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Ignatief 04.

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04.03S GÁS RUSSO É FORNECIDO À EUROPA CONFORME PREVISTO

A Rússia impôs restrições aos suprimentos de gás para a Ucrânia. Foram adotadas
porque os sócios ucranianos até agora não saldaram a dívida no valor de 600
milhões de dólares perante o consórcio russo “Gazprom”, apesar dos
entendimentos alcançados pelos dois presidentes: Viktor Iuchenko e Vladimir
Putin. Entretanto, o “Gazprom” ressaltou que os consumidores europeus não
serão prejudicados com essa medida. Desta vez, não deverá se repetir a situação
criada há dois anos, quando a Ucrânia reduziu unilateralmente, sem prévia
notificação do lado russo, tampouco dos consumidores europeus, os suprimentos
de gás russo à Europa 20 por cento.
Entre 120 e 125 bilhões de metros cúbicos de gás anuais transitam à Europa pelo
território ucraniano. Até o momento, a Ucrânia está recebendo gás russo a preços
abaixo da média européia. O consórcio russo “Gazprom” é uma companhia
privada; portanto, não pode subsidiar a economia ucraniana. A aplicação do
esquema de taxação dos preços em conformidade com as regras de livre mercado,
portanto, é inevitável. Todavia, vêm surgindo periodicamente problemas no
pagamento do gás russo já fornecido à Ucrânia. E quando a não-saldação da
dívida acarreta redução dos suprimentos pelo “Gazprom”, a Ucrânia, como já
aconteceu no inverno de 2005 a 2006, passa a retirar unilateralmente dos
gasodutos uma parte do combustível em trânsito à Europa.
Na coletiva de imprensa da terça-feira, os representanteas do “Gazprom”
asseveraram que os fornecimentos de gás russo à Europa prosseguirão conforme
previsto. Esse litígio comercial entre uma companhia russa e seus sócios europeus
há de ser resolvido em conformidade com as regras do Direito Internacional, não
Ignatief 04.03

devendo incidir de qualquer forma nos consumidores europeus. A situação é


comentada por Valeri Iazev, presidente da Sociedade Russa de Gãs:
Isso é garantido não somente pelo senso comum da parte da Ucrânia. Esse país é
capaz de sofrer um grande prejuízo psicológico aos olhos dos seus parceiros
ocidentais. Agora, a situação não é a mesma que a registrada no inverno de 2005 a
2006, quando os suprimentos a países da União Européia foram torpedeados por
culpa da Ucrânia. E tantou apresentar a Rússia como a culpada do ocorrido.
Agora, os países europeus compreendem que a culpa pela interrupção daqueles
fornecimentos não era da Rússia.
A Rússia procura reduzir o máximo os riscos de trânsito e diversificar os roteiros
de suprimentos de gás à Europa. É a “Corrente do Norte”, como se chama o
projeto de construção de um gasoduto em direção à Alemanha, do qual uma
grande parte passará no fundo do mar Báltico. É também a “Corrente do Sul”, ou
seja, projeto de construção de um gasoduto da Rússia em direção à Europa
Meridional pelo mar Negro. É ainda a duplicação da capacidade do gasoduto já
em operação “Corrente Azul” com destino à Turquia. Está previsto que todos
esses dutos serão inauguradas em 2013 a 2015. Até então, a Rússia está
interessada num funcionamento normal do atual esquema de trânsito de seu
combustível à Europa e está preparada para negociações construtivas com o lado
ucraniano – asseverou Valeri Iazev.

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