Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Jaime E. Villate
Exercícios Resolvidos de
Eletricidade, Magnetismo
e Circuitos
Jaime E. Villate
Faculdade de Engenharia
Universidade do Porto
Exercícios Resolvidos de Eletricidade, Magnetismo e Circuitos
Copyright © 2020, Jaime E. Villate
E-mail: villate@fe.up.pt
Edição do autor.
ISBN: 978-972-752-271-2
DOI: 10.24840/978-972-752-271-2
(https://doi.org/10.24840/978-972-752-271-2)
Terceira edição
Setembro de 2020
Conteúdo
Prefácio v
1 Campo elétrico 1
2 Voltagem e corrente 9
3 Resistência 15
4 Capacidade 19
6 Fluxo elétrico 33
7 Potencial eletrostático 39
8 Campo magnético 45
9 Indução eletromagnética 51
10 Processamento de sinais 57
Bibliografia 75
Prefácio
Esta obra complementa o livro Eletricidade, Magnetismo e Circuitos (Vi-
llate, terceira edição, 2019). Em cada capítulo apresenta-se uma proposta
de resolução de alguns dos problemas no fim de cada capítulo desse livro.
Tal como nesse livro, em alguns casos usa-se o Sistema de Álgebra Com-
putacional (CAS) Maxima na resolução dos problemas. Espera-se que os
comandos de Maxima usados sejam também compreensíveis para quem
não use esse software, e sirvam como indicação dos passos a seguir na
resolução com outras ferramentas de cálculo.
O tema dos primerios quatro capítulos é eletrostática e eletricidade. O
capítulo 5 é sobre circuitos de corrente contínua. Nos capítulos 6 e 7
aprofunda-se mais nos temas do campo elétrico e teoria do potencial. Os
capítulos 8 e 9 são dedicados ao campo magnético e à indução eletromag-
nética. Os capítulos 10 e 11 são também sobre teoria de circuitos, mas
com tensões variáveis e alternadas. Finalmente, o capítulo 12 é sobre
ondas eletromagnéticas.
A resolução de problemas de eletricidade, magnetismo e circuitos é uma
forma importante de consolidar conhecimentos nessas áreas, mas deverá
ser acompanhada do estudo dos aspectos teóricos. Trata-se de um tema
muito rico em fenómenos físicos que é importante conhecer e compre-
ender para resolver problemas nessa área.
Todas as figuras são originais e são licenciadas sob a mesma licença do
livro: Creative Commons Atribuição-Partilha 4.0 Internacional.
Jaime E. Villate
E-mail: villate@fe.up.pt
Porto, setembro de 2020
1 Campo elétrico
Problema 1
Uma lâmina de acetato, eletrizada por fricção, coloca-se 1 cm acima
de uma mesa onde há vários quadrados de papel, cada um com 0.5
cm de lado. Observa-se que alguns pedaços de papel saltam, ficando
colados ao acetato. Faça uma estimativa da ordem de grandeza da
carga do acetato, admitindo que uma carga idêntica e de sinal oposto
é induzida em cada pedaço de papel e sabendo que o papel usado
tem 80 g/m2 .
(%i1) P: 0.5e-2^2*80e-3*9.8;
(%o1) 1.96e-5
(%i2) F: 9e9*q*q/1e-2^2;
(%o2) 9.0e+13 q 2
Problema 2
A soma dos valores de duas cargas pontuais q 1 e q 2 é q 1 + q 2 = 10 µC.
Quando estão afastadas 3 m entre si, o módulo da força exercida por
cada uma delas sobre a outra é 24 mN. Determine os valores de q 1 e
q 2 , se: (a) Ambas cargas são positivas. (b) Uma das cargas é positiva
e a outra negativa.
(b) Quando os sinais das cargas são opostos, q 1 q 2 será negativo. Como
tal, o produto dos valores absolutos deverá ser substituído por: |q 1 | |q 2 | =
−q 1 q 2 , e a condição para a força é
As duas soluções são equivalentes, já que tanto faz dizer que q 1 é a carga
positiva ou a negativa.
Problema 5
Três cargas pontuais estão ligadas por dois fios isoladores de 2.65 cm
cada (ver figura). Calcule a tensão em cada fio.
Sobre cada uma das partículas atuam forças elétricas e tensões nos fios
aos que estejam ligadas. Como este sistema está em equilíbrio, a força
resultante sobre cada uma das 3 partículas deverá ser nula. Como tal,
temos 3 condições de equilíbrio com apenas 2 incógnitas, que são as
tensões nos dois fios.
Basta então considerar apenas as condições de equilíbrio para duas das
partículas. Os diagramas de forças para as cargas de 3.2 nC e 7.4 nC
(designadas de q 1 e q 3 ) são os seguintes:
~31
F ~a
T ~b
T ~13
F
~21 q 1
F q3 F
~23
T a = F 21 + F 31
Tb = F 13 + F 23
(%i10) Tb:9e9*(7.4e-9*5.1e-9/2.65e-2^2+7.4e-9*3.2e-9/(2*2.65e-2)^2);
(%o10) 5.595e-4
As unidades dessas duas forças são newton, porque foram usadas unida-
des SI.
5
~a
T ~b
T
~32 q 2 F
F ~12
T a + F 32 = Tb + F 12
equação essa que podia ter sido resolvida em simultâneo com alguma
das duas equações para q 1 ou q 3 , obtendo-se a mesma resposta, já que
esta terceira condição obtém-se subtraindo as duas primeiras condições,
e tendo em conta que para quaisquer índices i e j , F i j é igual a F j i .
Problema 8
Determine a força elétrica resultante sobre cada uma das cargas
representadas na figura e o campo elétrico produzido pelas 3 cargas
no ponto P.
7 nC
1 cm
1 cm
P 1 cm
p
−5 nC 3 cm 9 nC
q3
~23
F
~13
F
2
1
~31
F
θ q2
p
q1 F
~21 3 ~12
F
~32
F
Usando listas para representar as componentes dos vetores, com eixo dos
~i , sobre
x de q 1 para q 2 e eixo dos y de q 1 para q 3 , as forças resultantes, F
cada uma das três cargas obtêm-se observando o diagrama das forças:
7
~1 = 1.35 ı̂ + 3.15 ̂
F
~2 = −0.12 ı̂ − 0.71 ̂
F
~3 = −1.23 ı̂ − 2.44 ̂
F
k |q i |
Ei =
d i2
q3
1
~2
E
θ P
1 ~3
E
~1
E 1
1
θ
p
q1 3 q2
8 Campo elétrico
~ = −0.546 ı̂ − 0.135 ̂
E
2 Voltagem e corrente
Problema 2
Num tubo de raios X são libertados eletrões, inicialmente em re-
pouso, que são logo acelerados no vácuo do tubo por meio de um
campo elétrico, atravessando uma região em que a diferença de po-
tencial é de 4 kV. Os eletrões logo colidem com um alvo metálico
produzindo radiação X. (a) Determine a energia cinética e a velo-
cidade com que os eletrões colidem com o alvo. (b) Se a variação
de potencial se estender por uma distância de 8 dm, determine a
intensidade do campo elétrico médio.
∆Ue = |q ∆V | = 4000 eV
(%i3) E: 4000/8e-1;
(%o3) 5.0e+3
E = m γ c2
Problema 3
Uma certa bateria de automóvel tem carga máxima de 250 Ah, que
corresponde à carga disponível quando está carregada a 100%. (a)
Depois de algum uso, a bateria descarrega até 60% da sua carga má-
xima. Qual é a carga, em coulombs, com que fica a bateria? (b) A
seguir, a bateria liga-se a um carregador de 12 V para a recarregar e
observa-se que inicialmente a corrente do carregador tem intensi-
dade de 7 A, mas 6 horas depois diminui a 3 A. Admitindo diminuição
linear da corrente em ordem ao tempo, com que percentagem da
sua carga máxima fica a bateria no fim das 6 horas?
(a) Após ter descarregado pelo uso, a carga, que é 60% da carga máxima
inicial de 250 A·h, que em coulomb é igual a:
(%i4) 0.6*250*3600;
(%o4) 5.4e+5
12 Voltagem e corrente
7+3
I¯ = =5A
2
Problema 7
A corrente num cabo varia de acordo com a função I = 20+3 t 2 , onde
I mede-se em miliampere e t em segundos. (a) Que carga transporta
o cabo desde t = 0 até t = 10 s? (b) Qual o valor da corrente constante
que transporta a mesma quantidade de carga no mesmo intervalo
de tempo?
Problema 8
Num condutor ligado a uma pilha com f.e.m. de 1.5 V, circulam
9.6 × 1021 eletrões de condução durante 2 horas. Determine:
(a) A intensidade da corrente média.
(b) A energia fornecida pela pilha durante esse intervalo.
(c) A potência média fornecida pela pilha.
(d) Se a carga inical da pilha era de 3 A·h, com que carga fica após as
2 horas?
(%i8) I: 9.6e21*1.602e-19/7200;
(%o8) 0.2136
(%i9) U: 9.6e21*1.602e-19*1.5;
(%o9) 2.307e+3
(%i10) P: 1.5*I;
(%o10) 0.3204
(%i11) 3 - I*2;
(%o11) 2.573
Problema 1
A temperatura num dado momento é 12 °C. Quanto deve aumentar
a temperatura para que a resistência de um fio de cobre aumente
10%?
Esse sistema tem uma variável livre, já que são duas equações com 3
variáveis: as resistências R 12 , R 20 e a temperatura T . Para usar o co-
mando solve do Maxima, teremos que selecionar duas das variáveis, por
exemplo T e R 12 , que serão resolvidas em função da terceira variável R 20 ,
considerada variável livre
Problema 3
A diferença de potencial entre os elétrodos de uma bateria é 3 V
quando a bateria é percorrida por uma corrente de 4 A, no sentido
do elétrodo negativo para o positivo. Quando a corrente é de 2 A,
no sentido oposto, a diferença de potencial aumenta até 12 V. (a)
Calcule a resistência interna da bateria. (b) Qual é a f.e.m. da bateria?
Problema 5
A resistência de uma lâmpada incandescente de 60 W e 230 V, à
temperatura ambiente de 20 °C, é R = 65 Ω. No entanto, as especi-
ficações do fabricante (60 W e 230 V) conduzem a um valor muito
mais elevado da resistência. Justifique, calculando a temperatura do
filamento de tungsténio quando a lâmpada se encontra acesa.
Problema 6
No circuito representado na figura, foi medida a corrente na resistên-
cia de 8 kΩ e obteve-se o valor de 2 mA. Use esses dados para calcular
o valor da f.e.m. e a diferença de potencial em cada resistência.
6 kΩ
8 kΩ
2 mA
3 kΩ
O valor da f.e.m. deverá ser igual à soma das diferenças de potencial nas
duas resistências de 2 kΩ e 8 kΩ, que estão em série:
ε = ∆V2 + ∆V8 = 20 V
4 Capacidade
Problema 2
(a) Determine a capacidade de uma esfera condutora isolada, com
raio de 4.0 cm e rodeada por ar. (b) A esfera da alínea anterior é
coberta com uma camada de vidro de 1 mm de espessura e constante
dielétrica de 5.6, deixando um orifício para ligar um cabo à esfera,
e a camada de vidro é coberta com uma segunda lâmina metálica
esférica de raio 4.1 cm, formando-se assim um condensador esférico.
Determine a capacidade desse condensador. (c) Qual a relação entre
a capacidade do condensador e a da esfera?
K R 4 × 10−2
C= = = 4.44 × 10−12 F = 4.44 pF
k 9 × 109
(b) A capacidade do condensador esférico é:
K R1 R2 5.6 × 4 × 10−2 × 4.1 × 10−2
C= = ¢ = 1.02 nF
k (R 2 − R 1 ) 9 × 109 4.1 × 10−2 − 4 × 10−2
¡
Problema 3
No sistema de três condensadores apresentado na figura, C 1 = 1.2 µF,
C 2 = 4.3 µF e C 3 = 2.5 µF. A voltagem entre os pontos A e B é de
9.0 V. (a) Determine a carga armazenada em cada condensador. (b)
Determine a energia total armazenada no sistema.
C1
C3
A B
C2
C4 C3 C5
A B
A C B
C4 C3
C5 = = 1.71875 µF
C 4 +C 3
Q 3 = Q 4 = 15.47 µC
Q 4 15.47 × 10−6
∆VAC = = = 2.8125 V
C4 5.5 × 10−6
(b) A energia total armazenada no sistema é a soma das energias nos três
condensadores, que será igual à energia total armazenada em qualquer
um dos outros dois circuitos equivalentes na figura acima. Será então
mais fácil determinar essa energia no circuito mais simples, com apenas
um condensador de capacidade C 5 entre A e B:
1 2 1.71875 × 10−6 × 92
Utotal = U5 = C 5 ∆VAB = = 69.61 µJ
2 2
Problema 4
Um condensador plano com armaduras de 12 cm2 distanciadas de
1 cm, está totalmente preenchido por dois dielétricos, cada um com
espessura igual a 0.5 cm e área igual à das placas. Calcule a capaci-
dade do condensador sabendo que as constantes dos dielétricos são
4.9 e 5.6 (sugestão: admita que o condensador é equivalente a dois
condensadores em série, cada um com um dielétrico diferente).
4.9 × 12 × 10−4
C1 = = 10.398 pF
4 π k × 0.5 × 10−2
5.6 × 12 × 10−4
C2 = = 11.884 pF
4 π k × 0.5 × 10−2
C1 C2
C= = 5.546 pF
C 1 +C 2
Problema 7
No circuito da figura, calcule a capacidade equivalente: (a) Entre os
pontos B e D. (b) Entre os pontos A e B.
18 pF 6 pF
A B C
18 pF 4 pF 6 pF
D
18 pF 6 pF
18 pF 6 pF
B
18 pF 4 pF 6 pF F
D
18 pF 6 pF
23
6 pF 4 pF 2 pF F
C BD = 6 + 4 + 2 = 12 pF
A B
18 pF
18 pF 4 pF 2 pF
D
18 pF
A B
18 pF
18 pF 6 pF
18 pF
A B
18 pF
3.6 pF
C AB = 18 + 3.6 = 21.6 pF
5 Circuitos de corrente contínua
Problema 1
No circuito da figura, determine quais das fontes de força eletromo-
triz fornecem ou absorvem energia e calcule a potência fornecida,
ou absorvida, por cada uma.
4.2 kΩ
5V
6V 5.6 kΩ
7.0 kΩ
2.1 kΩ
4.2
5
6 i1 i2 5.6
7.0
2.1
13.3 −7 i 1 11
· ¸· ¸ · ¸
=
−7 12.6 i 2 −5
Os dois valores positivos obtidos indicam que os sentidos das duas cor-
rentes de malha sim é o que foi arbitrado (dos ponterios do relógio).
A corrente que passa pela f.e.m. de 6 V é a própria corrente de malha
i 1 = 0.8737 mA, que atravessa a fonte de 6 V do elétrodo negativo para o
positivo; como tal, essa fonte fornece 6 × 0.8737 = 5.24 mW.
Na fonte de 5 V, a corrente é de cima para baixo, porque i 1 > i 2 , e tem
intensidade i 1 − i 2 = 0.8737 − 0.08855 = 0.78515 mA. Essa fonte também
fornece potência (a corrente atravessa do elétrodo negativo para o posi-
tivo) de valor 5 × 0.78515 = 3.93 mW.
Problema 4
Determine a potência dissipada em cada resistência no circuito e
a potência fornecida pela f.e.m. Verifique que a potência fornecida
pela f.e.m. é igual à soma das potências dissipadas em todas as
resistências.
150 Ω 6V
100 Ω
80 Ω
20 Ω 60 Ω
I1
I6
i1
150 6
I 4 100
i2 80
20 i3 60
I5
I3 I2
O produto da matriz inversa pela lista das voltagens, que dá uma matriz
com as correntes de malha, foi convertida em lista usando a função
list_matrix_entries.
Observando o diagrama acima, conclui-se que a lista das correntes no
6 ramos, I 1 . . . I 6 , nos sentidos escolhidos, têm a seguinte relação com as
correntes das malhas:
(%i5) P: R*I^2;
(%o5) 0.08213, 0.1514, 4.5 × 10−5 , 0.062, 0.1058, 0
£ ¤
Problema 5
No circuito representado no diagrama, os dois condensadores estão
inicialmente descarregados. Determine: (a) As correntes iniciais nas
resistências e condensadores. (b) As cargas finais nos condensadores,
indicando as suas polaridades.
150 Ω 1.5 V
6V 1.2 kΩ 68 nF
200 Ω
82 nF
29
+6 150 Ω 0
1.5 V
6V +1.5
200 Ω
0 150 Ω 0 0
1.5 V
6V +1.5 1.2 kΩ
200 Ω
-6 V
30 Circuitos de corrente contínua
1200 × 1.5
V = 1200 I = = 1.286 V
1400
Problema 6
(a) Determine a intensidade e sentido da corrente no condensador,
no instante inicial em que está descarregado.. (b) Determine a carga
final do condensador, indicando a sua polaridade.
3V 270 Ω
180 Ω
1.2 µF
470 Ω 330 Ω
560 Ω
31
3V 270 Ω
180 Ω
470 Ω 330 Ω
560 Ω
A
3V 270 Ω
C D
470 Ω B 330 Ω
560 Ω
3V 270 Ω 3V 270 Ω
A A
800 Ω 329.4 Ω
C D C D
560 Ω
3
I= = 0.005005 A
270 + 329.4
e a voltagem entre os pontos D e C é:
1.649
I 800 = = 0.002061 A
800
A lei de Gauss relaciona as cargas livres numa região com o fluxo elétrico
através da fronteira dessa região. Como tal, para determinar a carga li-
vre que existe na atmosfera, devemos encontrar uma superfície fechada
onde seja possível calcular o fluxo elétrico. Com os dados do problema,
podemos calcular facilmente o fluxo numa superfície horizontal (perpen-
dicular ao campo) que esteja a uma altura do nível do mar ou 2 km por
cima. Usaremos uma superfície fechada com duas tampas horizontais
iguais de área A, uma ao nível do mar e a outra 2 km por cima, com
paredes laterais verticais, tal como mostra a figura seguinte:
~2
E
2 km
~0
E
34 Fluxo elétrico
Φ0 = 120 A
Nas paredes laterais não há fluxo, porque as linhas de campo são tangen-
tes a essa superfície. O fluxo total na superfície fechada é então:
Φ = Φ0 + Φ2 = 54 A
54 A
Φ = 54 A = 4 π k q int =⇒ q int = = 4.775 × 10−10 A
36 × 109 π
4.775 × 10−10 A
ρ= = 2.387 × 10−13 C/m3
2000 A
R2
R0
Terra
O fluxo elétrico que sai do volume entre essas duas esferas é (unidades
SI):
Φ = 120 × 4 π R 02 − 66 × 4 π R 22
Φ
4 π k 360 R 02 − 198 R 22
ρ= 3 3
= 3 3
= 2.385 × 10−13 C/m3
4 π (R 2 − R 0 ) 4 π k (R 2 − R 0 )
3
Problema 2
Uma carga pontual de 5 nC encontra-se a 6 cm de um fio retilíneo
muito comprido, com carga linear constante de 7 nC/cm. Calcule
a força elétrica sobre o fio (sugestão: calcule melhor a força do fio
sobre a carga pontual, que é mais fácil de calcular, e pela lei de ação
e reação deverá ter o mesmo módulo).
Problema 5
Uma esfera de raio R tem uma carga elétrica Q distribuída unifor-
memente dentro do seu volume. Usando a lei de Gauss, calcule o
módulo do campo elétrico num ponto a uma distância r do centro
da esfera. Considere os casos r ≥ R e r < R.
S1
S2
k q int
Φ = 4 π k q int =⇒ E=
r2
37
Problema 6
Uma partícula pontual com massa igual a 25 g e carga de 50 nC
encontra-se pendurada de um fio de 7 cm que está colado a um
plano vertical. O plano vertical tem uma carga superficial constante
σ = 17 nC/cm2 e pode ser considerado infinito. Calcule o ângulo θ
que o fio faz com o plano vertical.
m
7c
θ σ
Sobre a carga pontual atuam três forças externas: a força elétrica, a tensão
no fio, e o peso. O lado esquerdo da figura seguinte mostra essas forças.
38 Fluxo elétrico
θ
T
Fe T mg
θ
mg
Fe
Fe 0.4807
µ ¶ µ ¶
θ = arctg = arctg = 62.99◦
mg 0.025 × 9.8
7 Potencial eletrostático
Problema 4
Duas superfícies condutoras esféricas e concêntricas têm raios de
5 cm e 7 cm. A superfície menor tem uma carga total de 3 nC e a
carga total na superfície maior é de −2 nC. Calcule a diferença de
potencial entre as duas superfícies.
k Q1 k Q2 27 18
V (R 1 ) = + = −
R1 R2 0.05 0.07
k Q1 k Q2 27 18
V (R 2 ) = + = −
R2 R2 0.07 0.07
27 18 27 18
V (R 1 ) − V (R 2 ) = − − + = 154.3 V
0.05 0.07 0.07 0.07
40 Potencial eletrostático
ZR2 0.07
k Q1 27 27 27
Z
V (R 1 ) − V (R 2 ) = dr = dr = − = 154.3
r2 r 2 0.05 0.07
R1 0.05
Problema 5
A figura representa as linhas de campo elétrico devido a duas car-
gas pontuais separadas de 7 cm. A razão entre os valores das duas
cargas é 4/9. (a) Calcule a distância do ponto P às partículas. (b)
Sabendo que a carga da partícula no lado direito é de −8 nC, calcule
o potencial no ponto P (admita V = 0 no infinito).
(a) No ponto P o campo total é nulo, ou seja, os campos das duas cargas
são vetores opostos e com o mesmo módulo. Se d 1 e d 2 são as distâncias
desde cada uma das cargas até P, a condição para que os módulos dos
dois campos sejam iguais é:
s
k |q 1 | k |q 2 | d1 q1 2
2
= 2
=⇒ = =
d1 d2 d 2 q2 3
41
Problema 7
O potencial no plano Ox y é (unidades SI):
2x 3
V= +
(x 2 + y 2 )3/2 (x 2 + y 2 )1/2
y 0
−1
−2
−2 −1 0 1 2
x
Problema 8
A figura mostra as superfícies equipotenciais devidas a uma carga
pontual e a um campo elétrico uniforme E ~ext . A grandes distâncias
da carga pontual, as superfícies são planos paralelos e a distancia
entre dois planos com diferença de potencial de 15 V é de 8 cm. (a)
Calcule o módulo e a direção do campo externo E ~ext . (b) Diga se a
carga pontual é positiva ou negativa e justifique a sua resposta. (c)
Qual a direção da força sobre a carga pontual? (d) Se a distância
entre a carga pontual e o ponto P é 9 cm, determine o valor da carga
pontual.
90 V
75 V
60 V
45 V
30 V P
8 cm
15 V
(a) O campo externo aponta para baixo (direção em que diminui o poten-
cial) e tem módulo:
15 V
E ext = = 187.5
0.08 m
(b) A carga é negativa, porque há uma linha de campo que atravessa as
superfícies equipotenciais de 90 V, 75 V, 60 V, 45 V e 30 V entrando logo
na carga. Também, se não existisse a carga, o potencial no ponto onde
44 Potencial eletrostático
Problema 2
Considere dois fios de cobre, retilíneos e paralelos, de 60 cm de
comprimento, distanciados de 9 cm e com raios de 2 mm e 3 mm.
Calcule o valor da força magnética entre os fios quando cada um
deles for ligado a uma f.e.m. de 1.5 V. (Use o valor da resistividade do
cobre à temperatura ambiente: 17 nΩ·m.)
ρ L1 17 × 10−9 × 0.6
R1 = = = 8.117 × 10−4 Ω
π r 12 π × 0.0022
ρ L2 17 × 10−9 × 0.6
R2 = = = 3.608 × 10−4 Ω
π r 22 π × 0.0032
Problema 3
A figura mostra dois fios compridos e paralelos, no plano perpen-
dicular a eles. A intensidade da corrente em cada fio é a mesma, I ,
mas com sentidos opostos, como indicam o ponto e o x nos dois fios.
(a) Represente graficamente os vetores de campo magnético devido
a cada fio e o campo magnético resultante no ponto P. (b) Encontre
a expressão do módulo do campo magnético em qualquer ponto P
sobre o eixo x, em função da distância x de P à origem.
a
P
x x
a
(a) No plano x y, as linhas do campo B~1 devido a fio de cima são circunfe-
rências com centro no fio, no sentido contrário aos ponteiros do relógio.
No ponto P, o vetor B ~1 é perpendicular ao segmento entre P e o fio, no
sentido indicado na figura seguinte. As linhas do campo devido ao fio de
baixo rodam no sentido dos ponteiros do relógio e no ponto P o campo
~2 é perpendicular ao segmento entre P e esse fio, como mostra a figura:
B
1
d ~1
B
θ
~
θ B
θ x
θ ~2
d B
2
47
2 km I
B1 = B2 =
d
4 km I 4 km I a 4 km I a
B = 2 B 1 cos θ = cos θ = = 2
d d2 x + a2
Problema 4
Um feixe de protões desloca-se com velocidade constante ~ v , se-
gundo o eixo dos x, atravessando duas regiões, I e II, caraterizadas
do seguinte modo: em I, existe um campo magnético, B ~1 e em II,
~
coexistem um campo magnético, B 2 , e um campo elétrico, E ~ = E ̂.
Todos os campos são uniformes nas regiões em que foram definidos
e anulam-se fora delas. O peso dos protões não é significativo. Quais
as condições a que devem obedecer os campos B ~1 e B~2 para que o
feixe não sofra qualquer perturbação no seu movimento, enquanto
atravessa duas regiões? Se em vez de protões, fosse um feixe de
eletrões, as condições estabelecidas manter-se-iam?
I II
x
48 Campo magnético
v = v ı̂
~
~1 = q ~
F v ×B~1 = q v ı̂ × B x ı̂ + B y ̂ + B z k̂
¡ ¢
= q v B y k̂ − B z ̂
¡ ¢
F~2 = q E
~+q~v ×B~2 = q E ̂ + v B y k̂ − v B z ̂
¡ ¢
E
~2 = B x ı̂ +
B k̂
v
onde B x pode ter qualquer valor, positivo ou negativo. Ou seja, o campo
magnético na região II deverá ter uma componente perpendicular à
velocidade e ao campo elétrico, com módulo igual ao módulo do campo
elétrico dividido pela velocidade, e pode ter também uma componente
paralela à velocidade.
Se o feixe fosse composto por eletrões, ou qualquer outro tipo de par-
tículas com carga, as condições obtidas seriam as mesmas, já que os
resultados não dependem do valor de q nem da massa das partículas.
Comentários: Observe-se que na região II o campo magnético necessá-
rio para que as partículas não sejam desviadas depende da velocidade
v das partículas. Como tal, na região II há um filtro de velocidades, em
que as partículas com velocidade v = B z /E passam sem serem desviadas,
mas as partículas com velocidades diferentes desse valor serão desviadas.
49
Problema 7
A figura mostra as linhas de campo magnético de um fio com cor-
rente, dentro de um campo magnético uniforme B ~ext ; o fio é per-
pendicular à folha e os eixos y e z foram escolhidos sobre o plano
da folha. (a) Escreva o versor na direção do campo externo, usando
o sistema de eixos dado.(b) Escreva o vetor unitário na direção da
corrente no fio. (c) Calcule e represente o vetor unitário na direção
da força sobre o fio. (d) Considerando que I = 0.5 A e se o valor
da força sobre o fio, por unidade de comprimento, é 2 × 10−5 N/m,
calcule a distância até o ponto P.
z
y
30°
Não é necessário dividir pelo módulo do vetor, porque este vetor já tem
módulo unitário. Observe-se que a direção e sentido da força é de cima
para baixo na figura.
50 Campo magnético
(d) A força magnética sobre o fio é produzida pelo campo externo B ext .
Usando a expressão para a força magnética sobre o fio por unidade de
comprimento, F /L, obtém-se o módulo do campo externo (unidades SI):
F
= I B ext =⇒ 2 × 10−5 = 0.5 B ext =⇒ B ext = 4 × 10−5
L
2 km I 2 km I 10−7
= B ext =⇒ d= = = 2.5 × 10−3
d B ext 4 × 10−5
Problema 3
O comprimento total entre as pontas das asas de um avião Boeing
747 é 60 m . O avião voa a 800 km/h e com altura constante, na
direção sul-norte, numa região onde o campo magnético terrestre
faz um ângulo de 60◦ com a vertical e a sua intensidade é 0.5 G.
Calcule a diferença de potencial induzida entre as pontas da asas.
d~
r = ı̂ dx
Z Z60 Z60
εi = ~i · d~
E r= 5.556 × 10−3 (ı̂ · ı̂) dx = 5.556 × 10−3 dx = 0.333 V
0 0
52 Indução eletromagnética
Problema 5
A figura mostra uma barra condutora de comprimento d e massa
m que desliza sobre dois trilhos metálicos verticais, dentro de um
campo magnético B ~ uniforme. A resistência elétrica dos trilhos e
da barra são desprezáveis comparadas com R. A barra mantém
sempre o contato com os trilhos, permitindo que circule corrente
pela resistência R, mas o atrito é desprezável, assim como o efeito da
resistência do ar na barra. Quando a barra começa a cair livremente,
o seu movimento é inicialmente acelerado mas rapidamente atinge
uma velocidade constante v. Calcule o valor dessa velocidade limite
v.
~
B
d
Isolador
B2 v d2 mgR
mg = =⇒ v=
R B2 d2
Problema 7
Uma espira condutora retangular, paralela ao plano Oy z, desloca-se
com velocidade constante ~ v = 3 ̂ (m/s) dentro de uma região onde
existe um campo magnético com componentes: B x = (6 − y) (SI) e
B y = B z = 0. Calcule a f.e.m. induzida na espira, em função do tempo
t , a partir do instante t = 0 em que a espira se encontra na posição
da figura, com um lado ao longo do eixo dos z.
z
20 cm
30 cm
3 m/s
x y
~ · n̂ = B
B ~ · ı̂ = B x = 6 − y
3 tZ+0.2 z 0Z+0.3
Ψ= (6 − y) dz dy = 0.354 − 0.18 t
3t z0
54 Indução eletromagnética
Problema 8
No circuito da figura, calcule as correntes iniciais no indutor e no
condensador, a corrente final no indutor e a carga final no conden-
sador.
3.6 µF
2.5 kΩ 7.2 H
50 Ω 5V
2.5 kΩ
50 Ω 5V 50 Ω 5V
∆V = 2500 I ∞ = 4.902 V
e a carga nele é:
Problema 11
No circuito representado no diagrama, a fonte foi ligada no instante
t = 0, quando não havia corrente no indutor. (a) Determine a vol-
tagem na resistência de 3.4 kΩ em t = 0. (b) Determine o valor da
derivada voltagem na resistência de 3.4 kΩ, em t = 0. (c) Determine a
voltagem na resistência de 3.4 kΩ, quando o circuito atingir o estado
estacionário.
412 mH 2.1 kΩ
3.4 kΩ 5V
2.1 kΩ
3.4 kΩ 5V
V̇ (t ) = 3400 I˙(t )
56 Indução eletromagnética
VL (t ) VL (t )
I˙(t ) = =
L 0.412
2.1 kΩ
3.4 kΩ 5V
(%i1) z: 3 + 1/(5*s)$
Problema 6
No circuito da figura: (a) Calcule a impedância total, em função de s.
(b) Calcule a transformada da corrente que passa pelo indutor. (c)
Encontre a função de transferência, se a tensão de saída for medida
no condensador. (d) Determine a equação diferencial para a tensão
de saída.
L
− −
V C R Ve
+ +
(%i9) i: ve/z;
ve (s C R + 1)
(%o9)
s2 C L + 1 R +sL
¡ ¢
59
E a função de transferência é:
(%i11) h: v/ve;
R
(%o11)
s2 C L + 1 R + s L
¡ ¢
R L C V̈ + L V̇ + R V = R Ve
Problema 7
O circuito na figura é denominado filtro passa-baixo. Escreva a
equação que relaciona o sinal de saída com o sinal de entrada. En-
contre a função de transferência do sistema e determine o sinal de
saída quando o sinal de entrada é o indicado no lado direito da figura.
Explique porque se designa este circuito de filtro passa-baixo.
R Ve
V0
−
V C
+
+ Ve − t0 t
60 Processamento de sinais
1
z =R+
Cs
Vee C s Vee
I˜ = =
z RC s +1
˜
I Vee
Ve = =
C s RC s +1
R C V̇ + V = Ve
E a função de transferência é:
1
H=
RC s +1
Ve (t ) = V0 (1 − u(t − t 0 ) = V0 − V0 u(t − t 0 )
Problema 8
No circuito representado no diagrama, a fonte foi ligada no instante
t = 0, quando não havia corrente no indutor. Determine a expressão
da voltagem na resistência de 3.4 kΩ, em função do tempo t . Com a
expressão obtida, confirme as respostas dadas para o problema 11
no capítulo 9.
412 mH 2.1 kΩ
3.4 kΩ 5V
0.412 s 2100
5
3400
s
(%i14) i: ratsimp(5/s/(3400+0.412*s));
1250
(%o14)
103 s 2 + 850000 s
(%i15) v: 3400*i$
(%i16) V: ilt(v,s,t);
850000 t
(%o16) 5 − 5 e− 103
Problema 2
A resistência de uma bobina é 150 Ω e a sua indutância é 1.4 H. A
bobina é ligada à rede elétrica com tensão máxima 325 V e frequência
de 50 Hz. Encontre a expressão para a corrente na bobina em função
do tempo t .
ω = 2 π f = 100 π ≈ 314.16
Admitindo que a tensão da rede elétrica em função do tempo seja 325 cos(ω t ),
a voltagem máxima na bobina será 325 V, com fase ϕV = 0. A corrente
máxima e o desfasamento da corrente na bobina são:
Vmáx 325
I máx = = = 0.6694 ϕI = ϕV − ϕ Z = −1.242
|Z | 464.7
Problema 6
Nos dois circuitos representados na figura, calcule a corrente e a
tensão em todos os elementos do circuito.
(a) (b)
1 µF
170 V 3 kΩ 325 V
2H 3 kΩ
60 Hz 50 Hz 2H
1 µF
(%i1) w: 2*%pi*60/1000;
3π
(%o1)
25
(%i2) [z1,z2,z3]: float([3, 1/%i/w, %i*2*w])$
3π 3π
µ ¶ µ ¶
V1 = 127.4 cos t + 0.724 V2 = 112.6 cos t − 0.8468
25 25
3π
µ ¶
V3 = 170 cos t
25
E a corrente é
3π π
µ ¶
I 3 = 225.5 cos t−
25 2
(%i11) w: 2*%pi*50/1000;
π
(%o11)
10
(%i12) [z3,z1,z2]: float([3, 1/%i/w, %i*2*w])$
(%i13) I1: 325/(z1+z2)$
(%i14) [cabs(I1), carg(I1)];
h πi
(%o14) 127.2,
2
(%i15) V1: z1*I1$
(%i16) [cabs(V1), carg(V1)];
66 Circuitos de corrente alternada
(%o16) [404.9, 0]
(%i17) V2: z2*I1$
(%i18) [cabs(V2), carg(V2)];
(%o18) [79.93, π]
No indutor:
³π π´ ³π ´
I 2 = 127.2 cos t+ V2 = 79.93 cos t +π
10 2 10
E na resistência:
³π ´ ³π ´
I 3 = 108.3 cos t V3 = 325 cos t
10 10
Problema 7
A figura mostra um filtro rejeita-banda que atenua as frequências
angulares próximas de 1 kHz. (a) Determine a função de resposta em
frequência, H (i ω), do circuito. (b) Mostre que para ω = 1 kHz, H (i ω)
é igual a zero. (c) Calcule o módulo de H (i ω) e trace o seu gráfico
para ω entre 0 e 2 kHz.
10 µF
100 mH
Ve 1 kΩ V
67
(%i23) I: Ve/z$
(%i24) V: I$
10 ω2 − 10
H (i ω) =
10 ω2 − 10 − i ω
¯10 ω2 − 10¯
¯ ¯
|H (i ω)| = p
100 ω4 − 199 ω2 + 100
1.2
0.8
|H (i ω)| 0.6
0.4
0.2
0
0 0.5 1 1.5 2
ω (kHz)
Problema 10
A figura mostra o ecrã de um osciloscópio onde aparecem a tensão e
a corrente num elemento de um circuito. As distâncias L e d foram
medidas diretamente no ecrã, obtendo-se os valores L = 6 cm, d =
1 cm. O osciloscópio também permite determinar que a tensão
máxima é Vmáx = 36 V e a corrente máxima é I máx = 12 mA. Com
esses dados, calcule a parte real e a parte imaginária da impedância
do elemento do circuito.
d
y
I
Vmáx
I máx
x
V
ϕ Z = ϕV − ϕI
Problema 1
Uma onda eletromagnética propaga-se no vácuo, no sentido positivo
do eixo dos x. No instante t = 0, o campo elétrico em função de x é
dado pela função (unidades SI)
50
E=
x2 + 2
Calcule o campo no ponto x = 50 m, no instante t = 0.2 µs.
50
f (x) =
x2 + 2
50
E = f (x − c t ) =
(x − c t )2 + 2
50 V
E= = 0.4902
(50 − 3 × 108 × 0.2 × 10−6 )2 + 2 m
72 Ondas eletromagnéticas e luz
Problema 5
Uma lâmina metálica muito extensa encontra-se sobre o plano Ox y.
A lâmina é ligada a uma fonte variável que produz um campo elétrico
uniforme no plano Ox y, mas variável no tempo segundo a equação:
~ = E máx sin(ω t )ı̂, onde E máx e ω são constantes. O campo elétrico
E
na lâmina origina uma onda eletromagnética plana. Escreva as
funções que representam os campos elétrico e magnético dessa
onda, em função do tempo e da posição.
E máx ω ´
³
sin ω t − z , z ≥ 0
c c
B=
E máx
³ ω ´
sin ω t + z , z ≤ 0
c c
73
Problema 7
A figura representa o campo eletromagnético de uma onda plana de
420 MHz, no instante t = 0. As linhas de campo verticais representam
o campo elétrico e as linhas perpendiculares à figura são as linhas do
campo magnético. Calcule a distância d e escreva o vetor do campo
magnético em função do tempo e da coordenada x.
x t
µ µ ¶ ¶
B = B máx sin 2 π + +ϕ
λ T
x t
µ µ ¶¶
~ = −B máx cos 2 π
B + k̂
λ T
1
T= = 2.381 × 10−9
420 × 106
e o comprimento de onda é:
λ
d= = 0.3571 = 75.71 cm
2
x t
µ µ ¶¶
~
B = −B máx cos 2 π + k̂
0.7143 2.381 × 10−9
Bibliografia
Adams, S. & Allday, J. (2000). Advanced Physics. Oxford, UK: Oxford Uni-
versity Press.
Alonso, M. & Finn, E. J. (1999). Física. Reading, MA, USA: Addison-Wesley,
Bessonov, L. (1977). Electricidade Aplicada para Engenheiros. Porto, Por-
tugal: Lopes da Silva Editora.
Blinchikoff, H. J. & Zverev, A. I. (2001). Filtering in the Time and Frequency
Domains. Atlanta, GA, USA: Noble Publishing.
Brito, L., Fiolhais, M. & Providência C. (1999). Campo Electromagnético.
Lisboa, Portugal: McGraw-Hill.
Gerthsen, C., Kneser & Vogel, H. (1998). Física (2ª edição). Lisboa, Portu-
gal: Fundação Calouste Gulbenkian.
Hecht, E. (1991). Óptica. Lisboa, Portugal: Fundação Calouste Gulben-
kian.
—— (1994). Physics. Pacific Grove, CA, USA: Brooks/Cole.
Henriques, A. B. & Romão, J. C. (2006). Eletromagnetismo. Lisboa, Portu-
gal: IST Press.
Mendiratta, Sushil K. (1984). Introdução ao Electromagnetismo. Lisboa,
Portugal: Fundação Calouste Gulbenkian.
Purcell, E. M. (1962). Electricity and Magnetism, Berkeley Physics Course,
vol. 2. New York, NY, USA: McGraw-Hill.
Tipler, P. A. & Mosca, G. (2004). Physics (5ª ediçao). New York, NY, USA:
W. H. Freeman and Co.
Villate, J. E. (1999). Electromagnetismo. Lisboa, Portugal: McGraw-Hill.
—— (2019). Eletricidade, Magnetismo e Circuitos (3ª ediçao). Porto, Por-
tugal: Edição do autor.
DOI: https://doi.org/10.24840/978-972-99396-6-2
Esta obra complementa o livro
Eletricidade, Magnetismo e Circuitos.
Apresenta-se a resolução de alguns dos
problemas desse livro.
Em alguns casos usa-se o software de
computação algébrica Maxima na
resolução, mas os comandos usados
servem também como sumário dos
passos a seguir sem usar esse software.
http://def.fe.up.pt/eletricidade/problemas.html