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Nomes: Dinis Félix, Francisca Lourenço, Miguel Borges e Tomás Parrinha

INSTITUTO POLITÉCNICO DE LEIRIA

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DO MAR

Aula prática 4

Disciplina: Biologia Pesqueira Semestre: 1º


Tipo de aula: Prática – Leitura de otólitos de Carapau (Trachurus
Duração: duas horas
trachurus)
Curso: Biologia Marinha e Biotecnologia

Determinação da Idade numa Amostra de Carapau (Trachurus trachurus) – Leitura de


Otólitos

A determinação da idade em peixes teleósteos pode ser efectuada recorrendo às suas estruturas
calcificadas, entre as quais os otólitos e as escamas são os mais frequentemente utilizados. Estas
estruturas registam marcas de crescimento, sobre a forma de anéis ou círculos contínuos de periodicidade
anual no caso das escamas e sobre a forma alternada de zonas opacas (crescimento rápido) e zonas
translúcidas (crescimento lento), no seu conjunto anuais, nos otólitos. Porém, em qualquer um dos casos,
o recurso a estas estruturas para determinação da idade requer a verificação e validação prévias da
periodicidade com que se formam as marcas (experiências de validação).

Os exemplares de Carapau de que dispõe correspondem a uma amostra aleatória simples da captura de
uma traineira de cerco, obtida no porto de Peniche. A captura total da traineira foi estimada em 4.8
toneladas.

Objectivos:
- Determinação da composição de comprimentos da amostra – já efectuado na aula anterior
- Extracção de otólitos para análise directa
- Determinação directa da idade por leitura das estruturas calcificada

1. Extracção dos otólitos


1.1 Coloque o peixe sobre um tabuleiro e segure-o, colocando o polegar e o indicador esquerdos sobre as
órbitas oculares do peixe. Antes de proceder ao corte, meça o comprimento total, standard e à furca do
indvíduo. Registe os comprimentos na Tabela I, em anexo.

1.2 Com um bisturi faça um corte no topo da cabeça do peixe, afastado dos olhos do peixe a uma
distância semelhante ao diâmetro do olho. Durante o corte sentirá alguma resistência, uma vez que está a
cortar o topo do crânio. Um corte ideal removerá o topo do crânio expondo o cérebro formado por uma
massa branca e suave (Fig. 1).

1.3 Assim que o cérebro estiver visível, exponha-o um pouco mais dobrando o peixe de acordo com a
linha de corte. Remova o par de otólitos sagitta recorrendo a uma pinça. Coloque-os nas costas da mão
que não segura a pinça e, depois de ambos terem sido extraídos, coloque-os num vidro de relógio com
água destilada. Remova os restos de tecido aderentes aos otólitos com a ajuda de pinças e agulhas.

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1.4 Coloque os otólitos limpos num tubo eppendorf, devidamente etiquetado: nome vulgar da espécie, nº
de registo do exemplar, proveniência da amostra e data de captura. Mantenha a tampa do tubo aberta até
ao final da aula para que os otólitos sequem ao ar. No final da aula feche os tubos.

2. Leitura de otólitos para determinação da idade


2.1 Coloque o par de otólitos numa caixa de Petri imersos em álcool a 95% (solução clarificante).

2.2 Observe-os numa lupa binocular, sobre um fundo negro, utilizando luz reflectida e uma ampliação
adequada de modo a que consiga visualizar toda a superfície do otólito.

2.3 Conte o nº de zonas anuais de crescimento (uma zona anual de crescimento = uma zona opaca + uma
zona translúcida) (Fig. 2) e verifique qual o tipo de bordo do otólito (opaco ou translúcido). Observe os 2
otólitos e confirme a contagem. Registe os resultados na tabela I (anexo).
Observar tabela 1 dos anexos.
Nota – as zonas opacas aparecem numa cor clara, enquanto as zonas translúcidas aparecem a
escuro quando observadas com luz reflectida e sobre um fundo escuro.

2.4 Sabendo que, por convenção, a data de 1 de Janeiro é usada como data de aniversário dos peixes
explorados comercialmente, atribua uma idade a cada exemplar com base no nº de zonas anuais de
crescimento que contou, no tipo de bordo e na data de captura. Registe os resultados na tabela I (anexo).
Observar tabela 1 dos anexos.

2.5 Esquematize um dos otólitos que observou, desenhando ambos os lados (interno e externo) e
identificando as várias zonas de crescimento.
Observar a figura 2 dos anexos.

2.7 Elabore um gráfico de Idade (XX) versus comprimento total (YY).


Ver figura 1 dos anexos.

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Anexos
Tabela 1 – Nº de indíviduos por idades correspondentes ao comprimento médio
Contagem de idade Rótulos de Coluna
Rótulos de Linha 1 2 3 4 5 6 7 8 10 11 14 16 (em branco) Total Geral
13,5 1 << 1
14,5 1 1
15,5 4 1 5
16,5 3 3 1 1 1 1 10
17,5 4 2 2 1 1 10
18,5 2 2 4
19,5 1 1 1 3
20,5 1 1 2
21,5 1 2 2 3 1 1 10
22,5 1 5 2 3 1 2 1 1 16
23,5 1 2 3 2 1 9
24,5 1 1 2
25,5 1 1
26,5 1 1 2
29,5 1 1 1 3
30,5 1 1
31,5 1 2 1 1 5
32,5 1 1 1 3
33,5 1 1 1 3
34,5 1 1
36,5 1 1
37,5
Total Geral 13 18 8 12 16 9 4 2 6 2 2 1 93

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Idade Comprimento
(anos) médio (cm)

1 18,04

2 19,50

3 22,13

4 22,17

5 24,06

6 24,17

7 27,00

8 26,00

10 26,17

11 28,50

14 27,00

16 19,50

Figura 1 – Gráfico idade vs comprimento total

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Figura 2 – Esquema do otólito de um peixe com 2 anos de idade.

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