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Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG

NR35

TRABALHO EM ALTURA

Belo Horizonte
Presidente da FIEMG
Olavo Machado Júnior

Gestor do SESI
José Maria Meireles Junqueira

Superintendente do SESI
Lúcio José de Figueiredo Sampaio

Gerente Executivo de Saúde


Alfredo Manoel dos Santos Santana

Gestor do SENAI
Petrônio Machado Zica

Diretor Regional do SENAI


Cláudio Marcassa
Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG
Serviço Social da Indústria - SESI
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI
Departamento Regional de Minas Gerais

NR35

TRABALHO EM ALTURA

Belo Horizonte
SESI/ MG SENAI/MG

SESI FIEMG
Serviço Social da Indústria Av. do Contorno, 4456

SENAI Bairro Funcionários


Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial 30110-916 – Belo Horizonte

Departamento Regional de Minas Gerais Minas Gerais


Portaria n°313, de 23 de Março de 2012
(DOU - Diário Oficial da União - de 27/03/2012)

As obrigações estabelecidas na Norma entraram em vigor seis meses após sua publicação, exceto o
subitem 35.6.4, que entram em vigor 12 meses após a data de publicação da Portaria. (Emergência e
Salvamento).

35.1 Objetivo e Campo de Aplicação

35.1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em
altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a
saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.

Normas Regulamentadoras Aplicáveis

NR8 - Edificações

8.1. Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece requisitos técnicos mínimos que devem ser
observados nas edificações, para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalhem.

NR18 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção

18.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece diretrizes de ordem administrativa, de


planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas
preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria
da Construção.

NR34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação


Naval

34.6 Trabalho em Altura

34.6.1 Considera-se trabalho em altura toda atividade executada em níveis diferentes, e na qual haja
risco de queda capaz de causar lesão ao trabalhador.
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34.6.1.1 Adicionalmente, esta norma é aplicável a qualquer trabalho realizado acima de dois metros
de altura do piso, em que haja risco de queda do trabalhador.

Observação:

34.6 Trabalhos em Altura (nova redação pela Portaria MTE n.º 592, de 28 de abril de 2014)

34.6.1 As medidas de proteção contra quedas de altura devem atender à NR-35 e ao disposto neste
item.

Trabalho em Altura
De acordo com a NR-35 item: 35.1.2 considera-se
trabalho em altura toda atividade executada acima de
2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco
de queda.

35.1.3 Esta norma se complementa com as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos Órgãos
competentes e na ausência e omissão dessas com as normas internacionais aplicáveis.

Podemos encontrar grandes riscos de queda em quais ramos de atividades?

Ramos de atividades profissionais em destaque:

Siderurgia; Mineração; Construção Civil; Telecomunicações; Produção e Distribuição de Energia


Elétrica; Conservação e Manutenção Predial; Montagens Industriais; Outras.

Ocorrências de acidentes:
Muitos acidentes ocorrem em trabalhos em altura, sejam por quedas, sejam por objetos que caem
atingindo outras pessoas, ou seja, por outros fatores associados aos trabalhos em altura.

Causas e Consequências dos Acidentes


Condições Inseguras: São falhas existentes no próprio ambiente de trabalho que podem provocar
acidente a qualquer momento.

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Fator Pessoal de Insegurança: Problema pessoal do indivíduo que limite sua avaliação em relação
a um determinado risco.

Desvio comportamental: Fatores pessoais que levam a ocorrência de práticas inseguras.

Acidentes por falhas comportamentais estão entre as principais causas das ocorrências.

Devemos atuar na mudança comportamental das pessoas para atingirmos nosso objetivo:

A REDUÇÃO DOS ACIDENTES.

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35.2. Responsabilidades
35.2.1 Cabe ao empregador:

a) Garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma.

b) Assegurar a realização da Análise de Risco – AR e, quando aplicável, a emissão da Permissão de


Trabalho – PT.

c) Desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em altura.

d) Assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura, pelo
estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas complementares de segurança
aplicáveis.

e) Adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de proteção


estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas.

f) Garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle.

g) Garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de proteção
definidas nesta Norma.

h) Assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição de risco
não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível.

i) Estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura.

j) Assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela
análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade.

k) Assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma.

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35.2.2 Cabe aos trabalhadores:

a) Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os


procedimentos expedidos pelo empregador.

b) Colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma.

c) Interromper suas atividades exercendo o direito


de recusa, sempre que constatarem evidências de
riscos graves e iminentes para sua segurança e
saúde ou a de outras pessoas, comunicando
imediatamente o fato a seu superior hierárquico,
que diligenciará as medidas cabíveis.

d) Zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações
ou omissões no trabalho.

35.3 Capacitação e Treinamento


35.3.1 - O empregador deve promover programa para capacitação dos trabalhadores à realização de
trabalho em altura.

35.3.2 - Considera-se trabalhador capacitado para o trabalho em altura aquele que foi submetido e
aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas.
a) normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;
b) análise de Risco e condições impeditivas;
c) riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle;
d) sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva;
e) equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e
limitação de uso;
f) acidentes típicos em trabalhos em altura;
g) condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de primeiros

socorros.

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Rota da Capacitação

35.3.3 O empregador deve realizar treinamento periódico bienal e sempre que ocorrer quaisquer das
seguintes situações:

a) Mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho.

b) Evento que indique a necessidade de novo treinamento.

c) Retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias.

d) Mudança de empresa.

35.3.3.1 O treinamento periódico bienal deve ter carga horária mínima de oito horas, conforme
conteúdo programático definido pelo empregador.

35.3.3.2 Nos casos previstos nas alíneas “a”, “b”, “c” e “d”, a carga horária e o conteúdo programático
devem atender a situação que o motivou.

35.3.4 Os treinamentos inicial, periódico e eventual para trabalho em altura podem ser ministrados
em conjunto com outros treinamentos da empresa.

35.3.5 A capacitação deve ser realizada preferencialmente durante o horário normal de trabalho.

35.3.5.1 O tempo despendido na capacitação deve ser computado como tempo de trabalho efetivo.

35.3.6 O treinamento deve ser ministrado por instrutores com comprovada proficiência no assunto,
sob a responsabilidade de profissional qualificado em segurança no trabalho.

35.3.7 Ao término do treinamento deve ser emitido certificado contendo o nome do trabalhador,
conteúdo programático, carga horária, data, local de realização do treinamento, nome e qualificação
dos instrutores e assinatura do responsável.

35.3.7.1 O certificado deve ser entregue ao trabalhador e uma cópia arquivada na empresa.

35.3.8 A capacitação deve ser consignada no registro do empregado.

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35.4 Planejamento, Organização e Execução

35.4.1 Todo trabalho em altura deve ser planejado, organizado e executado por trabalhador
capacitado e autorizado.

35.4.1.1 Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele capacitado, cujo estado
de saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade e que possua
anuência formal da empresa.

35.4.1.2 Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que exercem atividades
em altura, garantindo que:

a) Os exames e a sistemática de avaliação sejam partes integrantes do Programa de Controle


Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, devendo estar nele consignados.

Qualquer tipo de indisposição (psicológica ou física) deve ser avaliada e se necessário o


trabalho deve ser abortado.

b) A avaliação seja efetuada periodicamente, considerando os riscos envolvidos em cada situação.

c) Seja realizado exame médico voltado às patologias que poderão originar mal súbito e queda de
altura, considerando também os fatores psicossociais.

35.4.1.2.1 A aptidão para trabalho em altura deve ser consignada no atestado de saúde ocupacional
do trabalhador.

35.4.1.3 A empresa deve manter cadastro atualizado que permita conhecer a abrangência da
autorização de cada trabalhador para trabalho em altura.

Riscos Potenciais

Existe ainda uma grande variedade de condições que predispõem a queda do próprio nível ou de
locais altos, entre essas condições, citamos:

 Epilepsia.

 Vertigem.

 Tontura.

 Acrofobia (Medo de Altura)

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Avaliação dos Riscos

Recomendações:

Não se deslocar pela estrutura sem equipamentos de segurança;

Mantenha-se sempre conectado em pontos estruturais;

Certifique-se que a estrutura é segura;

Não usar os equipamentos de segurança, alegando que o mesmo atrapalha ou incomoda.

35.4.2 No planejamento do trabalho devem ser adotadas, de acordo com a seguinte hierarquia:

a) Medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de execução.

b) Medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de execução do


trabalho de outra forma.

c) Medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não puder ser
eliminado.

Análise de Riscos

Você sabe o que é análise de Risco?

Qual a Sua Finalidade?

35.4.3 Todo trabalho em altura deve ser realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela
Analise de Risco de acordo com suas Peculiaridades.

35.4.4 A execução do serviço deve considerar as influências externas que possam alterar as
condições do local de trabalho já previstas na análise de risco.

35.4.5 Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco.

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Definição

Analise de Risco é o estudo realizado na organização identificando os riscos a cada tarefa realizada.

A analise de riscos é a base para se obter um sistema de segurança do trabalho altamente


eficaz.

35.4.5.1 A Análise de Risco deve, além dos riscos inerentes ao trabalho em altura, considerar:

a) o local em que os serviços serão executados e seu entorno;

b) o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;

c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem;

d) as condições meteorológicas adversas;

e) a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e
individual, atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios da
redução do impacto e dos fatores de queda;

f) o risco de queda de materiais e ferramentas;

g) os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;

h) o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas


regulamentadoras;

i) os riscos adicionais;

j) as condições impeditivas;

k) as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir


o tempo da suspensão inerte do trabalhador;

l) a necessidade de sistema de comunicação;

m) a forma de supervisão.

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Vantagens da Elaboração da Análise de Riscos

A Elaboração da ART possibilita:

35.4.6 Para atividades rotineiras de trabalho em altura a análise de risco pode estar contemplada no
respectivo procedimento operacional.

35.4.6.1 Os procedimentos operacionais para as atividades rotineiras de trabalho em altura devem


conter, no mínimo:

a) As diretrizes e requisitos da tarefa.

b) As orientações administrativas.

c) O detalhamento da tarefa.

d) As medidas de controle dos riscos características à rotina.

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e) As condições impeditivas.

f) Os sistemas de proteção coletiva e individual necessários.

g) As competências e responsabilidades.

Condições Impeditivas
Devem ser analisadas as seguintes condicionantes para aprovação da AR e PT:

 Avaliação inicial do ambiente de trabalho.

 Riscos mais frequentes.

 Preenchimento da lista de verificação.

 Isolamento e sinalização de toda a área.

 Ocorrência de descargas atmosféricas (raios), ventos fortes, chuva intensa, neve, iluminação
inadequada, poeira e ruído excessivo.

 Proximidade e contato com a rede elétrica energizada.

 Condições inadequadas dos executantes e dos equipamentos

 Piso irregular ou de baixa resistência.

35.4.7 As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser previamente autorizadas
mediante Permissão de Trabalho.

35.4.7.1 Para as atividades não rotineiras as medidas de controle devem ser evidenciadas na Análise
de Risco e na Permissão de Trabalho.

Permissão para Trabalho – PT

35.4.8 A Permissão de Trabalho deve ser emitida, aprovada pelo responsável pela autorização da
permissão, disponibilizada no local de execução da atividade e, ao final, encerrada e arquivada de
forma a permitir sua rastreabilidade.

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A emissão da Permissão para Trabalho é obrigatória antes da execução de quaisquer serviços.

Deve ser complementada com a elaboração de uma Análise de Riscos, sempre antes do início da
execução do serviço.

35.4.8.1 A Permissão de Trabalho deve conter:

a) Os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos.

b) As disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco.

c) A relação de todos os envolvidos e suas autorizações.

35.4.8.2 A Permissão de Trabalho deve ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno
de trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela aprovação nas situações em que não
ocorram mudanças nas condições estabelecidas ou na equipe de trabalho.

35.5 Equipamentos de Proteção Individual, Acessórios e Sistemas de Ancoragem


Quando devemos utilizar o EPI?

35.5.1 Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI, acessórios e sistemas de ancoragem devem


ser especificados e selecionados considerando-se:

 Eficiência.

 Conforto.

 Carga aplicada aos mesmos e o respectivo fator de segurança, em caso de eventual queda.

Para trabalho em local elevado acima de 2,00 metros é obrigatório, além dos EPI básicos, a
utilização dos seguintes equipamentos de proteção individual:

 Capacete de segurança meia aba com suspensão e jugular.

 Conjunto de Cinto de segurança tipo paraquedista.

 Óculos de Segurança.

 Botina de Segurança.

 Luvas.

35.5.1.1 Na seleção dos EPI devem ser considerados, além


dos riscos a que o trabalhador está exposto, os riscos
adicionais:

 Tempo de exposição ao risco.

 Frequência.

 Gravidade.

 Possíveis danos ao trabalhador.

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35.5.2 Na aquisição e periodicamente devem ser efetuadas inspeções dos EPI, acessórios e
sistemas de ancoragem, destinados à proteção de queda de altura, recusando-se os que apresentem
defeitos ou deformações.

Manutenção
35.5.2.1 Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os EPI,
acessórios e sistemas de ancoragem.

35.5.2.2 Deve ser registrado o resultado das inspeções:

a) na aquisição;

b) periódicas e rotineiras quando os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem forem recusados.

 Inspeção visual e periódica.

 Armazenamento em local seco e arejado, longe de fontes de calor e protegido da luz solar.

 Proteger o EPI durante o transporte.

 Manter protegido de substâncias químicas.

 Atender as recomendações do fabricante com relação à lavagem.

 Mesmo que não sejam utilizadas as fibras sofrem envelhecimento.

35.5.2.3 Os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem que apresentarem defeitos, degradação,


deformações ou sofrerem impactos de queda devem ser inutilizados e descartados, exceto quando
sua restauração for prevista em normas técnicas nacionais ou, na sua ausência, normas
internacionais.

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Definições e Composição:
Um sistema contra quedas de altura é composto por:

Cinturão Paraquedista - NBR-15836

35.5.3 O cinto de segurança deve ser do tipo paraquedista e dotado de dispositivo para conexão em
sistema de ancoragem.

O cinturão paraquedista é composto por fitas, fivelas de ajuste, fivelas de engate, pontos de conexão
que quando vestido e ajustado da forma adequada, retém uma pessoa em caso de queda e durante
a suspensão.

Talabarte de Posicionamento - NBR 15835

Elemento de conexão entre o cinturão abdominal a um ponto de ancoragem, de maneira a


constituir ou restringir movimentação.

Quando houver o risco de queda, o talabarte de posicionamento deve sempre ser utilizado em um
sistema onde exista um cinturão paraquedista em um talabarte antiqueda.

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35.5.3.1 O sistema de ancoragem deve ser estabelecido pela Análise de Risco.

A ancoragem deve resistir às forças originadas pela


retenção de uma queda, de acordo com a NR 18,
item 18.15.56.2 alínea b, devem ter uma resistência
pontual de no mínimo 1.500 kgf.

35.5.3.2 O trabalhador deve permanecer conectado


ao sistema de ancoragem durante todo o período de
exposição ao risco de queda.

35.5.3.3 O talabarte e o dispositivo trava-quedas


devem estar fixados acima do nível da cintura do
trabalhador, ajustados de modo a restringir a altura de
queda e assegurar que, em caso de ocorrência,
minimize as chances do trabalhador colidir com
estrutura inferior.

Talabarte de Segurança Antiqueda

Elemento de conexão entre o cinturão paraquedista e o ponto de ancoragem.

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Conector
Dispositivo que abre e fecha desenvolvido para unir diferentes componentes de um sistema contra
queda.

Possui versões com fechamento automático, com trava manual e trava automática.

35.5.3.4 É obrigatório o uso de absorvedor de energia nas seguintes situações:

a) Fator de queda for maior que 1.

Fator de queda é a relação entre a queda do trabalhador e o comprimento do talabarte que é obtida
pela fórmula: hQ/CT

hQ = Altura da queda

CT = Comprimento do talabarte

b) Comprimento do talabarte for maior que 0,9m.

0,9 cm

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Absorvedor de Energia
Através de sua deformação controlada, este equipamento absorve parte importante da energia de
queda. Sem ele, essa energia de impacto será transmitida diretamente ao corpo do trabalhador.

Absorvedor de energia (ABS) NBR 14629

CONCEITO

ZLQ (zona livre de queda)

É a distância mínima que se deve


manter entre o ponto de ancoragem 1,10m
e o solo, levando em conta o
acionamento do ABS.

Carga de Impacto no corpo 1,30m


com ABS tem que ser <_ 6 KN (ABNT)

30 cm

Absorvedor
novo
1,30 m
4,90m

Absorvedor disparado
15 kN

Fator de Queda:

Razão entre a distância que o trabalhador percorre na queda e o comprimento do equipamento que
irá detê-lo.

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Verde Verde

Amarelo Amarelo

Vermelho Vermelho

35.5.4 Quanto ao ponto de ancoragem, devem ser tomadas as seguintes providências:

a) Ser selecionado por profissional legalmente habilitado.

b) Ter resistência para suportar a carga máxima aplicável.

c) Ser inspecionado quanto à integridade antes da sua utilização.

Trava Quedas para Uso em Linha Rígida

O equipamento acompanha o trabalhador durante a subida e


descida, sem a necessidade de ação manual.

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Possui função de bloqueio automático em caso de queda, é
destinado a deslizar sobre linha de vida confeccionada em
cabo de aço, sua fixação é realizada de forma a restringir a
movimentação lateral do
sistema.

Trava Quedas Retráteis

Esse sistema funciona soltando ou retraindo a amarração conforme o deslocamento vertical do


trabalhador.

Ao receber uma aceleração brusca (como uma queda), o trava queda retrátil trava automaticamente.

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Riscos relacionados ao uso do equipamento

A queda é considerada o principal risco, porém, existem outros atrelados que devem ser
considerados:

 Ergonomia inadequada.

O cinto não deve ser utilizado por vários empregados, pois sua
ergonomia e proteção máxima se da por meio de adaptação de
tamanho e ajuste individual.

 Limitação de movimento.

 Tropeços em talabartes.

 Queda com pêndulo e consequente choque contra estrutura.

 Ajuste correto do cinturão paraquedista.

35.6. Emergência e Salvamento

35.6.1 O empregador deve disponibilizar equipe para respostas em caso de emergências para
trabalho em altura.

35.6.1.1 A equipe pode ser própria, externa ou composta


pelos próprios trabalhadores que executam o trabalho em
altura, em função das características das atividades.

35.6.2 O empregador deve assegurar que a equipe possua os recursos necessários para as
respostas a emergências.

35.6.3 As ações de respostas às emergências que envolvam o trabalho em altura devem constar do
plano de emergência da empresa.

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35.6.4 As pessoas responsáveis pela execução das medidas de salvamento devem estar
capacitadas a executar o resgate, prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e mental
compatível com a atividade a desempenhar.

ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR

( APH)

Introdução

Atendimento pré-hospitalar define-se como um conjunto de medidas e procedimento técnicos básicos


que objetivam o suporte de vida a vitima. Deve ser realizado por uma pessoa treinada a fim de
garantir a vida, proporcionar bem estar e evitar agravar as lesões já existentes.

A principal causa de morte fora dos hospitais e a falta de atendimento. A segunda e o socorro
inadequado.

O socorrista deve agir com bom senso, tolerância e calma.

O primeiro atendimento mal sucedido pode levar vítimas de acidentes a sequelas irreversíveis.

O APH divide-se, ainda, basicamente em duas modalidades de atendimento:

 Suporte Básico à Vida (SBV)

 Suporte Avançado à Vida (SAV)

Aspectos legais dos primeiros socorros

Art. 135 do Código Penal Brasileiro

E caracterizado crime deixar de prestar socorro ou auxilio a vítima ou de solicitar socorro


especializado

REANIMAÇÃO BASICA

Observar local do acidente (Sinalizar);

Avaliar a vítima;

Solicitar ajuda;

Ligar e solicitar resgate;

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AVALIAÇÃO PRIMÁRIA

C- circulação (pulso, compressões) e controle de hemorragias;

A- verificação de vias aéreas, com estabilização da cervical;

B- Boa respiração;

D- Déficit neurológico;

E- exposição da vítima, com controle da hipotermia.

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA

Realizar o AMPLA e Avaliação encéfalo caudal

OBS- Avaliação secundária e somente realizada em vítima que tenha pulso ou esteja consciente.

Parada cardiorrespiratória:

Conceito:

É a ausência das funções vitais, movimentos respiratórios e batimentos cardíacos.

A ocorrência isolada de uma delas só existe em curto espaço de tempo; a parada de uma acarreta a
parada da outra. A parada cardiorrespiratória leva à morte no período de 3 a 5 minutos.

Causas:

 Choque elétrico.

 Afogamento.

 Intoxicação

 Asfixia.

 Hemorragia grave.

 Traumatismos.

 Doenças cardíacas

ALGORITIMO SBV NO ADULTO

aplique ciclos de 100 compressões

até a chegada do suporte avançado

ou ciclos de 30x2x5

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MANOBRA DE RCP

Localize o ponto correto para aplicação da compressão

(2 dedos acima do apêndice xifóide).

MANOBRA DE RCP

Realize as 100 compressões cardíacas,

com os braços estendidos usando o peso do corpo,

aprofundando o tórax da vítima em 5cm.

DEA

Desfibrilador Externo Automático

É utilizado para restaurar a circulação do coração só poderá ser utilizado em adultos ou crianças
acima de 30 KG.

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USO DO DEA

Posicione a vítima em local afastado da água ou metal.

Exponha o tórax da vítima e seque ou depile a área.

Fique afastado enquanto o DEA faz a análise do ritmo cardíaco.

DESMAIO

Perda súbita dos sentidos, resultante da diminuição do fluxo de sangue e oxigênio para o cérebro.

Levar a vítima para local arejado;

Deitá-la em decúbito dorsal;

Elevar os Membros Inferiores;

Monitorar o nível consciência e a respiração da vítima.

LEMBRE-SE: NUNCA ofereça nada a essa vítima como

por exemplo água e principalmente nunca de nada para essa vítima cheirar.

CONVULSÕES

São reações musculares involuntárias,

acompanhadas de perda de consciência.

Duração de 3 a 5 minutos.

Não imobilizar membros (braços e pernas), deixá-los livres.

.Afastar objetos para evitar que ela se machuque;

.Afastar os curiosos, dar espaço para a vítima;

.Proteger a cabeça da vítima com a mão, roupa, travesseiro, etc;

.Após convulsão colocar vítima em posição de conforto ou segurança.

LEMBRE-SE: Convulsões não são transmissíveis

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FRATURAS

Fratura é o rompimento total ou parcial de qualquer osso. Existem dois tipos de fratura:

Fratura Fechada:
Fratura aberta ou exposta:
Sem exposição óssea Com exposição óssea

FRATURAS FECHADAS

Posicionar o membro fraturado em posição tão natural quanto possível, sem desconforto para a
vítima.

Proceder a imobilização provisória do membro com utilização de talas.

Acolchoar as talas com panos ou qualquer material macio.

Fixar as talas com ataduras.

FRATURAS EXPOSTAS

Controlar a hemorragia,

Fazer curativos nos ferimentos, fixando-os posteriormente com ataduras.

Deitar a vítima e movimentá-la o mínimo possível.

Não tentar reduzir a fratura nem transportar

a vítima antes de proceder a imobilização provisória.

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EXEMPLOS DE IMOBILIZAÇÕES

RESGATE
REGRAS GERAIS PARA ABORDAGEM E MOVIMENTAÇÃO DE VITIMAS

 A vítima não deverá ser movimentada, a menos que exista um perigo imediato para ele ou
para outros se não for feita a sua remoção;

 O socorrista deverá manipular e transportar seu paciente, geralmente, após avaliá-lo e tratá-lo
de forma a estabilizar sua condição.

 Não mover a vítima da posição onde se encontra antes de imobiliza-la.

EQUIPAMENTOS DE RESGATE

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Abordagem a Vítima

Devidamente equipado com EPI’s, forme uma impressão geral do paciente. Avalie o nível de
consciência.

Caso esteja consciente, identifique-se e solicite autorização para ajudar.

OBS- Todos os casos onde a suspeita de trauma devera ser colocado o colar cervical no inicio da
avaliação.

COLOCAÇÃO DE VÍTIMA NA PRANCHA

Realize a contagem para o rolamento em monobloco,

aproxime a prancha da vítima e inspecione a região dorsal.

Realize o rolamento da vítima para a prancha e

estabilize a vítima com o protetor lateral de cabeça.

Previna o estado de choque evitando a perda

de calor corporal e fixe a vítima na prancha

ajustando os tirantes.

Após a avaliação, e tratamento,

o paciente está pronto para o transporte.

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AVALIAÇÃO CONTINUADA

Pacientes inconscientes:

Reavaliar a cada 3 ou 5 minutos.

Pacientes conscientes:

Reavaliar a cada 15 minutos.

Material adicional:

Medidas de Prevenção e Controle:

Recursos: de acordo com a tarefa a ser executada e após ter sido feita a análise de risco serão
definidos os recursos a serem utilizados:

Cadeira suspensa

Equipamento elevatório utilizado principalmente em


fachadas, cujo sua característica é o percurso livre por
toda a extensão.

O ponto de ancoragem do cabo de sustentação da


cadeira deve ser independente do ponto de
ancoragem do cabo do trava-queda e resistirem a, no
mínimo, 1500 kg (NR 18 e NBR 14751).

A correta ancoragem e instalação da cadeira suspensa é fundamental para a segurança do


equipamento e do usuário devendo ser elaborada por profissional legalmente habilitado.

Uma vez instalado na obra, o equipamento só poderá ser utilizado com autorização formal do
engenheiro residente ou técnico de segurança ou ainda, de profissional legalmente habilitado.

Acessórios obrigatórios para utilização – Cabo de Aço:

Cabo de aço para sua sustentação, fixado por meio de dispositivos que impeçam o deslizamento e
desgaste.

Sistema independente de fixação para o cinto de segurança tipo paraquedista, ligado ao trava-
quedas em um cabo-guia.
33
Guarda Corpo

Peças horizontais paralelas ligadas aos postes que circundam a plataforma, destinadas à proteção
contra queda das pessoas que utilizam o andaime.

34
Andaimes

São Plataformas necessárias à execução de trabalhos em lugares elevados, onde não possam ser
executados em condições de segurança a partir do piso. São utilizados em serviços de construção,
reformas, demolição, pintura, limpeza e manutenção.

Trabalhos sobre andaime

 Não é permitida a movimentação do andaime com pessoas ou objetos sobre ele.

 Andaimes não podem ser recolocados sem que seja efetuada sua total desmontagem.

Os andaimes deverão ser obrigatoriamente dimensionados por um profissional habilitado, estando


construídos de modo a suportar, com segurança, as cargas de trabalho a que estão sujeitos,
conforme critérios tecnicamente aceitos, e apresentar os seguintes requisitos:

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Sistema de Identificação de Andaimes

Os andaimes devem possuir sinalização indicando sua condição, “Liberado” ou “Não Liberado” ou
“Em montagem”, com indicação dos responsáveis pela montagem e liberação.

Devem ser utilizadas quantas etiquetas forem necessárias, em função da extensão do andaime.

Realizar a Lista de Verificação de Andaime: antes, durante e após a montagem.

Regras de segurança para utilização de andaimes:

Os andaimes devem ser dimensionados e montados de modo a suportarem, com segurança, as


cargas de trabalho (pessoas e materiais), a que estarão sujeitos.

Os montantes devem ser apoiados sobre calços ou sapatas, capazes de resistir aos esforços e as
cargas.
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Trabalhos sobre Telhados

As Passarelas para Telhados devem atender aos seguintes requisitos:

Fabricada em material antiderrapante, com comprimento e largura que permitam a movimentação


com segurança.

Possuir degraus quando utilizadas em superfícies inclinadas ou não possuir degraus quando
utilizadas em superfícies sem inclinação.

As pranchas devem ser presas à estrutura do telhado.

Não é permitido o posicionamento ou armazenamento de cargas excedentes no telhado de uma


edificação. Todas as necessidades adicionais devem ser previstas na elaboração da AR, com o
objetivo de identificar a forma correta para a realização do trabalho.

É proibido o trabalho em telhado, em dias com potencial para chuvas, com chuvas, com ventos
fortes.

Possuir pontos de ancoragens e Linha de Vida acompanhando a extensão da passarela para uso de
cinto de segurança durante a permanência sobre a mesma.

Possuir dispositivo de interligação /


travamento entre os elementos dos
pranchões.

Nunca andar sobre materiais frágeis (telhas de cimento, amianto e/ou barro, telhas plásticas, fibra de
vidro, forro de ripas, estuques, etc.). Devem-se instalar pranchas móveis no sentido transversal das
longarinas de sustentação para facilitar a movimentação.

Linha de Vida

São pontos de conexão para talabartes, capazes de suportar uma força de impacto.

As linhas de vida verticais e horizontais devem atender aos seguintes requisitos:

 Proteção contra atrito e, quando necessário, fabricada em material resistente a altas

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temperaturas.

 É necessário projeto elaborado por profissional habilitado.

Utilizado para os trabalhos onde o executante necessite se deslocar verticalmente (subida ou


descida) com segurança até uma superfície de trabalho (exemplo: descida no interior de tanques).

Podem ser de dois tipos:

Linha de Vida Horizontal (ou cabo guia)

Cabo de aço tendo suas extremidades ancoradas à estrutura da edificação por meio de material de
aço inoxidável ou outro material de resistência equivalente.

Utilizado para os trabalhos onde o executante necessite se deslocar horizontalmente com segurança
sobre pisos elevados.

Deve ser instalado de modo a não permitir deflexões e estar posicionado à altura da cintura do
executante ou acima.

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Linha de Vida Vertical

Cabo vertical (aço ou nylon), tendo umas de suas extremidades conectadas a um ponto de
ancoragem ou trava-quedas retrátil, e a outra extremidade, conectada ao talabarte, argola “D” do
cinto de segurança ou trava-quedas deslizante.

Regras de Segurança - Escadas

Escada simples / extensível

Não é permitida a união de duas ou mais escadas,


bem como prolongar seus montantes, visando
aumentar o comprimento total da escada.

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Na impossibilidade de nivelar o piso sobre o qual a
escada será apoiada, será permitido o
prolongamento do pé por meio de sistemas
automáticos ou mecânicos.

A amarração da escada na parte superior deve ser por meio de sistema de fixação adequado
(Projetado por profissional habilitado).

As escadas devem ser transportadas horizontalmente, evitando-se choques contra pessoas ou


obstáculos.

Quando transportada por uma só pessoa, a escada deverá ter a parte da frente mantida a uma altura
superior à cabeça de uma pessoa.

Escadas compridas devem ser carregadas por duas ou mais pessoas, para garantir um transporte
mais seguro e promover melhor distribuição da carga.

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Escadas Duplas (cavalete ou tesoura)

Utilizadas para pequenos serviços, devem ser rígidas, estáveis e seguras.

O comprimento máximo dos montantes da escada é 6 metros, não devendo ser utilizada como
escada portátil de uso individual (de mão).

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A escada deve ser provida de dobradiças com afastadores e limitadores de abertura com sistema
anti beliscão, que evite lesão na mão do trabalhador.

Os limitadores de abertura deverão estar


totalmente estendidos (abertos) quando a
escada estiver em uso.

São proibidas improvisações como uso de arames, cordas, fios, correntes e outros materiais para
substituir os limitadores de abertura.

Escada Marinheiro NR 18.12.5.10.1

A escada marinheiro e a escada vertical devem atender aos


seguintes requisitos:

Para cada lance de, no máximo 9 m, deve existir um


patamar intermediário de descanso, protegido por guarda-
corpo e rodapé.

A escada fixa, tipo marinheiro, com 6,00 (seis metros) ou


mais de altura, deve ser provido de gaiola protetora a partir
de 2,00m (dois metros), acima da base até 1,00m (um
metro), acima da última superfície de trabalho.

Escada Plataforma

A escada plataforma deve atender aos seguintes requisitos:

 Degraus e plataformas construídas com material antiderrapante.

 Capacidade de carga visível à distância.

 Pés com estabilizador e sapatas antiderrapantes.

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Construída ou revestida em material não condutor ou possuir placa indicativa de “uso proibido para
atividades com eletricidade”.

Sistema de estabilização/fixação quando construída com sistema de deslocamento.

Possuir guarda-corpo e rodapé em ambos os lados e ao redor de toda a plataforma de trabalho.

Referências Bibliográficas Para Elaboração do Material de Trabalho em Altura.

NR – 35 – Trabalho em Altura.

NR – 08 – Edificações.

NR - 18 - Condições e Meio Ambiente Trabalho na Industria da Construção.

NR - 34 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção e reparação naval

NBR’s

Recomendações técnicas - escadas Rampas e Passarelas – Fundacentro.

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