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Resumo: O presente texto dialoga sobre uma proposta de análise sobre a conferência
nacional de crianças e adolescentes visando compreender as pautas apresentadas e o
lugar que se reserva público para a democracia participativa e para a conquista dos
direitos humanos. A leitura que alçamos tem como aporte a pesquisa exploratória sobre
exploratória aos anais da 11ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do
adolescente. Este estudo se justifica por possibilitar e sinalizar quais são as temáticas
e reivindicações emergentes no cenário da política pública para crianças e
adolescentes.
Palavra Chave: Democracia Participativa. Conferência nacional de 2020. Luta por Direitos.
Adultocentrismo.
INTRODUÇÃO:
1
Trabalho referente à avaliação da disciplina Controle Social, ofertado pela Pontifícia Universidade
Católica do Paraná, e ministrada pela Professora Jucimeri Isolda Silveira.
2
Pós-Graduanda em Direitos Humanos e Políticas Públicas sobre Infância e Juventudes - PUCPR.
Bacharel em Psicologia - Faculdades Integradas Aparício Carvalho -FIMCA.
3
Pós-Graduando em Direitos Humanos e Políticas Públicas sobre Infância e Juventudes - PUCPR.
Bacharel em serviço social pela universidade Guarulhos e Graduando em licenciatura de Filosofia pela
universidade Claretiano.
Certamente, o ECA representa um salto qualitativo no desenvolvimento de
políticas públicas com foco em atender crianças e adolescentes brasileiros. Contudo,
tamanhos avanços são ainda confrontados, em âmbito nacional e estadual, com
diversos desafios quanto à seguridade desses direitos. Nisso reside a importância do
controle social e das conferências promovidas pelo sistema de garantia de direitos da
criança e do adolescente, tendo em vista que esses espaços em outrora foram
pensados para promover diálogos-dialética, participação e legitimação dos direitos e
protagonismos das crianças e dos adolescentes, conforme assegurado legalmente nos
artigos 12 ao 17 da Convenção Sobre os Direitos da Criança e também nos artigos 3,
15 e 16 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), bem como reforçando essa
essencialidade tem-se que a NOB-SUAS (2012), elenca em seu artigo 127 sobre as
estratégias para estímulo à participação dos usuários do SUAS.
O presente ensaio analisa as principais reivindicações de crianças e
adolescentes na área da infância e adolescência e para o isso utiliza uma pesquisa
exploratória aos anais da 11ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do
adolescente. A metodologia utilizada é a leitura e interpretação dos documentos da
conferência, objetivando o entendimento dos papéis das crianças e adolescentes neste
processo, bem como perceber se os objetivos atingidos por esse público estão sendo
respeitados. Esse trabalho se justifica pela própria dimensão de uma conferência no
processo democrático deste País, pois deve ser dos métodos que o Poder Executivo
utiliza para observar os anseios da sociedade e implantar políticas públicas que vão de
encontro a estes.
Assim, o primeiro tópico apresenta o processo da conferência e discute, de
maneira superficial, a relação entre a demandas apresentadas pela criança e
adolescentes, suas dificuldades de expressão e o entrelaçamento das requisições junto
aos agentes que lutam pelos direitos das crianças e adolescente e estão em outras
faixas etárias. É importante salientar que não é objetivo deste ensaio esgotar a
temática proposta, bem como devido ao tempo necessário para realizar a pesquisa e
escrita do texto não será possível aprofundá-lo na dimensão que o mesmo merece ser
interpretado.
REFERENCIAL TEÓRICO
4
Para entender melhor os eixos de promoção, controle de efetivação de direitos e defesa, acessar o
site:https://livredetrabalhoinfantil.org.br/trabalho-infantil/como-enfrentar/sgdca/
espaços parecem não contemplar/preocupar-se de forma inclusiva com as
singularidades, subjetividade, linguagem, dentre outros aspectos, esvaziado assim a
participação de vozes ativas de crianças e adolescentes.
É importante salientar, que não é possível realizar um pesquisa robusta sobre
o processo conferencial em todos os m seus meandro dentro dos territórios brasileiros
onde deveriam acontecer por questões ligadas a tempo de entrega, números de
pessoas aptas a sistematizar os dados e principalmente recursos que garantem aos
pesquisadores exclusividade na pesquisa. entretanto, é possível aferir algumas coisa
por observações empíricas dos autores que são relevantes para o processo
conferência a partir de duas realidade propostas e que de certa maneira espelham
algumas falas dentro do relatório da conferência nacional.
Um dos participantes trabalha no município de São Paulo que tem
aproximadamente 11.451.245 habitantes segundo dados do IBGE e tem uma
estruturação através de fórum de crianças e adolescentes em alguns bairros e o
conselho municipal de crianças e adolescentes que é ligado a secretaria de direitos
humanos. Neste fórum existem muitas pessoas que são ligadas à luta pelos direitos
humanos de crianças e adolescentes.
Na última conferência de 2020 foi perceptível que a preparação e chamada
para as pré conferências que acontecem nos bairros foi realizada de maneira
imediatista para cumprir a obrigação de fazer , sendo que muitos serviços ficaram
sabendo a poucos dias da mesma acontecer. Isso em si gera um atraso na
sensibilização das crianças e adolescentes sobre a importância da conferência , o que
ocasiona por sua vez numa deficiência de dados sobre as necessidades desse público.
A pesquisadora trabalha no estado de Rondônia que tem atualmente 1.581.016
habitantes segundo dados do IBGE e tem um valor de produção na ordem de 47
bilhões de reais,sendo um dos cinco estados que mais cresceram entre 2002 e 2019 e
que não tem não tem conferência de crianças e adolescentes.
Essas duas realidades demonstram um pouco do desafio que é estabelecer de
fato uma política pública a partir da democracia participativa de crianças e
adolescentes no Brasil, pois são realidades que que demonstram seja pela ineficácia
em construir o processo conferencial ou pela ausência total deste, o quanto estamos
distantes de estarmos juntos com as crianças e adolescentes na construção pela
democracia participativa.
Outro ponto a se observar tem relação com o adultocentrismo dentro dos
processos democráticos que envolvem crianças e adolescentes em processos
democráticos e isto por vezes se deve ao fator histórico, pois a crianças vem de um
lugar silenciado, ou seja o próprio termo infância refere ao que não fala.
2. CONCLUSÃO
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fala do delegado Humberto da Silva Miranda na XI Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do
adolescente.
Conclui-se a partir da análise da XI conferência nacional de criança e
adolescentes que o processo inferencial tem várias lacunas que necessitam ser
desenvolvidos para que o país consiga garantir os direitos mínimos exigidos pelas
crianças e adolescentes neste espaço democratico.
Nota-se que o os períodos históricos no qual as crianças foram submetidas
refletem neste espaços democrático fazendo que elas necessitem de representação
para articular seus direitos, isto se deve a um complexo movimento de exclusão
histórico e apresentam uma violação de direitos que podem inclusive ser marcadas na
subjetividade dessas crianças e adolescentes.
Por fim quanto ao resultado das propostas é perceptível o quanto é
necessário avançarmos enquanto sociedade para garantir que o sistema de garantia de
direitos seja realmente protetivo para essas crianças e adolescentes, bem como ela
consigam a partir das garantias supridas e consigam se expressar sem amarros num
processo dialético rumo ao fim dessas violações que estão nas violências estruturais
na sociedade.
REFERÊNCIAS