS002-CQS -2023

Junho de 2023

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I. INTRODUÇÃO
Em Fevereiro e princípios de Março 2023, o País foi afectado por emergências causadas pela
passagem do ciclone Freddy, primeiro na zona sul (1ª Vaga 24.Fev.2023), particularmente na
província de Inhambane e, posteriormente, na zona centro e norte (2ª Vaga 12.Mar.2023), com maior
incidência para a província da Zambézia, causando mortes e destruição de infra-estruturas económicas
e sociais. Com base nas previsões Meteorológicas e Hidrológicas prevalecentes, e em antecipação aos
impactos do ciclone Freddy, no dia 21 de Fevereiro de 2023 (Resolução no.4/2023 do CM), o
Conselho de Ministros activou o Alerta Vermelho em todo território nacional.
O ciclone Freddy causou danos significativos nas infra-estruturas sociais e económicas, incluindo a
destruição de infraestruturas de abastecimento de água, rede eléctrica, a deslocação da população e a
interrupção da prestação de serviços básicos. O número total de pessoas afectadas pelo Freddy foi
estimado em 1.187.265, com 698 feridos e 183 mortes confirmadas; 283.618 casas sofreram danos
graves, incluindo 132.364 casas destruídas e 67.912 casas inundadas. Além disso, 123 unidades
sanitárias e 2.549 salas de aula (em 1.268 escolas) registaram danos, afectando mais de 230.329
alunos e 4.337 professores. No sector dos transportes, foram danificados mais de 4.334 km de estradas
e 9 pontes essenciais, além de 73 estradas que se encontram temporariamente intransitáveis.
O abastecimento de água, a energia, a agricultura e as pescas também foram afectados, com danos
registados em 15 sistemas de abastecimento de água, mais de 160 furos e 637 postes de electricidade.
A tempestade também afectou um total de 390.043 hectares de culturas, 246 artes de pesca e 306
tanques de piscicultura.
Para dar resposta à situação de emergência causada pelo ciclone Freddy, o Governo de Moçambique
(GdM) solicitou ao Banco Mundial a activação do Mecanismo de Resposta Imediata (IRM), a fim de
permitir o financiamento das intervenções prioritárias através dos projectos em curso financiados pelo
Banco Mundial no âmbito das Componentes de Resposta de Emergência de Contingência (CERC)
para cobrir as necessidades imediatas e para intervenções de emergência nas áreas identificadas.
Os princípios da CERC, de acordo com as políticas e procedimentos do Banco Mundial, são os
seguintes (i) representa um financiamento-ponte para as necessidades imediatas de recuperação de
emergência, até que sejam disponibilizados outros apoios a médio prazo; e, como tal, (ii) deve
centrar-se em actividades que ajudem a minimizar os impactos de emergência nas comunidades
afectadas (por exemplo, restabelecer temporariamente a ligação de estradas; reparações em sistemas
de água, escolas, etc.), e (iii) não deve incluir o desenvolvimento institucional a médio prazo, o
reforço de capacidades e a reconstrução de infra-estruturas que exijam avaliações, projectos e
execução a nível de engenharia complexos.
Neste contexto, está prevista a contratação de Serviços de Consultoria de Fiscalização das obras de
reposição de 223 fontes dispersas, equipadas com bombas manuais nos Distritos elegiveis das
Províncias de Inhambane (20), Sofala (20), Tete (61) e Zambézia (122) divididos em 4 lotes de acordo
com a seguinte distribuição:
• Lote 1- Inhambane (20) e Sofala (20)
• Lote 2: Tete (61)
• Lote 3: Zambezia (71)
• Lote 4: Zambezia (51)
A distribuição destas fontes em cada um dos distritos abrangidos está apresentada no capitulo 2 destes
termos de referência e a lista das comunidades beneficiárias faz parte do Anexo I do presente
documento.

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Neste contexto, a Direcção Nacional de Abastecimento de Agua e Saneamento, pretende contratar
um(a) consultor(a) para a fiscalização de furos de abastecimento de água, equipados com a bomba
manual.

II. OBJECTIVOS
2.1 Objectivo Geral da Consultoria
O objectivo geral da consultoria é a Fiscalização das obras de reposição de furos a serem equipados
com bombas manuais do tipo Afridev, compreendendo todas as fases a partir da sua consignação das
obras até á respectiva recepção provisória e entrega definitiva apôs o período de garantia. Os trabalhos
incluem a garantia e controlo eficaz da qualidade e quantidade de materiais, dos serviços a serem
executados, em função da programação do tempo das actividades de campo a serem desenvolvidas
pelo empreiteiro, através da actuação permanente de um(a) técnico(a) experiente como fiscal de várias
frentes de trabalho bem como o cumprimento integral dos requisitos ambientais e sociais previstos no
Quadro de Gestao Ambiental e Social elaborado, com o objectivo de ajudar a identificar, evitar,
minimizar e mitigar os impactos ambientais e sociais adversos resultantes da implementação das
actividades propostas pela CERC, em conformidade com os regulamentos ambientais e sociais
relevantes do quadro jurídico moçambicano, bem como com o Quadro Ambiental e Social do Banco
Mundial (QAS).
Tabela 1 – Mapa de localização das fontes

Lote Província Distritos e número de fontes

1 Inhambane (20) e Inhambane: Mabote (5), Massinga (5), Vilanculos (5) e Govuro (5)
Sofala (20)
Sofala: Nhamatanda (3), Marromeu (2), Maringue (2), Machanga (3),
Buzi (2), Dondo (3), Beira (3) e Chemba (2)

2 Tete – 61 fontes Mutarara (56) e Dôa (5)

3 Namacurra (22), Quelimane (20), Nicoadala (16) e Maganja da Costa


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Zambézia (122)
4 Luabo (18), Chinde (17) e Inhassunge (16)

2.2 Objectivos Específicos


Do Consultor Fiscal destas obras espera-se que:
a) Aconselhe e assessore o Cliente e actue como seu “Representante” no local da obra e nos
encontros de análise de progresso da obra;
b) Assegure que todos os trabalhos sejam executados de acordo com as boas práticas nacionais e
internacionais e em conformidade com as Especificações Técnicas da empreitada, como
previsto no contrato da empreitada;
c) Providencie os seus serviços de supervisão em conformidade com as melhores práticas de
engenharia e com elevado rigor e profissionalismo.
d) Assegurar o cumprimento do Plano de trabalho acordado;

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2.3 Fases de execução dos Trabalhos
A execução do furo deverá ser antecedida pela visita e validação dos locais para perfuração que
deverão de acordo com os levantamentos efectuados no ambito do emergência. O cronograma de
construção do furo cujo processo requer a presença da fiscalização compreende as seguintes etapas
críticas:
1. Inspecção do Equipamento;
2. Definição da localização ideal do furo em substituição do anterior que garante a resiliência
necessária;
3. Participação na reunião de pré-mobilização onde serão analisados os requisitos do contrato;
4. Mobilização dos materiais e equipamentos;
5. Perfuração;
6. Revestimento;
7. Desenvolvimento;
8. Desmobilização e
9. Entrega da obra
A prestação dos serviços de consultoria pode-se dividir em três (3) Fases agrupando as etapas
anteriores, mencionando-se as principais tarefas da Fiscalização para cada Fase:
Fase I: Assistência técnica durante a preparação da Empreitada, nomeadamente na inspecção
prévia dos locais para perfuração, na entrega desses locais ao Empreiteiro, e eventual
renegociação com a comunidade de um local alternativo, e, finalmente, na inspecção do
estaleiro.
As tarefas da Fiscalização incluem, mas não se limitam, ao seguinte:
a) Proceder, em coordenação com o Cliente, à consignação das obras, mediante a entrega desses
locais escolhidos pelas comunidades de preferencia próximo dos locais da fonte afectada pelo
ciclone Freddy, exceptuando situacoes em que os mesmos locais representem risco elevado
em caso de ocorrência de eventos similares;
b) Garantir que a perfuração seja feita no melhor ponto indicado pela pela comunidade.
Assegurar que o espaço proposto não seja propriedade privada e em concordância com outros
aspectos de salvaguardas sociais e ambientais por exemplo proximidades de instalações
latrinas ou fossas sépticas e drenos, zonas erodíveis, inundáveis, entre outros;
c) Proceder á inspecção do estaleiro do Empreiteiro, nomeadamente: inspeccionar e verificar a
qualidade do equipamento de perfuração e dos materiais que vão equipar o furo, bomba
AFRIDEV, etc e garantir a existência de material sobressalentes, e efectuar o devido registo e
monitoria durante a aplicação no local de obra;
d) Assegurar que o equipamento necessário e materiais “suficientes” estão no local da obra para
o arranque das obras;
e) Aprovar o cronograma de obra apresentado pelo Empreiteiro, em coordenação com o Cliente.

Fase II: Fiscalização da construção de furos de água


As tarefas da Fiscalização incluem, mas não se limitam, ao seguinte:

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a) Aprovar a selecção da fonte de água a ser usada para as operações de perfuração para garantir
que a qualidade da água de perfuração não altere as propriedades dos aditivos de perfuração;
b) Verificar o cumprimento do Quadro de Gestao Ambiental e Social elaborado com o objectivo
de ajudar a identificar, evitar, minimizar e mitigar os impactos ambientais e sociais adversos
resultantes da implementação das actividades;
c) Monitorar o progresso diário da empreitada e manter um registo detalhado de todas as
actividades relevantes para a construção do furo e trabalhos associados; este registo deve ser
independente do registo do Empreiteiro nem deve ser confundido com “o Livro de Obra”, e
será usado para verificar as quantidades, trabalhos a mais, ou “tempo de espera” que
eventualmente venha a ser solicitado pelo Empreiteiro;
d) Assegurar que o Empreiteiro recolhe, seca, coloca em recipientes (sacos plásticos) e rotula as
amostras litológicas em cada perfuração;
e) Analisar e interpretar os materiais geológicos de acordo com métodos acordados;
f) Assegurar que o empreiteiro monitora o “caudal de saída” de água ou fluidos de perfuração
durante as operações de perfuração, usando um medidor em V calibrado ou outro método de
medição volumétrica; notar as mudanças em caudal e/ou mudanças das características
químicas do fluidos de perfuração através de instrumentação apropriada tal como um
conductivímetro;
g) Assegurar que o empreiteiro Monitora a velocidade da penetração durante a perfuração; tal
deve ter em consideração o diâmetro de perfuração e outros critérios de perfuração, tais como
“perda de circulação” ou qualquer outra variável relevante;
h) Assegurar que uma súbita mudança na velocidade de penetração é dada a análise e tratamento
devidos (velocidades de penetração devem ser correlacionados com os materiais geológicos
extraídos da perfuração, e interpretação da geologia e hidrogeologia respectiva);
i) Assegurar que na base do “caudal de saída”, da velocidade da penetração e da “amostragem
geológica” e qualquer outra informação pertinente, e de acordo com as especificações
técnicas do contrato de empreitada, decidir sobre a profundidade de perfuração;
j) Assessorar o Empreiteiro na decisão sobre as profundidades de colocação do equipamento do
revestimento final do furo – tubo liso, tubo filtro, areão devidamente lavado e calibrado, e
ainda a cimentação e colocação do selo sanitário, tendo em conta os resultados da perfuração,
nomeadamente o caudal de saída, a velocidade da penetração, a amostragem geológica e
qualquer outra informação pertinente;
k) Fiscalizar a instalação dos materiais no furo e anotar as quantidades utilizadas. Assegurar que
a instalação é feita de acordo com o desenho projectado do furo como indicado nas
Especificações Técnicas;
l) Efectuar a vídeo-inspecção do revestimento do furo em todo o seu cumprimento e assegurar
que os filtros foram instalados nas profundidades adequadas;
m) Fiscalizar a operação de limpeza e desenvolvimento do furo de acordo com as especificações
técnicas e dar por concluído o processo de desenvolvimento quando apropriado, ou após
consulta com o Cliente se necessário;
n) Fiscalizar o ensaio de bombagem de acordo com o estipulado nas Especificações Técnicas.
Verificar e analisar os dados do ensaio, nomeadamente os intervalos de tempo, o caudal de

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descarga e os níveis da água;
o) Proceder á análise sumária da qualidade da água (condutividade eléctrica, pH, temperatura,
cor, cheiro, alcalinidade total, oxigénio dissolvido, e qualquer outro parâmetro de acordo com
o estipulado no contrato e nas Especificações Técnicas). Esta análise serve para confrontar os
resultados da análise realizada pelo empreiteiro;
p) Garantir a devida desinfecção do furo com o uso do Cloro conforme as especificações e
posterior colecta de água para a análise laboratorial.
q) Assegurar que o empreiteiro recolhe devidamente as amostragens da água para a análise
completa num laboratório reconhecido, de acordo com o estipulado no contrato e nas
Especificações Técnicas. Verificar e validar o Boletim de Análise de Água (BAA)
comparando também com os dados recolhidos conforme a alínea m). A permissão para a
construção dos passeios deverá ser emitida após a validação do BAA.
r) De acordo com os resultados do ensaio de bombagem, recomendar se o caudal de exploração
é apropriado apenas para uma bomba manual ou se outra bomba pode ser instalada. Indicar
também a profundidade de instalação do cilindro das bombas;
s) Garantir que a construção dos passeios seguem rigorosamente os desenhos e as especificações
técnicas, em caso de omissão nos documentos de concurso, deverá orientar o empreiterio por
escrito.
t) Assegurar que a bomba manual a ser instalada foi devidamente inspeccionada e os seus
componentes têm a qualidade exigida;
u) Assegurar o treinamento do comitê de manutenção da comunidade e disponibilização dos
sobressalentes;
v) Garantir que a comissão de gestão da fonte está criada e devidamente instruída para sua
operação e cuidados com o uso. Garantir que uma cópia do relatório de perfuração
devidamente assinada seja entregue ao comitê de manutenção ou gestão, incluindo a ficha de
entrega dos sobressalentes devidamente assinadas com contactos telefónicos;
w) Certificar a facturação submetida pelo Empreiteiro, verificando as quantidades e outros
aspectos, de acordo com as suas próprias anotações;
x) Assegurar que os dossiers completos dos furos de acordo com o estipulado no contrato/nas
Especificações Técnicas, incluindo a ficha de entrega dos sobressalentes devidamente
assinadas com contactos telefónicos, são devidamente anexos às facturas;
y) Assinar os certificados de recepção provisória dos furos e se certificar que as Autoridades
Locais assim procederam e entregar as fontes construídas e equipadas às Autoridades Locais
na presença do DAS-DPOPH.
Todos os dados dos furos deverão ser compilados numa tabela em formato Excel e fornecida ao
cliente no formato digital para a sua base de dados (modelo a ser fornecido pelo Cliente) e
posteriormente lançados na plataforma de monitoria do GEMS com base no fluxo de informação
em anexo.

Fase III: Verificação final das fontes no tempo de garantia, inspecção para a entrega definitiva

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As tarefas da Fiscalização incluem, mas não se limitam, ao seguinte
a) Trimestralmente inspecionar o desempenho das fontes de água e notificar o empreiteiro para
reparação de quaisquer defeitos (caso existam);
b) Apresentar os relatórios trimestrais de monitoria das fontes ao cliente;
c) Apoiar o cliente na inspecção final para a entrega definitiva das fontes;.
d) Assegurar a entrega definitiva das fontes em pleno funcionamento e sem quaisquer defeitos
de construção e a assinatura dos Certificados de recepção Definitiva .
e) Apoiar a DPOP na preparação e submissão junto da ARA respectiva dos dados técnicos de
cada fonte ao abrigo do disposto no no 3 do artigo 16 do Regulamento de Pesquisa e
Exploração de Águas Subterrâneas – RPEAS, aprovado pelo Decreto no 18/2022 de 5 de
Julho.

2.4 Regulamentos e Guiões de Boas Práticas


O consultor deverá estar familiarizado com os seguintes documentos:
• Regulamento de Pesquisa e Exploração de Água Subterrânea – RPEAS (Decreto 18/2012)
• Anexo Técnico do RPEAS (DNA 2012)
• Manual Fiscalização de Furos de Água – Um guião para Fiscais (RWSN, 2014)
• Código de Boas Práticas para a Obtenção de Furos Rentáveis (RWSN, 2017)
• Procurement & Gestão de Contratos de Construção de Furos de Água. Um Guião para Fiscais
e Gestores de Projectos (RWSN, 2014)
• Cálculo de Custos e Preço. Guião para Empresas de Furos de Água (RWSN)
• Manual Técnico Para a Implementação de Projectos de Abastecimento de Água e Saneamento
Rural (MOPH)

2.5 Aspectos Ambientais e Sociais a observar nas diferentes fases do Projecto


▪ Assegurar a implementação das medidas propostas no Plano de Gestão Ambiental e Social
(PGAS) e Directrizes Ambientais, Sociais, Saúde e Segurança, incluindo:
o Assegurar que o empreiteiro tem um Plano de Gestão Ambiental e Social de Construção
(PGA-c) adequado, que deve incluir um Plano de Saúde e Segurança do Empreiteiro em
conformidade com a ISO 45001:2018 ou equivalente com o respectivo calendário,
orçamento e plano de trabalho e integra os requisitos Ambientais, Sociais, Saúde e
Segurança. Nenhum trabalho será iniciado no local antes das aprovações do PGA-c e da
Declaração de Método;
o Monitorizar e supervisionar a implementação do Plano de Gestão Social Ambiental do
Empreiteiro (PGAE) para assegurar que o Empreiteiro está a implementar as medidas de
mitigação, atingindo os indicadores de monitorização estabelecidos no PGAE específico
do local e verificar a conformidade do Empreiteiro com os requisitos do PGAE, incluindo
as suas obrigações em termos de VGB/EAS/AS;
o Realizar auditorias e inspecções aos registos de acidentes do Empreiteiro, contratos de
trabalhadores (para verificar a conformidade dos contratos de trabalhadores com os
Procedimentos de Gestão Laboral e a legislação laboral do país), incluindo códigos de

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conduta, registos de queixas, resultados de monitorização e outra documentação
relacionada com SSMA, conforme necessário, para confirmar a conformidade do
Empreiteiro com os requisitos de SSMA.
o Realizar auditorias para verificar se todo o pessoal e trabalhadores do projecto assinaram
e conhecem o Código de Conduta;
o Garantir que registos de formação e cópias assinadas de contratos e Códigos de Condutas
assinados estejam disponíveis nos estaleiros de construção.
o Fornecer notificação imediata ao dono da obra caso ocorra qualquer incidente durante a
execução das obras. Os detalhes completos de tais incidentes devem ser fornecidos ao
dono da obra dentro do prazo acordado com o dono da obra:
✓ confirmação ou provável violação de qualquer lei ou acordo internacional;
✓ qualquer fatalidade ou lesão grave (perda de tempo);
✓ efeitos adversos significativos ou danos à propriedade privada (por exemplo,
acidente de viação); ou
✓ qualquer alegação de violência baseada no género (VBG), exploração ou abuso
sexual (EAS), assédio sexual (AS) ou má conduta sexual, violação, agressão sexual,
abuso ou profanação de crianças, ou outras violações que envolvam crianças.
o Assegurar que as notificações do empreiteiro sobre aspectos de SSMA sejam
imediatamente partilhadas com o dono da obra;
o Informar imediatamente e partilhar com o dono da obra qualquer notificação relacionada
com incidentes de SSMA fornecida ao Consultor(a) pelo Empreiteiro;
o Rever e aprovar em tempo útil, a documentação de SSMA do Empreiteiro (incluindo
relatórios regulares e relatórios de incidentes).
o Rever e aprovar os relatórios apresentados pelo empreiteiro considerando o seu nível de
desempenho na gestão do impacto ambiental e social e na gestão do risco, especialmente
as não conformidades;
o Garantir que o Empreiteiro estabelece e mantém um mecanismo de queixas e reclamações
para a comunidade em geral e trabalhadores. O(a) Consultor(a) deverá também verificar
os tipos de queixas registadas e se os requisitos de confidencialidade estão a ser
observados e deverá assegurar que quaisquer eventos e queixas de VBG/EAS, ou outras
queixas gerais, que cheguem ao conhecimento do(a) Consultor(a), sejam registadas de
forma adequada. Confirmar o cumprimento e a(s) acção(ões) correctiva(s) e o respectivo
prazo de implementação e assegurar que quaisquer não-conformidades tenham sido
tratados e encerrados pelo empreiteiro.
o Assegurar que os canais adequados para a apresentação de reclamações são acessíveis e
darão seguimento à resolução, das reclamações para garantir que as reclamações dos
trabalhadores são respondidas atempadamente;
o Assegurar que as informações sobre as reclamações apresentadas, o estado das
reclamações, etc., sejam incluídas no relatório mensal através da apresentação de uma
matriz própria;
o Assegurar uma representação apropriada em reuniões relevantes, incluindo reuniões
locais, e reuniões de progresso para discutir e acordar acções apropriadas para assegurar o
cumprimento das obrigações de SSMA.

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o Assegurar uma apresentação mensal de relatórios de desempenho ambiental e social e de
desempenho da gestão de riscos à UIP;
▪ Contratar e manter um(a) Oficial qualificado em Saúde, Segurança e Ambiente na equipa com
certificação ISO 45001:2018 ou equivalente e um(a) Oficial responsável pela área Social e
Violência Baseada no Género. Preparar relatórios detalhados certificados pelo Engenheiro
residente. Os relatórios devem incluir actividades no local/fora do local, condições
meteorológicas, condições do solo e de tráfego, número de pessoal no local, registos dos
visitantes, materiais de construção entregues, instalações ou equipamentos utilizados ou
inactivos, registo diário de trabalhos, inspecções de qualidade, situações causadoras de
atrasos, qualquer incidente observado (por exemplo acidentes, greves de trabalhadores, danos
a propriedades, questões ambientais, sociais, de saúde e segurança, incluindo uma visão geral
do estado de implementação do MQR, incluindo número e tipo de queixas apresentadas,
número de queixas resolvidas e queixas pendentes de resolução, etc.), registo fotográfico e
vídeo de actividades, etc.;.
▪ Registar todas as reclamações, incidente/acidente, indução/formação, resíduos, e nível de
implementação do PGA-C, incluindo recomendações ambientais e sociais para a
desmobilização e fase de operação.

2.6 Código de Conduta


O(a) Consultor(a) deve preparar e apresentar um Código de Conduta (CoC) que se aplicará a todos os
trabalhadores a contratar para garantir a conformidade com as boas práticas ambientais, sociais, de
saúde e segurança (ESHS). Além disso, a empresa da área social deverá apresentar um esboço de
como este Código de Conduta será implementado. A empresa deverá implementar o Código de
Conduta acordado e que se parte do contrato entre as partes.
Um Código de Conduta satisfatório conterá obrigações para toda a Equipe do(a) Consultor(a) e
abordará, no mínimo, as questões listadas abaixo. O Código de Conduta deve conter uma declaração
de que o termo “criança” / “crianças” significa qualquer pessoa(s) com idade inferior a 18 anos. As
questões a serem abordadas devem incluir:
1. Conformidade com as leis, regras e regulamentos aplicáveis
2. Conformidade com os requisitos de saúde e segurança aplicáveis para proteger a comunidade
local (incluindo grupos vulneráveis e desfavorecidos), o pessoal do(a) Consultor(a), o pessoal
do Cliente e o pessoal do Contratado, incluindo subcontratados e trabalhadores diurnos
(incluindo o uso de equipamentos de protecção individual prescritos, prevenção de acidentes
evitáveis e o dever de relatar condições ou práticas que representem um risco à segurança ou
ameacem o meio ambiente)
3. O uso de substâncias ilegais
4. Não discriminação ao lidar com a comunidade local (incluindo grupos vulneráveis e
desfavorecidos), o pessoal do(a) Consultor(a), o pessoal do Cliente e o pessoal do Contratado,
incluindo subcontratados e trabalhadores comunitários (por exemplo, com base no status
familiar, etnia, raça, sexo, religião, idioma, estado civil, idade, deficiência (física e mental),
orientação sexual, identidade de género, convicção política ou estado social, cívico ou de
saúde)
5. Interacções com a(s) comunidade(s) local(is), membros da(s) comunidade(s) local(is) e
qualquer(s) pessoa(s) afectada(s) (por exemplo, para transmitir uma atitude de respeito,

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incluindo sua cultura e tradições)
6. Assédio sexual (por exemplo, para proibir o uso de linguagem ou comportamento, em
particular em relação a mulheres e/ou crianças, que seja inadequado, assediante, abusivo,
sexualmente provocativo, humilhante ou culturalmente inadequado)
7. Violência, incluindo violência sexual e/ou de género (por exemplo, atos que infligem dano ou
sofrimento físico, mental ou sexual, ameaças de tais actos, coerção e privação de liberdade)
8. Exploração, incluindo exploração e abuso sexual (por exemplo, a proibição da troca de
dinheiro, emprego, bens ou serviços por sexo, incluindo favores sexuais ou outras formas de
comportamento humilhante, degradante, comportamento explorador ou abuso de poder)
9. Protecção de crianças.
O(a) Consultor(a) devera garantir que sejam cumpridas com todas as componentes de
Salvaguardas Ambientais e Sociais referentes ao processo construtivo de forma que sejam
aplicados métodos compatíveis e adequados que interfiram o menos possível com o Meio
Ambiente, preconizando igualmente a melhoria da qualidade de seus empregados e das
Comunidades envolvidas.

III. METODOLOGIA E SERVIÇOS PRELIMINARES


3.1 Notas gerais
Para a realização das suas atribuições, a Fiscalização dará ao Empreiteiro ordens, através de avisos e
notificações, procederá às verificações e praticará todos os demais actos necessários.
A fiscalização deverá processar-se sempre de modo a não perturbar o andamento normal dos trabalhos
e sem anular a iniciativa e correlativa responsabilidade do Empreiteiro.
A verificação e medições a serem feitas serão da inteira responsabilidade da Fiscalização.
No decurso das suas actividades o(a) Fiscal deverá reportar mensalmente o progresso das actividades
ao Dono da Obra.
Detalhadamente as obrigações da Fiscalização são as seguintes:
a) Localizar o sítio da obra em coordenação os demais intervenientes (Lideres, SDPI);
b) Fazer inspecção de estaleiro dos equipamentos do empreiteiro antes do início das obras. A
reprovação do estaleiro imediatamente impede o empreiteiro de iniciar as obras até a
regularização;
c) Inspecionar (aprovar ou rejeitar) as bombas manuais, segundo os protocolos existentes.
d) Aprovar ou rejeitar os trabalhos executados pelo Empreiteiro
e) Aprovar os desenhos submetidos pelo Empreiteiro, em conformidade com as determinações
do Caderno de Encargos
f) Certificar os trabalhos executados pelo Empreiteiro para efeitos de pagamento.
g) Apreciar e emitir um parecer à proposta do Empreiteiro das ordens de variação dos trabalhos
para trabalhos a mais ou a menos, se necessário e submeter à aprovação do cliente.
h) Solicitar aprovação do Dono da Obra, nas matérias que exigirem a sua participação.
i) Propor ao cliente por escrito a rescisão do contrato com o Empreiteiro, quando este incorrer a
incumprimentos das cláusulas contratuais.

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3.2 Serviços Preliminares
Os serviços preliminares serão realizados 15 dias antes do início da obra, onde o dono da obra fará a
verificação da prontidão do fiscal para dar início aos trabalhos de fiscalização (capacidade
técnica e logística do fiscal residente)
Os serviços preliminares devem compreender também a verificação da compreensão pelo Empreiteiro
dos trabalhos a realizar e verificação da adequação:
▪ Estaleiro e demais condições logísticas,
▪ Composição da força de trabalho,
▪ Colocação em obra dos equipamentos e materiais e
▪ Equipamentos de higiene e saneamento (construção de sanitários para trabalhadores e
trabalhadoras).

3.3 Execução das Obras e Entrega Provisória


Na fase de execução, o(a) consultor(a) começará por estudar os contratos estabelecidos entre o Cliente
e o Empreiteiro, a fim de poder exercer uma correcta gestão dos mesmos. Estudará as propostas do
Empreiteiro, particularmente no que se refere ao Programa de Trabalho, Composição das Equipes de
Trabalho, Cronograma de Utilização de Mão-de-obra, Cronograma de Alocação de Equipamento e
Cronograma de Aprovisionamento de Materiais. Finda a execução das obras o fiscal deverá efectuar a
inspecção de todos trabalhos realizados para a entrega provisória do furo à comunidade incluindo todo
dossier técnico à DPOP.
3.4 Logística e equipamentos
Para realização dos trabalhos de fiscalização o(a) consultor(a) deve ter obrigatoriamente autonomia de
logística, locomoção e equipamentos de medição e controlo dos trabalhos a serem executados. Estas
condições serão verificadas na inspecção ao fiscal e será de carácter obrigatório durante a execução de
toda a obra. O(a) consultor(a) deve ter os seguintes equipamentos de garantia de qualidade no terreno:
▪ Transporte próprio (motorizada com cilindrada 125 ou viatura 4x4);
▪ Condições de acomodação e alimentação independentes do empreiteiro;
▪ Caderno de Encargos com proposta técnica do Empreiteiro.
▪ Livro de Obra
▪ GPS;
▪ Cronómetro com leitura de segundos;
▪ Fita métrica de 5metros;
▪ Sonda eléctrica de 100metros
▪ Kit de teste de qualidade de água (Condutividade eléctrica até 10.000µS/cm, pH, temperatura,
TDS, cor, cheiro, alcalinidade total, oxigénio dissolvido, e qualquer outro parâmetro de
acordo com o estipulado no contrato e nas Especificações Técnicas);
▪ Pasta para arquivo das comunicações escritas e demais documentos.
▪ Máquina calculadora;
▪ Fichas de registos aprovados pelo Dono da Obra;

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▪ Recipiente com volume conhecido (mínimo de 25 litros).
▪ Máquina fotográfica ou outro dispositivo para registo fotográfico com pelo menos 5 MP
(mega pixel);
▪ Camera para vídeo inspecção de furos
IV. GARANTIA E ENTREGA DEFINITIVA
Durante o período de garantia da obra o(a) consultor(a) deverá monitorar trimestralmente as
infraestruturas e caso se detectem situações que exijam a intervenção do Empreiteiro, este deverá ser
notificado para os devidos efeitos. Em cada monitoria o(a) consultor(a) deverá elaborar um relatório
da situação e submetê-la ao cliente.
O(a) Consultor(a) verificará todas as obras que sejam executadas após a entrega provisória. Findo
período de garantia proceder-se-á à entrega definitiva das mesmas.

V. PROPOSTA DO CALENDÁRIO DAS ACTIVIDADES DA CONSULTORIA E DE


PERCENTAGENS DE PAGAMENTOS
5.1 Calendário das obras
A Consultoria para a fiscalização das obras será por contrato baseado no tempo. O prazo de construção
previsto é de 6 meses. Adicionalmente o consultor deverá realizar visitas de monitoria (4 vezes por
ano com duração de 7 dias incluindo tempo de viagem) durante o período de 12 meses de garantia de
boa execução.
Um Consultor será adjudicado e pago considerando as condições apresentadas na Tabela 2.

Periodo % de
Previsto pagamento
Item Actividade Indicadores e meios de verificação
(valor do
(Meses) Contrato)
▪ Participação nos encontros solicitados
Fase 1: Validação
pelo Cliente;
dos locais e
1 0,5 - ▪ Certificados de Localização emitidos
Inspeção do
▪ Relatório de inspecção do estaleiro
estaleiro
▪ Cronograma de obras aprovado.
▪ Dossier completo de cada fonte;
▪ Actas dos Encontros de progresso da
Fase 2:
Obra;
Fiscalização de
▪ Processos de Facturação dos Furos
furos completos*
2 5,0 90 concluídos vindos do Empreiteiro
(perfuração até a
(incluindo as Fichas técnicas);
entrega
▪ Termos de Entrega Provisória de cada
provisória)
Obra;
▪ Relatórios de progresso das Obras
Fase 3:
Verificação final
▪ Relatórios Trimestrais do desempenho
das fontes no
das fontes
3 tempo de 0,5 10 (4x2,5)
▪ Termos de Entrega Definitiva de cada
garantia,
Obra e Relatório final da Fiscalização.
inspecção para a
entrega definitiva

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Caso o(a) consultor(a) pretenda um adiantamento contratual, poderá solicitá-lo até um máximo de
20% do valor do contrato após a assinatura do mesmo, contra apresentação de uma garantia bancária
de igual valor e válida pelo prazo do contrato (12 meses). Este valor será deduzido em cada um dos
pagamentos supracitados.

5.2 Despesas e responsabilidades do(a) Consultor(a)


▪ As deslocações e o equipamento necessário para a realização dos trabalhos de fiscalização,
são da inteira responsabilidade do(a) consultor(a);
▪ O(a) consultor(a) é responsável pela conformidade técnica de todos os documentos por si
elaborados conforme indicado no presente documento, pelo que deverá elaborar, assinar toda
a documentação a submeter;
▪ O(a) consultor(a) será responsabilizado por qualquer dano ou prejuízo material ou monetário
que se verificar durante a execução física da obra, resultante da negligência, erro ou omissão,
a si imputáveis, ou qualquer dos documentos técnicos por si elaborados ou que caberia a sua
prévia verificação, sem prejuízo a legislação nacional vigente sobre a matéria.
▪ O(a) consultor(a) deve cumprir com todas as suas responsabilidades indicadas nos termos de
referência;
▪ O(a) consultor(a) deve ter domínio da legislação sobre “Procurement” de obras em vigor no
país incluindo as do Banco Mundial;
▪ Deverá ter domínio da língua portuguesa, falada e escrita e língua local da zona de
implementação do projecto desejável;
▪ Os técnicos médios da área de construção civil devem estar certificados pelos Ministério das
Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos (MOPHRH) e os licenciados pela Ordem dos
Engenheiros de Moçambique, fazendo prova por apresentar cópia do respectivo certificado de
inscrição devidamente autenticado por serviços competente;
▪ A empresa consultora deve estar devidamente inscrita no Cadastro Único da UFSA para o
exercício da actividade de fiscalização, fazendo prova do documento de autorização;
▪ Experiência comprovada na fiscalização de obras de natureza similar;
▪ Possuir a situação fiscal regularizada.

VI. EXPERIÊNCIA DA EMPRESA


6.1 Qualificações da empresa de consultoria
O(a) Consultor(a) deverá apresentar evidências de possuir experiências dentre outras nas seguintes
áreas:
▪ Ter pelo menos 10 anos de experiência em Engenharia Civil, especializada na elaboração de
Projectos e fiscalização de obras de construção de infraestruturas de abastecimento de água
com destaque para fontes de águas equipadas com bombas manuais.
▪ Ter participado em pelo menos 10 Projectos (contratos) similares em países em
desenvolvimento, incluindo Moçambique;
▪ Estar familiarizado com os documentos de procurement nacional e de Instituições Financeiras
Internacionais, etc. Experiência em Projectos do Banco Mundial será considerada uma
vantagem;

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▪ Estar familiarizado com o Quadro de Políticas de Salvaguardas Ambientais e Sociais do
Banco Mundial e as Diretrizes Ambientais, de Saúde e Segurança aplicáveis do Grupo Banco
Mundial, constitui uma vantagem.

6.2 Qualificações da equipe de consultoria por Lote


O(a) Consultor(a) é responsável por assegurar a equipa necessária para a execução dos serviços de
Fiscalização em cada lote. A estrutura chave bem como as respectivas qualificações mínimas do
pessoal-chave para esta consultoria deverão ser (mas não limitadas à) as seguintes:
▪ Coordenador(a) do Projecto (a tempo inteiro): Pelo menos grau de licenciatura em
engenharia civil ou hidráulica, química, ou outra área com pelo menos 10 anos de experiência
em gestão de projectos e experiência comprovada em 5 projectos de construção de sistemas
de abastecimento de água com fonte subterrânea ou construção de pelo menos 100 fontes
dispersas com relevância para a gestão de contratos e supervisão de obras. Deverá pertencer
ao quadro permanente da empresa;
▪ Hidrogeólogo/Geohidrólogo/Geofísico (a tempo parcial). Pelo menos grau de licenciatura
em Geologia ou Hidráulica ou área afim, com pelo menos 8 anos de experiência comprovada
combinada em pesquisas geofísicos, supervisão de construção de furos de água ou ter
realizados pelos menos 150 estudos geofísicos com sucesso na perfuração de 75%.
Experiência na região Norte de Moçambique é uma vantagem.
▪ Fiscal Residente (a tempo inteiro) em cada Distrito nos casos em que tiver mais de uma
frente de perfuração: com formação do nível médio na área de geologia, geofísica ou
hidráulica, com experiência pelo menos 5 anos de experiência em posição similar, com 5 anos
de experiência comprovada na Fiscalização ou coordenador de obras como empreiteiro de
Obras de natureza e dimensão similar, conhecimentos sólidos sobre controle de qualidade,
medições e orçamentação, elaboração de autos, certificados, relatórios de progresso das obras,
entre outras aptidões profissionais. Será dada preferência aos técnicos com experiência de
trabalho na região.
▪ Um(a) técnico(a) médio como Oficial Ambiental, Saúde e Segurança para cada Lote (a
tempo parcial (50%) cobrindo todo Lote de 60 fontes): experiência previa em posições
similares (pelo menos 5 anos de experiência como oficial Ambiental, Saúde e Segurança em
obras;
▪ Um(a) técnico(a) médio como oficial social com valências em VBG (a tempo parcial
cobrindo todo Lote de 60 fontes), formado na área social, experiência mínima de 5 anos
com conhecimento comprovado de metodologias participativas de engajamento comunitário
sobre género e inclusão social bem como conhecimento sobre abordagens de Abastecimento
de Água e Saneamento Rural nas comunidades e escolas e assuntos transversais (HIV/SIDA,
gestão da higiene menstrual e questões ambientais).

VII. MÉTODO DE SELECÇÃO


O(a) Consultor(a) será seleccionado com base nos procedimentos de Licitação do Banco Mundial
“Selection and Employment of Consultants by the Bank Borrowers, Novembro 2020”, mais
especificamente através do método “Selecção do(a) Consultor(a) com Base nas Qualificações e
Custo”.

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Anexo II – Fluxo de informação no Kobo Toolbox

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