Revisa Goiás

Língua Portuguesa
Outubro | 2023
3ª Série
Estudante

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Semana 1
► Temática – Tema. Argumentação. Efeitos
de sentido. Humor e ironia.
Caro(a) estudante, estamos nos aproximando da
reta final deste ano de estudo. Logo, virão as avalia-
ções externas, ENEM e SAEB, por isso é importan-
te que você esteja preparado. Afinal, você estudou,
aprendeu, tirou dúvidas e muito mais. Agora, para
alicerçar ainda mais sua aprendizagem, vamos ler,
discutir, aprender e resolver mais atividades. Lem-
bre-se, o aprendizado não pode parar!!! Boa leitura,
bom trabalho e muito sucesso! Estamos com você!!!
E, para começarmos bem nossos estudos e adquirirmos
mais conhecimentos, vamos ler um poema de Manuel
Bandeira (poeta brasileiro). E não se esqueça, os poe-
mas são gêneros presente nas avaliações externas!
Vale a pena saber!!!
Poema
O que é um poema?
Poema é um gênero textual (forma de redação), geral-
mente, escrito em versos e estrofes. Sua finalidade é
expressar algum sentimento, emoção ou pensamen-
to. A palavra "poema" deriva do verbo grego "poiéo",
que significa "fazer, criar, compor".
O poema é bastante variável, seja em relação ao seu
estilo, extensão ou temática. É possível, por exemplo,
encontrarmos um haicai (de apenas três versos) so-
bre o salto de uma rã ou um soneto (de quatro estro-
fes) sobre o amor. O poema pode ter métrica e rima
(como o soneto) ou pode abrir mão desses recursos
estilísticos (como os poemas modernistas).
O poema pode ser definido como um texto em que a
linguagem é explorada em suas mais variadas dimen-
sões, dos seus aspectos sonoros aos visuais (caso da
poesia concreta). No poema, mais do que em outros
gêneros textuais, a linguagem vai além de sua função
meramente comunicativa, transformando-se em obje-
to artístico por excelência.
Características do poema
O poema, geralmente, se apresenta em forma de ver-
sos e estrofes. O verso é cada uma das linhas de um
poema. Já a estrofe é um conjunto de versos.
Muitos poemas têm rima e métrica. A rima é a repeti-
ção de um som (vocal ou consonantal) que ocorre a
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intervalos regulares dentro do poema. A métrica é a
medida do verso, contada em sílabas poéticas.
Mas essas características listadas acima não são ne-
cessárias. Isto é: para que um texto possa ser cha-
mado de poema, ele não precisa ter versos, estrofes,
rimas e métrica. Há, por exemplo, poemas que não
são escritos em verso - os chamados poemas em pro-
sa. Da mesma forma, é possível escrever poemas sem
rima (versos brancos) ou sem métrica (versos livres).
Uma característica importante do poema é a sua musi-
calidade. Aliterações, assonâncias e rimas são recur-
sos responsáveis por conferir ao poema um ritmo de
repetição bastante característico.
O uso de figuras de palavras, como metáforas e sines-
tesias, também é bastante frequente nos poemas. A uti-
lização da linguagem figurada faz com que as palavras
ganhem novos significados, novas possibilidades de
combinação. A liberdade no uso da palavra é, sem dú-
vida alguma, uma característica importante do poema.
Disponível em: https://www.signifi cados.com.br/poema/. Acesso em: 17 ago. 2023.
Manuel Bandeira
Manuel Bandeira foi um escritor brasileiro, além de
professor, crítico de arte e historiador literário. Fez
parte da primeira geração modernista no Brasil.
Com uma obra recheada de lirismo poético, Bandeira
foi adepto do verso livre, da língua coloquial, da irreve-
rência e da liberdade criadora. Os principais temas ex-
plorados pelo escritor são o cotidiano e a melancolia.
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/manuel-bandeira/. Acesso em: 13 de set. 2023
Leia o texto e responda às questões propostas.
Gesso
Manuel Bandeira
Esta minha estatuazinha de gesso, quando nova
- O gesso muito branco, as linhas muito puras –
Mal sugeria a imagem de vida
(Embora a figura chorasse).
Há muitos anos tenho-a comigo.
O tempo envelheceu-a, carcomeu-a, manchou-a de pá-
tina amarelo-suja.
Os meus olhos, de tanto a olharem,
Impregnaram-na da minha humanidade irônica de tísico.
Um dia mão estúpida
Inadvertidamente a derrubou e partiu.
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Então ajoelhei com raiva, recolhi aqueles tristes frag- 3. O que faz o eu lírico do poema refletir?
mentos, recompus a figurinha que chorava. (A) As feridas.
E o tempo sobre as feridas escureceu ainda mais o sujo (B) A mão estúpida.
mordente da pátina... (C) A imagem de vida.
Hoje este gessozinho comercial (D) Os tristes fragmentos.
É tocante e vive, e me faz agora refletir (E) A estatuazinha de gesso.
Que só é verdadeiramente vivo o que já sofreu.
Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/7555021/mod_resource/content/1/Manuel%20Bandei-
ra%20-%20poemas.p. Acesso em: 17 ago. 2023.
4. A ação do tempo sobre a estátua de gesso do eu lírico
permite inferir que ela foi
1. Sobre as características do gênero textual poema, co- (A) desencadeadora viva e inexpressiva de muitos as-
loque V ou F e corrija as falsas. pectos da experiência de vida do eu lírico.
a) ( ) O poema deve ser construído sob forma fixa, (B) responsável por danos que levaram uma obra de
sempre preservando elementos como a métrica e a arte a perder sua pureza e vivacidade originais.
musicalidade dos versos. (C) transformadora de um simples objeto comercial em
uma obra de arte que parece ter sido criada por um
escultor genial.
(D) elemento que, juntamente com os danos causados
por um acidente, dá vida e singularidade ao que era
b) ( ) O poema caracteriza-se por ser centrado em um
inexpressivo e vulgar.
trabalho peculiar com a linguagem. Em geral, reflete o
(E) causadora irremediável do envelhecimento das
momento e o impacto dos fatos sobre o eu lírico.
coisas e da consequente desvalorização dos objetos
pessoais mais valiosos.

5. Infere-se do poema que o eu lírico

c) ( ) O poema diferencia-se dos demais gêneros por (A) traduz a experiência da vida humana interpelados
ser escrito em versos e por possuir um ritmo mais mar- por alegrias e decepções.
cado que o ritmo da prosa. (B) propõe um olhar diferente sobre as dores e decep-
ções sentidas pelo envelhecimento.
(C) descreve poeticamente uma estátua de gesso,
comparando-a com a experiência de vida.
(D) faz uma comparação das fases da vida humana
d) ( ) A poesia não é exclusividade do poema: ela é com uma estátua de gesso envelhecida pelo tempo.
uma atitude subjetiva que pode estar nas mais variadas (E) relaciona a quebra de uma estátua comum de ges-
manifestações artísticas. so à um processo interno de dor e reparação, no qual
se vê aprendendo com o sofrimento.

6. Justifique o uso da palavra no diminutivo nos versos

dados.
2. Considerando o poema, associe corretamente. a) “Esta minha estatuazinha de gesso, quando nova”
1. Finalidade
2. Tema
b) “Hoje este gessozinho comercial”
a) ( ) O processo interno de dor e reparação do eu lírico.
b) ( ) Descrever um processo de dor, reparação e
aprendizado com sofrimento pelo eu lírico.

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7. Identifique a figura de linguagem destacada e justifique
a utilização presente em cada verso do poema.
a) “Mal sugeria a imagem de vida / (Embora a figura
chorasse).”
b) “Inadvertidamente a derrubou e partiu. / Então ajoelhei
com raiva, recolhi aqueles tristes fragmentos,
recompus a figurinha que chorava.”
c) “Um dia mão estúpida” / Inadvertidamente a derrubou
e partiu.”
d) “Esta minha estatuazinha de gesso, quando nova
/ - O gesso muito branco, as linhas muito puras”
8. A prosopopeia, figura que se observa em “Hoje este
gessozinho comercial / É tocante e vive, e me faz ago-
ra refletir”, ocorre em
(A) “Os meus olhos, de tanto a olharem,”
(B) “Que só é verdadeiramente vivo o que já sofreu”
(C) “Impregnaram-na da minha humanidade irônica de
tísico.”
(D) “Um dia mão estúpida” / Inadvertidamente a derru-
bou e partiu.”
(E) “E o tempo sobre as feridas escureceu ainda mais
o sujo mordente da pátina... “
9. Qual é o efeito de sentido da gradação que ocorre no
verso “O tempo envelheceu-a, carcomeu-a, manchou-a
de pátina amarelo-suja.”?
(A) Ironizar a importância do tempo.
(B) Reforçar as dores causadas pelo tempo.
(C) Descrever a ação do tempo no decorrer da vida.
(D) Enfatizar as feridas que marcaram a vida do eu
lírico e da estátua.
(E) Criticar as marcas que ficaram na estátua de ges-
so e na vida do eu lírico.
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Estudante, chegou a hora de lermos outro texto. Vamos
voltar a ler um gênero jornalístico-mediático, cuja função
é nos manter informados. Boa leitura e espero que você
adquira muitas informações com essa leitura. O texto
traz informações que perpassam por outros componen-
tes curriculares. Veja quem é o foco da vez nesta notícia:
O tomate. Inusitado, mas pertinente. Ótima leitura!!!
Leia o texto e responda às atividades propostas.
Tomate faz bem para o coração e prevenção de
doenças, confirma pesquisa
Não importa a forma como você vai consumir, o mais
importante é que o tomate ajuda o coração e tem função
de prevenção contra doenças crônicas, diz estudo da
Universidade de Portsmouth, Inglaterra.
Uma das hortaliças mais cultivadas em todo o mundo, o
tomate, comprovadamente faz bem ao coração e age na
prevenção de doenças crônicas.
Pesquisadores da Universidade de Portsmouth, Ingla-
terra, publicaram um artigo na revista científica Biology,
apontando que o alimento é muito valioso para quem
quer diminuir riscos de doenças crônicas, câncer e mais.
“Antioxidantes como o licopeno, e betacaroteno e a vita-
mina C, protegem as células vasculares e as lipoprote-
ínas da oxidação, prevenindo assim a formação de ate-
rosclerose”, disse Julio Bragagnolo, chefe da unidade de
nutrição e diabetes do Hospital Ramos Mejía e professor
da Universidade de Buenos Aires.
Benefícios do tomate para a saúde
No estudo, a equipe aponta que entre as propriedades
benéficas do alimento, estão principalmente o combate
ao Alzheimer, bem como a manutenção da pele, fertilida-
de, reforço do sistema imunológico e auxílio no controle
da pressão arterial.
O tomate ajuda na promoção da saúde ocular, escudo
contra raios UV, traz benefícios para a pele, entre outros.
Na dieta, o consumo de tomate diariamente também é
muito indicado por nutricionistas e nutrólogos.
Para gestantes, mais benefícios.
O alimento é rico em cromo, um mineral que reduz a
resistência à insulina, facilitando o controle do diabetes
gestacional.
Mas há uma ressalva, durante a espera do bebê, o con-
sumo pela gestante deve ser ajustado de acordo com
possíveis sintomas de azia, desconfortos estomacais e
flatulência, devido à acidez do ingrediente.
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Consumo no Brasil 10. Releia o texto e complete corretamente.

De acordo com o IBGE, um levantamento de 2019 mos- a) O texto acima é uma notícia porque
trou que o Brasil alcançou uma produção de 3.917.967 .
toneladas do alimento. b) O campo de atuação desse texto é
Aproximadamente, 63% dessa produção é consumida in .
natura, principalmente em saladas. c) O fato que gerou a notícia foi
Com alto teor de água, vitaminas C, B, E e D, e minerais .
como ferro, potássio, fósforo, cálcio e magnésio, o toma- d) A finalidade desse texto é
te traz uma série de benefícios para o coração e ajuda .
na prevenção de doenças. e) O trecho “Antioxidantes como o licopeno, e betacaroteno
e a vitamina C, protegem as células vasculares e as
“O licopeno, que é encontrado em altas concentrações
lipoproteínas da oxidação, prevenindo assim a formação
no tomate, é um pigmento lipofílico que fornece a cor
de aterosclerose”, foi colocado entre aspas para marcar o
vermelha e laranja. Ele desempenha um papel importan-
te na saúde humanas, mas não o sintetizamos, sua fonte discurso .
é a ingestão”, disse Elizabeth Caron, nutróloga membro f) Um trecho do próprio autor da notícia é
da equipe do Centro Médico Bionut. .
Doenças crônicas 11. Qual é o benefício do tomate para as gestantes?
Elizabeth disse ainda que o consumo do tomate de-
(A) Reduzir a resistência à insulina.
sempenha um papel fundamental na prevenção de
doenças crônicas. (B) Reforçar o sistema imunológico.
(C) Prevenir a formação de aterosclerose.
O licopeno tem propriedades biológicas e físico-quími-
cas que combatem o câncer, doenças cardiovasculares, (D) Auxiliar no controle da pressão arterial.
neurodegenerativas e hipertensão. (E) Proteger as células vasculares da oxidação.
O raciocínio da nutróloga tem ligação com o que desco-
briram os pesquisadores de Portsmouth. Caro(a) estudante, “denotação”, “conotação”, “literal”, “fi-
Na dieta gurado” e aí? Vamos aprofundar nosso conhecimento
Depois de todos esses pontos positivos, tá esperando o sobre esse assunto? Leia o box com atenção e apren-
que pra colocar o tomate na dieta? da um pouquinho sobre uma questão muito importante
para seu desenvolvimento e aprendizagem. Bora????
Para aqueles que têm pressão arterial elevada, Júlio afir-
mou que o alimento pode ser consumido, mas sem sal!
“É essencial ter em mente que o sal quebra o feitiço, ou Vale a pena saber!!!
seja, em casos de hipertensão, o sal não deve ser adi-
cionado ao tomate para que sua ação anti-hipertensiva Denotação e conotação
seja eficaz”, ressaltou. A denotação e a conotação estão relacionadas com os
O profissional aconselha substituir o sal por temperos diferentes significados que as palavras apresentam.
como orégano, tomilho, sálvia e o azeite. A denotação se refere ao significado mais objetivo e
Como consumir comum de uma palavra. O sentido denotativo é tam-
Uma dieta balanceada deve ter cinco porções de vege- bém conhecido como sentido literal ou próprio.
tais por dia, e o tomate entra nessa conta. A conotação se refere a sentidos, associações e ideias
Como o fruto é muito versátil, dá para brincar bastante que vão além do sentido original da palavra. O sentido
nas maneiras de ingerir o alimento. conotativo é também conhecido como sentido figurado.
Para os nutricionistas, a melhor maneira de comer o to- Exemplos de variação no significado das palavras:
mate é procurar frutos maduros e vermelhos. Para au- Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido
mentar a absorção de licopeno, o consumo do tomate denotativo)
deve ser cozido ou na forma de molho. Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido
(...) conotativo)
Disponível em: https://www.sonoticiaboa.com.br/2023/08/16/tomate-faz-bem-coracao-prevencao-doencas-
-pessquisa. Acesso em: 16 ago. 2023.

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c) Qual é o significado da expressão “quebrar o feitiço”

Aquela aluna é fera na matemática. (sentido conotativo) utilizado no trecho “É essencial ter em mente que o sal
[...] quebra o feitiço, ou seja, ...”?
O que é denotação?
A denotação se refere ao significado mais objetivo e
comum de uma palavra. É o significado que é imedia-
tamente reconhecido, sendo o significado mais literal 13. No trecho “Como o fruto é muito versátil, dá para brin-
da palavra. Está muitas vezes associado ao primeiro car bastante nas maneiras de ingerir o alimento.” A pala-
significado que aparece no dicionário. vra destacada pode ser substituída por
(A) gracejar.
Uma palavra é usada no sentido denotativo quando
apresenta o seu significado original, independente- (B) divertir-se.
mente do contexto frásico em que aparece. (C) diversificar.
[...] (D) enfeitar com ornatos.
(E) agitar maquinalmente.
O que é conotação?
A conotação se refere a sentidos, associações e ideias
que vão além do sentido original da palavra. Ocorre Olá, estudante, vamos ficar por dentro do assunto
quando as palavras assumem um sentido figurado e “variação linguística”? Leia o box e fique por dentro
simbólico, que ampliam a sua significação conforme a deste tema muito importante. É imprescindível que
situação em que são utilizadas. você fique antenado com esse tema para combater
o preconceito linguístico, um mal que ronda nossa
Uma palavra é usada no sentido conotativo quando
sociedade. Vamos lá???
apresenta diferentes significados, sujeitos a diferentes
interpretações, dependendo do contexto frásico em
que aparece. Vale a pena saber!!!
[...] Variações linguísticas
Sentido conotativo e denotativo das palavras
A língua portuguesa é rica, interessante, criativa e
versátil, encontrando-se em constante evolução. As
palavras não apresentam apenas um significado ob-
jetivo e literal, mas sim uma variedade de significados,
mediante o contexto em que ocorrem e as vivências e
Variações linguísticas procuram estabelecer uma
conhecimentos das pessoas que as utilizam.
comunicação adequada ao contexto pedido. As va-
Estamos estudando os ossos do crânio. (sentido de- riações podem ser históricas, geográficas, sociais e
notativo) estilísticas.
Ele é mesmo um crânio! (sentido conotativo) [...]
Disponível em: https://www.normaculta.com.br/conotacao-e-denotacao/. Acesso em: 24 ago. 2023.
Adaptado Quando falamos em variação linguística, analisamos
os diferentes modos em que é possível expressar-
12. Faça o que se pede. -se em uma língua, levando-se em conta a escolha
de palavras, a construção do enunciado e até o tom da
a) Procure no dicionário o significado da palavra “feitiço”.
fala. A língua é a nossa expressão básica, e, por isso,
ela muda de acordo com a cultura, a região, a época,
o contexto, as experiências e as necessidades do
indivíduo e do grupo que se expressa.
b) No trecho ““É essencial ter em mente que o sal quebra
o feitiço, ou seja, em casos de hipertensão, ...” a palavra Tipos de variações linguísticas
feitiço foi utilizada com um dos significados do dicionário? Variações históricas (diacrônicas)
Por quê? As variações históricas tratam das mudanças ocorri-
das na língua com o decorrer do tempo. Algumas ex-

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pressões deixaram de existir, outras novas surgiram e tificada pela maior proximidade entre os interlocutores
outras se transformaram com a ação do tempo. e uma pronúncia feita com base em marcações, além
Variações geográficas (diatópicas) de uma escrita mais próxima da fala (o chamado uso
coloquial), que, assim, evidenciam a identidade de de-
As variações geográficas naturalmente falam da di- terminados grupos.
ferença de linguagem devido à região. Essas dife-
renças tornam-se óbvias quando ouvimos um falante [...]
brasileiro, um angolano e um português conversando: Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/redacao/linguagem-formal-e-informal.htm. Acesso em:
24 ago. 2023.
nos três países, fala-se português, mas há diferenças
imensas entre cada fala.
[...] 14. No texto, o autor da notícia está se dirigindo ao/s
Variações sociais (diastráticas) (A) leitor.
As variações sociais são as diferenças de acordo (B) nutrólogo.
com o grupo social do falante. Embora tenhamos vis- (C) cientistas.
to como as gírias variam histórica e geograficamente, (D) nutricionistas
no caso da variação social, a gíria está mais ligada (D) pesquisadores.
à faixa etária do falante, sendo tida como linguagem
informal dos mais jovens (ou seja, as gírias atuais ten- 15. O trecho “Antioxidantes como o licopeno, e betacaro-
dem a ser faladas pelos mais novos). teno e a vitamina C, protegem as células vasculares e as
[...] lipoproteínas da oxidação, prevenindo assim a formação
Variações estilísticas (diafásicas) de aterosclerose”, apresenta marcas linguísticas que evi-
dência um locutor que utiliza um/a
As variações estilísticas remetem ao contexto que
exige a adaptação da fala ou ao estilo dela. Aqui (A) repertório formal e jurídico.
entram as questões de linguagem formal e informal, (B) repertório popular regional.
adequação à norma-padrão ou despreocupação com (C) linguagem formal e técnica.
seu uso. [...] (D) linguagem informal e técnica.
As variações estilísticas respeitam a situação da (E) vocabulário formal e científico.
interação social, levando-se em conta ambiente e
expectativas dos interlocutores.
16. Dependendo do contexto e das situações comunica-
Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/gramatica/variacoes-linguisticas.htm. Acesso em: 24
ago. 2023. tivas, a linguagem utilizada pode ser formal ou informal.
Linguagem formal e informal Observe o trecho “Depois de todos esses pontos po-
As linguagens formal e informal correspondem a va- sitivos, tá esperando o que pra colocar o tomate na
riações da língua envolvendo seu uso em diversas si- dieta?” e responda.
tuações do cotidiano, que podem exigir que utilizemos a) Como é chamada a variação linguística que ocorre
uma ou outra. neste trecho? Explique.

b) Quais palavras desse trecho são marcas da linguagem

informal?
Linguagens formal e informal são entendidas como
variações no uso da língua a depender do contexto.
Na primeira tem-se normalmente uma comunicação
marcada pelo distanciamento dos interlocutores e o
uso de uma pronúncia preconizada ou escrita ade-
quada à norma-padrão. Quanto à segunda, ela é iden-

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17. De acordo com esse texto, por que o consumo do to-
mate desempenha um papel fundamental na prevenção
de doenças crônicas?
(A) Porque é uma das hortaliças mais cultivadas em
todo o mundo.
(B) Porque é muito versátil, dá para brincar bastante
nas maneiras de ingerir o alimento.
(C) Porque ajuda na promoção da saúde ocular, escu-
do contra raios UV, traz benefícios para a pele, entre
outros.
(D) Porque é rico em cromo, um mineral que reduz a
resistência à insulina, facilitando o controle do diabe-
tes gestacional.
(E) Porque ele tem propriedades biológicas e físico-
-químicas que combatem o câncer, doenças cardio-
vasculares, neurodegenerativas e hipertensão.
Vale a pena saber!!!
Conjunções: Relação de Causa e Consequência
[...]
A conjunção é um importante elemento da Língua
Portuguesa usado para conectar as orações.
Explicando melhor, a conjunção é a palavra invariá-
vel que relaciona duas orações ou dois termos se-
melhantes que exercem uma mesma função sintática.
Temos dois grupos de conjunções: as subordinativas
e as coordenativas.
Entre as conjunções subordinativas, temos as inte-
grantes e as adverbiais, que são as causais (causa),
consecutivas (consequência), condicionais, compa-
rativas, conformativas, concessivas, temporais, finais
e proporcionais.
[...]
Conjunção causal (causa)
A ideia de causa é ligada ao que provoca uma determina-
da ação ou fato, ao motivo declarado na oração principal.
A principal conjunção subordinativa causal é o por-
que, mas também destacamos as conjunções e locu-
ções causais pois, pois que, já que, uma vez que,
visto que.
Conjunção consecutiva (consequência)
Já a consequência, resultado das orações subordina-
das adverbiais consecutivas, é o efeito do que é decla-
rado na oração principal.
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As principais conjunções consecutivas são: que, pre-
cedida de: de forma que, de modo que, de sorte
que, tanto que, além das estruturas tão que, tanto
que, tamanho que.
Disponível em: https://gabarite.com.br/dica/593-conjuncoes-relacao-de-causa-e-consequencia. Acesso
em: 1º set. 2023.Adaptado.
Leia o texto e responda às atividades propostas.
Ambientalista resgata coruja e ela volta todos os
dias para visitar
Um ambientalista teve uma grata surpresa depois de
resgatar uma coruja que estava vivendo em um terreno
abandonado: ela volta todos os dias para visitar ele!
O resgate de duas corujas da espécie Suindara foi feito
por Samuel Maria, de Monte Alto (SP). O rapaz foi cha-
mado para capturar dois filhotes que viviam na região,
mas ele jamais imaginava que iria construir uma amiza-
de diferente.
Samuel começou a alimentar as duas até que elas cres-
cessem e retornassem para a natureza. Mas a Guardiã,
apelido carinhoso dado a uma delas pelo ambientalista,
decidiu que seu lugar era ali mesmo, perto de seu herói.
Amizade improvável
Era pra ser só mais um resgate feito por Samuel, que
trabalha na área desde 2012.
Ao ser acionado por moradores, o ambientalista foi até
um terreno da região e encontrou duas corujinhas sem
nenhum ninho por perto.
“Eu fiquei com as duas e alimentava elas com ratos até
crescerem e conseguirem voltar para a natureza”, disse.
Os bichinhos ficaram saudáveis, mas o comportamento
e uma delas chamou a atenção.
“Com o passar do tempo uma delas resolveu partir, mas
a outra volta todos os dias”, contou. Era Guardiã, que sai
toda noite para procurar alimento e só volta na manhã
do dia seguinte.
A coruja tem um lugarzinho preferido, o jardim da casa
de Samuel, é ali que ela gosta de passar o tempo. Bem
próximo daquele que a resgatou!
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Pouca interação palavra destacada pode ser substituída, sem alteração

Apesar de Guardiã não querer ficar longe do ambienta- do sentido por
lista, Samuel tenta não interagir muito, pois entende que (A) desde que.
o lugar da coruja é livre. (B) de modo que.
“Na verdade, eu não deixo ela interagir muito comigo (C) uma vez que.
especialmente porque eu quero que ela volte para a na- (D) à medida que.
tureza e não tenha tanto contato com o ser humano”, (E) da mesma forma.
explicou.
Ele ainda acrescentou que não tenta pegar muito a coru- 20. Samuel tenta não interagir muito com a coruja, por-
ja na mão, porque precisa que ela desenvolva o instinto que ele
selvagem característico do animal. (A) entende que o lugar dela é na natureza.
Se depender dela ela fica aí pra sempre, Samuel! (B) encontrou a corujinha sem ninho por perto.
Além disso, o homem lembrou que se a pessoa não sou- (C) começou a alimentar a coruja até ela crescer.
ber manusear o animal, pode se machucar ou acabar (D) compreende que iria construir uma amizade diferente.
ferindo o bichinho. Fora que ter animais selvagens em (E) explicou que ela é uma espécie que gosta de fazer
casa, em muitos casos, é crime ambiental, tá? ninhos nas torres.
Com mais de dois mil salvamentos já realizados, Samuel
disse que o trabalho com os animais é por amor. 21. Associe corretamente, escrevendo 1 (um) para fato e
“Faço isso por amor e porque não tem ninguém que faça 2 (dois) para opinião.
isso nem em Monte Alto e nem na região. São os ani- a) ( ) “Samuel começou a alimentar as duas até que
mais que o pessoal tem mais medo como cobra, aranha elas crescessem e retornassem para a natureza.”
e pra mim eles merecem o mesmo respeito que o ca- b) ( ) “Na verdade, eu não deixo ela interagir muito
chorro e gato”, comentou. comigo especialmente porque eu quero que ela volte
(...) para a natureza e não tenha tanto contato com o ser
Apesar dos dois se darem muito bem, Samuel acha que humano”...
a Guardiã não vai ficar por muito mais tempo ali. O ho- c) ( ) “Eu fiquei com as duas e alimentava elas com
mem explicou que ela é de uma espécie que gosta muito ratos até crescerem e conseguirem voltar para a na-
de fazer ninhos nas torres de igrejas e forros das casas. tureza”...
A despedida pode até chegar, mas os momentos foram d) ( ) “O homem explicou que ela é de uma espécie
eternizados em fotos, vídeos e memórias afetivas que que gosta muito de fazer ninhos nas torres de igrejas
ele cria com esses animais. e forros das casas.”
(...)
Disponível em: https://www.sonoticiaboa.com.br/2023/07/28/ambientalista-resgata-coruja-volta-todos-dias-pa-
ra-visitar. Acesso em: 1º set. 2023.
Caro(a) estudante, você sabe o que são textos “multis-
semiótico”? Não? Pois chegou a hora de saber! Mul-
18. Na oração “Faço isso por amor e porque não tem nin- tissemiótico são textos com muitos elementos, como
guém que faça isso nem em Monte Alto e nem na região.” imagens, ícones e desenhos, além da linguagem ver-
A palavra destacada estabelece uma relação de bal escrita. Leia o box a seguir e fique por dentro. Boa
(A) modo. aprendizagem!!!
(B) causa.
(C) concessão.
(D) explicação. Vale a pena saber!!!
(E) comparação.
Diferença entre charge, cartum, tirinha e
19. No trecho “Ele ainda acrescentou que não tenta pe- caricatura
gar muito a coruja na mão, porque precisa que ela de- É muito fácil confundir estes textos humorísticos acom-
senvolva o instinto selvagem característico do animal.” A panhados por imagens.

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É muito comum nos depararmos com alguns textos Leia os textos e responda às atividades propostas.
humorísticos acompanhados de desenhos. Estes po-
dem ser charges, cartuns, tirinhas e caricaturas. Cada Texto I
um destes possui uma particularidade, mas é muito
fácil confundi-los.
Charge – Definição
As charges costumam retratar situações que estejam
acontecendo no tempo e no espaço, de forma mais
específica. Geralmente é acompanhada de sátiras e
os personagens principais podem ser figuras públicas,
como políticos ou artistas.
É muito utilizada para fazer críticas sociais e políticas
e econômicas.
Em forma de linguagem, a charge associa a linguagem
verbal e não-verbal.
[...]
Cartum – Definição
Os cartuns são textos humorísticos caracterizados por Disponível em: https://files.cursoenemgratuito.com.br/uploads/2021/10/Tirinha-com-ironia-de-situacao.png.
histórias breves e gráficas a respeito do comporta- Acesso em: 25 ago. 2023.

mento humano.
Texto II
Assim como a charge, os cartuns também retratam
acontecimentos do tempo e lugar, além de tratar dos
costumes humanos de uma forma mais cômica. Po-
rém, são situações que poderiam acontecer e não em
forma de crítica ou com referências específicas como
as charges.
[...]
Tirinha – Definição
As tirinhas são como histórias em quadrinhos, porém,
mais curtas. Geralmente essa sequência de quadri-
nhos faz críticas sociais e são publicadas com regu-
laridade. Disponível em: https://static.significados.com.br/foto/charge-o-tempo-cke.jpg. Acesso em: 28 ago. 2023.

[...]
Texto III
Caricatura – Definição
As caricaturas são desenhos que representam em
grande maioria figuras públicas. Geralmente, as carac-
terísticas físicas e de personalidade dos personagens
são expressas de forma mais exagerada.
[...]
Disponível em: https://escolaeducacao.com.br/diferenca-entre-charge-cartum-tirinha-e-caricatura/. Acesso
em: 25 ago. 2023Adaptado

Disponível em: https://tse2.mm.bing.net/th?id=OIP.ZJqQ4XwRbv421epyIq3ohAHaJu&pid=Api&P=0&h=180.

Acesso em: 25 ago. 2023.

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Texto IV circunstâncias acentua gestos, vícios e hábitos particula-

res em cada indivíduo. Agora, responda.
a) Quem é o personagem caricato neste texto?

b) Que características foram enfatizadas nessa

caricatura?

26. O humor da charge (texto II) acontece porque

(A) os candidatos à vaga de emprego estão em fila.
Disponível em: https://static.significados.com.br/foto/charge-o-tempo-cke.jpg. Acesso em: 28 ago. 2023. (B) as vagas de emprego são somente para quem
sabe inglês.
22. Releia os textos I, II, III e IV e faça o que se pede.
(C) mesmo sem saber inglês, as pessoas permane-
a) Identifique o gênero: cem na fila de espera.
(D) mesmo sem saber inglês, o homem aguarda na fila
para ser entrevistado.
b) Finalidade dos textos I, II, III e IV: (E) mesmo sem saber inglês, o homem acredita que
com o tempo de espera ele aprenderá.

27. No texto I, a frase “Prá não perder tempo” ... foi uma
linguagem utilizada por um/uma
c) O tema do texto I e II.
(A) idoso. (D) advogado.
(B) criança. (E) professora.
(C) cientista.
23. O texto II é uma charge porque
28. A personagem do texto I afirma que um acidente com
(A) aborda com humor um fato ligado ao dia a dia com
o motorista seria uma questão de tempo porque ele
intuito de criticar.
(B) retrata com ironia acontecimentos atemporais (A) era sem sorte.
questionando o cotidiano. (B) dirigia com pressa.
(C) mostra uma sequência de quadros com críticas so- (C) andava sem pressa.
ciais para publicar na mídia. (D) era rápido no trânsito.
(D) narra uma história engraçada sobre como as pes- (E) dirigia e usava o celular.
soas adquirem conhecimentos de inglês.
(E) expressa uma opinião sobre como as pessoas en- 29. Na charge, a fala “Até chegar minha vez de ser entrevis-
frentam a procura de emprego no país. tado, dá tempo de aprender.” Permite inferir que o homem
(A) era distraído.
24. Qual o tema do cartum? (B) estava dedicado.
(A) O consumismo infantil. (C) era esperançoso.
(B) O comércio no shopping. (D) ficou conformado.
(C) O entusiasmo da família. (E) queria ser capacitado.
(D) A atenção dos vendedores.
(E) A importância do cartão de crédito. 30. A fala da personagem no último quadrinho da tirinha
(texto I) “Teve sorte. Ninguém se feriu! Só perdeu dinhei-
25. A Caricatura (texto III) é um desenho de um perso- ro... E muito tempo...” expressa
nagem da vida real, tal como políticos e artistas. Porém, (A) ironia (D) censura.
a caricatura enfatiza e exagera as características da pes- (B) humor. (E) comicidade.
soa de uma forma humorística, assim como em algumas (C) crítica.
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Disponível em: http://4.bp.blogspot.com/-zGm7Xqy6EVk/VgnfDTlfNKI/AAAAAAAAJ2U/lCCAkHNpLmc/s1600/
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31. No trecho “Um dia bateu em um poste!” a palavra Leia o texto e responda às questões propostas.
“bateu” significa
(A) golpeou o poste.
(B) espancou o poste.
(C) colidiu com o poste.
(D) obteve vitória sobre o poste.
(E) agitou com um instrumento o poste.

Vale a pena saber!!!

Figuras de Palavras ou Figuras de
semânticas Pensamento

Produzem maior
Produzem maior
expressividade à
expressividade à
comunicação através da
comunicação através
combinação de ideias e
das palavras.
pensamentos.

• hipérbole
• eufemismo Disponível em: https://1.bp.blogspot.com/-JDh4T3r5w6c/VDmxvLl7UBI/AAAAAAAAGP0/ba2s5jfbHnE/
• metáfora s1600/3.jpg. Acesso em: 24 ago. 2023.
• litote
• comparação
• ironia
• metonímia
• personificação ou 32. O acontecimento que quebra as expectativas do leitor
• catacrese
prosopopeia e, por isso, torna a tirinha engraçada é
• sinestesia
• antítese (A) o menino pedir permissão para comer um chocolate.
• perífrase ou antonomásia
• paradoxo ou oxímoro (C) a mãe perguntar ao filho se ele havia falado com o pai.
• gradação ou clímax (B) a mãe pedir para o filho falar com o pai sobre o
• apóstrofe chocolate.
(D) o menino perguntar ao pai como foi o dia de tra-
balho dele.
Figuras de Sintaxe ou Figuras de Som ou
(E) o menino falar com o pai, mas não para pedir para
construção harmonia
comer o chocolate.
Produzem maior
expressividade à Produzem maior 33. Qual é o efeito de sentido da onomatopeia “CRUNCH!
comunicação através da expressividade à CRUNCH!” utilizada no último quadrinho?
inversão, repetição ou comunicação através da (A) Imitar o barulho feito pelo chocolate.
omissão dos termos na sonoridade. (B) Intensificar o significado da mordida.
construção das frases
(C) Chamar atenção para o ato de mastigar.
• elipse (D) Expressar gosto pela mordida no chocolate.
• pleonasmo (E) Enfatizar a sonoridade da mordida no chocolate.
• zeugma
• aliteração
• hipérbato
• paronomásia
• silepse
• assonância
• polissíndeto
• onomatopeia
• assíndeto
• anacoluto
• anáfora
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/figuras-de-linguagem/. Acesso em: 29 ago. 2023.

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Leia os textos e responda às questões propostas.
Texto I
Diásporas e cultura negra
É preciso silêncio. Para tentar escrever sobre a raça ne-
gra e sua diáspora aqui no Brasil, é preciso se conectar
com o tempo e escutar o silêncio que conecta as almas.
O violão e a voz do cantor e compositor Mateus Aleluia
são instrumentos adequados para se chegar ao enten-
dimento de que a humanidade é uma só. Sua pesqui-
sa musical conecta Brasil e Angola, nos traz também o
povo iorubá, do antigo Daomé e atual Nigéria. Ao resso-
ar em cada um de nós o som da Mãe África, estaremos
combatendo o racismo e nos reconhecendo enquanto
humanidade. Como diz a escritora nigeriana Chimaman-
da Adichie, "histórias precisam ser contadas".
A raça negra chegou no Brasil escravizada. Crueldade e
infâmia que denotam a condição social desfavorável do
povo negro em relação ao colonizador e demais povos
que vieram formar a nossa nação — com exceção do
povo indígena, que aqui estava, natural desta terra e que
ainda sofre com a exploração do sistema hegemônico.
O povo negro sofre diásporas desde que aqui chegou,
no século 16, famílias foram destruídas e pessoas dos
mesmos grupos étnicos, separadas para evitar a comu-
nicação, união e possibilidade de resistência e rebelião.
Pessoas de várias nações africanas foram misturadas
nos engenhos e senzalas, e, nessa nova diáspora, nas-
ceu uma nova nação, codificada pelo sincretismo com
os santos católicos, a cultura dominante do colonizador,
além dos saberes culturais dos povos nativos. E o tem-
po foi revelando a beleza das danças, cantos e culto
aos orixás africanos trazidos na alma, plantados pelo
candomblé, núcleo de culto espiritual, preservação e de-
senvolvimento da cultura negra no Brasil, cujas raízes
geraram as folhas e frutos do que somos hoje enquanto
expressão social e cultural.
Grande parte da sociedade brasileira vive, atualmente,
uma diáspora, e aqui tomo emprestado o significado do
termo, que designa a dispersão de um povo por precon-
ceito ou perseguição étnica, política ou religiosa, para
ajudar na constatação de que sofremos uma diáspora
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cultural e mental. O incentivo ao individualismo provo-
cado pelo capitalismo extremo em voga no país levou à
miopia do confronto com os avanços sociais e culturais,
(...)
E, de quebra, vimos regredirem os direitos humanos e
sociais por meio da ação de setores que, hoje, estão
distribuídos no Executivo Federal e no Congresso Na-
cional. Como fomos abrir mão do canto da liberdade,
da democracia e da justiça social e apontar para nós a
arma letal do individualismo e do autoritarismo?
Quem sabe, uma grande parte da sociedade possa es-
tar sentindo um pouco, do muito da infâmia e exclusão
que o povo negro vem sentindo e sofrendo desde que
aqui chegou no século 16? E, assim — utopia de quem
escreve esse texto —, exercer a empatia, colocar-se no
lugar do outro e começar a desconstruir o racismo estru-
turado em nosso meio social.
(...)
Quem sabe, ao encontrarmos o sombrio de nossa face
coletiva, possamos ver o reflexo da luz da liberdade e da
beleza cultural do nosso povo, reconhecendo a ascen-
dência negra que marca a nossa expressão sociocul-
tural, o nosso jeito, o nosso ser. E que esse reconheci-
mento abra as comportas para a promoção da igualdade
racial? Quem sabe?
Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2022/02/4986621-artigo-diasporas-e-cultura-ne-
gra.html. Acesso em: 29 ago. 2023.
Texto II
A cultura negra: luta e resistência de um povo
Afoxé, capoeira, samba de roda e os blocos afros são exem-
plos das manifestações culturais do povo negro brasileiro
Milhares de pessoas se reúnem durante as festas populares
e religiosas, como o Dia de Yemanjá, comemorado no dia 2
de fevereiro.
A história brasileira é marcada por vários episódios de luta
popular em defesa de direitos, que garantem dignidade,
respeito e, acima disso, a vida. É neste contexto, que o
povo negro, vítima da diáspora que os retirou do seu con-
tinente de origem - África -, conduziu o enfrentamento coti-
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diano na defesa de todas as dimensões sociais e culturais
que reafirmam o lugar de protagonismo na construção de
uma identidade e representatividade social.
Na Bahia, estado brasileiro cuja população é majoritaria-
mente composta por negros e negras, a professora Rail-
ma Souza explica que a resistência passa, em primeiro
lugar, pelo enfrentamento à visão eurocêntrica. “Infeliz-
mente, ainda enchemos a boca para dizer que pessoas
cultas são as que ouvem alguns tipos de música, leem
muitos livros [...] o que constitui uma hierarquização da
cultura”, pontua.
Nesse sentido, Railma considera fundamental romper
com essas noções estereotipadas e tentar compreender
a complexidade das expressões da cultura do povo ne-
gro, do povo indígena, rural, periférico. “Enxergar a poe-
sia de rua como poesia, o reggae, o rap, o hip hop, o funk
e mesmo o pagode enquanto estilos musicais”, explica.
Ao compreender essas questões, a yalorixá Jaciará Ri-
beiro, afirma que o racismo tem matado homens, mulhe-
res, jovens e o processo de organização e valorização
do candomblé, enquanto um instrumento de resistência
e reafirmação de uma identidade de luta, tem trabalhado
no resgate da autoestima, no acolhimento de famílias,
jovens e mulheres. “Somente com os terreiros de can-
domblé, quilombolas e de resistência, que teremos o
compasso para continuarmos lutando”, reflete Jaciará.
Arte que faz luta
Um exemplo desse processo de resistência e do papel
histórico que as lutas antirracistas possuem, os afoxés,
têm protagonismo por serem uma manifestação artístico-
-religiosa vinculada às práticas do candomblé. Segundo
o projeto Afreaka, essa foi a primeira manifestação negra
a desfilar pelas ruas da Bahia, em 1885. Dentre os afo-
xés mais tradicionais baianos estão o Filhos de Gandhy,
em Salvador, e o Filhos da Luz, em Feira de Santana.
Importante destacar também a capoeira, originada no sé-
culo XVII, desenvolveu-se como uma estratégia dos povos
africanos escravizados para cultivarem a sociabilidade e
lidarem com a violência do período escravista, presente
em todo o território nacional e em mais de 160 países, se-
gundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacio-
nal (IPHAN); e o Samba de Roda do Recôncavo Baiano,
que é reconhecido pela Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) como
Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, por ser uma
das expressões musicais, coreográficas, poéticas e festi-
vas mais importantes de nossa cultura.
Uma festa que mobiliza multidões de todo estado é a
“Boa Morte”, que é organizada pela Irmandade da Nos-
sa Senhora da Boa Morte, confraria que reúne apenas
Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Outubro/2023
14
mulheres negras e que surgiu nas primeiras décadas do
século XIX, em Salvador, e depois migrou para Cachoei-
ra, no Recôncavo.
Ao problematizar o papel político dessas manifestações
artísticas, Ivannide Santa Bárbara, do Movimento Negro
Unificado (MNU), destaca que o racismo promove uma
“folclorização” da cultura negra: “os racistas nos veem
como pessoas folclorizadas, fantasiadas mesmo. Vira-
mos objeto de observação, como se fossemos vitrines, e
não pessoas comuns que se assumiram como são den-
tro das suas origens”.
Neste contexto, Hely Pedreira, professora de escolas
em áreas quilombola de Feira de Santana, fala sobre a
Lei 10.639/03, que trata do ensino da História e Cultura
Africana e Afro-brasileira nas escolas como uma con-
quista, ainda que tenha seus limites. Para ela, a cultura
tem um importante papel na sala de aula. “Com certeza
a questão cultural é um aliado de muito peso, pois traduz
a questão identitária dos sujeitos e suas representações.
Acredito que a valorização cultural pode ser a ponta de
lança na efetivação de uma educação que emancipa e
empodere os seus sujeitos”, afirma.
Edição: Elen Carvalho
Disponível em: https: //www.brasildefatoba.com.br/2017/12/21/a-cultura-negra-luta-e-resistencia-de-um-povo.
Acesso em: 29 ago. 2023.
34. Releia o texto I e responda.
a) Qual é o título?
b) Qual é o tema tratado no texto?
c) O que o autor do texto defende?
35. Releia os trechos e identifique os posicionamentos
acerca do tema.: Diásporas e cultura negra.
1. “A raça negra chegou no Brasil escravizada. Cruelda-
de e infâmia que denotam a condição social desfavorá-
vel do povo negro em relação ao colonizador e demais
povos que vieram formar a nossa nação — com exceção
do povo indígena, que aqui estava, natural desta terra
e que ainda sofre com a exploração do sistema hege-
mônico. O povo negro sofre diásporas desde que aqui
chegou, no século 16, famílias foram destruídas e pes-
soas dos mesmos grupos étnicos, separadas para evitar
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a comunicação, união e possibilidade de resistência e
rebelião.” (Marcos Almeida Pfeifer – Jornalista)
2. “Na Bahia, estado brasileiro cuja população é majo-
ritariamente composta por negros e negras, a profes-
sora Railma Souza explica que a resistência passa, em
primeiro lugar, pelo enfrentamento à visão eurocêntrica.
“Infelizmente, ainda enchemos a boca para dizer que
pessoas cultas são as que ouvem alguns tipos de músi-
ca, leem muitos livros [...] o que constitui uma hierarqui-
zação da cultura”, pontua.
Nesse sentido, Railma considera fundamental romper
com essas noções estereotipadas e tentar compreen-
der a complexidade das expressões da cultura do povo
negro, do povo indígena, rural, periférico. “Enxergar a
poesia de rua como poesia, o reggae, o rap, o hip hop,
o funk e mesmo o pagode enquanto estilos musicais”,
explica.” (Railma Souza – Professora)
a) Agora responda. Essas opiniões a respeito do tema
são iguais, diferentes ou complementares? Justifique
sua resposta.
b) Retire desses fragmentos os adjetivos e advérbios
que qualificam essas opiniões.
36. Os textos I e II são de gêneros textuais diferentes,
mas tratam do mesmo tema. Qual é o gênero textual do
texto I e do II? Qual é a função social de cada texto?
37. Com relação ao tema “cultura negra”
(A) no texto II, a cultura negra é considerada um sin-
cretismo.
(B) no texto I, a cultura dominante do colonizador ex-
terminou a cultura negra.
(C) no texto I, compara-se a qualidade da cultura ne-
gra em todos os estados brasileiros.
(D) no texto II, algumas manifestações culturais ne-
gras foram tombadas como patrimônio cultural.
(E) nos textos I e II, encontra-se a mesma opinião
sobre o controle do racismo por meio da cultura.
Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Outubro/2023
15
38. Comparando os dois textos, pode-se dizer que tratam
do mesmo tema, porém
(A) o texto I informa sobre o problema da cultura negra
e o II faz uma crítica às diásporas.
(B) o texto I critica as manifestações culturais e o II de-
fende as manifestações contra o racismo sociocultural.
(C) o texto I defende a ascendência negra que marca
a nossa expressão sociocultural e o II indica as mani-
festações culturais do povo negro.
(D) o texto I descreve as manifestações culturais do
povo brasileiro e o II defende a capoeira como Patri-
mônio Cultural Imaterial da Humanidade.
(E) o texto I explica os problemas decorrentes das diás-
poras vivenciadas pelos povos africanos e o texto II elo-
gia as manifestações culturais do povo negro brasileiro.
39. Qual é o efeito de sentido da anáfora (repetição) des-
tacada no trecho “É preciso silêncio. Para tentar escre-
ver sobre a raça negra e sua diáspora aqui no Brasil, é
preciso se conectar com o tempo e escutar o silêncio
que conecta as almas.” (Texto 1)?
(A) criticar o modo de escrever sobre a raça negra.
(B) enfatizar a necessidade de agir a favor da raça negra.
(C) expressar o entendimento de que a humanidade
é uma só.
(D) valorizar o ressoar em cada um de nós o som da
Mãe África.
(E) ironizar a necessidade de silêncio diante da diás-
pora no Brasil.
40. No trecho “Como fomos abrir mão do canto da liber-
dade, da democracia e da justiça social e apontar para
nós a arma letal do individualismo e do autoritarismo?” a
expressão destacada pode ser substituída por
(A) renunciar.
(B) esforçar.
(C) dedicar.
(D) ajudar.
(E) tratar.
41. O que o racismo promove nas manifestações artísti-
cas da cultura negra?
(A) A folclorização.
(B) A valorização cultural.
(C) Uma educação emancipadora.
(D) Uma questão identitária do sujeito.
(E) Uma reafirmação de uma identidade de luta.
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42. Identifique qual trecho expressa uma opinião.
(A) “Uma festa que mobiliza multidões de todo esta-
do é a “Boa Morte”, que é organizada pela Irmandade
da Nossa Senhora da Boa Morte, confraria que reúne
apenas mulheres negras” ...
(B) “Infelizmente, ainda enchemos a boca para dizer
que pessoas cultas são as que ouvem alguns tipos
de música, leem muitos livros [...] o que constitui uma
hierarquização da cultura”, ...
(C) “... Hely Pedreira, professora de escolas em áre-
as quilombola de Feira de Santana, fala sobre a Lei
10.639/03, que trata do ensino da História e Cultura
Africana e Afro-brasileira nas escolas.”
(D) Ao problematizar o papel político dessas manifes-
tações artísticas, Ivannide Santa Bárbara, do Movi-
mento Negro Unificado (MNU), destaca que o racismo
promove uma “folclorização” da cultura negra
(E) “Um exemplo desse processo de resistência e do
papel histórico que as lutas antirracistas possuem, os
afoxés, têm protagonismo por serem uma manifestação
artístico-religiosa vinculada às práticas do candomblé.”
Leia os textos e responda às questões propostas.
Texto I
ONG entrega 1ª casa sustentável erguida com blo-
cos de plástico reciclável
A ONG Teto, que entregou a casa sustentável e reciclável
para Rejane, prometeu fazer a entrega de mais 1000 mora-
dias semelhantes. Foto: Reprodução/TETO Brasil.
A ONG Teto entregou a 1ª casa sustentável construída
a partir de material reciclável. A montagem da estrutura
se assemelha a blocos de lego e a residência foi erguida
em menos de 15 horas.
A felizarda, escolhida para receber o imóvel, foi Rejane
Alves de Souza, de 45 anos, mãe de 9 filhos e avó de
12 netos, que recebeu a casa no último dia 1º. Rejane
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16
mora na comunidade Porto de Areia, em Carapicuíba,
São Paulo, local fundado por catadores de lixo.
A construção vai trazer dignidade para a moradora, além
de ajudar o meio ambiente retirando duas toneladas de
lixo da natureza por casa construída. A moradia é só
a primeira de 100 que serão entregues pela Teto para
pessoas em situação de vulnerabilidade.
Moradia Semente Eco Sustentável
Chamada de Moradia Semente Eco Sustentável, a casa
teve seu primeiro protótipo entregue na comunidade
onde a Teto atua há mais de sete anos.
O projeto, que já foi premiado, foi lançado no início des-
te ano. As moradias são focadas para pessoas em si-
tuação de hiper vulnerabilidade. Todas as residências
terão 27m².
A Moradia Semente Eco Sustentável tem como principal
meta substituir barracos feitos apenas com lona e ma-
deirite, propiciando condições básicas de sobrevivência
para moradores.
Sustentabilidade
A casa é toda sustentável, a começar pelos blocos reci-
cláveis desenvolvidos pela Fuplastic.
No telhado, mais sustentabilidade, material 100% reci-
clável feito com caixinhas de leite, de suco e de creme
dental. A preocupação com a natureza também pode ser
vista na solução de captação de água da chuva e nas
placas de energia solar, que abastecem a residência.
O projeto Eco Sustentável tem portas e janelas forne-
cidas pela Esquadrisul. Ao todo, são três cômodos, in-
cluindo banheiro, instalação hidráulica e elétrica.
Tratamento de esgoto
As soluções ecológicas não param, a ONG Biosanea-
mento foi a responsável pela instalação de um sistema
para tratamento dos esgotos.
Composto por um biodigestor e uma vala de infiltração
do efluente, a casa tem a garantia de um tratamento
adequado e que ainda não polui o meio ambiente.
“A consolidação desta parceria com a Teto neste novo
modelo de casa é fundamental para levar este projeto
para mais famílias. Queremos também usar esta mes-
ma tecnologia para fazer um projeto de módulos sanitá-
rios junto com a TETO’, destacou Luiz Fazio, presidente
da Biosaneamento.
(...)
“Proporcionar uma moradia com pegada sustentável e
que forneça conforto e segurança para brasileiros que
estão em situação de vulnerabilidade é uma iniciativa
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que temos orgulho de apoiar”, afirmou Glaucia Faria,

Gerente de Sustentabilidade da Amacon Wavin.
Semana 2
(...)
► Temática: Produção de texto / Carta
A ONG Teto, responsável pela entrega da casa susten- argumentativa
tável construída a partir de material reciclável, está pre-
sente em 18 países da América Latina.
No Brasil, a ONG realiza projetos há 15 anos e tem mo- Vale a pena saber!!!
bilizado voluntários para atuar junto com moradores em RELEMBRANDO O GÊNERO CARTA
comunidades precárias, construindo soluções para pro- ARGUMENTATIVA
porcionar melhores condições de moradia e habitat.
Carta argumentativa
(...)
Disponível em: https://www.sonoticiaboa.com.br/2023/07/23/1a-casa-sustentavel-erguida-15h-blocos-plas-
A carta argumentativa é um tipo de texto que preten-
tico-reciclavel. Acesso em: 29 ago. 2023 (adaptado). de defender um ponto de vista de um remetente para
um destinatário.
Texto II A carta argumentativa é um gênero textual muito im-
portante na sociedade contemporânea. Isso porque
é por meio dela que cidadãos podem opinar sobre di-
versos assuntos, enviando seus apontamentos para
destinatários diversos, tais como instituições priva-
das, representantes públicos ou jornais. A função bá-
sica da carta argumentativa é apresentar e defender
o ponto de vista do remetente.
Estrutura
A estrutura do gênero em questão traz elementos bá-
sicos da carta, tais como:
Data:
Disponível em: http://4.bp.blogspot.com/_qA4dbfGur78/TIU6XdCXGMI/AAAAAAAAFRE/0xkCUimBaYk/
s1600/reciclagem.jpg. Acesso em: 29 ago. 2023 (adaptado). Nas cartas, é necessário escrever, na primeira linha
do texto, o momento e o local em que o remetente
43. Na comparação dos textos I e II, pode-se afirmar que (aquele que envia a carta) está quando escreve.
(A) os textos I e II tratam do mesmo assunto – a Vocativo marcando o destinatário:
reciclagem. Na carta, logo abaixo da data, deve-se informar a
(B) o lixo produzido está sendo utilizado para fabricar quem se dirige aquele texto mediante o vocativo. É
casas sustentáveis. bom lembrar que o vocativo é uma estrutura linguís-
(C) as garrafas pets, caixinhas de leite, de suco e de tica que tem como função referir-se diretamente ao
creme dental podem virar camisetas. interlocutor de uma comunicação. Veja, a seguir, um
trecho com data e vocativo:
(D) a ONG Teto, responsável pela entrega da casa
sustentável está presente em 18 países. Corpo do texto:
(E) as moradias construídas a partir de material reciclá- Essa parte da carta refere-se ao texto em si, sem as
vel são para pessoas em situação de vulnerabilidade. estruturas auxiliares aqui descritas.
Fechamento ou despedida com assinatura:
No final da carta, é comum que existam uma sauda-
ção final ao destinatário da carta e, logo abaixo, a
assinatura do remetente. É bom lembrar que, nos
vestibulares, normalmente não é permitido assinar as
cartas por medida de segurança.
Atenciosamente,

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Características Além disso, você precisa se dirigir ao leitor. Se a carta

é para ele, é claro que ele deve ser evocado no de-
Para além das questões estruturais inerentes a quase correr do texto. Então, verbos no imperativo – que
todas as cartas, especificamente na argumentativa, é fazem o leitor perceber que é ele o interlocutor – e
necessário estar atento às seguintes características: vocativos são bem-vindos.
Apresentação do assunto da carta e da tese (opinião) Observação: é uma falha comum entre os alunos-escri-
do autor sobre o tema na introdução da carta. tores “disfarçar” uma dissertação tradicional de carta ar-
Construção de argumentos bem fundamentados que gumentativa. Alguns escrevem o cabeçalho, o vocativo
comprovem o ponto de vista do remetente; inicial, um texto que não evoca em momento algum o
Se possível, desenvolvimento de contra-argumenta- leitor e, ao final, a assinatura. Tome cuidado! Na carta,
ção – ou seja, produção de argumentos que refutem vale reforçar: o leitor “aparece” em todo o texto.
ideais contrárias àquelas do autor.
Conclusão sintetizando os argumentos e a tese ou, se TEXTOS MOTIVADORES
necessário, sugerindo soluções para o tema abordado. Texto I
Disponível em: https://www.portugues.com.br/redacao/a-carta-argumentativa-.html. Acesso em: 31 ago. 2023.
Alunas transformam óleo de cozinha em combustí-
vel e ônibus roda por 7 dias
PROPOSTA DE PRODUÇÃO

Caro(a) estudante,
Como já demonstramos até aqui, não há nenhum se-
gredo na escrita de um texto dissertativo-argumen-
tativo. Basta você reler as orientações anteriores
sobre o gênero que você deverá produzir.
A proposta é que você produza uma carta argu-
mentativa. As alunas agora querem fazer os ônibus escolares da
cidade rodarem com o novo combustível, feito à base de
óleo de cozinha.
Como escrever uma carta argumentativa?
Determinação e garra levaram seis alunas do ensino
Escrever uma carta argumentativa não é nenhum bicho médio a conseguir algo inovador. As estudantes de um
de sete cabeças. Contudo, é preciso seguir sua estrutu- colégio público transformaram óleo de cozinha em com-
ra e levar em consideração algumas observações refe- bustível e conseguiram fazer um ônibus rodar por sete
rentes as suas características e especificidades. dias com o produto. A experiência foi desenvolvida na
Como esse tipo de carta não deixa de ser uma espécie escola com apoio da Universidade Federal do Paraná
de dissertação argumentativa, você deverá selecionar (UFPR).
com bastante cuidado e capricho os argumentos que As alunas Eduarda Priscila Miura, de 17 anos, Luiza Al-
sustentarão a sua tese. É importante convencer o leitor ves de Souza, 17, Leticia Ayumi Tazima Sato, 17, Edu-
do seu ponto de vista. arda Pietra Santos Paixão, 16, e Fabiane Hikari Kikuti,
Além disso, você possui um interlocutor definido, ao 16, criaram a BIOSUN, uma startup júnior que tem como
contrário da dissertação tradicional. Logo, você terá que missão dar um outro destino para o óleo de cozinha.
ser bastante habilidoso para adaptar a linguagem e “A ideia das estudantes é transformar, com o apoio da
a argumentação à realidade desse leitor e ao grau de prefeitura, parte dos ônibus escolares em uma linha
intimidade estabelecido entre vocês dois. específica que só opere com o biodiesel produzido por
Os argumentos e informações deverão ser compreensí- meio do projeto”, contou o professor de química e física
veis ao leitor, próximos da realidade dele. Mas, da mes- Matheus Rossi, orientador do trabalho.
ma maneira que a competência do interlocutor não pode A experiência
ser superestimada, não pode, é claro, ser menospreza-
da. Você deve ter bom senso e equilíbrio para selecionar Eduarda Priscila, Luiza, Leticia, Eduarda Pietra e Fa-
os argumentos e as informações que não sejam óbvios biane estudam no Colégio Estadual Conselheiro Car-
ou incompreensíveis àquele que lerá a carta. rão, em Assaí, a 400 quilômetros de Curitiba (PR). Elas

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disseram que pretendem transformar o óleo de cozinha Texto II

em combustível comercializável para ser utilizado nos Startup testa motor de foguete com combustível de
ônibus escolares da região. plástico reciclável
Com o combustível criado a partir do óleo de cozinha,
as meninas fizeram um ônibus circular por quase uma
semana no interior do Paraná sem ter de ser abastecido. A Startup Pulsar Fusion testou um combustível feito de
plástico pela primeira vez em foguetes
Inicialmente, o óleo de cozinha não estava puro, foi pre-
ciso prepará-lo bastante, antes de ser transformado em Uma startup do Reino Unido testou um combustível fei-
combustível pelas estudantes. to de plástico, inédito no setor de tecnologia nuclear. A
‘Pulsar Fusion’ desenvolveu um motor de foguete que
O BIOSUN foi realizado para um hackathon (maratona utiliza combustível híbrido feito com polietileno de alta
de programação) municipal e desenvolvido durante as densidade (PEAD) e oxidante de óxido nitroso.
atividades extracurriculares na escola que tem o ensino
médio em tempo integral. O PEAD é muito utilizado na fabricação de produtos plás-
ticos, como garrafas de bebidas e detergentes. O novo
Reações das meninas combustível pode ser uma maneira única e inovadora de
A experiência de transformação do óleo de cozinha em alimentar foguetes que necessitam de muita energia.
combustível foi elogiada pelas alunas. Para Richard Dinan, CEO da empresa, os resultados fo-
“Eu gosto muito da área de ciências da natureza, da vi- ram muito satisfatórios. Segundo ele, a Pulsar Fusion
vência em laboratório e da ideia de trabalhar em pesqui- está entre as poucas companhias do mundo que cons-
sas científicas para resolver problemas cotidianos. E o truíram e testaram a tecnologia.
BIOSUN me permitiu experimentar tudo isso, bem como Solução positiva
frequentar o ambiente em que pesquisadores trabalham
diariamente”, disse Leticia Ayumi. Com a divulgação dos ótimos resultados, o uso de resí-
duos plásticos para o lançamento de foguetes passou a
Eduarda Pietra disse que foi a chance de transformar ser visto como uma solução positiva para o setor nuclear.
teoria em prática.
Hoje, o plástico é uma grande fonte de poluição e ainda
“Tem sido uma experiência incrível, especialmente por- não é reciclado de forma adequada, em grande escala.
que sempre tive curiosidade na parte laboratorial e cres-
ci ouvindo muito sobre a importância de ideias susten- Segundo a empresa, o foguete “verde” pode ser usado
táveis”, afirmou. para levar satélites e pessoas ao espaço, além de favo-
recer a sustentabilidade do planeta.
Para o mercado
Além do combustível, a Pulsar Fusion ainda quer apresen-
Para colocar o combustível feito a partir do óleo de cozi- tar o motor de propulsão de fusão em teste estático até
nha no mercado, por exemplo, o professor espera apoio 2025, para então mandar um foguete à órbita, em 2027.
do setor privado. Disponível em: https://www.sonoticiaboa.com.br/2021/12/31/startup-testa-motor-de-foguete-com-combustivel-
-de-plastico-recicla. Acesso em: 31 de ago. 2023 (adaptado).
“Outros objetivos são encontrar parceiros, tanto na in-
dústria química, visando obter reagentes e materiais no
menor custo possível, possibilitando a produção de um
biodiesel de bom custo-benefício, como também um in- Texto III
vestidor que proporcione a criação de um novo labora-
tório”, disse. Consumo consciente
A iniciativa contou com apoio da UFPR, por meio do O consumo consciente ou sustentável envolve a bus-
projeto de iniciação científica, que dispôs acesso ao ca por produtos e serviços ecologicamente corretos, a
laboratório de química e os reagentes necessários da economia de recursos, a utilização dos bens até o fim
instituição para criar o biodiesel. de sua vida útil e a reciclagem dos materiais. O consu-
Disponível em: https://www.sonoticiaboa.com.br. cesso em: 31 ago. 2023 (adaptado).
mo incontrolável e compulsivo da sociedade ao longo
do tempo vem trazendo consequências muito negativas
para o meio ambiente. Este consumo em excesso tem
levado a uma superexploração dos recursos naturais, o
que pode levar a um esgotamento e escassez destes
recursos, comprometendo o equilíbrio ambiental.

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O consumidor consciente, sob a perspectiva ecológica, A partir da leitura crítica dos textos de apoio, escreva
é aquele que se preocupa como seu bem-estar, com a uma carta argumentativa dirigida a um jornal da cidade,
sociedade atual e com a qualidade de vida das gerações sugerindo aos moradores medidas para melhorar a cole-
futuras e com a expectativa de estar contribuindo para a ta de lixo reciclável em prol do meio ambiente.
melhoria da qualidade de vida de todos. O consumidor
consciente sabe que pode ser um agente transformador Texto IV
da sociedade por meio do seu ato de consumo e, desta
forma, tenta buscar o equilíbrio entre a sua satisfação
pessoal e a sustentabilidade, maximizando os impactos
positivos e minimizando os negativos de suas escolhas
de consumo. Logo, pode-se entender que o consumo
consciente é um modo de vida que valoriza a responsa-
bilidade com o meio ambiente como forma de preservar e
manter um meio social com maior qualidade; sendo este
uma escolha do indivíduo que toma para si esta consci-
ência ambiental e a transforma em ações no dia a dia Disponível em: https://pt-static.z-dn.net/files/d92/76b94e07fd75f23bab75e5dc64a1b388.jpg. Acesso em: 31 ago. 2023.
capaz de mobilizar outras pessoas.
Dito isto, pode-se dizer que o consumo consciente é ca-
racterizado por quatro dimensões: consciência ecológica, ANOTAÇÕES
economia de recursos, reciclagem e planejamento do
consumo. A consciência ecológica espelha a fase de aqui-
sição de um bem, indicando a preferência dos consumi-
dores por produtos, serviços e empresas ecologicamente
corretos. Essa dimensão é apoiada a partir de atitudes
que mobilizam a sociedade com relação aos cuidados
com o meio ambiente e a prática do consumo consciente.
A economia de recursos indica a fase do uso do bem ad-
quirido, tendo como destaque a racionalização ou a redu-
ção do desperdício de recursos, tais como água e energia
elétrica. Nesta fase também há a busca por uma maior
utilização dos meios alternativos de transporte (gerando
menos impactos negativos), tais como caminhada, bicicle-
ta e transporte coletivo em substituição ao carro. A reci-
clagem retrata a fase de descarte do bem, com práticas
que permitam a reutilização e reaproveitamento de mate-
riais, como a separação dos produtos descartados para
serem reaproveitados novamente. Esta etapa lembra os
cuidados com o meio ambiente no fim do ciclo de vida dos
produtos, referindo-se ao comportamento ambiental. Por
fim, o planejamento do consum refere-se à compra de pro-
dutos usados e à preocupação em reutilizar os produtos
sempre que assim for possível. Este planejamento do ato
de quando, como e por que consumir representa a propen-
são a um estilo de vida mais simples, menos consumista,
que gera menos impactos negativos no meio ambiente, e
desta forma otimiza-se o uso racional dos recursos.
Portanto, o consumo consciente é um estilo de vida vo-
luntário, cotidiano e solidário que busca garantir a sus-
tentabilidade da vida de forma equilibrada para que tan-
to a atual quanto as gerações futuras possam desfrutar
dos recursos do planeta.
Disponível em: https://www.infoescola.com/desenvolvimento-sustentavel/consumo-consciente/. Acesso em: 31 ago. 2023.

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