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Universidade Federal do ABC

Bacharelado em Ciência & Tecnologia

GERENCIAMENTO DE REDES

Alunos:
Felipe Ponsano Franke

Askely Huang

Francielle Expedita Melo

Gabriel Henrique Lana Lourenço

Tatiana Suemi Anglas Tarumoto

Ighor Inacio Aragão


Santo André
Agosto de 2018

1. INTRODUÇÃO

Uma imensa quantidade de softwares e componentes de hardware em interação é o


que chamamos de rede, tendo em vista sua complexidade o gerenciamento de rede se fez
necessário. Uma rede pode ser comparada com um sistema vascular, um aeroporto
movimentado ou um sistema de distribuição de água em um cidade; em todos esses casos
palpáveis é evidente a importância de uma tática de comando para coordenar as os elementos
que transitam entre cada área.

O gerenciamento de redes pode ser analisado como um conjunto de mecanismos


operacionais e administrativos necessários para controlar o uso da rede, manter sua esfera
operacional, facilitar sua expansão e dirigir o acesso à rede.
A rápida popularização dos computadores nas últimas décadas gerou uma forte
dependência social nas redes. Atualmente o uso da internet, a maior rede de computadores do
mundo, é aplicado em empresas, governo, serviços sociais básicos, etc.
Atualmente as redes de computadores e os seus recursos associados, além das
aplicações distribuídas, tem se tornado fundamental e de tal importância para uma
organização, que elas basicamente "não podem falhar".

Isto significa que o nível de falhas e de degradação de desempenho considerados


aceitáveis está cada vez mais diminuindo, sendo este nível igual até a zero, dependendo da
importância da rede para uma instituição.

Com esta crescente necessidade de gerenciamento, fez-se necessário que padrões para
ferramentas fossem estabelecidos.

2. TRABALHOS RELACIONADOS

Sob a óptica de Kurose em sua obra “Redes de Computadores e a Internet”, o


gerenciamento de rede é dado como a implantação e coordenação entre software, hardware e
elementos humanos para esculpir e avaliar a rede e seus recursos a fim de suprir os critérios
de menor tempo de operação possível, execução, qualidade e custo.
Em uma rede, mesmo que simples, bem administrada pode ser altamente beneficiada
apenas por saber: detectar falhas na interface de um hospedeiro ou de um roteador, isto é,
uma entidade da rede reportar para o administrador que uma de suas interfaces desligou ou
está prestes a falhar visto que uma alta taxa de erros alta taxa de erros está sendo detectada;
inspecionar o aparelho servidor, o que consiste em verificar se toda a rede hospedeira está
ligando e operando corretamente; monitorar o tráfego para ajudar na implantação de recursos,
ou seja, analisar o trajeto entre origem e destino para poder apontar algum aperfeiçoamento
no movimento; detectar mudanças bruscas em “routing tables”, pois isso demonstra
inconsistência no sistema de rotas em que o dado transita; acompanhar a rede para entregar
problemas a Garantia do Nível de Serviço (ou Service Level Agreements - SLAs), que são
contratos de serviços de TI que asseguram uma boa performance de operação; e, por fim, a
detecção de intrusões, onde o gerenciador da rede procura saber o padrão do tráfego da rede
de seus clientes para poder perceber quando há uma origem suspeita.
A Organização Internacional de Normalização (ou International Organization for
Standardization - ISO) criou uma rede de gerenciamento padrão, na qual consiste em:
gerenciamento de performance, em que o objetivo é quantificar, medir, analisar e controlar o
desempenho de diferentes componentes de rede (como links, roteadores e servidores) e de
conexões fim-a-fim; monitoramento de falhas, onde o propósito é de detectar e responder a
erros na rede, a diferença entre o monitoramento de falhas e o gerenciamento de performance
é que este trata de problemas a longo prazo, enquanto o monitoramento cuida de problemas
que podem ser consertados mais rapidamente; controle de configuração, isto é, deixar o
administrador da rede rastrear qual aparelho está sob a rede administrada e configurar tanto o
os softwares como os hardwares sob esse radar; gerenciamento da conta, ou seja, dar
permissão ao administrador da rede para entrar e controlar o usuário aos recursos da rede, nos
quais o usuário pode adquirir o acesso por meio de pagamento por exemplo; e o controle de
segurança, onde o alvo é não deixar o usuário alcançar certos recursos da rede conforme a
política de segurança em que a rede foi construída.
A infraestrutura do gerenciamento de redes apresenta três principais componentes:
uma entidade administradora, os dispositivos gerenciados e um protocolo de gerenciamento
de rede.
A entidade administradora é tipicamente comandada por um humano, que controla a
coleta, processamento, análise e a exibição das informações obtidas do gerenciamento de
redes. É nessa componente que as ações são iniciadas para controlar o comportamento da
rede e onde há a interação da pessoa com os aparelhos da rede.
O dispositivo gerenciado é um pedaço do equipamento de rede que reside em uma
rede gerenciada, podendo ser um roteador, modem ou uma impressora. Dentro desse
dispositivo, pode ter vários “objetos gerenciados”. Os chamados objetos gerenciados são as
reais peças do hardware e os conjuntos de parâmetros de configuração para as peças do
hardware e do software. Eles apresentam pedaços de informação associados a eles que são
coletados para uma MIB (do inglês, Management Information Base) que em uma analogia
humana corresponde a dados quantitativos trocados entre uma filial e o seu escritório
principal.
O último componente da infraestrutura é o protocolo de gerenciamento de rede, que
se intercala entre a entidade administradora e os dispositivos gerenciados permitindo que a
entidade consulte os dispositivos e indiretamente tome ações nesses dispositivos através de
agentes.
3. DISCUSSÃO
Para atingir os objetivos necessários, o gerenciamento de redes clássico divide-se em
três: a coleta de dados, o diagnóstico e a ação.
A coleta dados se baseia em um processo, em sua maioria, automático, que consiste
de monitoração sobre os recursos gerenciados. O diagnóstico consiste no tratamento e análise
dos dados coletados previamente. O computador de gerenciamento executa diversos
procedimentos, com o objetivo de determinar a causa do problema representado recurso
gerenciado. Uma vez diagnosticado o problema, cabe ao processo de ação ou controle tomar
as devidas providências caso o evento tenha sido um incidente operacional.
No caso específico da internet, a coleta de dados é feita pelos MIBs (do inglês
Management Information Base). As informações são transportadas seguindo o SNMP (do
inglês Simple Network Management Protocol) e a linguagem é padronizada para evitar
ambiguidades e erros de leitura.
O SNMP trata do transporte de informações entre gerenciador e gerenciado. Esse
transporte é feito de duas formas: modo requisição/resposta e modo trap.
O modo requisição/resposta funciona com uma requisição do agente gerenciador,
recebendo a resposta do agente gerenciado.
O modo trap funciona sem a requisição. As informações são enviadas diretamente
do agente gerenciado ao gerenciador.
Para evitar erros, ambiguidades e impossibilidades de leitura, todas as informações
trocadas são identificadas como objetos. Todos os objetos são padronizadas conforme a
linguagem usada pelo SNMP, a SMI.
A SMI possui tipos especificados de objetos e todos os dados trocados devem estar
de acordo com tais tipos. Essa normalização permite o bom funcionamento do protocolo de
gerenciamento.
Com o uso abrangente de internet para compartilhamento de dados entre usuários,
foi desenvolvido um sistema de segurança para o gerenciamento da rede. O SNMP utiliza a
criptografía para se manter seguro, criando uma matriz que só pode ser decodificada tendo a
chave, mantida apenas entre o emissor e o receptor da mensagem.

4.CONCLUSÃO
Os privilégios da integração e gerenciamento dos sistemas computacionais a fim de
distribuir tarefas e regular os recursos de uma rede já é uma realidade palpável. Para
acompanhar esse feito, o constante aumento em relação a quantidade e diversidade de
componentes de redes de computadores apoiou o uso e melhoramento do gerenciamento de
redes de modo impreterível.
Grandes empresas que exigem inter-redes formadas pelo acoplamento de pequenas
redes locais, assumiram uma responsabilidade e a demanda por nos estudos para melhorar a
relação de interconexão. Por isso, essas corporativas clamam por redes de alta eficiência para
que os dados da companhia estejam sempre funcionando, transitando e operando
corretamente no instante em que forem requisitadas.
A expansão das redes de computadores, unida a inclusão de serviços como voz, vídeo
e dados, expõe a indispensabilidade de uma administração sobre a qualidade de operação dos
recursos, o que restabelece sua alta relevância para garantia de um bom serviço.
Para conseguir gerenciar e planejar um sistema de gerenciamento de redes, o
profissional necessita ter o conhecimento dos conceitos fundamentais e as tecnologias
necessárias. Dessa maneira, é possível atingir todos os seus objetivos, monitorando e
controlando também os elementos da rede e assegurando um nível de qualidade dos serviços.
Concluindo, o gerenciamento de redes está associado ao monitoramento do uso de recursos
da rede e ao controle de atividades e, além disso, relaciona-se com as necessidades atuais e
futuras de toda a infraestrutura da rede, devido às necessidades estratégicas de seus usuários.
As atividades do gerenciamento de redes são complexas e correlacionadas, requerendo um
fluxo de informações eficaz e contínuo para sua realização.

5. REFERÊNCIAS
https://www.projetoderedes.com.br/artigos/
artigo_gerenciamento_de_redes_de_computadores.php
KUROSE, J. F. e ROSS, K. W. Computer Networking: A Top-Down Approach. 6ª edição.
http://www.riopomba.ifsudestemg.edu.br/dcc/dcc/materiais/106905320_Kurose-wbg-
cap09.pdf

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