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Definição:
deterioração de metais devida a ação química ou eletroquímica do meio
Corrosão química é aquela que se desenvolve sem transferência de elétrons. Caso contrário
a corrosão será eletroquímica.
Exemplos:
corrosão química: oxidação do ferro em alta temperatura
Fe + O2 Fe O2
2Fe + 3O2 Fe2O3
corrosão eletroquímica: ataque ácido
Fe Fe++ + 2e- dissolução do ferro
2H+ + 2e- H2 desprendimento de hidrogênio gasoso
Atualmente esta definição está se ampliando. Alguns autores acham que o conceito de corro-
são deveria abranger também o ataque a alguns materiais não metálicos ou compostos como
o concreto por exemplo. Em geral ele não se aplica à deterioração química de polímeros e
seus compostos (plásticos reforçados)
É importante observar que esta definição engloba casos que não envolvem perda de material,
como, por exemplo, a corrosão sob tensão.
A importância da corrosão.
Estudos feitos na Inglaterra e nos Estados Unidos indicaram que os custos anuais diretos e
indiretos da corrosão atingem 3,5 e 4,2% do PIB respectivamente. Aplicando-se o menor des-
tes valores ao PIB brasileiro, verifica-se que:
o custo estimado da corrosão no Brasil foi superior a R$210 bilhões em 2017 (3,5%PIB)
Pesquisas efetuadas na Rússia e Estados Unidos mostraram que 25 a 40% da produção
mundial de aço é consumida pela corrosão. Isto significa que:
(1)
no tempo que você levou para ler esta nota (~15s) foram corroídas, no mundo, 16t de aço
(1)
produção mundial de aço em 2012 = 135.000.000t
Pouco mais que 50% do aço consumido pela corrosão retorna às usinas siderúrgicas sob
forma de sucata. A corrosão também tem grande importância sob o aspecto ecológico e de
segurança. Provoca muitas contaminações devidas a vazamentos, contribui bastante para o
esgotamento das reservas minerais (inclusive as energéticas) além de ser a causa de grande
parte das falhas de equipamentos em serviço.
G = − T H e como G 0 H 0
o que resulta no enunciado mais frequente da segunda lei
Exemplo:
Quando a divisão dos compartimentos é retirada, os dois gases se misturam esponta-
neamente, sem variação da energia interna, em obediência à segunda lei. Estão procurando
o equilíbrio num estado de menor energia livre ou de maior entropia.
” Comerás o pão com o suor de teu rosto até que voltes à terra de onde vieste; por-
que és óxido e em óxido te hás de tornar”
A corrosão química se caracteriza pelo ataque do agente agressivo diretamente sobre o metal,
sem que haja transferência de elétrons, como, por exemplo, o ataque do ferro em meios alta-
mente oxidantes:
Fe + O2 Fe O2
2Fe + 3O2 Fe2O3
A velocidade deste processo, geralmente, é determinada pelas características do produto de
corrosão que se forma na superfície atacada. Em alguns casos ela é perfeitamente aderente
e impermeável impedindo o contato do metal com meio agressivo e, portanto, a taxa de cor-
rosão cai para zero.
Dois exemplos:
a) Ligas de alumínio expostos ao ar ser oxidam formando na superfície uma película de
Al2O3 (tri óxido de alumínio) que é perfeitamente protetora, conforme ilustram as figuras
3.3 e 3.4.
b) Aços inoxidáveis quando expostos a um ambiente oxidante (ar p. ex.) também formam,
na superfície, uma película perfeitamente protetora, só que neste caso, de tri óxido de
ferro em vez de alumínio.
t
Figura 3.4 – Evolução da taxa de corrosão durante a formação da camada protetora (corrosão
logarítmica).
Em outras combinações metal-meio corrosivo, a camada protetora é porosa, permeável e
pouco aderente. Neste caso funciona como um obstáculo entre o meio agressivo reduzindo a
taxa de corrosão para um valor finito, conforme ilustra a figura 3.5
de/dt = TC
t
Figura 3.5 – Evolução da taxa de corrosão durante a formação da camada protetora (corrosão
parabólica). Ataque de uma liga que contém 2,25%Cr e 1,0% Mo, num ambiente que contém
~2% de oxigênio livre a 680º C.
No outro extremo o produto da corrosão pode ser volátil ou solúvel no meio agressivo, não
oferecendo, portanto, nenhuma proteção ao seu substrato metálico. Neste caso a velocidade
da corrosão se mantém sempre constante, como mostra a figura 3.6.
de/dt = TC
t
Figura 3.6 – A formação do produto de corrosão não afeta a velocidade do ataque
3.1.2.1 - Fundamentos
Imaginemos o que ocorre quando uma placa metálica é imersa em numa solução qualquer,
conforme mostra a figura 3.7. Em casos muito raros energia livre do metal é maior no estado
iônico do que no estado metálico. Quando isto ocorre os seus íons eventualmente existentes
na solução tendem a perder suas cargas positivas, passando para a forma metálica e depo-
sitando-se na superfície do metal. Entretanto na maioria dos casos ocorre o inverso, isto é, a
energia livre do metal no estado
iônico é maior que no estado me-
tálico e portanto o metal tende a
se dissolver. Nesta transforma-
ção o átomo metálico perde um
ou mais elétrons que ficam aprisi-
onados no metal porquê são in-
capazes de se movimentar pelo
líquido (eletrólito). O íon metá-
lico passa para solução e é
desta forma que o objeto corro-
ído perde massa no processo
de corrosão eletroquímica. A
reação que descreve este fenô-
Figura 3.7 - Mecanismo básico da corrosão eletroquímica meno é representada pela se-
guinte equação:
Me → Me n + + ne −
placa metálica permanecem
íon dissolvido no metal
Onde n é o número de oxidação do metal.
Reações deste tipo, pelas quais os metais perdem elétrons, são chamadas de oxidação. A
reação inversa, ou seja, quando os íons metálicos recebem elétrons, são chamadas de redu-
ção
Me Me ++ + 2e −
Isto indica que a reação ocorre continuamente nos dois
sentidos. O sistema entra em equilíbrio e, desta forma,
a dissolução do metal e portando a corrosão é interrom-
pida.
A diferença de potencial que se estabelece entre a placa
metálica e a solução é chamada potencial de eletrodo.
Este potencial depende da temperatura e das composi-
ções químicas do metal e do eletrólito podendo assumir
Figura 3.8 - Metal e eletrólito em valores positivos (indicando tendência para a deposi-
equilíbrio ção), negativos (tendência para a corrosão) ou nulos.
Como não é possível medir este potencial diretamente a medição é feita em relação a um
eletrodo de referência que também é imerso em um eletrólito e interligado eletricamente com
a placa metálica cujo potencial se deseja medir. O valor assim medido é a diferença algébrica
dos potenciais dos dois eletrodos. O eletrodo de referência quase sempre escolhido é o hi-
drogênio, cujo potencial de eletrodo é zero, dispensando-se assim o cálculo da diferença al-
gébrica.
A ponte salina é um dispositivo que não permite o fluxo de líquido (eletrólito) mas permite a
passagem de corrente elétrica, garantindo que os dois eletrólitos se mantenham no mesmo
potencial
Segundo convenção estabelecida pela International Union of Pure and Applied Chemistry” o
sinal negativo deve ser atribuído aos metais que tendem a ficar carregados de elétrons, ou
seja, os metais, que se corroem mais facilmente. O sinal positivo serve para indicar a situação
inversa. O eletrodo eletronegativo é chamado de anodo e o eletropositivo de catodo. Os
elétrons fluirão portando do anodo para o catodo. Consequentemente quebra-se o equilíbrio
da dupla camada (figura 3.8) e os átomos do anodo voltam a se dissolver no eletrólito reinici-
ando-se o processo corrosivo. O catodo ficará supersaturado de elétrons e passará a se com-
portar como um metal de elevado potencial de eletrodo, ou seja, altamente resistente à corro-
são, também chamado de metal nobre. Ocorrerá, portanto, a deposição os íons dissolvidos,
na sua superfície conforme ilustra a célula do lado direito da figura 3.7.
Os potenciais de eletrodo indicam a tendência dos metais a se corroer.
Quando se interligam dois metais distintos imersos nos seus respectivos eletrólitos conforme
mostra a figura 3.11, surgirá entre eles um potencial elétrico igual à soma algébrica dos seus
potenciais de eletrodo. O metal mais eletronegativo (anodo) será corroído mais rapidamente
do que se estivesse sozinho na mesma solução. Quanto maior for a diferença de potencial,
maior será a intensidade da corrosão. Por outro lado, o material menos eletronegativo (catodo)
ficará absolutamente protegido (sua taxa de corrosão será = 0).
Metal B
Figura 3.11 – Potencial elétrico (E o) gerado entre placas de metais distintos (pilha galvânica)
Se, por exemplo, na pilha galvânica mostrada na figura 3.11 o metal A fosse cobre e o metal
B fosse Ferro, a diferença de potencial E0 poderia ser calculada pela seguinte expressão:
E0 = VA - VB ou seja
E0 = VCu - VFe
E0=0,337V–(-0,440V) =+0,777V
Numa pilha galvânica, a taxa de corrosão do catodo é nula, enquanto que a do ca-
todo é mais acelerada do que seria se ele não estivesse interligado com o catodo
Figura 3.14 – Corrosão galvânica de braçadeira de aço ao carbono, interligada com tubo in-
terno e cantoneira, ambas de aço inox tipo 316 (19Cr, 8Ni e 2,5Mo) assim como ao casco do
tanque ao qual pertencem. O produto armazenado neste tanque é um ingrediente utilizado
para fabricação de sabão em pó denominado “eletrólito”, cuja composição química é confi-
dencial.
Figura 3.15 – Corrosão galvânica dos parafusos (aço ao carbono) que fixam os fios de cobre
em uma tomada elétrica, instalada em ambiente úmido.
Entretanto, como apenas uma em cada um bilhão de moléculas de água pura se dissocia para
dar origem a um H+ a quantidade destes íons, nela dissolvidos, será reduzidíssima. Portanto
os elétrons dissolvidos no catodo terão grande dificuldade de encontra-los para com eles re-
agirem e, portanto, a corrente elétrica (fluxo de elétrons) será muito pequena. Se saem poucos
elétrons do catodo logo ele ficará saturado com os elétrons provenientes do anodo, que tam-
bém irá se saturar. Quando isto ocorrer a dissolução de íons do anodo quase entrará em
equilíbrio, conforme mostra a figura 3.8. Sendo pequeno o fluxo de elétrons no (anodo), a
velocidade de dissolução de seus íons no eletrólito (ou seja, a taxa de corrosão) será muito
baixa. Concluímos, portanto que a água pura é muito pouco corrosiva.
H 2 O + 1 / 2O2 + 2e − → 2OH −
De forma análoga ao íon hidrogênio, esta reação provoca um fluxo de elétrons entre anodo e
catodo, acelerando assim a corrosão. Em meios ácidos este efeito do oxigênio se soma ao
efeito do hidrogênio e a corrosão ácida em meio aerado será bem maior que nos não aerados.
(1)
definição de corrente elétrica
I
e-
Figura 3.26 – Exemplos de corrosão por aeração diferencial em frestas: face de flanges (es-
querda) e em apoios (direita).
Figura 3.27 – Exemplo de corrosão sob tensão por aeração diferencial em fresta: sob depósito
Figura 3.28 – Exemplo de corrosão por aeração diferencial em fresta: sob revestimento de
proteção contra fogo.
3.2.1 - Mecanismo
Figura 3.33 – Corrosão de muro de concreto em atmosfera poluída pela queima de combus-
tíveis fósseis agravada pela presença de gases nitrosos (fábrica de fertilizantes nitrogenados)
Atmosferas vizinhas de fábricas de fertilizantes nitrogenados, de amônia e ureia frequente-
mente são poluídas por amônia (Ureia granulada e NH3). Fluoreto de hidrogênio (H2F2) e o
gás clorídrico são poluentes encontrados frequentemente nas proximidades de fábricas de
fertilizantes fosfatados cuja matéria prima, o ácido fosfórico, e produzido a partir da reação de
uma rocha, a fluorapatita [Ca10(PO4)6F2] com o ácido sulfúrico.
Esta reação tem como subproduto o ácido fluorídrico (HF). Como a fluorapatita geralmente
também contém cloretos, desta reação também resulta HCl que são poluentes muito agressi-
vos.
3.2.2.3 - Clima
Fatores climáticos tais como
índice pluviométrico;
intensidade e direção dos ventos;
ciclo térmico dia-noite;
temperaturas médias.
afetam a corrosão atmosférica. As chuvas podem acen-
tuar a corrosão, porém em atmosferas muito poluídas
quase sempre a reduzem porque diluem ou lavam os
contaminantes presentes na superfície. Os ventos geral-
mente atenuam a corrosão atmosférica porque favore-
cem muito a evaporação da umidade. Em alguns casos
podem intensifica-la soprando poluentes atmosféricos
sobre os equipamentos atacados e vice-versa.
Regiões onde a diferença de temperatura entre dia e
noite é muito grande tende a apresentar maior corrosão
atmosférica pela maior formação de orvalho.
Como a corrosão é um fenômeno termicamente ativado Figura 3.36 – Taxa de corrosão
climas quentes (e úmidos) tem tendência a provocar atmosférica em climas tropicais.
maior corrosão atmosférica.
As faces dos equipamentos voltadas para o norte no he-
misfério sul e voltadas para o sul no hemisfério norte recebem mais insolação, tem a tendência
a permanecer mais secas e consequentemente corroer menos.
Climas frios podem apresentar maior corrosividade durante o inverno devido a elevadas con-
centrações de poluentes produzidos pela queima de uma quantidade muito maior de combus-
tíveis nos sistemas de aquecimento.
Em pequenas regiões no interior de instalações industriais podem ser criadas condições par-
ticularmente agressivas como por exemplo nas proximidades de torres de refrigeração onde
ocorre contínuo gotejamento de água por elas pulverizadas no ar. Outro exemplo: regiões
próximas de fornos e caldeiras para as quais os ventos predominantes podem levar os gases
poluentes que saem pelas chaminés.
3.2.2.4 - Material
Os aços sofrem intensa corrosão em atmosferas poluídas devido principalmente a reação com
o ácido sulfúrico:
2 H 2 SO4 + 2 Fe + O2 → 2 H 2O + 2 FeSO 4
O sulfato ferroso (FeSO4) e o sulfato férrico [Fe2(SO4)3], que se formam durante a corrosão
do aço, também se hidrolisam regenerando o
ácido e criando um “círculo vicioso” de corrosão,
chamado ciclo de regeneração ácida, seme-
lhante àquele já descrito para o ataque pelo
NaCl. Neste caso também a corrosão prossegue
mesmo quando se interrompe o “fornecimento”
de ácido, sendo necessário remover o produto
de corrosão para interromper o ataque. Quando
o produto de corrosão é insolúvel, aderente e im-
permeável ele protege o material que assim re-
siste bem a corrosão. Quando ele é solúvel será
removido pelo meio e não afeta a corrosão. Ma-
teriais cujo produto de corrosão é insolúvel, ade-
rente e poroso são os mais susceptíveis à corro-
são, como no caso dos aços ao carbono. O pro-
duto de corrosão (ferrugem) acelera muito a cor-
rosão porque além de retardar a evaporação da
umidade, também facilita sua condensação. Em
interfaces muito estreitas a condensação pode
ocorrer muito abaixo da saturação. Num capilar
com 15Å (1Å = 10-8cm) de diâmetro a condensa- Figura 3.38 - Comportamento dos aços pa-
ção se inicia quando a umidade relativa atinge tináveis
50%.
3.2.2.5 - Revestimentos
É uma forma específica de corrosão atmosférica que ocorre na superfície externa de equipa-
mentos revestidos e muitas vezes passa despercebida na inspeção por ser menosprezado
além da dificuldade de acesso visual. Frequentemente provoca falhas antes de ser detectada.
Como o desgaste atinge grandes áreas, assim como a inspeção e os reparos requerem re-
moção do revestimento e limpeza, este é um dos tipos de corrosão que envolve maiores cus-
tos. Como a grande maioria dos casos ocorre sob isolamento térmico este tipo de corrosão é
chamado corrosão atmosférica sob isolamento CASI (ou “corrosion under insulation – CUI”),
porém também tem sido observados casos de ataque sob revestimentos de concreto utiliza-
dos geralmente para proteção contra fogo (“fire proof”).
Evidentemente, como também é eletroquímica, a CASI sofre influência de todos os fatores
que afetam a corrosão atmosférica, já descritos.
Os danos provocados pela CASI são de dois tipos:
corrosão alveolar dos aços ao carbono ou baixa liga;
corrosão sob tensão dos aços inox austeníticos (tratado em outro capítulo)
Figura 3.40 - Ruptura de duto de etileno (esquerda) devida à corrosão sob isolamento
vazamentos ou drenagem de água (lavagem por exemplo) de outros equipamentos
bem como água que é borrifada sobre equipamentos para controle de temperatura,
podem se infiltrar sob isolamento e provocar corrosão de forma semelhante a chuva;
condensação de umidade atmosférica: ocorre em equipamentos que operam na faixa
de -10 até 120oC, sendo observada com
maior frequência na faixa de +10 a 80oC.
Para que a condensação ocorra é necessá-
rio que a temperatura caia abaixo do ponto
de orvalho, que é tanto maior quanto maiores
forem a umidade relativa e a concentração
de poluentes. Quanto mais elevado o ponto
de orvalho mais fácil a condensação e, por-
tanto, a corrosão é mais acentuada. A CASI
ocorre com frequência em torres que operam
com baixas temperaturas no topo (-10 a
10oC) e temperaturas mais elevadas no
fundo (80 a 150oC). Nas temperaturas baixas
onde ocorre a condensação a corrosividade
é baixa porque as reações de corrosão são Figura 3.41 - Proteção contra a in-
termicamente ativadas, porém a medida que filtração de água
o condensado escorre a corrosão aumenta gradualmente em função da temperatura.
Acima de 80oC a umidade tende a evaporar. Ao mesmo tempo a solubilidade e a con-
centração de oxigênio diminuem muito. Consequentemente o desgaste máximo é ob-
servado na faixa de temperatura entre 60 e 80oC. A condensação também provoca
muita corrosão por este mecanismo em equipamentos que operam intermitentemente
em temperaturas altas e baixas ou param e partem com frequência. Este desgaste se
3.2.2.6 - Projeto
3.2.2.7 – Vegetação
Equipamentos que ficam muito próximos do solo frequentemente sofrem corrosão mais acen-
tuada quando são envolvidos por vegetação. Nestes casos também o equipamento fica úmido
por mais tempo e a corrosão é mais intensa. E recomendável capinar com frequência para
manter a vegetação afastada.
35,0kgf/
25mm
H +H ➔ cm2
H
15mm
e=320
MPa
25mm
agressividade do meio;
➢ temperatura;
➢ composição química;
➢ estado físico, etc.
suscetibilidade do material;
➢ propriedades mecânicas;
➢ composição química;
➢ condição metalúrgica, etc.
nível de tensões (tração).
➢ triaxialidade;
➢ intensidade;
Figura 3.51 – Cartucho de fuzil do exército norte americano trincado durante a guerra civil,
devido a corrosão sob tensão
O primeiro caso de corrosão sob tensão registrado ocorreu com cartuchos de fuzil, durante a
guerra civil norte americana, conforme ilustra a foto acima (figura 3.51). Observou-se que as
trincas ocorriam enquanto a munição estava armazenada em paiol, acondicionada com ser-
ragem. Como as trincas só ocorriam na estação das chuvas, este fenômeno foi chamado de
trincamento sazonal. Posteriormente ficou comprovado que a causa havia sido corrosão sob
tensão do latão dos cartuchos devido a presença de amônia proveniente do apodrecimento
da madeira. Sendo altamente solúvel ela se dissolvia na humidade proveniente da chuva for-
mando solução amoniacal, causadora das trincas. As tensões de tração indispensáveis para
mecanismo da corrosão sob tensão foram certamente introduzidas durante o processo de
estampagem dos cartuchos.
As regiões onde é mais provável o aparecimento das trincas são as soldas e as zonas termi-
camente afetadas pelo calor. As tensões residuais de soldagem quase sempre estão entre 80
e 110% do limite de escoamento, muito superiores as tensões normais de trabalho (20 a 50%
do escoamento) reinantes no restante do material. O ciclo térmico da soldagem introduz trans-
formações metalúrgicas na zona termicamente afetada, que aumentam muito sua suscetibili-
dade. As transformações mais comuns são têmpera nos aços liga e refino de grão nos aços
ao carbono.
Figura 3.53 – As tensões residuais das soldas feitas com elevado grau de restrição são muito
superiores àquelas que tem plena liberdade para se contrair
O tratamento térmico de pós soldagem (alívio de tensões) diminui as tensões residuais abaixo
de 20% do limite de escoamento e, portanto, reduzem tremendamente o risco de trincas de-
vidas à CST (figura 3.54).
= e
Após trata-
mento térmico
Tração
Compressão
Em alguns casos de CST, como por exemplo a CST dos aços ao carbono por soluções de
ácido sulfídrico (H2S), as trincas se desenvolvem devido a presença de H na rede cristalina
do metal. O hidrogênio atômico se acumula preferencialmente junto aos defeitos da estrutura
cristalina dos aços, os vazios e discordâncias, conforme mostra a figura 3.55. Quando o ma-
terial e submetido a tensões, nas regiões onde ocorrem deformações plásticas as discordân-
cias se movimentam e se empilham quando encontram barreiras tais como poros ou segre-
gações. Estes locais ficam supersaturados de H o que impossibilita o prosseguimento da de-
formação gerando micro trincas que se juntam formando as trincas (macro) devidas à corro-
são sob tensão.
Figura 3.58 – As trincas devidas à corrosão sob tensão por soda se propagam intergranula-
mente tanto nos aços ao carbono (esquerda) como nos inoxidáveis austeníticos (direita)
Figura 3.59 – Trinca de corrosão sob tensão na solda de tubo de aço carbono provocada pela
presença de soda na água de alimentação de caldeiras
Figura 3.61 – Uso do fosfato como inibidor de corrosão sob tensão pela soda.
A amônia anidra provoca CST nos aços ao carbono desde que contenha um teor de oxigênio
dissolvido superior a 1ppm. A presença de água ou hidrazina (N2H2) em concentrações supe-
riores a 0,1% e 0,025% respectivamente inibe o aparecimento de trincas conforme mostra a
figura 3.62
Caso prático:
Figura 3.64 – Vista em planta da esfera mais trincada mostrando a localização das trincas. À
esquerda: hemisfério inferior. À direita: hemisfério superior.
Estas esferas possuíam 11,6m de diâmetro e 22,8mm de espessura. O material com que
foram construídas era o aço de alta resistência, temperado e revenido USS T1, que posteri-
ormente foi classificado como ASTM A517grF. Como não era exigido pelo código ASME as
soldas não foram tratadas termicamente. Todas as tricas eram pelo lado interno e a grande
maioria era longitudinal na ZTA ou transversal aos cordões de solda.
Figura 3.70 – Trincas passantes na região do reparo 20 dias após sua execução.
Soluções aquosas aquecidas contendo cloretos podem provocar CST nos aços inoxidáveis
austeníticos, conforme ilustra a figura 3.72. Observa-se que o trincamento será tanto mais
rápido quando mais elevadas forem a temperatura, a concentração de cloretos e as tensões.
Em temperaturas inferiores a 100oC, concentrações abaixo de 50ppm, o risco de trincas por
cloretos é pequeno. O nível de tensões necessário para provocar CST por cloretos é apenas
5kgf/mm2 que é muito baixa pois o limite de resistência dos aços inox é da ordem de
50kgf/mm2. Por este motivo as trincas de CST por cloretos não se localizam tão preferencial-
mente nas soldas quanto outros processos.
Figura 3.73 - Micrografia de trinca transgranu- Figura 3.74 – Influência do níquel na CST
lar devida a CST por cloretos. por cloretos
Soluções que contém flúor também podem provocar trincas em aços inoxidáveis austeníticos,
porém em temperaturas mais baixas que os cloretos. Assim sendo é aconselhável examinar
periodicamente com liquido penetrante as soldas de equipamentos que trabalham em contato
com estes dois halogenetos.
Origem dos Cloretos
Os cloretos podem ser provenientes:
do produto contido no equipamento,
do isolamento térmico ou
de atmosferas marinhas.
Caso prático:
Caldeira flamo tubular de uma fábrica de ácido nítrico apresentou vazamento por curvas do
superaquecedor conforme mostra a figura 3.79.
Figura 3.81 – Trincas intergranulares ramificadas indicam que foram causadas por cloretos.
Contorno de grão
Contorno de grão
Figura 3.93 – Esquerda: Placas de aço inox AISI 304 (18Cr e 8Ni) com baixo carbono (gr L) e
convencional (0,08%C) soldadas e expostas a um meio corrosivo. Direita: mesma experiência
feita com aço inox AISI 304 de um lado e aço estabilizado do outro.
Figura 3.96 – Dois casos de corrosão em linha de faca. Material em ambos os casos AISI 321.
Figura 3.98 – A foto da esquerda mostra inclusões alongadas de sulfeto de manganês, após
simples polimento, sem ataque com reagente e com aumento de 400X. A foto da direita mostra
fissuras em estrutura orientada com aumento de 75X.
Figura 3.99 – Amostra removida por trepanação (serra copo) da parede de uma linha que
estava operando com gases de hidrocarbonetos contendo grande quantidade de H 2S (cerca
de 3%). Material aço carbono A 155 gr 70.
Fissuras próximas da superfície e facilmente podem se propagar até aflorar conforme mostra
a figura 3.100.
Fissura muito próxima da superfície interna
Figura 3.101 – Trincas superficiais geradas pela FIH reveladas por partículas magnéticas pre-
tas.
Figura 3.102 – A forte influência da adição de cobre na resistência dos aços à FIH
Diversas siderúrgicas desenvolveram aços resistentes a FIH. Os dados abaixo coparam a
composição química de um deles, com a composição daquele a partir do qual foi desenvol-
vido, o ASTM A 516 gr 70 (chapa de ao carbono).
Carbon
Material Designation Condition C Mn P S Si Cu Ni Cr
Equivalent
A516-70 Conventional Normalized 0.22 1.11 0.027 0.020 0.27 - - - 0.42
A516-70 “ HIC Resistant” Normalized 0.15 1.15 0.005 0.001 0.26 0.20 0.19 0.01 0.37
Note: The “ HIC Resistant” steel also contained 0.018 wt.% niobium.
Chama a atenção a adição de cobre que certamente melhora muito a resistência à FIH. Aços
convencionais fabricados com muita adição de sucata podem ter teores de Cu, Cr e Ni e,
portanto, serem natural e inesperadamente resistentes à FIH.
A FIH pode ser identificada por exame da superfície atacada por líquidos penetrantes ou par-
tículas magnéticas. Se o ataque não for severo será observada grande quantidade de peque-
nas trincas paralelas devidas ao afloramento das fissuras mais próximas da superfície.
Quando o ataque é intenso surgem pequenos abaulamentos na superfície externa e a impe-
dância acústica do material aumenta dificultando a inspeção e medição de espessura por
ultrassom. Na superfície interna surgem pequenos alvéolos angulosos devido a corrosão nas
frestas formadas pelas fissuras que afloraram à superfície. Num terceiro estágio as fissuras
mais internas se interligam formando macro descontinuidades e provocando o aparecimento
de abaulamentos semelhantes àqueles mostrados na figura 3.103 e descritos anteriormente.
Figura 3.103 – Corte transversal de uma chapa severamente atacada pela FIH
Não existe um critério preciso para decidir qual intensidade da FIH além da qual não é seguro
manter o equipamento em serviço. Ensaios de tração e tenacidade (charpy) de amostras re-
movidas do equipamento atacado dão uma ideia da intensidade dos danos, mas não é uma
avaliação precisa porque não é representativa da condição do material quando está em ser-
viço. Nesta condição o aço está saturado com hidrogênio atômico em sua estrutura cristalina
o que provoca fragilidade, o que não ocorre durante os ensaios. Muitos estudos estão sendo
desenvolvidos com este objetivo, porém não é uma deterioração que afeta muito a resistência
estrutural e pode ser tolerado até estágios relativamente adiantados.
3.7.1 - Cavitação
Líquidos com maior pressão de vapor são os que causam mais danos. Materiais frágeis e de
baixa resistência sofrem maior desgaste.
A superfície desgastada por cavitação se apresenta com uma quantidade muito grande de
pites concentrados e profundos assumindo um aspecto esponjoso mostrado nas figuras 3.106
(tubulação) e 3.107 (rotores de bombas)
É o desgaste devido ao movimento relativo de duas superfícies que exercem pressão uma
sobre a outra conforme ilustra a figura 3.107.
A intensidade do desgaste depende de:
temperatura;
amplitude do movimento;
pressão entre as superfícies (carga);
dureza dos materiais;
rugosidade.
Como se pode observar nos dois gráficos da direita da figura 3.108, o desgaste por
atrito aumenta muito quando ocorre em presença de um meio corrosivo. Observe que
no gráfico da direita que o meio é muito pouco agressivo (ar).
Figura 3.109 – Exemplos de desgaste por atrito devido a vibração de tubos de feixes de per-
mutadores. O desgaste sempre no componente (tubo ou chicana) de menor dureza.
Caso prático:
3.7.3 - Erosão
fluxo
Figura 3.114 – Erosão típica de curvas. Observar efeito da turbulência (desgaste localizado)
provocada pelo reforço de solda.
Fluidos em duas fases também devem ser vistos com desconfiança pois tendem a apresentar
mais erosão. É o caso de vapor úmido, transporte
pneumático, jato de areia, etc.
A dureza é um indicativo grosseiro da resistência
à erosão. Materiais empregados para resistir a
desgaste mecânico em geral são constituídos de
partículas duras inseridas numa matriz macia. As
ligas tipo Stellite por exemplo são carbetos de
tungstênio e cromo inseridos numa matriz de Co-
balto. Os refratários anti-erosivos são partículas de
corindom agregadas com cimento de aluminato de
cálcio.
Quando a granulometria do fluxo erosivo é muito
fina pode ocorrer desgaste da matriz ou agregado
com desprendimento de partículas duras (figura
3.115). Neste caso é a dureza da matriz que de-
termina a taxa de desgaste, que geralmente é ele- Figura 3.115 - Influência dos diâmetros
vada, apesar da alta dureza macroscópica. Caso
a granulometria do fluxo erosivo seja grosseira em relação àquela das partículas duras do
material, esta passa a ter desempenho muito melhor.
Figura 3.118 – Erosão de tubos de caldeira devido a presença de partículas sólidas (terra) em
suspensão nos gases de combustão.
Figura 3.120 – Erosão no corpo de válvula globo devido a passagem de fluxo (de água de
alimentação de caldeira) por trás da sede fixa, que ocorre somente com a válvula fechada.
Pressão = 150kgf/cm2
Figura 3.121 – Erosão nos tubos de condensador na região onde o fluxo (bifásico) desviado
pela segunda chicana penetra no feixe
Figura 3.123 – Ligas stellite mais frequentemente utilizadas: liga 1 a mais resistente à erosão,
liga 6, resistência à erosão mais baixa e liga é intermediária.
Figura 3.125 – Sede móvel da TRCV revestida com refratário anti erosivo
É importante ressaltar que os pequenos reparos exigidos pelas válvulas revestidas com refra-
tários são muitíssimos mais fáceis, rápidos e baratos que aqueles feitos anteriormente. Antes
desta alteração de projeto era necessário recompor o metal base perdido por deposição de
solda de aço inox (12%Cr) de difícil soldabilidade. Em seguida se reaplica o revestimento de
Steellite, que exige pré-aquecimento de 400oC. As duas usinagens necessárias neste caso
também são muito difíceis e trabalhosas. O revestimento refratário após a mesma campanha
de 2 anos exigia apenas remoção do refratário de parte dos alvéolos e reaplicação, o que
pode ser feto até mesmo durante a parada.
3.8.1 - Caracterizacão
Peças submetidas a cargas cíclicas po-
dem fraturar-se em tensões muito inferio-
res ao limite de escoamento. Inicialmente
nucleia-se uma de trinca imperceptível
macroscopicamente. Em seguida a trinca
cresce progressivamente até atingir um
tamanho crítico quando ocorre a fratura
final brusca instável. Esta fratura final não
depende do carregamento ser cíclico ou Figura 3.126 - Ciclo de carregamento senoidal
constante.
Para o estudo da fadiga é necessário definir as seguintes grandezas:
max − min
amplitude = a =
2
max + min
tensão _ média = m =
2
Para cada combinação de a e m pode ser determinado experimentalmente o número de
ciclos no qual ocorrerá a ruptura conforme ilustra a figura 3.127. Mantendo-se constante a
amplitude, a vida sob fadiga (número de ciclos até a ruptura), diminui à medida que aumenta
a tensão média. Para cada valor de sigma médio existe um valor de a = lim abaixo do qual
não ocorre fratura nem mesmo de pois de um número muito grande de ciclos, como mostram
as figuras 3.127 e 3.128.
r = limite de resistência
f = limite de fadiga (lim) para tensões senoidais alternadas (m = O)
Este comportamento é característico dos aços. Ligas não ferrosas não apresentam limite de
fadiga (figura 3.128).
Figura 3.127 - Limite de fadiga Figura 3.128 – Ligas não ferrosas não
apresentam limite de fadiga
Rugosidade
Quando a superfície é lisa 90% nos ciclos necessários para provocar fratura por fadiga são
consumidos para nuclear trincas. A rugosidade favorece a nucleação reduzindo a vida à fa-
diga, conforme mostra a tabela a seguir:
Acabamento Rugosidade (10-6 po1.) Vida à Fadiga (no. de ciclos)
Torneado 105 24.000
Parcialmente polido à mão 6 91.000
Polido à mão 5 137.000
Retificado 4 217.000
Retificado e Polido 4 212.000
Superacabado 2 234.000
Tensões superficiais
Tensões superficiais de compressão reduzem max aumentam do a resistência mecânica e a
vida a fadiga. Podem ser obtidos por:
jateamento com granalha (shot peening);
laminação superficial;
têmpera superficial;
cementação (carbonetação superficial);
nitretação etc.
Corrosão
Em ambientes corrosivos o limite de fadiga é inferior àquela observada em ambientes inertes.
A rugosidade provocada pelo processo corrosivo reduz a vida à fadiga conforme foi visto an-
teriormente. Quando a corrosão provoca pites a concentração de tensões provocada pelos
mesmos acelera ainda mais a fratura por fadiga. Em alguns casos o produto de corrosão
forma-se e expande no interior das trincas de fadiga provocando tensões (como se fosse uma
cunha) que acelera muito a propagação das mesmas. A figura 3.130 mostra o resultado da
corrosão-fadiga que se traduz no desaparecimento do limite de fadiga.
Propriedades mecânicas
Materiais dúcteis resistem melhor a fadiga de baixo
ciclo enquanto que os de alta resistência suportam
melhor a fadiga de alto ciclo.
3.8.3 - Identificação
A face da fratura por fadiga geralmente apresenta
uma região relativamente lisa com linhas paralelas
(marcas de praia) que se formam durante o período
propagação da trinca. Ver figura 3.131. A fratura final
cria uma região mais rugosa, com estrias ou marcas
de Chevron que “apontam” para a origem da fratura
(figura 3.132).
Algumas vezes não são observadas marcas de
praia, devido corrosão ou ao atrito entre as superfí-
cies da trinca durante a propagação. A região cor-
respondente se apresenta polida, o que também é
um indicativo de fratura por fadiga. As marcas de
praia se formam quando há alterações no ciclo de Figura 3.131 – Aspecto caracterís-
tensões. Quando este é muito uniforme as marcas tico das fraturas por fadiga
de praia também não são observadas.
Figura 3.135 – Foto da esquerda - fratura por fadiga devida à tensões de flexão alternada,
nucleada em múltiplos pontos devido a entalhe severo. A fratura final brusca (seção A) é bas-
tante irregular (grosseira) indicando que o material é de alta tenacidade.
Foto da direita: a fratura por fadiga também pode ser identificada, de forma inquestionável,
pelas estrias mostrada na foto, cujo aumento é de 3300X (microscópio eletrônico)
Figura 3.138 – Trinca de fadiga detectada por radiografia antes da fratura final brusca. Co-
nexão de pequeno diâmetro de um vaso de pressão que opera com GLP.
A fratura por fadiga pode ocorrer em muito pouco tempo, como mostra o seguinte exemplo:
Imaginemos um compressor alternativo desbalanceado e interligado à tubulação mostrada na
figura 3.129 e que nela introduz intensa vibração. Suponhamos que:
velocidade angular = 3600rpm e que as
maiores tensões no ponto indicado na figura 3.129 = limite de escoamento (e)
Pergunta-se em quanto ocorrerá a fratura?
Solução:
Quando a tensão é maior que o limite de escoamento a fratura ocorre em menos 1000ciclos
Quando a tensão é menor que o limite de escoamento a fratura ocorre em mais de 1000ciclos
Logo, quando a tensão = limite de escoamento, a fratura ocorre em exatamente 1000ciclos
Concluímos, portanto, que a prática examinar o equipamento periodicamente por técnicas que
permitam detectar trincas superficiais (líquidos penetrantes ou partículas magnéticas, por ex.)
não é suficiente para prevenir fratura por fadiga pois, ela pode ocorrer muito antes da execu-
ção do ensaio, por menor que seja o intervalo.
Para combater a fratura por fadiga de pequenas conexões, devemos:
evitar ou selar com solda as conexões rosqueadas. Neste caso não se deve deixar file-
tes não recobertos pela solda conforme mostram as figuras 3.137 e 3.138.
esmerilhando as irregularidades superficiais e posteriormente polindo as soldas;
tomar as medidas necessárias para eliminar as causas da vibração como por exemplo:
balancear a máquina (bomba, compressor) à qual o equipamento está interligado ou
então suportar adequadamente as tubulações (com fluxo turbulento) conectadas ao
equipamento do qual a conexão faz parte.
medir espessura do “niple” pois muitas vezes ele é confeccionado com tubo cuja espes-
sura (schedule) é inferior àquela prevista no projeto
(por último o menos importante) examinando as soldas com partículas magnéticas ou
líquido penetrante;
A origem das solicitações cíclicas pode ser surpreendente como no caso do exemplo mos-
trado na figura