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5.3 – Requisitos da NR 13
A NR 13 determina que os reparos ou alterações de vasos “devem respeitar o respectivo código
de projeto ..... e as prescrições do fabricante no que se refere à:
materiais;
procedimentos de execução;
controle de qualidade;
qualificação de pessoal” (conforme ASME IX para soldadores ou ASME V, para pessoal
que executa ensaios não destrutivos)
Caso o código de projeto não seja conhecido “deve ser respeitada a concepção original do
vaso” aplicando-se os critérios de controle de qualidade prescritos pelos códigos “aplicáveis”.
Julgamos necessária a aplicação de um código reconhecido internacionalmente, ou seja, um
código confiável. A adoção do código ASME é plenamente satisfatória, porém, como geral-
mente não se conhece os detalhes de projeto, devem ser aplicados os critérios mais rigorosos
de ensaios não destrutivos e de aceitação de descontinuidades.
A situação que cria maior dificuldade ocorre quando a especificação do material é desconhe-
cida. Por isto é muito importante que se busque de todas as formas encontrar esta informação,
em eventuais documentos de projeto, na placa de identificação ou em eventuais marcações
nas chapas, flanges, conexões, sobressalentes etc. utilizados na fabricação do vaso. Caso não
sejam mesmo encontradas as especificações, o caminho mais seguro é a remoção de amostra
para execução de ensaios mecânicos e análises químicas. Muitas vezes os cálculos estruturais
são refeitos utilizando-se tensões admissíveis dos materiais menos resistentes (supostamente
de qualidade mais inferior) ente aqueles permitidos pelo código ASME. Ao aplicar este proce-
dimento, muitas vezes a tensão admissível selecionada corresponde ao material menos resis-
tente entre todos aqueles contidos no ASME do mesmo tipo (chapa, tubo, forjado, aço, ligas
não ferrosas, etc) utilizado no vaso existente. Isto é um equívoco muito perigoso porque os
materiais contidos no ASME seção II (materiais) nem sempre tem sua utilização permitida para
fabricação de vasos de pressão. É necessário consultar os artigos da seção VIII div 1, 2 ou 3,
que definem quais materiais podem ser utilizados na fabricação de cada componente (corpo,
tampos, conexões, internos, etc). As propriedades mecânicas dos materiais cuja utilização na
fabricação de vasos é, de fato, permitida pelo ASME estão muito longe de serem considerados
os “piores possíveis”, que é a premissa básica que sustenta o procedimento acima descrito.
Amanteigamento
Metal (inox) ZTA
base temperada
temperá-
Figura 5.5 – Enchimento pelo processo de arco sumerso com consumível em forma de tiras
(esquerda) e enchimento com solda elétrica manual com eletrodo revestido de aço carbono.
Figura 5.7 – Substituição de trechos de chapas com soldas de topo. A figura a esquerda mos-
tra os tipos de fraturas que podem surgir devido às tensões residuais elevadas
O raio de curvatura ( r ) mínimo das soldas nos cantos é 75mm para espessuras entre 12,5 e
25mm e 150mm para espessuras superiores a 25mm, segundo a norma ASME PCC-2-2015
No caso de reparos feitos em componentes de vasos (conexões, serpentinas) fabricados em
tubos sem costura e com danos pontuais, pode-se fazer um corte oval removendo a parte de-
feituosa conforme mostra a figura 5.8. Em seguida um pedaço de tubo novo do mesmo material
é removido, recortado e chanfrado de modo a se ajustar perfeitamente no buraco deixado no
tubo.
Figura 5.8 – Substituição de trechos de chapas com soldas de topo. A figura a esquerda mos-
tra os tipos de fraturas que podem surgir devido às tensões residuais elevadas
junta de
vedação
braçadeira
Figura 5.11 – Quando o isolamento só serve para dar proteção à quem se aproxima, uma
solução para o problema da corrosão sob isolamento é a substituição por grades
Encamisamento:
Congelamento “pontual”
Os resultados das inspeções são muito úteis para o planejamento das próximas inspeções e
intervenções da manutenção, para pesquisa e identificação de causas de deterioração e tam-
bém podem se transformar em provas de processos cíveis e criminais decorrentes de acidentes
provocados por falhas de equipamentos. Por estas razões é extremamente importante que este
registro seja feito de forma clara, precisa e rastreável. Geralmente os resultados das inspeções
são registrados em três tipos de documentos:
relatório de condições físicas: menciona os exames executados e descreve a condição
em que foi encontrado cada componente do equipamento inspecionado. Em geral tam-
bém contém uma descrição dos reparos feitos no equipamento e dos testes e ensaios
realizados com o objetivo de controlar sua qualidade;
registro de medições: onde são anotados os resultados das medições feitas em cada
ponto e os cálculos de taxas de corrosão e vida residual;’
laudos de ensaios, testes e análises complementares efetuadas: muitas vezes estes exa-
mes são feitos por pessoal contratado ou por especialistas que encaminham os resulta-
dos em relatórios nos quais são descritos os procedimentos adotados, os resultados ob-
tidos e um parecer conclusivo sobre a condição encontrada (aceitação ou rejeição).
As normas API Std 510, API RP 572, IP Model Code or Safe Practice - Part 12, ANSI/NB 23 do
National Board, Guia de inspeção no 8 - Vasos de Pressão edição 1965 do IBP e o Anexo 2
desta apostila contém anexos modelos de formulários para relatórios de inspeção. Estes mo-
delos podem também servir como “inspiração” para o desenvolvimento de “softwares” de pro-
gramação e registro de inspeção.
A NR 13 – 13.5.4.13 - exige que o relatório de inspeção de vasos seja elaborado com páginas
numeradas e contenha pelo menos:
identificação e categoria do vaso;
fluidos de serviço;
tipo do vaso;
datas de início e término da inspeção;
tipo de inspeção executada;
descrição dos exames e testes executados;
registro fotográfico das observações que mereçam destaque
resultados das inspeções e intervenções executadas;
parecer conclusivo sobre a integridade do vaso até a próxima inspeção;
recomendações e providências necessárias;
data prevista para a próxima inspeção;
nome legível, assinatura e registro no conselho profissional do Profissional Habilitado
nome legível e assinatura dos técnicos que participaram da inspeção.
O relatório pode ser elaborado por sistema informatizado e assinados eletronicamente, desde
que validados por uma Autoridade Certificadora.
Além destes registros também é obrigatório, segundo a NR13 (13.5.1.3), manter no local de
instalação do vaso a seguinte documentação:
1 – Casco 10 – Panela
1.1 - Revestimento metálico (“clad” ou “linning”) 10.1 – Fundo
1.2 - Proteção contra fogo (”fire proofing”) 10.2 – Vedação
2 – Calotas 10.3 –Chaminé
2.1 – Elipsoidal 11 – Defletor
2.2 – Torosférica 11.1 – Anel
2.3 – Hemisférica 11.2 – Disco
2.4 – Cônica 11.3 – Saia
2.5 – Torocônica 11.4 – Prato perfurado
3 – Conexão 12 – Chapa de desgaste
3.1 – Pescoço 13 – Antivórtice
3.2 – Flange 14 – Porcas, parafusos e estojos
3.3 – Luva 15 – Filtro
4 – Boca de visita 16 – Enchimento
5 – Vigias 17 – Enchimento
6 – Juntas de vedação 18 – Tirante
7 – Braço de carga 19 – Pote
8 – Tubos internos 20 – Separador de gotas
8.1 – Retirada de produto 21 – Boca de inspeção
8.2 – Distribuidor 22 – Grade
8.3 – Serpentina 23 – Anel de reforço
8.4 –Feixe tubular 24 – Anel de apoio do isolamento
9 – Bandeja 25 – Isolamento
9.1 – Prato 26 – Berço
9.2 – Borbulhador de campânula 27 – Apoios
9.2.1 – Campânula 27.1 – Saia cilíndrica
9.2.2 – Colarinho 27.2 – Saia cônica
9.2.3 – Cruzeta 27.3 – Perna
9.2.4 – Suporte 27.4 – Abertura de acesso à saia
9.3 – Vertedor 28 – Anel de sustentação de acessório interno
9.3.1 – Vertedor lateral 29 –Grampo de fixação de prato
9.3.2 – Vertedor central 29.1 – Grampo
9.4 – Caixa de retirada 29.2 – Parafuso
9.5 – Alçapão 29.3 – Arruela
9.6 – Vigas de sustentação 29.4 – Porca
30 – Colarinho de reforço
31 – Borbulhador tipo válvula
32 – Orelha de sustentação
No do relatório:
Folha: /
VASOS DE PRESSÃO Data: / /
RELATÓRIO DE INSPEÇÃO – CONDIÇÕES FÍSICAS Engenheiro:
Inspetor:
Condições
Identificação Função Físicas
Motivo da inspeção
Tipo da inspeção -Periódica -Inicial -Extraordinária -Interna -Externa -Parcial -Total
1 - Casco e calotas: 2 -Acessórios internos: 3 -Acessórios externos:
1.1 - Chapas 2.1 - Bandejas 3.1 – Escadas
3.2 – Plataformas
ITEM
Frente - RlVaso1f.doc
No do relatório:
VASOS DE PRESSÃO Folha: /
REGISTRO DE MEDIÇÕES DE ESPESSURA
Identificação Medições de Espessura Função