Você está na página 1de 8

ANOVA: aprenda para o que serve, como calcular e em que momento utilizar essa

variância!

A ANOVA é um cálculo estatístico muito utilizado para comparar evidências entre vários
grupos. Vamos te ensinar a usá-lo corretamente neste artigo.

Por: Leonardo RodriguesPublicado em 08/08/2019 | Atualizado há 8 meses | 8 min de leitura

A ANOVA, análise de variância, é uma fórmula estatística que compara as médias entre
diferentes grupos.

Se você chegou até aqui, é bem provável que queira entender o que é a ANOVA e como calculá-
la. Neste artigo, vamos explicar sua função e a maneira de aplicá-la em seus estudos.

A ANOVA nada mais é do que um tipo de teste de hipótese, um dos mais utilizado s por
pesquisadores.

Um teste de hipótese é uma metodologia que analisa determinados valores hipotéticos sobre
determinado assunto com o objetivo de auxiliar na tomada de decisão.

Dessa maneira, a ANOVA permite testar hipóteses sobre as médias de distintas informações.

Você vai aprender melhor sobre o tema a partir dos seguintes tópicos:

 O que é ANOVA?
 Calculando a ANOVA manualmente;
 Calculando a ANOVA computacionalmente;
 ANOVA unilateral e ANOVA bidirecional;
 Limitações da ANOVA.

O que é ANOVA?
A ANOVA, análise de variância, tem como objetivo comparar a média de população amostral, e
assim identificar se essas médias diferem significativamente entre elas. Ou seja, uma proposta
bem parecida com os demais testes de hipóteses.

A diferença básica entre os testes de hipótese e a análise de variância é o número de amostras.


Enquanto nos testes de hipótese se trabalha com duas amostras, a ANOVA compara a média de
mais de duas amostras e determina se ao menos uma se difere significativamente das demais.

Quer se aprofundar no assunto? Assista nossa aula sobre o tema:

Existem inúmeras ferramentas estatísticas, não é mesmo? Então, como saberemos quando
utilizar cada uma delas? A resposta é simples: a escolha se baseia no tipo de amostra que sua
base de dados possui.

Na figura abaixo está representado um mapa de análise estatística que indica qual ferramenta
quantitativa é a mais indicada para cada par de dados que será estudado.

Esse mapa deve ser utilizado no início da fase de análise do método DMAIC a fim de
comprovar com fatos e dados a relação entre as causas raiz e as saídas de interesse do processo.
Respondendo à pergunta principal deste tópico, utilizaremos a ANOVA sempre que a variável de
entrada X for discreta e a variável de saída Y contínua, ou seja, no quadrante superior direito
deste mapa.

Para ficar bem claro esse conceito e quando utilizar, separei aqui dois tipos de exemplos. No
primeiro deles vou te explicar como realizar as operações do teste ANOVA manualmente. E no
segundo exemplo vou te explicar como fazer isso utilizando o software Minitab.

Calculando a ANOVA manualmente

Calcular a ANOVA manualmente não é tão trivial, mas estou aqui para te ajudar nisso. Suponha
que a Voitto Computadores, produz impressoras e máquinas de fax em suas fábricas localizadas
em Juiz de Fora, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

Para medir quanto os empregados dessas fábricas sabem sobre gerenciamento da qualidade total,
uma amostra aleatória de seis empregados de cada fábrica foi selecionada e seus integrantes
foram submetidos a um exame de seus conhecimentos sobre qualidade.

As notas do exame obtidas estão na tabela abaixo.

Os gerentes querem usar esses dados para testar a hipótese de que a média das notas de exame é
a mesma para todas as 3 fábricas.
Para isso, primeiramente temos que definir quais serão as hipóteses nulas e alternativas, certo?
Então vamos lá:

A hipótese nula é de que todas as três fábricas possuem média significativamente iguais e a
hipótese alternativa é de que pelo menos uma delas têm médias significativamente diferentes das
demais.

Feito isso, iremos calcular os valores da média para cada amostra bem como os valores de
variância amostral. Depois disso, faremos também o cálculo da média global. Os dados são
apresentados na tabela a seguir:

Temos agora que utilizar tais valores para calcular os quadrados médios entre os tratamentos e o
quadrado médio do erro, com base nas fórmulas a seguir.
Onde g é o graus de liberdade, que nesse caso vale 3, pois temos 3 amostras, e N é a quantidade
total de dados que possuímos, que nesse caso possui valor igual a 18. E F é o valor que iremos
comparar com os dados tabelados.

Realizando tais operações encontramos os seguintes resultados.

Chegamos agora a um momento crucial da nossa análise, vamos comparar o valor F obtido com
o valor tabelado.
Para encontrar o valor na tabela, basta utilizarmos a tabela de distribuição F para um nível de
confiança de 5%, com os dados g - 1 = 3-1 = 2 no numerador e N - g = 18 - 3 = 15 no
denominador, e dessa forma iremos encontrar o valor crítico de 3,68.

Como o nosso valor calculado F = 9 é maior do que o valor crítico de 3,68, nos encontramos na
área de rejeição da hipótese nula.

Ou seja, rejeitamos a hipótese de que as médias das notas de todas as filiais da Voitto
Computadores são significativamente iguais.

Agora já sabemos calcular manualmente a ANOVA, certo? Porém, como deve ter reparado, é
trabalhoso e não é trivial. Pensando nisso, também vou te explicar como realizar um teste de
ANOVA em um dos softwares mais utilizados para análises estatísticas.

Você também pode gostar