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AULA 1

ADMINISTRAÇÃO DE REDES
DE COMPUTADORES

TEMA 1 – INTRODUÇÃO À
ADMINISTRAÇÃO E GERÊNCIA DE
REDES
Nos primórdios das redes de computadores,
quando elas ainda eram artefatos de
pesquisa e não uma infraestrutura usada por
milhões de pessoas por dia, gerenciamento
de rede era algo de que nunca se tinha
ouvido falar. Como a internet pública e as
intranets privadas cresceram e se
transformaram de pequenas redes em
grandes infraestruturas globais, a
necessidade de administrar mais
sistematicamente a enorme quantidade de
componentes de hardwares e softwares
nessas redes também se tornou mais
importante.
Quando centenas ou milhares de
componentes são montados em conjunto por
alguma organização para formarem uma
rede, não é nada surpreendente que, por
vezes, eles apresentem defeitos, que
elementos da rede sejam mal configurados,
que recursos da rede sejam utilizados em
excesso ou que componentes simplesmente
parem de funcionar (Kurose; Ross, 2013).

1.1 Importância da administração de


rede
Com o crescimento vertiginoso das redes de
computadores, o aumento de aplicações;
com usuários gerando uma maior
complexidade: hardwares e softwares
diferentes, empresas dependentes das redes
para aumentar seu lucro e eficiência; com a
necessidade de coordenação (controle da
estrutura, monitoramento de recursos),
confiabilidade, organização e segurança das
redes, houve um aumento da importância da
administração e gerência das redes de
computadores.
Os impactos gerados por uma falha na rede
produzem perdas de receitas ou
impossibilitam a prestação de serviços. Isso
causa transtornos institucionais, financeiros e
consequências sérias para organizações,
com implicações legais. Portanto, a
preocupação com qualificação de uma
equipe para cuidar dessas novas
tecnologias, bem como o contínuo esforço na
administração e melhoria das redes são
fatores de grande importância da área de
administração de redes.

1.2 Atuação do administrador de rede


O administrador de redes monitora
equipamentos remotos e analisa os dados
para garantir que os equipamentos estejam
funcionando e operando conforme os limites
especificados, controla reativamente o
sistema, fazendo-lhe ajustes de acordo com
as modificações que nele ocorrem ou em seu
ambiente e

gerencia proativamente o sistema (por


exemplo, detectando tendências ou
comportamentos anômalos que permitem
executar uma ação antes que apareçam
problemas sérios). Em suma, o administrador
de rede vai monitorar, gerenciar e controlar
ativamente o sistema do qual está
encarregado (Kurose; Ross, 2013).

1.3 Atividades comuns de administração


de redes
As atividades mais comuns da administração
de redes são: monitoramento e controle. Os
equipamentos utilizados nas redes de
computadores conseguem prover uma série
de informações sobre o seu funcionamento.
Os componentes de softwares também
possuem dados estruturados para
proporcionar grande quantidade de
informações sobre o seu funcionamento.
Dessa forma, a quantidade e a diversidade
de informações sobre o funcionamento das
redes são bem grandes e crescem
continuamente.
A administração de redes envolve algumas
atividades, tais como:
• Registro de ocorrência de eventos

• Detecção e diagnóstico de falhas de


rede
• Estabelecimento de critérios de disparo
de alertas

• Controle de alterações na rede

• Acompanhamento do desempenho da
rede e de seus serviços

• Garantia da segurança

• Contabilização dos recursos 1.4 O que


administrar?
No âmbito das redes, é possível
administrar: equipamentos de rede,
serviços e aplicações, servidores,
dispositivos de armazenamento, bancos
de dados, entre outros. As informações
de administração de redes são definidas
por padrões. Existem protocolos de
gerenciamento padronizados, facilitando
a gerência e possibilitando a
interoperabilidade entre redes
diferentes.
TEMA 2 – ÁREAS FUNCIONAIS
DE GERENCIAMENTO
(MODELO OSI)
A International Organization for
Standardization (ISO) criou um modelo
de gerenciamento de rede, numa
primeira tentativa de padronizar a
operação entre sistemas em que a
arquitetura de rede e as funções de
interconexão entre

sistemas foram organizadas em sete


camadas, conforme a Figura 1, chamadas de
modelo OSI, em que cada camada seria
responsável por uma tarefa.
Figura 1 – O modelo OSI
Fonte: elaborado com base em Santos, 2015.

Para as funções de gerenciamento e


administração da rede feitas na camada de
aplicação do modelo OSI, como na Figura 1,
são definidas cinco categorias para a função
de gerenciamento de rede, algumas vezes
referidas como fault, configuration,
accounting, perfomance, security (Fcaps).
Esse gerenciamento de redes é estruturado
em cinco áreas:
• Gerenciamento de falhas

• Gerenciamento de desempenho

• Gerenciamento de configuração

• Gerenciamento de segurança

• Gerenciamento de contabilização
2.1 Gerenciamento de falhas
O objetivo do gerenciamento de falhas é
registrar, detectar e reagir às condições
de falha da rede. A linha divisória entre
gerenciamento de falha e
gerenciamento de desempenho é
bastante indefinida. Podemos entender
o primeiro como o tratamento imediato
de falhas transitórias da rede (de, por
exemplo, interrupção de serviço em
enlaces, hospedeiros ou em hardwares
e softwares de roteadores), enquanto o
segundo adota uma abordagem de
longo prazo em relação ao desempenho
da rede em face de demandas variáveis
de

tráfego e falhas ocasionais na rede. Como


acontece no gerenciamento de desempenho,
o simple network management protocol
(SNMP) tem um papel fundamental no
gerenciamento de falhas. As principais
atividades dessa área de gerenciamento são,
segundo Kurose e Ross (2013):
• Detecção, isolamento e registro de
problemas

• Registro de ocorrências

• Execução de testes de diagnóstico

• Investigação dos eventos ocorridos

• Ações proativas e reativas a falhas

• Reparação dos problemas e testes de


todos os sistemas importantes
2.2 Gerenciamento de desempenho
A meta do gerenciamento de
desempenho é quantificar, medir,
informar, analisar e controlar o
desempenho (por exemplo, utilização e
vazão) de diferentes componentes da
rede. Entre esses componentes estão
dispositivos individuais (por exemplo,
enlaces, roteadores e servidores). Esse
acompanhamento requer ferramentas
de gerência: é necessário se
disponibilizar médias e gráficos, se
observar tendências de crescimento da
demanda. A gerência de desempenho
tem um grupo de funções que
envolvem:

• Controle dos recursos de rede

• Análise dos componentes de


comunicação da rede

• Monitoramentos diários da rede

• Identificação de gargalos de rede,


pontos de falha, áreas críticas da
rede

• Registros de dados e informações


da operação de rede
• Análise do uso dos recursos e
desenvolvimento planejamento de
capacidade
2.3 Gerenciamento de
con guração
O gerenciamento de configuração
permite que um administrador de
rede saiba quais dispositivos
fazem parte da rede administrada
e quais são suas configurações de
hardware e software.
2.4 Gerenciamento de
segurança

A meta do gerenciamento de segurança é


controlar o acesso aos recursos da rede de
acordo com alguma política bem definida. As
centrais de distribuição de chaves e as
autoridades certificadoras são componentes
do gerenciamento de segurança. O uso de
firewalls para monitorar e controlar pontos
externos de acesso à rede é outro
fi
componente crucial, assim como
mecanismos de autenticação, permissões de
acesso e uso apropriado da rede. As funções
dessa área são:
• Cuidado com procedimentos de
segurança

• Controle de acesso à rede

• Tratamento de informações
relacionadas à segurança

• Monitoramento de eventos de
segurança

• Suporte e garantia das políticas de


segurança criadas
2.5 Gerenciamento de
contabilização
O gerenciamento de contabilização
permite que o administrador da rede
especifique, registre e controle o acesso
de usuários e dispositivos aos recursos
da rede. Quotas de utilização, tarifação,
cobrança por utilização e alocação de
acesso privilegiado a recursos fazem
parte do gerenciamento de
contabilização. Essa categoria de
contabilização tem as seguintes
atribuições:

• Controle dos recursos computacionais

• Aplicação de tarifas em relação ao uso


de recursos de rede (discos, tráfego
de rede, serviços de telecomunicações,
mensageria, memória,
processamento)

• Identificação dos recursos e custos de


rede

• Limitação e cotas de uso de recursos

• Análise de utilização de recursos,


distribuição e planejamento de recursos
TEMA 3 – GERENCIAMENTO
SEGUNDO O MODELO OSI
A administração e gerência dos
elementos de toda a rede em grande
parte se fazem na própria rede. As
ferramentas e soluções de
gerenciamento devem atuar de uma
maneira eficiente e eficaz nesse
gerenciamento. É possível administrar a
rede entre seus níveis de conectividade:

• Níveis de conectividade local


(tecnologias de rede)

• Níveis de interconexão

• Níveis de conectividade lógica (aplicações)


3.1 Conceitos
O gerenciamento de rede inclui a
implementação, a integração e a
coordenação de elementos de hardware, de
software e humanos para se monitorar,
testar, consultar, configurar, analisar, avaliar
e controlar os recursos da rede; e de
elementos para satisfazer às exigências
operacionais, de desempenho e de qualidade
de serviço a um custo razoável (Kurose;
Ross, 2013).
Em relação aos conceitos de gerenciamento,
podemos elencar: as informações e os
protocolos de gerência. Aplicações de
gerência tratam os dados coletados sobre os
mais diversos componentes de rede. O
protocolo de gerência é normalmente um
protocolo de nível de aplicação e tem como
objetivo especificar a comunicação entre os
elementos definidos na arquitetura de
gerenciamento.

3.2 Arquiteturas de gerenciamento


Existem duas arquiteturas de gerenciamento
de rede, que são: arquitetura OSI, utilizada
no contexto de rede, com a padronização de
cada camada, cujo protocolo de
gerenciamento de rede usado é o common
management information protocol (Cmip); e a
arquitetura utilizada pelo modelo de simple
network management protocol (SNMP, em
português protocolo simples de
gerenciamento de rede), que é a mais
utilizada, derivou do gerenciamento OSI e
teve sua estrutura simplificada.
3.3 Modelo de comunicação
A arquitetura de um sistema de
gerenciamento de rede é conceitualmente
idêntica, análoga a uma organização
humana. Há três componentes principais
nessa arquitetura: uma entidade
gerenciadora (o chefe, na analogia
apresentada), os dispositivos gerenciados
(as filiais) e um protocolo de gerenciamento
de rede.
A entidade gerenciadora é uma aplicação
que em geral tem um ser humano no circuito
e que é executada em uma estação central
de gerenciamento de rede na network
operations center (NOC, em português o
mesmo que centro de operações de rede).
Ela é o centro da atividade; ela controla a
coleta, o

processamento, a análise e/ou a


apresentação de informações de
gerenciamento de rede.
É nela que são iniciadas ações para controlar
o comportamento da rede e o administrador
humano interage com os dispositivos da
rede. Um dispositivo gerenciado é um
equipamento de rede (incluindo seu
software) que reside em uma rede
gerenciada. Um dispositivo gerenciado pode
ser um hospedeiro, um roteador, um
comutador, um hub, uma impressora ou um
modem. Em seu interior pode haver diversos
objetos gerenciados. Estes são, na verdade,
as peças de hardware propriamente ditas
que estão dentro do dispositivo gerenciado
(por exemplo, uma placa de interface de
rede) e os conjuntos de parâmetros de
configuração para as peças de hardware e
software.
Esses objetos gerenciados têm informações
associadas a eles que são coletadas por
uma base de informações de gerenciamento
(management information base – MIB);
veremos que os valores dessas informações
estão disponíveis para a entidade
gerenciadora (e, em muitos casos, podem
ser definidos por ela). Estudaremos as MIBs
nas próximas aulas.
Por fim, reside também em cada dispositivo
gerenciado um agente de gerenciamento de
rede, um processo executado no dispositivo
gerenciado que se comunica com a entidade
gerenciadora e que executa ações locais nos
dispositivos gerenciados sob o comando e o
controle da entidade gerenciadora.
O terceiro componente da arquitetura é o
protocolo de gerenciamento de rede. Esse
protocolo é executado entre a entidade
gerenciadora e o agente de gerenciamento
de rede dos dispositivos gerenciados, o que
permite que a entidade gerenciadora
investigue o estado dos dispositivos
gerenciados e, indiretamente, execute ações
sobre eles, mediante seus agentes.
Esses agentes podem usar o protocolo de
gerenciamento de rede para informar à
entidade gerenciadora a ocorrência de
eventos excepcionais (por exemplo, falhas
de componentes ou violação de patamares
de desempenho). É importante notar que o
protocolo de gerenciamento de rede em si
não gerencia a rede. Em vez disso, ele
fornece uma ferramenta com a qual o
administrador pode gerenciar (monitorar,
testar, consultar, configurar, analisar, avaliar
e controlar) a rede. A Figura 2 mostra os
componentes de uma arquitetura de
gerenciamento de rede.
8

Figura 2 – Componentes de uma arquitetura


de gerenciamento de rede

Fonte: elaborado com base em Kurose; Ross, 2013.

3.4 Detecção de problemas


Os problemas de rede precisam ser
investigados. É bem comum usarmos
ferramentas e comandos básicos de
sistemas operacionais para identificar falhas
na rede (comandos como ping e traceroute)
e fazer testes de conectividade. Caso o
problema seja realmente constatado, é
necessário isolar as causas desse problema,
identificando equipamentos ou componentes
de rede que apresentem falha. Com essas
informações, é possível pular para a próxima
etapa de solução de problema. Isso pode ser
feito por meio da reinicialização de um
elemento de rede, de uma aplicação ou ou
de um serviço. Em alguns casos, pode haver
mau funcionamento e uma investigação mais
específica pode ser necessária, mediante
análise de informações de gerência, coleta
de outras informações sobre sistema
operacional utilizado, portas de
comunicação, tráfego de rede, tabelas de
roteamento, erros encontrados, localização
do equipamento. Esse tipo de problema deve
envolver softwares de gerenciamento que
consigam ler uma série de informações de
gerência de rede. Alterações de software ou
até mesmo a substituição de equipamentos
são bens comuns de acontecer.
O registro de informações é muito importante
na resolução de problemas. Isso ajuda na
documentação de mudanças na rede, o que
é muito importante para
9

se ter um histórico e para prevenção de


diagnósticos de problemas futuros. Entre
essas informações, podemos destacar:
• Data e horário do problema

• Identificação do usuário, computador


envolvido, endereços de rede

• Sistema operacional e aplicações


envolvidas
Os dados da resolução do problema
podem ser utilizados como base de
conhecimento para futuros problemas.
Isso gera uma série de vantagens
como: redução do tempo de diagnóstico
de falhas, correção de problemas,
redução de probabilidades de erros,
identificação de causas e formas de
correção.
3.5 Modelo Itil
A Information Technology Infrastructure
Library (Itil) é uma biblioteca de boas
práticas em relação ao gerenciamento
de serviços de tecnologia da
informação, que apresenta um conjunto
abrangente de processos e
procedimentos que, por sua vez,
buscam melhorar a qualidade dos
serviços de tecnologia da informação,
quais sejam:

• Central de serviços: fornece uma


área única para contato e
atendimento e serviço de apoio ao
usuário para suporte e resolução
de problemas técnicos de
tecnologia da informação (TI).

• Gestão de incidentes: faz registro


de incidentes, classificação,
suporte inicial, investigação,
diagnóstico e tenta encontrar
soluções e recuperar um incidente
de TI.

• Gestão de problemas: faz registro


dos problemas, classificação,
controle de erros, investigação e
diagnóstico, resolução de
problemas de TI.

• Gestão de mudanças: promove


mudanças na estrutura de TI com
menor impacto, mantendo
qualidade e melhorando a
operação da infraestrutura de TI.

• Gestão da liberação: garante


instalações de versões de
hardwares e softwares
devidamente homologadas,
testadas, seguras e operacionais.

• Gestão de configuração: identifica


os itens de configurações, revisa e
altera
esses itens conforme alterações no
ambiente de TI.

• Gerência de nível de serviço:


garante os prazos e acordos de
nível de
serviço estabelecidos entre o
suporte de TI e seus usuários e
clientes.

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• Gerência financeira de serviços de TI:


gerencia os custos dos serviços de TI
prestados.

• Gerência de disponibilidade: gerencia


os níveis de disponibilidade da rede e
seus sistemas.

• Gerência de capacidade: gerencia a


capacidade dos equipamentos de TI, a
adequação ao negócio conforme
necessidade e crescimento da rede.

• Gerência de continuidade de serviços


de TI: gerencia os recursos de TI
necessários para continuidade do
negócio, recuperação de sistemas,
cópias de segurança e segurança da
informação.
TEMA 4 – PROTOCOLO SNMP
O protocolo SNMP é usado para
transmitir informações e comandos
entre uma entidade gerenciadora e um
agente que os executa em nome da
entidade, em um dispositivo de rede
gerenciado (Kurose; Ross, 2013).
4.1 Agentes e gerentes
Na arquitetura de gerenciamento de
rede temos entidades que fazem
funções de: gerentes e agentes. A
Figura 3 mostra o modelo de
comunicação entre o gerente e o
agente.
Figura 3 – Modelo de comunicação
entre gerente e agente SNMP
Fonte: elaborado com base em Santos, 2015.
O gerente faz a coleta de informações e
controla as ações. Trabalha em
conjunto com os agentes, gera
relatórios e pode executar atividades
mais complexas.
11

O agente está instalado ou integrado no


elemento gerenciado (como um
equipamento), responde às solicitações do
gerente, por meio da rede, e promove o
acesso a informações de gerência do
elemento de rede.
Os protocolos de gerência disponibilizam ao
gerente consultar o agente pela rede, como
em uma aplicação de rede. Um agente
consegue interagir com outros dispositivos
de rede, mantendo atualizados os dados e
informações de gerência dos dispositivos
gerenciados.

4.2 Modelo operacional SNMP


O protocolo de gerenciamento SNMP
trabalha utilizando um conjunto de operações
como:
• GetRequest: requisição para valor de
uma variável

• SetRequest: requisição de alteração de


valor de variável (gerente)

• GetNextRequest: requisição para valor


de próxima variável

• Response: mensagem de resposta do


agente para mensagens Get e Set

• Trap: disparo de evento do agente para


o gerente
Essas mensagens são enviadas pelo
protocolo UDP. O gerente SNMP solicita
informações a agentes SNMP, modifica
valores e captura respostas desse
grupo de comandos. Esse número de
operações do protocolo SNMP foi
alterado com a evolução do SNMP. A
Figura 4 mostra o modelo operacional
SNMP.
Figura 4 – Modelo operacional SNMP
Fonte: elaborado com base em Santos, 2015.

12

4.3 Rmon
Com a necessidade de gerenciar dispositivos
e elementos de rede que não possuem
disponíveis um agente SNMP, o remote
network monitoring MIB (Rmon) tem atuação
de modo análogo ao de um analisador de
rede, na captura de todo o tráfego de rede
detectado. Um agente Rmon pode usar um
serviço de log de sistema (syslog) para envio
de alertas e notificações. O protocolo syslog
é utilizado na gerência de equipamentos e na
auditoria de sistemas. Na Figura 5, mostra-se
a estrutura de um syslog.
Figura 5 – Estrutura de um sistema de log
Fonte: elaborado com base em Santos, 2015.

TEMA 5 – INFORMAÇÕES DE
GERENCIAMENTO
As informações de gerenciamento de rede
têm uma estrutura-padrão com: regras,
procedimentos, nomenclatura e organização.
Existem algumas situações em relação à
coleta dessas informações, como: intervalo
de tempo de coleta, que tipo de dados
coletar, como ajustar essas configurações de
gerência para não acarretar um grande
tráfego de rede, criar uma estrutura de
informações de gerenciamento para
padronizar redes de múltiplos fabricantes,
com sua nomenclatura, procedimentos de
acesso e alteração, modelagem das
informações, classes de dados (endereços
lógicos, físicos, portas de comunicação,
endereços de origem).
13

5.1 Conceito de orientação a objetos


A orientação dos objetos gerenciados segue
um padrão: classes, relação entre os objetos,
operações, métodos, tipos de dados e
eventos. Os fabricantes de equipamentos de
rede devem adotar essa padronização para
uma melhor compreensão e manipulação
dessas informações de gerenciamento.

5.2 MIB
A MIB pode ser imaginada como um banco
virtual de informações que guarda objetos
gerenciados cujos valores, coletivamente,
refletem o estado atual de uma rede. Esses
valores podem ser consultados e/ou
definidos por uma entidade gerenciadora por
meio do envio de mensagens SNMP ao
agente que está rodando em um dispositivo
gerenciado em nome da entidade
gerenciadora.
Sobre as definições dos objetos de
gerenciamento de rede, conhecidos como
objetos MIB, na estrutura de gerenciamento
de padrão da internet as informações de
gerenciamento são representadas como uma
coletânea de objetos gerenciados que,
juntos, formam esse banco de informações
virtuais que ora chamamos MIB.
Um objeto MIB pode ser um contador, tal
como o número de datagramas IP
descartados em um roteador por causa de
erros em cabeçalhos de datagramas IP ou o
número de erros de detecção de portadora
em uma placa de interface ethernet; um
conjunto de informações descritivas, como a
versão do software que está sendo
executado em um servidor DNS; informações
de estado, como se um determinado
dispositivo está funcionando corretamente;
ou informações específicas sobre protocolos,
como um caminho de roteamento até um
destino.
Assim, os objetos MIB definem as
informações de gerenciamento mantidas por
um dispositivo gerenciado. Objetos MIB
relacionados são reunidos em módulos MIB
(Kurose; Ross, 2013).

5.3 SMI
A estrutura de informações de gerenciamento
(do inglês structure of management
information – SMI), um componente da
estrutura de gerenciamento de rede cujo
nome é bastante estranho e não dá nenhuma
pista quanto à sua funcionalidade, é a
linguagem usada para definir as informações
de gerenciamento que residem em uma
entidade gerenciada de rede. Essa

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linguagem de definição é necessária para


assegurar que a sintaxe e a semântica dos
dados de gerenciamento de rede sejam bem
definidas e não apresentem ambiguidade.
Note que a SMI não define uma instância
específica para os dados em uma entidade
gerenciada de rede, mas a linguagem na
qual a informação está especificada.

5.4 ASN.1
Entre os tipos de dados, nomes de objetos,
códigos e sintaxe de objetos, a MIB formaliza
a estrutura, define os padrões de acesso, os
tipos básicos de dados como: lógico, inteiro,
texto e nulos. Existem estruturas de
gerenciamento mais complexas, com tipos
compostos como: lista ordenada de tipos de
dados, listas não ordenadas, iterações
ilimitadas e campos de valores combinados.
A ASN.1 é uma notação que especifica
valores e definições de tipos, coleção de
campos, identificadores, etiquetas, rótulos,
campos opcionais e omitidos. Essas
definições permitem a leitura desses dados
de gerência por programas e isso ajuda na
especificação e compilação de novos
objetos, aumentando o acervo de valores
que são consultados de forma periódica.

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REFERÊNCIAS
KUROSE, J. F.; ROSS, K. W. Redes de
computadores e a internet: uma
abordagem top-down. Tradução de Daniel
Vieira. Revisão técnica: Wagner Luiz Zucchi.
6. ed. São Paulo: Pearson Education do
Brasil, 2013.
SANTOS, M. T. Gerência de redes de
computadores. 2. ed. Rio de Janeiro: RNP;
ESR, 2015.

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© Luiz Cabalo

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