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CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
A energia é uma grandeza intrínseca de um sistema, de modo que ela não existe sozinha,
mas sempre como uma propriedade quantificável. Dentre os tipos de energia, temos, por
exemplo:
É importante que a energia é uma quantidade que se conserva, e nunca será destruída!
Sendo assim, enunciamos a Lei da Conservação da Energia. Na natureza, nenhuma energia
é destruída, mas sim, convertida em outros tipos de energia.
Algumas energias têm expressões bem definidas para modelá-las, como
Tipos de Energia
Energia Cinética: Energia Potencial Energia Potencial Energia Potencial
Gravitacional: Elástica: Elétrica:
𝑚𝑣 2 𝑘𝑥 2 𝑘𝑞1 𝑞2
𝐸𝑐 = 𝐾 = . 𝐸𝑝 = 𝑈 = 𝑚𝑔ℎ. 𝐸𝑚 = 𝐸𝑒𝑙 =
2 2 𝑑
2
𝒎𝒗𝟐
𝑬 = 𝑲 + 𝑼 = + 𝑼.
𝟐
𝑬𝒂𝒏𝒕𝒆𝒔 = 𝑬𝒅𝒆𝒑𝒐𝒊𝒔.
𝑬 = 𝑬′ + 𝑬𝒅𝒊𝒔𝒔𝒊𝒑𝒂𝒅𝒂
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Ou seja, a energia mecânica inicial 𝐸 de um sistema é dissipada por uma dada força até
que a energia mecânica final seja 𝐸. Desta forma, a conservação da energia resulta que a
energia dissipada é a diferença entre as energias mecânicas, e analogamente a
equação acima, segue que
𝑬 − 𝑬′ = 𝑬𝒅𝒊𝒔𝒔𝒊𝒑𝒂𝒅𝒂.
A energia dissipada é igual ao Trabalho da Força Dissipativa!
ATENÇÃO
Como todo tipo de energia, a energia mecânica, bem como qualquer uma das suas parcelas, pode se
transformar em outros tipos de energia. Por exemplo, quando um objeto cai verticalmente, ele perde energia
potencial gravitacional e ganha energia cinética (houve, portanto, uma transformação).
3
Exercício Resolvido
UFPR (2020) Um objeto de massa 𝑚 constante está situado no topo de um plano inclinado sem atrito,
de ângulo de inclinação 𝜃, conforme mostra a figura ao lado. O objeto está inicialmente em repouso,
a uma altura 𝐻 da base do plano inclinado, e pode ser considerado uma partícula, tendo em conta
as dimensões envolvidas. Num dado instante, ele é solto e desce o plano inclinado, chegando à sua
base num instante posterior. Durante o movimento, o objeto não fica sujeito a nenhum tipo de atrito
e as observações são feitas por um referencial inercial. No local, a aceleração gravitacional vale, em
módulo, g
b) 𝑄 = √2𝑚𝑔𝐻.
c) 𝑄 = 𝑚√2𝑔𝐻tan𝜃.
d) 𝑄 = 𝑚√2𝑔𝐻sen𝜃.
e) 𝑄 = 𝑚√2𝑔𝐻cos𝜃.
Resolução:
seria usual que decompuséssemos a aceleração gravitacional na direção do plano inclinado, para
aí sim conseguirmos escrever a função horária da velocidade, determinarmos tempo, e aí sim
determinar a velocidade. Ou então, determinar o deslocamento e utilizar a equação de Torricelli na
direção paralela à superfície do plano. Porém, como dito por aqui, apelar para a solução em termos
da energia mecânica normalmente é mais vantajoso, pois a solução fica mais simplificada e mais
vantajosa do ponto de vista de fazer contas. Neste problema, vamos considerar o nível zero da
energia potencial como sendo a base do plano inclinado. Desta forma, como o corpo está parado
no topo, no início, ele só tem energia potencial, e a energia mecânica inicial é dada por 𝐸 = 𝑚𝑔𝐻.
Quando o corpo chega na base do plano, ele não tem mais energia potencial gravitacional, e toda
a energia inicial foi convertida em movimento, ou seja, em energia cinética. Sendo assim, a energia
mecânica final é
𝑚𝑣 2
𝐸𝑐 = .
2
Portanto, como não existem forças dissipativas no problema, há conservação da energia mecânica,
e temos que 𝐸′ = 𝐸. Desta forma, podemos escrever que
𝑚𝑣 2
𝐸 = 𝐸 ′ ⇒ 𝑚𝑔𝐻 = 2
.
𝑣2
Logo, 𝑔𝐻 = ⇒ 𝑣 2 = 2𝑔𝐻 ⇒ 𝑣 = √2𝑔𝐻 .
2
Como o problema pede a quantidade de movimento, basta lembrar que 𝑄 = 𝑚𝑣. Como conhecemos
𝑣, segue diretamente que a quantidade de movimento do corpo ao chegar à base é 𝑄 = 𝑚√2𝑔𝐻 .
4
2. GRÁFICOS DO MRU E MRUV
𝒂𝒕𝟐
𝑺 = 𝑺𝟎 + 𝒗𝟎 𝒕 + 𝒗 = 𝒗𝟎 + 𝒂𝒕
𝟐 𝒗𝟐 = 𝒗𝟐𝟎 + 𝟐𝒂𝜟𝑺.
É importante notar que na equação de Torricelli não aparece a variável tempo, ou seja, se
o problema for de MRUV e não fornecer o tempo (e não o pedir), é um forte indício de que
a resolução se dá através da Equação de Torricelli.
Cada equação descreve uma curva diferente. Comecemos com a equação horária da
velocidade. Nota-se que ela tem a forma parecida com a equação da posição de um
MRU, mas agora, a inclinação equivale à aceleração, enquanto que a área do gráfico
equivale ao deslocamento. Além disso, a velocidade média pode ser obtida através do
gráfico num MRUV como sendo
𝒗𝒇 − 𝒗𝟎
𝒗𝒎 =
𝟐
5
A equação horária da posição é uma função de segundo grau. Sendo assim, ela descreve
uma parábola num gráfico de posição como função do tempo. A inclinação em cada
ponto do gráfico corresponde à velocidade naquele instante.
Nota-se, ainda, que a concavidade da parábola dependerá do sinal da aceleração. Ou
seja, quando a aceleração for positiva, a concavidade será para cima, e quando a
aceleração for negativa, a concavidade será para baixo. Como exemplo de visualização,
considere os gráficos da página seguinte.
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Exemplo
UFPR (2020) Um observador inercial analisa o movimento de um dado objeto de
massa m constante e constrói o gráfico v × t mostrado ao lado, em que v é a
velocidade do objeto e t é o tempo. O movimento ocorre numa linha reta.
Levando em consideração os dados apresentados no gráfico, assinale a
alternativa que apresenta corretamente o valor do deslocamento Δ𝑥 do objeto
entre os instantes t = 0 e t = 5 s.
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a) Δx = 5,0 m.
b) Δx = 7,5 m.
c) Δx = 10,0 m.
d) Δx = 12,5 m.
e) Δx = 15,0 m.
Resolução:
Como vimos, o gráfico da velocidade como função do tempo pode fornecer
várias informações. Dentre elas estão a aceleração do movimento, a velocidade
inicial, a velocidade média e o deslocamento total.
O gráfico mostra uma reta decrescente, e podemos inferir diretamente que a
aceleração no movimento é negativa.
Além disso, podemos determinar o deslocamento entre um determinado intervalo
de tempo como sendo a área abaixo da reta entre os instantes analisados.
Portanto, o deslocamento do objeto entre os instantes de 0 e 5 segundos equivale
à área de um trapézio, ou então a soma da área de um retângulo com um
triângulo. Façamos as contas utilizando a fórmula do trapézio. Das informações
obtidas no gráfico, temos que
(𝟐+𝟏) ∙ 𝟓 𝟑 ∙𝟓
ΔS = = = 𝟕, 𝟓 𝐦
𝟐 𝟐
7
3. UNIDADES NO SISTEMA INTERNACIONAL (SI)
É importante que cada unidade fundamental é medida com base em algo, literalmente,
fundamental na natureza. Por exemplo, 1 segundo equivale ao tempo medido para
ocorrerem 9.192.631.770 transições de energia num átomo de Césio, e 1 metro equivale a
distância percorrida pela luz em um tempo de 1/299.792.458 segundos.
Sendo assim, as unidades fundamentais formam um conjunto de unidades que serão
observadas de maneira equivalente em todo o universo, visto que nesses exemplos, as
transições do átomo de Césio não são diferentes em nenhum local, além de que a
velocidade da luz é constante em todos os referenciais inerciais.
Podemos citar alguns exemplos de unidades derivadas, sendo elas:
Unidades derivadas do SI
Newton (N) Joule (J) Pascal (Pa) Coulomb (C)
𝑚2
𝑚 𝐽 = 𝑁 ⋅ 𝑚 = 𝑘𝑔 ⋅ 𝑘𝑔
𝑁 = 𝑘𝑔 ∙ 2 𝑠2 𝑃𝑎 = 𝑁 𝑚2 = 𝐶 = 𝐴 ⋅ 𝑠
𝑠 𝑚 ⋅ 𝑠2
𝐽 𝑘𝑔 1
𝐽 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚2 𝐶 𝐴2 𝑠 4 𝑊 = = 2 3 𝐻𝑧 = = 𝑠 −1
𝑉 = = 𝐹 = = 𝑠 𝑚 𝑠 𝑠
𝐶 𝐴 ⋅ 𝑠3 𝑉 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚2
8
Exercício Resolvido
Resolução:
Para determinar que grandeza está associada à esta expressão, vamos associar
as unidades fundamentais com calma. Note que podemos escrever diretamente
que A ⋅ s = C. Ou seja, podemos reescrever a unidade como sendo
𝑘𝑔 𝑚2
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𝐶 𝑠2
Agora, sabemos que
𝑚
𝑁 = 𝑘𝑔 ∙
𝑠2
de modo que podemos reescrever a expressão como
𝑁∙𝑚
𝐶
Note agora que N ⋅ m equivale a uma força multiplicada por um comprimento, e
estamos tratando do trabalho de uma força, ou seja, uma unidade de energia.
Portanto, escrevemos
𝐽
𝐶
A expressão acima é a definição de uma unidade derivada, chamada Volt (V),
que é a unidade padrão para medidas de Potencial elétrico. Logo, a alternativa
correta corresponde à letra B.
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4. ONDAS
Ondas são perturbações que se propagam através de um meio (ou não) transferindo
apenas energia, e não massa.
As ondas são divididas em duas naturezas distintas, sendo elas as ondas mecânicas e ondas
eletromagnéticas.
Ondas mecânicas
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Existem informações importantes sobre as ondas. As grandezas relevantes neste assunto são
o comprimento de onda λ, a frequência f ou o período T, e a velocidade da onda v.
O comprimento de onda é definido como sendo a distância entre duas cristas (pontos mais
altos), dois vales (pontos mais baixos) ou entre três nós consecutivos (ponto intermediário).
A amplitude de uma onda é definida como a menor distância do eixo principal até a cristal
ou até o vale, enquanto que o eixo principal é o eixo que passa pelo meio da onda e é
paralelo à direção de propagação da onda. Todas essas grandezas estão ilustradas em
uma onda transversal na Figura ao lado.
Podemos relacionar as grandezas das ondas através da equação fundamental das ondas,
dada por
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𝝀
𝒗 = 𝝀𝒇 =
𝑻
enquanto que
𝟏
𝒇 =
𝑻
É importante que esta equação vale para ondas mecânicas e ondas eletromagnéticas, e
no caso de ondas eletromagnéticas no vácuo, a velocidade da onda é uma constante,
que é a velocidade da luz, dada por
𝒄 = 𝟑, 𝟎 × 𝟏𝟎𝟖 𝒎/𝒔.
Quando uma onda se propaga em uma corda, podemos determinar a velocidade da
onda através de
𝑻
𝒗=√
𝝁
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Exercício Resolvido
UFPR (2019) O gráfico ao lado apresenta a frequência f de uma onda sonora que se
propaga num dado meio em função do comprimento de onda λ dessa onda nesse
meio.
Com base nesse gráfico, assinale a alternativa que expressa corretamente o módulo
da velocidade do som v no meio considerado, quando a frequência da onda sonora
é de 25 Hz.
a) v = 250 m/s.
b) v = 340 m/s.
c) v = 750 m/s.
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d) v = 1000 m/s.
e) v = 1500 m/s.
Resolução:
O gráfico representa como a frequência da onda sonora varia com o comprimento
de onda. Nota-se, inicialmente, que as unidades nos eixos já estão no sistema
internacional de unidades, e não precisaremos fazer nenhum tipo de conversão
adicional para resolver o problema.
O tipo de gráfico mostra que a dependência da frequência com o comprimento de
onda não é linear, mas a relação v = λf é satisfeita pontualmente. Sendo assim,
quando a frequência da onda vale 25 Hz, o comprimento de onda vale 30 m, e
podemos determinar a velocidade mediante
𝑣 = 𝜆𝑓
⇒ 𝑣 = 30 ⋅ 25 = 750 𝑚/𝑠.
Logo, a alternativa correta é a letra B.
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5. RESISTORES ÔHMICOS E POTÊNCIA DISSIPADA
Resistores ôhmicos
Uma das principais áreas da Física é o Eletromagnetismo. Essa área pode ser dividida em
subáreas: eletrostática, eletrodinâmica, magnetismo e magnetodinâmica.
Em particular, a eletrodinâmica é responsável pelos estudos das causas e efeitos do
movimento de cargas elétricas em um circuito elétrico. Nesse contexto, definimos corrente
elétrica como o fluxo ordenado de cargas elétricas, bem como estudamos um importante
componente do circuito: o resistor.
Resistores são dispositivos elétricos que têm dois objetivos principais:
EFEITO JOULE
1. limitar a corrente elétrica em um circuito
2. transformar energia elétrica em térmica. Esse aquecimento pro-
vocado pelos resistores é
chamado efeito joule, e é
explicado pela colisão dos
Dependendo do material, a quantidade de colisões é elétrons com a estrutura
maior, provocando um maior aquecimento e definindo interna do material.
uma maior resistência.
Outro conceito importante para se entender resistores é o de diferença de potencial
elétrico.
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A interpretação da tensão elétrica pode ser feita como sendo A ENERGIA QUE UM DETERMINADO
GERADOR ELÉTRICO É CAPAZ DE FORNECER ÀS CARGAS QUE O ATRAVESSAM. Por exemplo, se a ddp
entre os polos de uma pilha for de 20V, isso significa que cada carga de 1C receberá 20J
de energia para percorrer o circuito que está ligado à pilha.
A interpretação da tensão elétrica pode ser feita como sendo a energia que um
determinado gerador elétrico é capaz de fornecer às cargas que o atraem. Por exemplo,
se a ddp entre os polos de uma pilha for de 20V, isso significa que cada carga de 1C
receberá 20J de energia para percorrer o circuito que está ligado à pilha.
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ATENÇÃO
Toda vez que esse gráfico (U × i) é dado por um segmento de reta, identificamos que o
resistor é ôhmico.
Pode ser que a curva característica seja dada inicialmente por um segmento de reta mas
a partir de certos valores de corrente, o gráfico perde o seu comportamento linear,
conforme a figura a seguir.
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Ainda é possível que para nenhum valor de corrente elétrica o resistor tenha
comportamento ôhmico, conforme a figura a seguir.
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Exercício Resolvido
UFPR (2020)
As propriedades elétricas de dois resistores A e B foram investigadas, e os dados
obtidos para eles foram dispostos na forma de um gráfico V x i, em que V é a tensão
aplicada e i é a corrente elétrica que por eles circula. As curvas para os resistores A
(linha cheia) e B (linha tracejada) são apresentadas na figura ao lado.
Com base nos dados apresentados, considere as seguintes afirmativas:
1. O resistor B é ôhmico.
2. Os resistores têm resistências iguais quando submetidos a uma tensão de 10 V.
3. A potência dissipada pelo resistor A quando submetidos a uma tensão de 20 V
vale 0,6 W.
4. O resistor B apresenta uma resistência de 50Ω quando submetido a uma tensão
de 5 V.
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Resolução:
Vamos ver cada alternativa, aplicando os conceitos vistos acima.
1. Verdadeiro. A curva característica do resistor B é um segmento de reta, por isso
concluímos que o resistor é ôhmico.
2. Verdadeiro. Apesar do resistor A não ser ôhmico, pois a sua curva não é um
segmento de reta, em cada ponto do gráfico podemos utilizar a equação:
𝑈
𝑅=
𝑖
para U = 10 V, as resistências são iguais, pois para
esse valor i = 20 mA = 0,02 A para ambos, de forma que
a resistência é:
𝑈
𝑅𝐴 = 𝑅𝐵 = = 10 0,02 = 500 𝛺.
𝑖
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6. FORÇAS E LEIS DE NEWTON
DINÂMICA
Estudo das causas dos movimentos, isto é, de como e por que a interação de um corpo
com um objeto com o meio à sua volta afeta o seu estado de movimento. Aqui estudaremos
dois conceitos fundamentais à Física: força e energia.
O QUE É FORÇA?
Entidade física responsável por dotar os corpos de aceleração, isto é, capaz de fazer variar
sua velocidade. No SI, é medida em kg.m/s², que recebe o nome de NEWTON (N).
IDENTIFICAÇÃO DE FORÇAS
Para efeitos de identificação de forças, primeiro é preciso lembrar que há forças que atuam
a distância e forças que só acontecem devido ao contato entre dois corpos.
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TIPOS DE FORÇA
PESO
Não confunda PESO com MASSA!
É a força que trata da interação envolvendo cargas elétricas e/ou ímãs. As interações da
força eletromagnética serão estudas mais à frente no conteúdo.
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NORMAL TRAÇÃO / TENSÃO
É a força que impede que um corpo penetre em É a força causada pela presença de cordas, fios,
outro ao serem postos em contato. É sempre cabos e afins ligados a um objeto. A direção da
perpendicular à superfície de contato entre os tração acompanha a direção do fio que produz
corpos esta força.
ATRITO EMPUXO
É uma força que surge para tentar impedir que É a força que um fluido exerce sobre um objeto
haja deslizamento entre duas superfícies em nele submerso. Sua direção é tal que tente
contato. Se apresenta de dois tipos distintos: impedir que o objeto afunde. Tem módulo igual
atrito estático (quando não há movimento) e ao peso de líquido deslocado pela imersão do
atrito cinético (quando há movimento). objeto.
RESULTANTE CENTRÍPETA
Na Física, damos o nome de CENTRÍPETA para qualquer força que aponte para o centro 𝒎𝒗𝟐
de uma trajetória circular. Em geral, esta é uma força que não altera o módulo da 𝑭=
𝑹
velocidade do objeto em que atua.
FORÇA ELÁSTICA
FORÇA RESULTANTE
Força resultante é a soma vetorial de todas as forças
que atuam em um objeto.
Usa-se qualquer método de soma de vetores para
encontrar a força resultante. Uma maneira bastante
eficaz é olhar separadamente para cada direção
cartesiana: horizontal (x) e vertical (y).
Todo objeto tende a manter seu estado de movimento sempre que a resultante das forças que
atuam sobre ele seja nula. (LEI DA INÉRCIA).
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1ª LEI DE NEWTON
que durante a frenagem, o ônibus não era um referencial inercial, pois nele não
permaneceram válidas as expectativas dadas pela 1ª Lei.
2ª LEI DE NEWTON
A resultante das forças que atuam sobre um objeto de
massa m é responsável por lhe impor uma aceleração
de mesma direção e sentido com módulo F/m.
(PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA DINÂMICA).
⃗ = 𝒎𝒂
𝑭 ⃗
A ACELERAÇÃO DESENVOLVIDA POR UM OBJETO TEM MESMA DIREÇÃO E SENTIDO DA FORÇA RESULTANTE QUE ATUA SOBRE ELE.
ATENÇÃO
Para toda força (ação) existe uma reação igual em módulo e em direção e com sentido contrário.
(LEI DA AÇÃO E REAÇÃO).
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3ª LEI DE NEWTON
“Para toda força de ação, existe uma força de reação de mesmo módulo, mesma direção,
porém, de sentido oposto à força de ação”. As forças de ação e reação surgem sempre
aos pares. Ou seja, elas devem sempre atuar em corpos diferentes (par de ação e reação).
No exemplo acima, se a pessoa 1 empurra a pessoa 2 com uma força F 12, então, pela 3ª Lei
de Newton, garantimos que a pessoa 2 também empurra a pessoa 1 com uma força F 21 de
mesmo módulo, mesma direção e sentido oposto.
𝐹12 = − 𝐹21 .
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ATENÇÃO
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Exercício Resolvido
Um bloco de massa 𝑚 constante foi colocado
num plano
inclinado de ângulo de inclinação 𝜃 ,conforme
mostra a figura ao lado.
Há atrito entre o plano inclinado e o bloco, sendo
que o coeficiente de atrito estático vale 𝜇𝑒 e o
coeficiente de atrito cinético vale 𝜇𝑐 .O bloco
está sujeito à ação gravitacional além da força
de reação normal e da força de atrito geradas
pelo plano inclinado. Na situação em que o bloco
esteja estático, mas na iminência de começar a
deslizar, de modo que a força de atrito estática é
máxima, vale a relação:
Resolução:
⃗𝑵
⃗ = ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑷𝒚 = ⃗⃗⃗
𝑷 ∙ 𝐜𝐨𝐬 𝜽
⃗𝑭 = ⃗⃗⃗⃗
𝑷𝒙 = ⃗⃗⃗
𝑷 ∙ 𝐬𝐞𝐧 𝜽
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⃗⃗⃗⃗⃗
𝐹𝑎𝑡 = 𝐹
pois o bloco está na eminencia de movimento e aplicando a formuma para o atrito estático,
temos:
𝜇𝑒 ∙ ⃗𝑵
⃗ = ⃗⃗⃗
𝑃 ∙ sen 𝜃
𝜇𝑒 ∙ ⃗⃗⃗
𝑷 ∙ 𝐜𝐨𝐬 𝜽 = ⃗⃗⃗
𝑃 ∙ sen 𝜃
⃗⃗⃗
𝑃 ∙ sen 𝜃 𝑠𝑒𝑛 𝜃
𝜇𝑒 = = = 𝑡𝑔 𝜃.
⃗⃗⃗
𝑃 ∙ cos 𝜃 cos 𝜃
O valor do coeficiente de atrito estático achado 𝜇𝑒 diz respeito ao valor que esse coeficiente deve
ter para que o bloco esteja na iminência de entrar em movimento. Perceba que o valor do
coeficiente está diretamente ligado ao ângulo do plano inclinado, quanto maior for a inclinação
do plano inclinado, maior deve ser o coeficiente de atrito estático para poder “segurar” o bloco,
fazendo com que ele não desça o plano inclinado.
Resumindo
• Se o coeficiente de atrito estático for 𝜇𝑒 < 𝑡𝑔 𝜃. O bloco passaria a descer o plano inclinado.
• Se o coeficiente de atrito estático for 𝜇𝑒 > 𝑡𝑔 𝜃. O bloco permaneceria em repouso sobr eo
plano inclinado.
• Se o coeficiente de atrito estático for 𝜇𝑒 = 0. O bloco estará na iminência de se mover.
21
7. TROCAS DE CALOR
O calor não é responsável só pela variação da temperatura dos sistemas físicos. Receber
calor pode também fazer com que a fase de uma substância mude.
𝑸 = 𝒎. 𝑳
22
LEI ZERO DA TERMODINÂMICA
Quando dois corpos de temperatura diferentes são postos em contato, o corpo mais quente
cede calor ao corpo mais frio até que a temperatura de ambos se iguale. A esse novo
estado chamamos de equilíbrio térmico.
✓ O calor sempre flui do corpo mais quente para o corpo mais frio.
✓ Equilíbrio térmico é o nome dado para a situação em que os corpos estejam a uma
mesma temperatura.
TRANSFERÊNCIA DE CALOR
De maneira geral, podemos dizer que há três formas de transferência de calor entre os
corpos:
2. CONVECÇÃO Consequência de o ar
quente ser menos denso que o ar frio e,
portanto, tendendo a subir, gerando as
chamadas correntes de convecção.
A análise da transferência de calor entre dois corpos que estão em contato, dentro de um
sistema isolado, é feita levando-se em conta que todo o calor cedido pelo corpo mais
quente é absorvido pelo corpo mais frio.
Qc = Qr
COM UM CUIDADO DE QUE CALOR CEDIDO É, POR DEFINIÇÃO, NEGATIVO E CALOR RECEBIDO É POSITIVO.
Para determinar as quantidades de calor na fórmula acima, você deve usar as equações
do módulo anterior, levando em conta qual(is) está(ão) envolvido(s): calor sensível ou
latente.
23
Exercício Resolvido
UFPR 2021 Um calorímetro ideal contém 200 g de água a uma temperatura T0 = 20
oC ao nível do mar. Uma certa quantidade de calor correspondendo a 48 kJ é
transferida à água, que atinge uma temperatura T. Supondo que todo o calor
transferido foi absorvido pela água, sabendo que o calor específico da água vale
c = 1 cal/g oC e considerando a conversão 1 cal = 4 J, assinale a alternativa que
apresenta corretamente o valor da temperatura final da água, que se mantém
líquida em todo o processo.
a) T = 60 oC.
b) T = 70 oC.
c) T = 80 oC.
d) T = 90 oC.
e) T = 100 oC.
Resolução:
Como não há mudança de fases, devemos apenas aplicar a formula do 𝑄=
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𝑄 = 𝑚𝑐Δ𝑇 → Q = mc(T − T0 )
𝑄 12000
Finalmente, substituindo temos: 𝑇 = + 𝑇0 = + 20 = 80°𝐶
𝑚𝑐 200∙1
Gabarito letra C
24
8. ESPELHOS E LENTES
LEIS DA REFLEXÃO
Sempre que a luz se depara com uma superfície que separa dois meios de propagação,
parte dos raios é refletida de volta.
1ª LEI DA REFLEXÃO: O RAIO DE LUZ QUE INCIDE SOBRE UMA SUPERFÍCIE, A RETA NORMAL À SUPERFÍCIE E O RAIO
DE LUZ REFLETIDO PELA SUPERFÍCIE SÃO TRÊS SEGMENTOS DE RETA PERTENCENTES A UM MESMO PLANO.
𝒊=𝒓
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FORMAÇÃO DE IMAGENS NOS ESPELHOS ESFÉRICOS
Espelhos esféricos são superfícies refletoras curvas de maneira que parecem pedaços retirados de
uma esfera oca.
VÉRTICE (V): ponto no qual o espelho esférico é atravessado pelo eixo principal.
CENTRO DE CURVATURA (C): ponto marcado como o centro de uma esfera hipotética de onde teria sido
tirado o espelho esférico em questão.
FOCO (F): ponto situado no meio da distância entre o centro de curvatura e o vértice do espelho. Ou seja,
se chamamos de c a distância do centro de curvatura ao vértice e de f a do foco ao vértice, temos que:
𝒄
𝒇=
𝟐
EQUAÇÃO DE GAUSS
Para saber onde uma imagem será formada por um dado espelho esférico, você precisa
conhecer a distância focal (f) do espelho e a distância (p) a que o objeto 𝟏 𝟏 𝟏
está posto do vértice do espelho. Pela equação de Gauss, sabemos que = +
𝒇 𝒑 𝒑′
a imagem se formará a uma distância p’ do vértice, tal que
26
REFRAÇÃO DOS RAIOS
1ª LEI DA REFRAÇÃO
2ª LEI DA REFRAÇÃO
Os ângulos de incidência e emersão estão relacionados com os índices de refração dos meios
envolvidos através da seguinte relação (Lei de Snell)
𝒏𝟏 𝐬𝐢𝐧 𝜽𝟏 = 𝒏𝟐 𝐬𝐢𝐧 𝜽𝟐
LENTES ESFÉRICAS
As lentes são classificadas de acordo com o formato de seu corte: plano, côncavo ou convexa.
Uma lente pode ser caracterizada por sua distância focal (distância do foco ao vértice), ou por
sua vergência, dada por
𝟏
𝑽=
𝒇
No qual f é a distância focal. A vergência é medida em dioptrias (di) e é positiva para lentes
convergentes (que agrupam raios de luz paralelos sobre seu foco) e negativa para lentes
divergentes (que dispersam raios de luz simetricamente em relação ao seu foco).
Funcionamento e representação esquemática de uma lente convergente e divergente:
27
Lente convergente Lente divergente
A equação para a formação de imagens com lentes esféricas é análoga à que usamos no
caso dos espelhos esféricos no módulo anterior. Para uma lente de distância focal igual a f,
um objeto posto a uma distância p do vértice é associado a uma imagem formada a uma
distância p’, tal que:
𝟏 𝟏 𝟏
= +
𝒇 𝒑 𝒑′
O fator de ampliação (A) de uma lente pode ser calculado pela equação também já
conhecida:
𝒊 −𝒑
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𝑨= =
𝒐 𝒑
Fique atento à convenção de sinais para o caso de lentes:
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Exercício Resolvido
UFPR (2015) Sabe-se que o objeto fotografado por uma câmera fotográfica digital
tem 20 vezes o tamanho da imagem nítida formada no sensor dessa câmera. A
distância focal da câmera é de 30 mm. Para a resolução desse problema,
𝑝′ 𝐼 1 1 1
considere as seguintes equações: 𝐴 = − = e = + .
𝑝 𝑂 𝑓 𝑝 𝑝′
Resolução:
1
Pelo enunciado podemos notar que a ampliação é de 20 vezes, ou seja 𝐴 =
20
com isso, para descobrir a distância do objeto até a câmera, podemos usar a
seguinte relação:
𝑝′ 1
𝐴= =
𝑝 20
Logo, a relação entre p’ e p é:
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𝑝
𝑝′ =
20
1 1 1
= +
𝑓 𝑝 𝑝′
1 1 1
= + 𝑝
𝑓 𝑝
20
1 1 20 21
= + =
𝑓 𝑝 𝑝 𝑝
1 1
Como a distância focal é de 30 mm ( = ), encontramos o valor de p
𝑓 30
1 21
= → 𝑝 = 30 ∙ 21 = 630 𝑚𝑚
30 𝑝
Gabarito letra A
29