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A Rússia impôs restrições aos suprimentos de gás para a Ucrânia. Foram adotadas
porque os sócios ucranianos até agora não saldaram a dívida no valor de 600
milhões de dólares perante o consórcio russo “Gazprom”, apesar dos
entendimentos alcançados pelos dois presidentes: Viktor Iuchenko e Vladimir
Putin. Entretanto, o “Gazprom” ressaltou que os consumidores europeus não
serão prejudicados com essa medida. Desta vez, não deverá se repetir a situação
criada há dois anos, quando a Ucrânia reduziu unilateralmente, sem prévia
notificação do lado russo, tampouco dos consumidores europeus, os suprimentos
de gás russo à Europa 20 por cento.
Entre 120 e 125 bilhões de metros cúbicos de gás anuais transitam à Europa pelo
território ucraniano. Até o momento, a Ucrânia está recebendo gás russo a preços
abaixo da média européia. O consórcio russo “Gazprom” é uma companhia
privada; portanto, não pode subsidiar a economia ucraniana. A aplicação do
esquema de taxação dos preços em conformidade com as regras de livre mercado,
portanto, é inevitável. Todavia, vêm surgindo periodicamente problemas no
pagamento do gás russo já fornecido à Ucrânia. E quando a não-saldação da
dívida acarreta redução dos suprimentos pelo “Gazprom”, a Ucrânia, como já
aconteceu no inverno de 2005 a 2006, passa a retirar unilateralmente dos
gasodutos uma parte do combustível em trânsito à Europa.
Na coletiva de imprensa da terça-feira, os representanteas do “Gazprom”
asseveraram que os fornecimentos de gás russo à Europa prosseguirão conforme
previsto. Esse litígio comercial entre uma companhia russa e seus sócios europeus
há de ser resolvido em conformidade com as regras do Direito Internacional, não
Ignatief 04.03