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Nº 8, Maio de 2020

Guia Prático de Atualização


Departamento Científico
d e E n d o c r i n o l o g i a (2019-2021)

Dislipidemia na
criança e no adolescente -
Orientações para o pediatra

Departamento Científico de Endocrinologia


Presidente: Crésio de Aragão Dantas Alves
Secretária: Kassie Regina Neves Cargnin
Conselho Científico: Cristiano Castanheira Candido da Silva, Leila Cristina Pedroso de Paula,
Marilza Leal Nascimento, Maristela Estevão Barbosa,
Raphael Del Roio Liberatore Jr, Renata Machado Pinto, Ricardo Fernando Arrais
Colaboradoras: Cynthia Valério, Renata Villas Boas Andrade Lima

Introdução Entre as principais formas de apresentação de


dislipidemia na infância, destaca-se a hipercoles-
terolemia familiar, doença grave responsável por
A aterosclerose é um processo progressivo 5% a 10% dos casos de eventos cardiovascula-
que se inicia na infância, até mesmo na vida in- res em pessoas abaixo de 50 anos. Globalmente,
trauterina, e a dislipidemia pertence ao grupo de estima-se que 35 milhões de indivíduos tenham
fatores de risco que aceleram sua evolução1. Em- hipercolesterolemia familiar, e que a cada minuto
bora as crianças sejam susceptíveis à influência nasça uma criança com hipercolesterolemia fami-
do estilo de vida deletério, são também mais ma- liar3. A prevalência varia de acordo com a causa do
leáveis a alterações no estilo de vida, que efeti- distúrbio: hipercolesterolemia familiar heterozigó-
vamente podem eliminar fatores de risco cardio- tica ocorre em 1:250 a 1:500 indivíduos, hiperco-
vascular modificáveis e mudar a história natural lesterolemia familiar homozigótica em 1:600.000
da doença. a 1:1.000.000 indivíduos, hiperquilomicronemia
familiar em 1:500.000 a 1:1.000.000 indivíduos, e
A identificação precoce da dislipidemia, asso-
a hipertrigliceridemia familiar acomete 1:500 indi-
ciada à mudança no estilo de vida e ao tratamento
víduos3.
medicamentoso pode atenuar o risco cardiovas-
cular na vida adulta, que atualmente é a maior Tendo em vista a importância do assunto e a
causa de mortalidade em todo o mundo2. grande prevalência de dislipidemia em crianças

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Dislipidemia na criança e no adolescente - Orientações para o pediatra

e adolescentes, o Departamento Científico de En- A maior parte dos triglicerídeos provém da


docrinologia da Sociedade Brasileira de Pediatria dieta (75 a 150 g/dia). Por outro lado, do co-
decidiu redigir esse documento para atualizar os lesterol, dois terços são sintetizados pelo fí-
pediatras sobre o diagnóstico, tratamento e pre- gado e apenas um terço vem da dieta (300 a
venção da dislipidemia. 600 mg/dia).

No intestino, os triglicerídeos e o colesterol


são incorporados aos quilomícrons, os quais são
Como é a fisiologia secretados na linfa, e transportados à circulação
do metabolismo sanguínea através do ducto torácico. No endo-
lipídico? télio capilar do tecido adiposo e muscular, os
quilomícrons se ligam à lipoproteína lipase por
meio da ApoC-II, liberando monoglicerídeos uti-
O colesterol e os triglicerídeos são os prin- lizados para sintetizar triglicerídeos e armazená-
cipais lipídeos plasmáticos. Os triglicerídeos são
-los nas células adiposas.
responsáveis pelo transporte da energia dos ali-
mentos e das reservas do organismo para as cé-
lulas corporais. O colesterol é um componente Ciclo endógeno
das membranas celulares e participa da síntese
O ciclo endógeno envolve o transporte dos li-
dos ácidos biliares, hormônios esteroides e vita-
pídios para as células e de volta para o fígado. O
mina D.
tecido hepático sintetiza e secreta a lipoproteína
Os ácidos graxos são classificados como sa- de muito baixa densidade (VLDL), que transporta
turados (p.ex., láurico, mirístico, palmítico e es- os triglicerídeos para os tecidos periféricos. Sob
teárico), e insaturados (p.ex., ômega 3 [epico- a ação da lipase lipoproteica endotelial, os trigli-
sapentaenoico: EPA], docosahexaenoico: DHA, cerídeos do núcleo das VLDL são hidrolisados e
linolênico] e ômega 6). liberados para as células.

Como os lipídios são insolúveis em água, A lipoproteína de baixa densidade (LDL) é


precisam ser transportados no plasma em asso- o principal carreador do colesterol plasmático,
ciação a proteínas específicas, formando com- em jejum. Ele fornece colesterol para o fígado
plexos solúveis denominados lipoproteínas. Na e células periféricas. Esse mecanismo é facili-
camada externa desse complexo encontram-se tado por receptores celulares de alta afinida-
as apoproteínas, que se ligam aos receptores de que reconhecem tanto a ApoB-B100 como a
específicos das membranas das células respon- ApoE-E. Aproximadamente dois terços do LDL
sáveis pelo metabolismo das lipoproteínas. As li- circulante é removido por tecidos extra-hepáti-
poproteínas são classificadas de acordo com sua cos. O colesterol absorvido e acumulado pelas
densidade, característica que é dependente da células suprime a atividade da enzima HMG-CoA,
quantidade de apoproteínas. O metabolismo dos inibindo a síntese do colesterol e a expressão do
lipídios e lipoproteínas pode ser subdividido em receptor do LDL (LDL-r). A proteína PCSK9 (pró-
dois ciclos: endógeno e exógeno. -proteína convertase subutilisina/kexina tipo 9)
é uma proteína expressa no fígado, nos rins e
Ciclo exógeno no intestino, que inibe a expressão dos recep-
tores LDL, levando a aumento nos níveis séricos
Esse ciclo corresponde ao transporte dos li- do LDL.
pídios da dieta para a circulação sistêmica. Os
enterócitos absorvem os lipídios da dieta na O HDL é produzido no fígado e no intestino,
forma de colesterol livre, ácidos graxos e mono- atua no transporte reverso do colesterol, capta
acilglicerol. o excesso de colesterol e os triglicerídeos libe-

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rados às células e os transporta de volta para


Quais são os valores de referência
o fígado. O colesterol livre do HDL, provenien-
e critérios diagnósticos para a
te das células é esterificado pela enzima LCAT
dislipidemia em pediatria?
(lecitina-colesterolaciltransferase), permitindo
que o colesterol seja estabilizado e transpor-
tado no plasma. O HDL transporta o coleste- Os valores plasmáticos dos lipídeos e das li-
rol excedente para o fígado diretamente ou o poproteínas são influenciados por vários fatores
transfere para o VLDL ou IDL pela ação da enzi- metabólicos, genéticos, ambientais, além do sexo,
ma CETP (proteína transferidora de ésteres de idade e etnia. Os pontos de corte em crianças e
colesterol). adolescentes são mostrados no Quadro 1.

Quadro 1. Valores de referência para o perfil lipídico (mg/dL) em indivíduos entre 2 e 19 anos, “em jejum” e “sem
jejum”4,5.

Em jejum Sem jejum

Lipídios
Nível aceitável Nível aceitável
(mg/dL) (mg/dL)

Colesterol total < 170 < 170

LDL colesterol < 110 < 110

HDL colesterol > 45 > 45

Triglicérides
– 0-9 anos < 75 < 85
– 10-19 anos < 90 < 100

Não-HDL-C < 120 —

Apoliproteína B < 90 —

Valores de colesterol total ≥ 230 mg/dL podem indicar hipercolesterolemia familiar.


Quando os valores de triglicérides forem superiores a 440 mg/dL, o médico assistente deve
solicitar a avaliação dos triglicérides após um jejum de 12 horas.
Não-HDL-C = (Colesterol total – HDL-C)

Quando indicar a
triagem para dislipidemia
em Pediatria? na incidência de obesidade, diabetes tipo 2 e sín-
drome metabólica em crianças e adolescentes, a
Tradicionalmente, a triagem tem sido reco- triagem foi ampliada para outros fatores como hi-
mendada em crianças com múltiplos fatores de perglicemia, resistência insulínica e HAS6. O Qua-
risco e história familiar de doença arterial corona- dro 2 mostra as indicações para triagem lipídica
riana ou de hipercolesterolemia. Com o aumento em crianças e adolescentes.

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Dislipidemia na criança e no adolescente - Orientações para o pediatra

Quadro 2. Indicação de triagem lipídica em crianças e adolescentes7

Faixa etária
Triagem
(anos)

Menores de 2 Não há indicação de triagem

Triagem seletiva, crianças com fatores de risco como:


• história familiar de infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral e
doença arterial periférica em homens abaixo de 55 anos e mulheres abaixo de
65 anos,
2a8
• história familiar de hipercolesterolemia (colesterol total > 240mg/dl) ou
história familiar desconhecida,
• outros fatores de risco cardiovascular como hipertensão, diabetes melito,
tabagismo passivo ou obesidade (IMC > 95%).

9 a 11 Triagem universal.

Triagem seletiva: caso ocorra história familiar positiva, ou um novo fator de


risco, recomenda-se a dosagem de dois perfis lipídicos em jejum (com pelo
12 a 16
menos duas semanas de intervalo entre as dosagens, mas em menos de
12 semanas entre uma dosagem e outra) e realizar uma média com os valores.

17 a 21 Triagem universal

quando são causadas por estilo de vida inadequa-


Quais são as principais causas de
do, doenças crônicas ou medicamentos.
dislipidemia em Pediatria?

Dilsipidemias primárias
As dislipidemias podem ser classificadas em
primárias, quando causadas por um defeito he- As principais causas de dislipidemia primária
reditário no metabolismo lipídico; e secundárias, são descritas no Quadro 3.

Quadro 3. Principais causas de dislipidemia primária.

Grupo Causas

Hipercolesterolemia familiar homozigótica e heterozigótica; Dislipidemia


Hipercolesterolemia
familiar combinada; Disbetalipoproteinemia

Hiperquilomicronemia familiar (deficiência de lipoproteína lipase,


Hipertrigliceridemia deficiência de ApoC-II); Hipertrigliceridemia familiar; Dislipidemia
familiar combinada, Disbetalipoproteinemia

Hipoalfalipoproteinemia familiar, Doença de Tangier, Deficiência da


Hipolipidemia LCAT, Hipobetaproteinemia familiar, Abetalipoproteinemia, Doença de
retenção dos quilomícrons, Mutações inativadoras da PSCK9

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Dislipidemias secundárias

As principais causas de dislipidemia secundá- as alterações lipídicas nas principais causas de


ria são descritas no Quadro 4. O Quadro 5 mostra dislipidemia secundária.

Quadro 4. Principais causas de dislipidemia secundária.

Grupo Causas
.
Hábitos
Tabagismo, etilismo, dieta rica em carboidratos, dieta muito rica em gordura saturada.
de vida

Endocrinopatias: diabetes melito, hipotireoidismo descompensado,


hipopituitarismo, hipercortisolismo, deficiência do hormônio do crescimento,
síndrome metabólica, obesidade, síndrome dos ovários policísticos.
Nefropatias: síndrome nefrótica, insuficiência renal crônica, síndrome
hemolítico-urêmica.
Hepatopatias: colestase, atresia biliar, síndrome de Alagille, cirrose biliar,
Doenças colangite esclerosante,
Cardiopatias: doença de Kawasaki, transplante cardíaco.
Doenças de depósito: glicogenoses, doença de Gaucher, Niemann-Pick e Tay-Sachs.
Doenças do colágeno: lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide.
Outras doenças: anorexia nervosa, porfiria aguda intermitente, síndrome de
Klinefelter, síndrome de Werner, AIDS.

Corticosteroides, tiazídicos, betabloqueadores, contraceptivos orais hormonais,


Medicamentos
esteroides anabólicos, ciclosporina, antirretrovirais, isotrentinoína.

Quadro 5. Alterações lipídicas nas principais causas de dislipidemia secundária.

Alterações lipídicas
Distúrbios
↑ LDL ↑ Triglicérides ↓ HDL

Endócrino- Hipotireoidismo Síndrome Metabólica Síndrome Metabólica


metabólicos Anorexia nervosa Diabetes mellitus Diabetes mellitus
Obesidade Obesidade
Hipotireoidismo
Outras doenças Síndrome Nefrótica Síndrome Nefrótica
Hepatopatia Insuficiência renal
SIDA
Hábitos de vida Consumo de álcool Sedentarismo
Dieta rica em Tabagismo
carboidratos
Medicações Progestágenos Glicocorticoide Esteroides
Ciclosporinas Estrógenos anabolizantes
Tiazídicos Diuréticos Betabloqueadores
Betabloqueadores
Isotretinoína

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Dislipidemia na criança e no adolescente - Orientações para o pediatra

O que é a hipercolesterolemia (LDL-R), levando ao aumento dos níveis séri-


familiar? cos do LDL-C e do CT. A HF pode ser definida
como “um defeito na remoção das partículas
A hipercolesterolemia familiar (HF) é um dis- de LDL-C da circulação”, sendo classificada em
túrbio autossômico dominante que silenciosa- heterozigótica (HFHe) e homozigótica (HFHo).
mente leva a aumento do LDL-C durante a vida,
A prevalência da HFHe é de 1:250 a 1:500 in-
manifestando-se como eventos cardiovasculares
divíduos e a da HFHo de 1:160.000 a 1:1.000.000
e aumento de mortalidade em adultos jovens8.
indivíduos. As principais causas de HF são: muta-
Aproximadamente 20% das meninas e 50% dos
ção do LDL-R em 70% a 85% dos casos, mutação
meninos com Hipercolesterolemia Familiar Hete-
do ApoB, em 5% dos casos e mutação da PCSK9,
rozigótica terão um evento coronariano antes dos
50 anos de idade. em 1% dos casos.

É causada por mutações que diminuem O Quadro 6 mostra os critérios diagnósticos


o número ou a função dos receptores do LDL para hipercolesterolemia familiar.

Quadro 6. Critérios diagnósticos para hipercolesterolemia familiar em pediatria3.

O diagnóstico fenotípico da HF deve ser suspeitado na presença de


história familiar de doença coronariana precoce + elevação do LDL-C

As alterações do perfil lipídico que sugerem HF, excluindo causas secundárias, são:
• LDL-C > 190 mg/dl em duas ocasiões, após 3 meses de dieta
• LDL-C > 160 mg/dl, associado à história de doença coronariana precoce (< 55 anos em homens e
< 60 anos em mulheres) em familiar de primeiro grau
• LDL-C > 130 mg/dl com um dos pais tendo diagnóstico genético
• LDL-C > 160 g/dl em um dos genitores

Testes genéticos para investigar mutações (LDL-R, Apo-B, PCSK9) são indicados nas seguintes situações:
• Detecção de mutação genética em um dos pais
• Morte de um dos genitores por doença arterial coronariana precoce

Como investigar a dislipidemia A abordagem diagnóstica tem por objetivo


em pediatria? investigar informações que forneçam subsídios
para classificação etiológica, estratificação de ris-
co cardiovascular e orientação terapêutica11.
A investigação da dislipidemia em pediatria
se realiza a partir da avaliação de antecedentes Na história clínica da criança, deve-se avaliar:
familiares de doença cardiovascular, dislipidemia, idade, sexo, história da dislipidemia, acompanha-
diabetes, obesidade, hipertensão e tabagismo9,10. mento com nutricionista, hábitos de vida, anam-
Em algumas faixas etárias, entretanto, recomen- nese alimentar, doenças de base (p. ex., diabetes
da-se a triagem universal, já que muitos adultos melito, síndrome nefrótica, aids, hepatopatia,
são subdiagnosticados e desconhecem seu perfil hipotireoidismo, síndrome de Cushing), medica-
lipídico e/ou história familiar. mentos causadores de dislipidemia, exames labo-

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ratoriais recentes e medicações para tratamento c) Fatores de risco moderados como: hipertensão
da dislipidemia. que não requer tratamento, IMC entre percen-
tis 95% e 97%, e HDL-c abaixo de 40 mg/dl.
No exame físico avaliar: dados vitais, dados
antropométricos, sinais sugestivos de depósitos d) Presença de condição de alto risco como hi-
de lipídios (p. ex., arco corneal, lipemia retinalis, percolesterolemia familiar homozigótica, dia-
xantelasmas, xantomas eruptivos, xantomas tu- betes melito, doença renal crônica, doença
berosos, xantomas tuberoeruptivos, xantomas renal em estágio final, pós-transplante renal,
tendinosos e xantomas palmares), sinais de pan- pós-transplante cardíaco, doença de Kawasaki
creatite, hepatomegalia e esplenomegalia, mar- com aneurisma.
cadores de doenças endócrino-metabólicas (p. e) Presença de condição de risco moderado in-
ex., acantosis nigricans, face pletórica, hirsutismo, cluindo hipercolesterolemia familiar hetero-
acne, estrias violáceas, giba torácica, bócio, pele zigótica, doença de Kawasaki com aneurisma
fria e seca, hepatomegalia). Também devem ser coronariano regredido, doença inflamatória
investigados sinais clínicos de hipolipemia (p.ex., crônica (p.ex., lúpus eritematoso sistêmico, ar-
opacidade corneana, tonsilas alaranjadas, ataxia, trite reumatoide juvenil, síndrome nefrótica e
retinite pigmentosa). infecção pelo HIV).

A avaliação laboratorial consiste na dosagem


do perfil lipídico que dispensa o período de je-
jum. As recomendações para dosagem são: evitar Como tratar a dislipidemia
estase venosa prolongada durante a coleta (pode em Pediatria?
aumentar os valores dos lipídios), evitar medica-
mentos com interferência no perfil lipídico, man- O objetivo do tratamento inclui: tratamento
ter dieta habitual e evitar variação recente no de causas secundárias (p. ex., suspensão de me-
peso, não realizar atividade física vigorosa 24 ho- dicações causais, tratamento da doença de base,
ras antes do exame, nem consumir álcool nas 72 modificação do estilo de vida) e, em casos mais
horas antecedentes, dar um intervalo de mínimo graves, a farmacoterapia13-15.
de 8 semanas entre a coleta e um procedimento
cirúrgico. Modificação do estilo de vida

A Academia Americana de Pediatria recomen-


da que todas as crianças sejam submetidas à ati-
Que fatores devem ser considerados vidade física moderada a vigorosa (p.ex., jogos,
para o tratamento da dislipidemia brincadeiras, esportes), por pelo menos uma hora
em crianças? por dia e que o tempo sedentário dispensado
em telas seja de no máximo duas horas, soman-
Algumas condições e fatores de risco devem do televisão, computador, jogos eletrônicos e
ser levados em consideração na decisão para o smartphones. Além disso, é importante evitar o
tratamento11,12: tabagismo e etilismo.

a) História familiar positiva de infarto do miocár-


dio, angina, morte súbita em pais, avós ou tios Dieta
(em idade inferior a 55 anos em mulheres e in- As principais recomendações em relação a
ferior a 65 anos em homens). dieta são16:
b) Fatores de risco altos como: hipertensão que a) Todas as crianças com mais de dois anos, mes-
requer tratamento, índice de massa corpó- mo saudáveis, deverão ser orientadas a man-
rea (IMC) no percentil acima de 97% e taba- ter uma dieta na qual as gorduras representem
gismo. menos de 30% do valor calórico (gorduras sa-

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Dislipidemia na criança e no adolescente - Orientações para o pediatra

turadas abaixo de 10% e colesterol abaixo de miantes na prevenção da DCV em pediatria. En-
300mg/dia), tretanto, a extrapolação de Guias usados em adul-
b) Utilizar produtos lácteos semidesnatados, com tos é judiciosamente aplicada neste cenário17,18.
cautela, para crianças a partir de um ano de Considera-se a possibilidade de farmacotera-
idade com obesidade ou com história familiar pia para o tratamento de dislipidemias em crian-
de dislipidemia, DCV e obesidade, ças, nas seguintes situações clínicas:
c) Substituir gorduras saturadas de origem ani- – Níveis séricos de LDL > 190 mg/dL, na ausência
mal (p.ex., manteiga, banha, bacon, toucinho) de fatores de risco;
por gorduras poli-insaturadas (p.ex., óleo de
– Níveis séricos de LDL > 160 mg/dL, na presença
girassol, milho e soja) ou monoinsaturadas
de fatores de risco;
(p.ex., azeite de oliva, óleo canola),
– Níveis séricos de LDL > 130 mg/dL, em pacien-
d) Evitar o consumo de gorduras trans que são
tes com diabetes melito;
ácidos graxos insaturados formados no proces-
so de hidrogenação de óleos vegetais líquidos. – Níveis séricos de triglicérides > 500 mg/dL, com
Estão presentes em margarina, chocolate, sor- obesidade grave ou com formas monogênicas
vetes, pães, biscoitos recheados, molhos para de dislipidemia, nas quais modificações isola-
salada, maionese, cremes para sobremesa e das no estilo de vida são incapazes de normali-
óleos para fritura. O consumo destes produtos zar o colesterol.
deve ser, preferencialmente, abolido da dieta.
Os principais medicamentos usados no trata-
e) Aumentar a ingestão de fibras solúveis pela mento da dislipidemia em pediatria são discuti-
dieta ou por meio de medicamentos. As prin- dos a seguir. O Quadro 7, sumariza a apresentação
cipais fibras solúveis são a pectina (frutas) e as comercial e a posologia dos principais hipolipe-
gomas (p.ex., aveia, cevada, feijão, grão-de-bi- miantes.
co, ervilha, lentilha). A quantidade recomenda-
da é de 5g/dia + idade da criança em anos, até
Estatinas
a dose máxima de 20 g/dia.
As estatinas são medicamentos que atuam
f) Substituir carboidratos simples por carboidra-
inibindo a síntese da coenzima A levando à redu-
tos complexos, diminuindo consumo de açúcar
ção da produção de lipídios. As estatinas aprova-
e bebidas açucaradas.
das pelo Food and Drug Admnistration (FDA) para
g) Utilizar estanóis e esteróis de plantas, os quais
crianças são: sinvastatina, atorvastatina, fluvasta-
podem diminuir a absorção intestinal do co-
tina, lovastatina e rosuvastatina nos maiores de
lesterol.
10 anos e pravastatina para maiores de 8 anos18.
A restrição dietética é o suporte principal no
As estatinas devem ser iniciadas com a menor
tratamento da hipertrigliceridemia. Crianças e
dose, após mensuração basal de alanina amino-
adolescentes com hipertrigliceridemia primária
transferase (TGO), aspartato aminotranserase
ou secundária devem seguir uma dieta restrita,
(TGP) e creatininafosfoquinase (CPK). Após início
com menos de 25% a 30% de calorias provenien-
da terapia deve-se repetir essas dosagens, asso-
tes de gordura, menos de 7% de calorias prove-
ciadas ao perfil lipídico após 4 a 8 semanas e, de-
nientes de gorduras saturadas, e menos de 200
pois, a cada 3 a 6 meses. Se as enzimas hepáticas
mg de colesterol por dia, e evitar o consumo de
aumentarem três vezes acima do valor normal ou
gorduras trans17.
a CPK aumentar 10 vezes acima do valor superior
da normalidade, ou o paciente referir algum efei-
Medicamentos
to adverso, a medicação deve ser suspensa, para
Não há estudos comprovando a segurança em avaliar se há melhora. As estatinas são contraindi-
longo prazo, nem a eficácia das drogas hipolipe- cadas na gravidez e lactação.

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Os efeitos colaterais mais importantes são: elevação da homocisteína e acidose hiperclorê-


elevação das enzimas hepáticas e da CPK, dor mica3,10. A adesão ao tratamento é bem afetada
abdominal, náuseas, cefaleia, mialgia, miosite, pelos efeitos colaterais destas medicações.
rabdomiólise e teratogênese. Miopatia é definida
pela elevação da CPK 10 vezes acima do valor de Fibratos
referência, associada à fraqueza e/ou à dor mus-
cular inexplicada. Rabdomiólise é definida pela Os fibratos (p.ex., bezafibrato, fenofibrato,
elevação da CPK 40 vezes acima do valor de re- genfibrozil, ácido fenofíbrico) são drogas hipoli-
ferência associada a dor e/ou à fraqueza muscular pemiantes de primeira linha no manejo da hiper-
inexplicada. A miopatia pode ocorrer semanas a trigliceridemia grave, quando os triglicerídeos ul-
anos após o início do tratamento e não tem rela- trapassam 500 mg/dL17.
ção com a dose da estatina. Portanto, os pacientes Como mecanismo de ação, provocam diminui-
devem ser instruídos a suspender o medicamento ção da lipólise periférica e a extração hepática de
e procurar ajuda médica caso apresentem dores ácidos graxos livres, inibem a síntese hepática de
musculares, fraqueza ou câimbras sugestivas de VLDL, aumentam a atividade da lipase lipoprotei-
miopatia, a qual pode progredir para rabdomióli- ca e a excreção biliar do colesterol hepático. Po-
se, mioglobinúria e insuficiência renal. dem reduzir em 25% a 50% os níveis de triglice-
Pacientes com AIDS não podem usar sinvastati- rídeos e elevar o HDL em 15% a 20% Os efeitos
na nem lovastatina pois essas drogas são metaboli- sobre o LDL são variados.
zadas pelo citocromo CYP3A4, que é inibido pelos O principal efeito adverso é a miopatia, espe-
inibidores de protease. As estatinas recomenda- cialmente quando usados em associação com esta-
das em doses ajustadas para estes pacientes são a tinas. Devem ser usados com cautela em pacientes
pravastatina, rosuvastatina e atorvastatina. com doença renal leve a moderada e são contrain-
dicados em pacientes com doença renal grave.
O alvo do LDL é tipicamente abaixo de
130 mg/dl, mas idealmente abaixo de 100 mg/dl Outros efeitos colaterais são: náuseas, vô-
em populações de alto risco, como Hipercoleste- mitos, dor abdominal, leucopenia, elevação das
rolemia Familiar. Caso o alvo não seja alcançado transaminases e da CPK, mialgia, fraqueza muscu-
em três meses, a dose pode ser aumentada gradu- lar e predisposição para colelitíase.
almente até a dose máxima. Ocasionalmente uma
Os pacientes devem ser orientados a suspen-
segunda droga pode ser necessária, entretanto
der imediatamente o medicamento, aumentar
múltiplas drogas devem ser manejadas por um
a ingestão hídrica e procurar ajuda médica em
especialista.
caso de dores musculares, fraqueza ou câimbras
sugestivas de miopatia, que pode progredir para
Resinas ou sequestrantes de ácidos biliares rabdomiólise, mioglobinúria e insuficiência renal.
As resinas (p.ex., colestiramina, colestipol, Eles também devem ser orientados a suspender
colesevelam) são grandes polímeros não absor- em caso de sintomas sugestivos de colelitíase e/
víveis, que se ligam aos ácidos biliares na luz in- ou colecistite.
testinal, diminuindo a reabsorção e consequente-
mente a circulação entero-hepática do colesterol. Fitoesteróis

Os principais efeitos colaterais são: baixa pa- Fitoesteróis são esteróis produzidos pelos ve-
latabilidade, diminuição da absorção intestinal de getais. O uso de 1 a 3 gramas ao dia, quando as-
vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) e de folato, sociado a uma dieta saudável, promove redução
diminuição da absorção de medicamentos (p. ex., de 10 a 15% do LDL-C a partir da terceira semana
digoxina, tiroxina, estatinas, ferro), manifestações de tratamento. Agem na luz intestinal como um
gastrointestinais, aumento dos triglicerídeos, competidor do colesterol ingerido nos alimentos,

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Dislipidemia na criança e no adolescente - Orientações para o pediatra

diminuindo sua absorção. A recomendação é para A dose preconizada é de 1 a 4 gramas/dia, via


uso em crianças acima de 6 anos de idade9. oral, uma vez ao dia, como tratamento coadjuvante
das hiperlipidemias moderadas a graves (TG > 500
Ácidos graxos ômega-3 mg/dL). Com isso, é possível reduzir os triglicerídeos
em 30% a 40% e aumentar o HDL, em 6% a 17%.
Os ácidos graxos ômega-3 são ácidos graxos
poli-insaturados de cadeia longa derivados do Como são comercializados em cápsulas gelati-
óleo de peixes de águas profundas (p.ex., salmão, nosas, para uso em crianças pequenas é necessário
arenque, atum) e de algumas plantas e nozes19. Os perfurar a cápsula e retirar o óleo. Recomenda-se
ácidos graxos ômega-3 derivados do óleo de pei- os produtos que contenham 1.000 mg de EPA e 500
xe (EPA e DHA) são mais eficazes no tratamento da mg de DHA por cápsula. Os efeitos colaterais mais
dislipidemia11. importantes são os sintomas gastrointestinais.

Quadro 7. Apresentação comercial e posologia dos principais hipolipemiantes3.

Droga Apresentação comercial Posologia (via oral)

Estatinas

Citalor®, Lipitor®, Lipistat®, Dose inicial = 5-10 mg, 1vez/dia.


Atorvastatina Lipigram®, Ateroma® Dose máxima = 40 mg, 1 vez/dia
(comp. 10, 20, 40 e 80 mg)

Lescol® Dose inicial = 10-20 mg, 1vez/dia


Fluvastatina
(comp. 20, 40 e comp. XL 80 mg) Dose máxima = 80 mg, 1 vez/dia

Lovax®, Mevacor®, Neolipid®, Dose inicial = 5-10 mg, 1 vez/dia


Lovastatina
Reducol® (comp. 10, 20, e 40 mg) Dose máxima = 40 mg, 1 vez/dia

Mevalotin®, Pravacor® Dose inicial = 5-10 mg, 1 vez/dia


Pravastatina
(comp. 10, 20 e 40 mg) Dose máxima = 40 mg, 1vez/dia

Crestor®, Vivacor® Dose inicial = 5 mg, 1vez/dia


Rosuvastatina
(comp. 10 e 20 mg) Dose máxima = 20 mg, 1 vez/dia

Androlip®, Lovacor®, Vaslip®, Zocor® Dose inicial = 5 mg, 1 vez/dia


Sinvastatina (comp. 5, 10, 20, 40 e 80 mg) Dose máxima = 40 mg, 1vez/dia
*Doses ≥ 80 mg/dia causam miopatia

Livalo® Dose inicial = 1 mg/dia


Pitavastatina
(comp. 2 e 4 mg) Dose máxima = 4 mg/dia

Sequestrantes de ácidos biliares

Questran Light® Dose inicial = 0,25-0,5 g/Kg/dia,


Colestiramina (envelopes com 4 gramas) de 8/8 horas ou 12/12 horas
Dose máxima = 8 gramas/dia

continua...

10
Departamento Científico de Endocrinologia (2019-2021) • Sociedade Brasileira de Pediatria

... continuação

Droga Apresentação comercial Posologia (via oral)

Inibidores da absorção do colesterol

Ezetrol®, Zetia® (comp. 10 mg) Dose inicial = 10 mg, 1 vez/dia


Ezetimibe
Dose máxima = 10 mg, 1 vez/dia

Fibratos

Cedur Retard® (comp. 400 mg) Dose inicial = 200 mg, 1vez/dia
Bezafibrato
Dose máxima = 400 mg, 1vez/dia

Ciprofibrato Lipless®, Oroxadin® (comp. 100 mg) Dose usual = 100 mg, 1vez/dia

Lipanon®, Lipidil® Dose usual = 250 mg, 1vez/dia


Fenofibrato
(cáps. 200 e 250 mg)

Ezetimiba + Estatina

Ezetimiba + Vytorin®, Zetsim® (4 apresentações: Dose inicial = 10/10 mg


Sinvastatina 10/10; 10/20; 10/40 e 10/80 mg) Dose máxima = 10/40 mg

Liptruzet®, Orvatez®, Dose inicial = 10/10 mg


Ezetimiba +
(4 apresentações: 10/10; 10/20; Dose máxima = 10/80 mg
Atorvastatina
10/40 e 10/80 mg

Como orientar a prevenção Conclusão


da dislipidemia em crianças e
adolescentes?
As evidências recentes da literatura compro-
vam que a aterosclerose é uma condição que se
As principais medidas recomendadas para a inicia na infância e predispõe ao aparecimento
prevenção primária das dislipidemias são as mu- da doença cardiovascular na vida adulta. Em sua
danças no estilo de vida caracterizadas por hábi- fisiopatologia, o principal fator de risco modifi-
tos alimentares saudáveis, atividade física aeró- cável e, portanto, passível intervenção precoce
bica regular, combate ao tabagismo e ao consumo para doença cardiovascular é a dislipidemia. Este
de álcool e manutenção de peso saudável, evitan- documento teve como objetivo orientar médicos
do a obesidade. pediatras, endocrinologistas e profissionais de
saúde que assistem a criança a diagnosticar, tra-
tar, mas principalmente prevenir a dislipidemia
em pediatria.

11
Dislipidemia na criança e no adolescente - Orientações para o pediatra

REFERÊNCIAS SELECIONADAS

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of dyslipidemia and high atherogenic index of Practice Recommendations for Pediatric
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02. Peterson AL, Mietus-Snyder M, Wilson DP, 11. Yoon JM. Dyslipidemia in children and
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12
Diretoria
Triênio 2019/2021

PRESIDENTE: MEMBROS: Dirceu Solé (SP) Luciana Rodrigues Silva (BA)


Luciana Rodrigues Silva (BA) Henrique Mochida Takase (SP) Joel Alves Lamounier (MG) Dirceu Solé (SP)
1º VICE-PRESIDENTE: João Carlos Batista Santana (RS) EDITORES ASSOCIADOS: Evelyn Eisenstein (RJ)
Clóvis Francisco Constantino (SP) Luciana Cordeiro Souza (PE) Danilo Blank (RS) Daniel Becker (RJ)
2º VICE-PRESIDENTE: Luciano Amedée Péret Filho (MG) Paulo Roberto Antonacci Carvalho (RJ) Ricardo do Rêgo Barros (RJ)
Edson Ferreira Liberal (RJ) Mara Morelo Rocha Felix (RJ) Renata Dejtiar Waksman (SP) OFTALMOLOGIA PEDIÁTRICA:
Marilucia Rocha de Almeida Picanço (DF) COORDENAÇÃO:
SECRETÁRIO GERAL: Vera Hermina Kalika Koch (SP) COORDENAÇÃO DO PRONAP
Sidnei Ferreira (RJ) Fernanda Luísa Ceragioli Oliveira (SP) Fábio Ejzenbaum (SP)
DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS Tulio Konstantyner (SP) MEMBROS:
1º SECRETÁRIO: Nelson Augusto Rosário Filho (PR)
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Cláudia Bezerra de Almeida (SP) Luciana Rodrigues Silva (BA)
Sergio Augusto Cabral (RJ) Dirceu Solé (SP)
2º SECRETÁRIO: COORDENAÇÃO DO TRATADO DE PEDIATRIA
REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA Luciana Rodrigues Silva (BA) Galton Carvalho Vasconcelos (MG)
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) Ricardo do Rego Barros (RJ) Julia Dutra Rossetto (RJ)
Fábio Ancona Lopez (SP)
3º SECRETÁRIO: DIRETORIA DE DEFESA PROFISSIONAL Luisa Moreira Hopker (PR)
Virgínia Resende Silva Weffort (MG) DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA
COORDENAÇÃO: Joel Alves Lamounier (MG) Rosa Maria Graziano (SP)
DIRETORIA FINANCEIRA: Fabio Augusto de Castro Guerra (MG) Celia Regina Nakanami (SP)
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) COORDENAÇÃO DE PESQUISA
MEMBROS: Cláudio Leone (SP) SAÚDE MENTAL
2ª DIRETORIA FINANCEIRA: Gilberto Pascolat (PR) COORDENAÇÃO:
Cláudio Hoineff (RJ) Paulo Tadeu Falanghe (SP) COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO Roberto Santoro P. de Carvalho Almeida (RJ)
Cláudio Orestes Britto Filho (PB) COORDENAÇÃO:
3ª DIRETORIA FINANCEIRA: Rosana Fiorini Puccini (SP) MEMBROS:
Hans Walter Ferreira Greve (BA) João Cândido de Souza Borges (CE) Daniele Wanderley (BA)
Anenisia Coelho de Andrade (PI) MEMBROS: Vera Lucia Afonso Ferrari (SP)
DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL Rosana Alves (ES)
Fernando Antônio Castro Barreiro (BA) Isabel Rey Madeira (RJ) Rossano Cabral Lima (RJ)
Donizetti Dimer Giamberardino Filho (PR) Suzy Santana Cavalcante (BA) Gabriela Judith Crenzel (RJ)
COORDENADORES REGIONAIS Jocileide Sales Campos (CE) Angélica Maria Bicudo-Zeferino (SP) Cecy Dunshee de Abranches (RJ)
NORTE: Maria Nazareth Ramos Silva (RJ) Silvia Wanick Sarinho (PE) Adriana Rocha Brito (RJ)
Bruno Acatauassu Paes Barreto (PA) Gloria Tereza Lima Barreto Lopes (SE) COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS
Adelma Alves de Figueiredo (RR) MUSEU DA PEDIATRIA
Corina Maria Nina Viana Batista (AM) EM PEDIATRIA COORDENAÇÃO:
NORDESTE: DIRETORIA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS E COORDENAÇÃO: Edson Ferreira Liberal (RJ)
Anamaria Cavalcante e Silva (CE) COORDENAÇÃO DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) MEMBROS:
Dirceu Solé (SP) MEMBROS: Mario Santoro Junior (SP)
SUDESTE: DIRETORIA-ADJUNTA DOS DEPARTAMENTOS Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) José Hugo de Lins Pessoa (SP)
Rodrigo Aboudib Ferreira Pinto (ES) CIENTÍFICOS Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO)
Isabel Rey Madeira (RJ) Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) REDE DA PEDIATRIA
Emanuel Savio Cavalcanti Sarinho (PE) COORDENAÇÃO:
SUL: DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS E PROMOÇÕES Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Silvio da Rocha Carvalho (RJ) Luciana Rodrigues Silva (BA)
Darci Vieira Silva Bonetto (PR) COORDENAÇÃO: Rubem Couto (MT)
Helena Maria Correa de Souza Vieira (SC) Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP) Tânia Denise Resener (RS)
Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL) MEMBROS:
CENTRO-OESTE: MEMBROS:
Regina Maria Santos Marques (GO) Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA) SOCIEDADE ACREANA DE PEDIATRA:
Ricardo Queiroz Gurgel (SE) Jefferson Pedro Piva (RS) Ana Isabel Coelho Montero
Natasha Slhessarenko Fraife Barreto (MT) Paulo César Guimarães (RJ) Sérgio Luís Amantéa (RS) SOCIEDADE ALAGOANA DE PEDIATRIA:
COMISSÃO DE SINDICÂNCIA Cléa Rodrigues Leone (SP) Susana Maciel Wuillaume (RJ)
TITULARES: Ana Carolina de Carvalho Ruela Pires
COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO Aurimery Gomes Chermont (PA)
Gilberto Pascolat (PR) NEONATAL Luciano Amedée Péret Filho (MG) SOCIEDADE AMAPAENSE DE PEDIATRIA:
Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE) Maria Fernanda Branco de Almeida (SP) Rosenilda Rosete de Barros
Maria Sidneuma de Melo Ventura (CE) COORDENAÇÃO DE DOUTRINA PEDIÁTRICA
Ruth Guinsburg (SP) Luciana Rodrigues Silva (BA) SOCIEDADE AMAZONENSE DE PEDIATRIA:
Isabel Rey Madeira (RJ) Elena Marta Amaral dos Santos
Valmin Ramos da Silva (ES) COORDENAÇÃO PALS – REANIMAÇÃO PEDIÁTRICA Hélcio Maranhão (RN)
Alexandre Rodrigues Ferreira (MG) COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES SOCIEDADE BAIANA DE PEDIATRIA:
SUPLENTES: Kátia Laureano dos Santos (PB) Dolores Fernandez Fernandez
Paulo Tadeu Falanghe (SP) Adelma Figueiredo (RR)
COORDENAÇÃO BLS – SUPORTE BÁSICO DE VIDA André Luis Santos Carmo (PR) SOCIEDADE CEARENSE DE PEDIATRIA:
Tânia Denise Resener (RS) Anamaria Cavalcante e Silva
João Coriolano Rego Barros (SP) Valéria Maria Bezerra Silva (PE) Marynea Silva do Vale (MA)
Marisa Lopes Miranda (SP) COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO Fernanda Wagner Fredo dos Santos (PR) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO DISTRITO FEDERAL:
Joaquim João Caetano Menezes (SP) EM NUTROLOGIA PEDIÁTRICA (CANP) GRUPOS DE TRABALHO Dennis Alexander Rabelo Burns
CONSELHO FISCAL Virgínia Weffort (MG) DROGAS E VIOLÊNCIA NA ADOLESCÊNCIA SOCIEDADE ESPIRITOSSANTENSE DE PEDIATRIA:
TITULARES: PEDIATRIA PARA FAMÍLIAS COORDENAÇÃO: Roberta Paranhos Fragoso
Núbia Mendonça (SE) Nilza Maria Medeiros Perin (SC) João Paulo Becker Lotufo (SP) SOCIEDADE GOIANA DE PEDIATRIA:
Nelson Grisard (SC) Normeide Pedreira dos Santos (BA) MEMBROS: Marise Helena Cardoso Tófoli
Antônio Márcio Junqueira Lisboa (DF) Marcia de Freitas (SP) Evelyn Eisenstein (RJ) SOCIEDADE DE PUERICULTURA E PEDIATRIA
SUPLENTES: PORTAL SBP Alberto Araujo (RJ) DO MARANHÃO: Marynea Silva do Vale
Adelma Alves de Figueiredo (RR) Luciana Rodrigues Silva (BA) Sidnei Ferreira (RJ) SOCIEDADE MATOGROSSENSE DE PEDIATRIA:
João de Melo Régis Filho (PE) PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA Adelma Alves de Figueiredo (RR) Mohamed Kassen Omais
Darci Vieira da Silva Bonetto (PR) À DISTÂNCIA Nivaldo Sereno de Noronha Júnior (RN) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO MATO GROSSO
ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA PARA POLÍTICAS Luciana Rodrigues Silva (BA) Suzana Maria Ramos Costa (PE) DO SUL: Carmen Lucia de Almeida Santos
PÚBLICAS: Edson Ferreira Liberal (RJ) Iolanda Novadski (PR)
Beatriz Bagatin Bermudez (PR) SOCIEDADE MINEIRA DE PEDIATRIA:
COORDENAÇÃO: Natasha Slhessarenko Fraife Barreto (MT) Marisa Lages Ribeiro
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Ana Alice Ibiapina Amaral Parente (RJ) Darci Vieira Silva Bonetto (PR)
Carlos Eduardo Reis da Silva (MG) SOCIEDADE PARAENSE DE PEDIATRIA:
MEMBROS: DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza
Luciana Rodrigues Silva (BA) Paulo César Pinho Ribeiro (MG)
Clóvis Francisco Constantino (SP) Milane Cristina De Araújo Miranda (MA) SOCIEDADE PARAIBANA DE PEDIATRIA:
Maria Albertina Santiago Rego (MG) Dirceu Solé (SP)
Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho (PE) Ana Marcia Guimarães Alves (GO) Leonardo Cabral Cavalcante
Donizetti Dimer Giamberardino Filho (PR) Camila dos Santos Salomão (AP)
Sérgio Tadeu Martins Marba (SP) Joel Alves Lamounier (MG) SOCIEDADE PARANAENSE DE PEDIATRIA:
Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo (MT) DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES DOENÇAS RARAS Kerstin Taniguchi Abagge
Evelyn Eisenstein (RJ) Fábio Ancona Lopez (SP) COORDENAÇÃO: SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE PERNAMBUCO:
Paulo Augusto Moreira Camargos (MG) Salmo Raskin (PR) Katia Galeão Brandt
EDITORES DA REVISTA SBP CIÊNCIA
João Coriolano Rego Barros (SP) Joel Alves Lamounier (MG) MEMBROS: SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO PIAUÍ:
Alexandre Lopes Miralha (AM) Altacílio Aparecido Nunes (SP) Magda Maria Sales Carneiro Sampaio (SP) Anenísia Coelho de Andrade
Virgínia Weffort (MG) Paulo Cesar Pinho Ribeiro (MG) Ana Maria Martins (SP)
Claudio Cordovil (RJ) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO ESTADO DO
Themis Reverbel da Silveira (RS) Flávio Diniz Capanema (MG) RIO DE JANEIRO: Katia Telles Nogueira
DIRETORIA E COORDENAÇÕES Lavinia Schuler Faccini (RS)
EDITORES DO JORNAL DE PEDIATRIA (JPED) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO RIO GRANDE
DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO COORDENAÇÃO: ATIVIDADE FÍSICA
COORDENAÇÃO: DO NORTE: Katia Correia Lima
PROFISSIONAL Renato Procianoy (RS) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO RIO GRANDE
Maria Marluce dos Santos Vilela (SP) Ricardo do Rêgo Barros (RJ)
MEMBROS: Luciana Rodrigues Silva (BA) DO SUL: Sérgio Luis Amantéa
Edson Ferreira Liberal (RJ) Crésio de Aragão Dantas Alves (BA)
MEMBROS: SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE RONDÔNIA:
COORDENAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSONAL Paulo Augusto Moreira Camargos (MG) José Roberto Vasques de Miranda
José Hugo de Lins Pessoa (SP) João Guilherme Bezerra Alves (PE) Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA)
Marco Aurelio Palazzi Safadi (SP) Patrícia Guedes de Souza (BA) SOCIEDADE RORAIMENSE DE PEDIATRIA:
COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO Teresa Maria Bianchini de Quadros (BA) Adelma Alves de Figueiredo
Mauro Batista de Morais (SP) Magda Lahorgue Nunes (RS)
Giselia Alves Pontes da Silva (PE) Alex Pinheiro Gordia (BA) SOCIEDADE CATARINENSE DE PEDIATRIA:
Kerstin Tanigushi Abagge (PR) Isabel Guimarães (BA)
Ana Alice Ibiapina Amaral Parente (RJ) Dirceu Solé (SP) Rosamaria Medeiros e Silva
Antonio Jose Ledo Alves da Cunha (RJ) Jorge Mota (Portugal)
COORDENAÇÃO DO CEXTEP Mauro Virgílio Gomes de Barros (PE) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE SÃO PAULO:
(COMISSÃO EXECUTIVA DO TÍTULO DE EDITORES REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA Dirceu Solé (SP) Sulim Abramovici
ESPECIALISTA EM PEDIATRIA) EDITORES CIENTÍFICOS: SOCIEDADE SERGIPANA DE PEDIATRIA:
Clémax Couto Sant’Anna (RJ) METODOLOGIA CIENTÍFICA
COORDENAÇÃO: COORDENAÇÃO: Ana Jovina Barreto Bispo
Hélcio Villaça Simões (RJ) Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ) SOCIEDADE TOCANTINENSE DE PEDIATRIA:
Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ)
MEMBROS: EDITORA ADJUNTA: Elaine Carneiro Lobo
Márcia Garcia Alves Galvão (RJ) MEMBROS:
Ricardo do Rego Barros (RJ) Gisélia Alves Pontes da Silva (PE) DIRETORIA DE PATRIMÔNIO
Clovis Francisco Constantino (SP) CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO: Cláudio Leone (SP) COORDENAÇÃO:
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Sidnei Ferreira (RJ) Fernando Antônio Castro Barreiro (BA)
Carla Príncipe Pires C. Vianna Braga (RJ) Isabel Rey Madeira (RJ) PEDIATRIA E HUMANIDADE
COORDENAÇÃO: Cláudio Barsanti (SP)
Flavia Nardes dos Santos (RJ) Sandra Mara Moreira Amaral (RJ) Edson Ferreira Liberal (RJ)
Cristina Ortiz Sobrinho Valete (RJ) Maria de Fátima Bazhuni Pombo March (RJ) Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE)
Luciana Rodrigues Silva (BA) Sergio Antônio Bastos Sarrubo (SP)
Grant Wall Barbosa de Carvalho Filho (RJ) Silvio da Rocha Carvalho (RJ) Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ)
Sidnei Ferreira (RJ) Rafaela Baroni Aurílio (RJ) Clóvis Francisco Constantino (SP)
João de Melo Régis Filho (PE) ACADEMIA BRASILEIRA DE PEDIATRIA
Silvio Rocha Carvalho (RJ) Leonardo Rodrigues Campos (RJ) PRESIDENTE:
Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE) Dilza Teresinha Ambros Ribeiro (AC)
COMISSÃO EXECUTIVA DO EXAME PARA Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE) Mario Santoro Júnior (SP)
OBTENÇÃO DO TÍTULO DE ESPECIALISTA EM Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE)
Marcia C. Bellotti de Oliveira (RJ) Crésio de Aragão Dantas Alves (BA) VICE-PRESIDENTE:
PEDIATRIA AVALIAÇÃO SERIADA Luiz Eduardo Vaz Miranda (RJ)
COORDENAÇÃO: CONSULTORIA EDITORIAL: CRIANÇA, ADOLESCENTE E NATUREZA
Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) COORDENAÇÃO: SECRETÁRIO GERAL:
Victor Horácio de Souza Costa Junior (PR) Fábio Ancona Lopez (SP) Laís Fleury (RJ) Jefferson Pedro Piva (RS)

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