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Gestao de Activos Na Pequena Empresa
Gestao de Activos Na Pequena Empresa
UNIVERSIDADE PÚNGUÈ
EXTENSÃO DE TETE
Escola Superior de Contabilidade e Gestão
13ºGrupo
Chamima Daúde Sumaera Daúde
Judite Zeferino Timova Semo
Leah Francelina Damson
Sara Etelvina José António Mafumba
Suzana José Lupia
Tete
Setembro de 2023
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13ºGrupo
Chamima Daúde Sumaera Daúde
Judite Zeferino Timova Semo
Leah Francelina Damson
Sara Etelvina José António Mafumba
Suzana José Lupia
Tete
Setembro de 2023
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Índice
CAPÍTULO I .................................................................................................................. 4
1. Introdução ............................................................................................................. 4
CAPÍTULO II ................................................................................................................. 6
2.1.1. Gestão............................................................................................................ 6
3. Conclusão ........................................................................................................... 16
CAPÍTULO I
1. Introdução
O presente trabalho foi elaborado com o intuito informativo de fácil compreensão no
que diz respeito a Gestão de Activos na Pequena Empresa. Ademais, é notório que o tema é
relevante e oferece oportunidades para explorar os benefícios e desafios enfrentados pelas
pequenas empresas ao gerenciar seus activos. É um tema que aborda a importância da eficiência
operacional, controle de custos e tomada de decisões informadas. A investigação científica
nesse campo pode fornecer insights valiosos para melhorar a gestão de activos em pequenas
empresas, contribuindo para o seu sucesso e crescimento sustentável.
A gestão eficaz dos activos é crucial para o sucesso das empresas, independentemente
do seu tamanho. No caso das pequenas empresas, a gestão de activos assume uma importância
ainda maior, pois essas organizações muitas vezes operam com recursos limitados e enfrentam
desafios específicos. Este trabalho de investigação científica tem como objectivo analisar os
benefícios e desafios da gestão dos activos na pequena empresa, bem como identificar
estratégias eficazes para optimizar essa gestão. Por meio de uma revisão abrangente de literatura
e análise de estudos de caso, busca-se oferecer insights valiosos para as pequenas empresas
melhorarem sua eficiência operacional, controle de custos e tomada de decisões informadas.
Ao compreender os factores críticos envolvidos na gestão dos activos, espera-se contribuir para
o crescimento sustentável dessas empresas, fortalecendo sua competitividade no mercado
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivos Geral
✓ Avaliar a gestão dos activos na pequena empresa.
CAPÍTULO II
2. Referencial Teórico
2.1. Conceitos básicos
2.1.1. Gestão
A gestão pode ser definida, numa primeira aproximação, numa óptica económica, como
a administração dos factores de produção (capital, trabalho e terreno) dentro de uma forma
organizacional particular a fim de se atingir os objectivos gerais fixados dentro do respeito
alguns critérios de eficiência e eficácia. Outras definições e outras dimensões são concebíveis
e discutir-se-á algumas a seguir. O importante aqui é partir desta definição que permite entender
a relevância da gestão para o empreendedorismo, o sistema capitalista e o papel do
empreendedor na empresa.
A gestão é um dos elementos-chave do empreendedorismo e do sucesso ou não sucesso
das organizações, sejam estas empresas, organizações não governamentais, associações,
escolas, ou universidades, inter alia. Qualquer organização precisa não só de ser estruturada,
mas sobretudo de ser (bem) gerida para existir, responder às solicitações internas e externas e
desenvolver-se. E gerir bem não só é controverso, mas às vezes contraditório como não é tarefa
fácil, nomeadamente quando se toma em conta aspectos culturais, de valores e questões éticas
(Alvesson et al. 2009; Alvesson 2013; Alvesson e Sveningsson 2016; Flemming e Spicer 2010;
Klikauer 2013 e 2017). Gerir, na sua dimensão crítica (Parker 2002), é também decidir, apreciar
situações, tomar posição, pesar argumentos e escolher opções que acarretam custos ou
inconvenientes.
2.1.2. Activos
Um activo é um “bem, coisa ou entidade que tem valor potencial ou real para uma
organização”.
O valor pode ser financeiro ou não e é determinado de acordo com os objectivos
definidos para a organização e com as necessidades e expectativas das partes interessadas. Este
valor pode variar ao longo do ciclo de vida do activo. Para clarificar a distinção entre custo e
valor, a ISO 55002 (2018) define que o valor gerado por um activo é constituído pelos
benefícios (financeiros ou outros) derivados à sua utilização, posse ou ser seu proprietário.
Os activos podem ser tangíveis ou intangíveis, sendo que “activos tangíveis” refere-se
a elementos físicos como, por exemplo, “equipamento, inventários e bens propriedade da
organização”, enquanto que os “activos intangíveis” são não-físicos e incluem software,
licenças, marcas, direitos de exploração, reputação, acordos, entre outros. A presente
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dissertação está mais focada nos activos tangíveis, mas sem esquecer que a sua correcta gestão
pode influenciar o valor de alguns activos intangíveis, como, por exemplo, os direitos de
exploração e a reputação da organização, e vice-versa.
A NP ISO 55000 (2016) também menciona o termo “sistema de activos” aplicado a um
conjunto de activos que interagem ou estão interrelacionados, o que em certos casos pode
facilitar a organização de informação, a gestão da manutenção, a definição de objectivos para
um conjunto, etc. De acordo com Roda et al (2016), na implementação da gestão de activos a
consideração do agrupamento de activos em sistemas não é apenas uma opção, mas uma
necessidade, uma vez que raramente um activo produz valor por si só, pelo que quando se está
a analisar a criticidade e risco de falha de um activo deve ser tido em conta o papel que tem
para o sistema em que está inserido e como pode afectar o valor do mesmo. Conforme referido
na PAS 55-1 (2008), uma diferença significativa entre um activo singular e um sistema de
activos é que um activo singular pode ter um ciclo de vida facilmente identificável em termos
temporais que pode ser optimizado, enquanto que um sistema de activos pode ter uma vida sem
fim determinado.
O conjunto de todos os activos abrangidos pelo sistema de gestão de activos designa-se
portefólio de activos. Por conveniência de controlo empresarial, podem ser definidos múltiplos
portefólios abrangidos pelo mesmo sistema de gestão de activos, por exemplo, agrupando os
activos tendo em conta a sua categoria (instalações, máquinas, veículos, etc.) ou a sua
distribuição geográfica, definindo objectivos individuais para cada portefólio, como
conveniente.
Convém também referir a definição de “activos críticos” – uma vez que tal permite a
sua identificação –, que são descritos como sendo aqueles que possuem “potencial para
influenciar significativamente o cumprimento dos objectivos da organização”. Os activos
podem ser determinados como críticos devido ao possível impacto significativo para a
segurança, o meio ambiente e/ou para o desempenho da organização e também por afectarem
o fornecimento de serviços a clientes críticos.
Um outro aspecto importante a ter em conta na Gestão de Activos físicos, segundo IAM
(2015) e referido várias vezes nas ISO 5500x, é a orientação para todo o ciclo de vida dos
activos na tomada de decisões. O estado dos activos físicos varia em função do tempo e serviço,
tal como por vezes acontece também com a sua necessidade, o que resulta numa alteração do
valor dos activos para a organização. Adicionalmente, conforme referido em IAM (2015), as
actividades realizadas em cada etapa do ciclo de vida de um activo afectam o desempenho e os
custos das etapas subsequentes e do sistema em que o activo está incluído, em particular a fase
de conceição pode determinar até 80% de todo o ciclo de vida de um activo e grande parte do
seu impacto social e ambiental. Conforme referem Roda et al (2018), a orientação para o ciclo
de vida significa que devem ser estabelecidos objectivos a curto e longo termo na tomada de
decisões e que deve ser estabelecido um equilíbrio entre os dois.
A gestão de activos não exclui indústrias ou organizações, mas em IAM (2015) referem-
se 3 características do contexto de uma organização que motivam a implementação da gestão
de activos:
▪ Importância de gerir os activos de modo optimizado, derivado por exemplo à
criticidade dos sistemas de activos;
▪ Dificuldade em gerir os activos de modo optimizado, derivado por exemplo à
escala e complexidade do portefólio de activos; e
▪ Existência de restrições e oportunidades na gestão optimizada dos activos ao
longo do seu ciclo de vida, derivado por exemplo à volatilidade da área de
actividade da organização.
Na PAS 55-1 (2008) define-se gestão de activos como “as actividades e práticas
sistemáticas e coordenadas através das quais uma organização gere optimizadamente e
sustentavelmente os seus activos e sistemas de activos e os seus desempenhos, riscos e custos
ao longo do seu ciclo de vida, com o objectivo de concretizar o plano estratégico da
organização”. Desta definição é possível inferir que a actividade gestão de activos vai além de
realizar uma corretã gestão do estado dos activos de uma organização durante o período de vida
útil (i.e., operação e manutenção). Conforme já referido, o ciclo de vida inclui a determinação
dos activos apropriados a adquirir ou criar, determinar o modo adequado de os operar e manter
e a determinação dos métodos óptimos de renovação ou eliminação.
Seguindo os ensinamentos contidos na PAS 55-1 e 2 (2008), pode-se então depreender
que a gestão de activos consiste em compreender de que modo os aspectos relativos a todo o
ciclo de vida dos activos influenciam o plano estratégico da organização e, desse modo, auxiliar
a tomar e justificar decisões e direccionar a gestão dos activos ao longo de todo o seu ciclo de
vida, a fim de maximizar o seu valor para a organização.
Na PAS 55-1 (2008) refere-se ainda que a gestão de activos é uma ferramenta
fundamental de coordenação e optimização para organizações que estão fortemente
dependentes do desempenho dos seus activos e/ou em que se verifica complexidade na obtenção
do melhor rácio valor/custo, como em indústrias com activos com características muito
diversificadas inseridos em sistemas complexos, ao mesmo tempo que há necessidade de ter
em consideração outros objectivos e prioridades da organização ao nível global, como o
impacto ambiental.
A definição contida na ISO 55000 (2014) é mais generalista (Woodhouse, 2014) e
centra-se na noção de valor dos activos em vez de nos activos propriamente ditos:
“actividade coordenada de uma organização para percepcionar e produzir valor a partir dos
activos” para a organização e outras partes interessadas. Da utilização do adjectivo
“coordenada” pode-se inferir alinhamento de áreas distintas de uma organização.
Segundo a ISO 55000 (2014), as necessidades e expectativas de cada parte interessada
(incluindo a consideração dos objectivos da própria organização) identificamos que constitui
valor nas actividades da organização. A gestão de activos não diz respeito a questões de
melhoramento de produtividade. Mas, segundo a ISO 55000 (2014), a optimização na produção
desse valor a partir dos activos requer à organização planear actividades ao longo do ciclo de
vida dos activos com um equilíbrio entre custos e riscos associados ao desempenho dos activos.
O controlo de riscos deve englobar não só controlar as ameaças provenientes da falha dos
activos, mas também identificar e aproveitar oportunidades.
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A prática mostra que adoptar como critério apenas o custo inicial de compra, na maioria
das vezes, não é a melhor alternativa, pois outros aspectos precisam ser avaliados já na etapa
de especificação:
▪ Condições de regime normal de trabalho do equipamento;
▪ Custos durante o ciclo de vida;
▪ Riscos associados à falha;
▪ Eficiência energética e consumo de energia;
▪ Capacidade de sobrecarga em situações adversas.
Estes são apenas alguns exemplos, pois existem muitos outros aspectos a serem
avaliados, de acordo com o negócio da empresa.
2.2.7. Recebimento
O recebimento é uma etapa do processo de gerenciamento de activos em que os activos
adquiridos são verificados, inspeccionados e registrados formalmente como parte do inventário
da organização. Nessa fase, os activos são examinados para garantir que estejam em
conformidade com as especificações, que não apresentem danos ou defeitos e que
correspondam ao que foi solicitado. O recebimento adequado dos activos é essencial para
garantir sua integridade e rastreabilidade ao longo do ciclo de vida.
A não observação da etapa de recebimento pode levar a consequências negativas, como:
▪ Recebimento de activos defeituosos ou danificados, o que pode resultar em
problemas de desempenho ou falhas futuras.
▪ Incapacidade de rastrear e contabilizar correctamente os activos adquiridos,
levando a perdas financeiras e falta de controle sobre o inventário.
▪ Dificuldade em accionar garantias ou reclamar de fornecedores caso os activos
não estejam conforme o esperado.
▪ Falta de documentação adequada sobre os activos recebidos, o que pode
dificultar auditorias internas ou externas e a tomada de decisões informadas.
Portanto, é importante realizar a etapa de recebimento de forma adequada para evitar
problemas futuros relacionados aos activos adquiridos
Desvantagens
▪ Investimento inicial necessário para implementar sistemas de gestão de activos
e treinar a equipe.
▪ Complexidade adicional na administração e documentação dos activos, exigindo
tempo e recursos adicionais.
▪ Necessidade de manter registros actualizados e realizar auditorias regulares para
garantir a conformidade.
▪ Possível resistência ou falta de conhecimento dos funcionários em relação aos
processos de gestão de activos.
Embora existam desafios, a gestão de activos na pequena empresa pode trazer benefícios
significativos em termos de eficiência, controle e economia a longo prazo
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CAPÍTULO III
3. Conclusão
Em virtude dos factos mencionados, foi possível concluir em síntese de conhecimentos,
que o tema "gestão dos activos na pequena empresa" é relevante e oferece uma visão abrangente
dos desafios e benefícios enfrentados por essas empresas ao gerenciar seus activos. Através
deste estudo, foi possível identificar estratégias eficazes para optimizar a gestão de activos,
melhorar a eficiência operacional e tomar decisões informadas. Essas descobertas contribuem
para o crescimento sustentável das pequenas empresas, fortalecendo sua competitividade no
mercado.
Não obstante, a gestão dos activos na pequena empresa apresenta desafios
significativos, mas também oferece oportunidades valiosas para melhorar sua eficiência e
competitividade. Através desta pesquisa, pudemos identificar os principais benefícios da gestão
adequada de activos, como melhor controle e organização, aumento da produtividade e redução
de custos. No entanto, reconhecemos que implementar uma gestão eficaz de activos requer
investimentos iniciais em sistemas e treinamentos, bem como esforços contínuos para manter
registros actualizados e realizar auditorias regulares.
Com base nos resultados deste estudo, recomenda-se que as pequenas empresas
adoptem abordagens proactivas para a gestão de activos, incluindo a implementação de sistemas
automatizados de rastreamento e manutenção preventiva. Além disso, é fundamental envolver
e capacitar os funcionários no processo de gestão de activos, fornecendo treinamentos
adequados e incentivando uma cultura organizacional voltada para a valorização e cuidado dos
activos.
Ao implementar essas estratégias, as pequenas empresas poderão melhorar sua
eficiência operacional, reduzir custos desnecessários e tomar decisões informadas com base em
informações precisas sobre seus activos. Isso, por sua vez, contribuirá para seu crescimento
sustentável e fortalecimento no mercado competitivo.
Em suma, a gestão dos activos na pequena empresa é um aspecto fundamental que
merece atenção e investimento. Com o uso adequado de recursos e a implementação de práticas
eficazes de gestão de activos, as pequenas empresas podem alcançar um maior nível de sucesso,
garantindo sua sustentabilidade e crescimento contínuo.
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4. Referências Bibliográficas
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