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A RÚSSIA É PELA PREVISIBILIDADE DO COMPORTAMENTO

DOS PREÇOS NO PETRÓLEO.

A Rússia sem manifesta pelo apoio à estabilidade dos mercados


petrolíferos. Sobre isso foi declarado em Viena em mais uma
sessão da Conferencia dos Países Exportadores de Petróleo
(OPEP). Pormenores com nosso observador, Constantin Garibov.

A Rússia como um dos principais exportadores mundiais do


petróleo tem participação freqüente nos eventos da OPEP na
qualidade de país observador. O dialogo é mantido com os
membros em separado deste cartel, bem como com a
organização em geral. As partes informam uma à outra sobre as
perspectivas da extração do petróleo e coordenam as posições
nos mercados mundiais. Os concorrentes têm o mesmo interesse
– não permitir as flutuações exasperadas dos preços e o
desbalanço entre a demanda e proposta.
A decisão de ontem da sessão da Conferencia da OPEP de não
introduziu nenhuma mudança nas quotas da extração do
petróleo, em geral corresponde à avaliação russa das tendências
do desenvolvimento do mercado mundial. Nela não existe a
escassez de petróleo, e por isso não existe a necessidade de
destinar volumes extras para as vendas. Isso somente diminuiria
a competitividade dos exportadores e lançaria sobre seus
ombros a solução daqueles problemas que no momento os
importadores se deparam quando é registrado o aumento dos
preços.
Ontem em Viena a OPEP se expressou de forma suficientemente
unívoco – o mercado não necessita da intervenção operativa do
cartel. E em Moscou também não vem necessidade de alguma
correção no comportamento dos campos energéticos mundiais,
pois os últimos saltos dos preços do petróleo são provocados
pela situação mundial, considera o especialista do Vnesh-Torg-
Bank, Nicolai Kasheev:
E como os próprios representantes da OPEP declararam isso está
diretamente relacionado, antes de tudo, com toda a situação
econômica no mundo. No momento podemos dizer que a
recessão nos EUA ainda não se tornou fato, mas os
acontecimentos nos mercados financeiros é que justamente
fazem com que o petróleo custe tão caro. Isso é, antes de tudo, a
queda do dólar; a fuga dos recursos financeiros de muitos ativos.
E particularmente isso se refere ao mercado hipotecário nos
países desenvolvidos. Este é um mercado gigantesco, de grande
capacidade, sendo que dele saem grandes recursos, e, inclusive
são eles, o que é completamente lógico e de bases
compreensíveis, que seguem para a matéria-prima. Desta forma
o integrante especulativo mais provável agora é o valor muito
alto de muitos tipos da matéria-prima, inclusive o petróleo.
O mercado mundial do petróleo reage sempre de forma muito
sensível aos menores cataclismos políticos. Não é por acaso que
o aumento do preço no petróleo dos 90 até próximo dos 105
dólares por barril desde dezembro do ano passado até hoje
acontece tendo ao fundo uma serie de conflitos regionais como a
escalada da tensão em torno do Irã e os constantes receios dos
comerciantes de ficar sem o petróleo do Norte do Iraque devido
a operação militar pela Turquia contra os curdos separatistas. O
agravamento do conflito entre a Colômbia e Equador, o que
atinge os interesses da Venezuela, também é hoje um dos
fatores principais da desestabilização da situação no mercado
mundial do petróleo.

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