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Construção Civil

Professora Maria Cláudia

Engenharia civil
UFV CRP
2018/II
Legislação Ambiental

1.Introdução

Lei 12.651 de 25 de maio de 2012.

Esta Lei estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação, áreas de


Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal (...)
Legislação Ambiental

Alguns dos princípios desta lei são:

•compromisso soberano do Brasil com a preservação da vegetação nativa,


da biodiversidade, do solo, dos recursos hídricos e da integridade do sistema
climático.

•harmonização entre o uso produtivo da terra e a preservação da água, do


solo e da vegetação.
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•responsabilidade comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios,


em colaboração com a sociedade civil, na criação de políticas para a
preservação e restauração da vegetação nativa e de suas funções
ecológicas e sociais nas áreas urbanas e rurais.

Ainda, a vegetação nativa são bens de interesse comum a todos os


habitantes do País.
Legislação Ambiental

Na utilização e exploração da vegetação, as ações ou omissões contrárias às


disposições desta Lei são consideradas uso irregular da propriedade,
podendo gerar sanções administrativas, civis e penais, de acordo com o
Código Civil.

As obrigações previstas nesta Lei têm natureza real e são transmitidas ao


sucessor, de qualquer natureza, no caso de transferência de domínio ou
posse do imóvel rural.
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2. Algumas definições

•Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não por


vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos,
a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo
gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das
populações humanas.
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•Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse


rural, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos
recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos
processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem
como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa. Observar o
artigo 12 da lei 12651.
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•uso alternativo do solo: substituição de vegetação nativa e formações


sucessoras por outras coberturas do solo, como atividades agropecuárias,
industriais, de geração e transmissão de energia, de mineração e de
transporte, assentamentos urbanos ou outras formas de ocupação humana.

•manejo sustentável: administração da vegetação natural para a obtenção de


benefícios econômicos, sociais e ambientais, respeitando-se os mecanismos
de sustentação do ecossistema objeto do manejo.
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•utilidade pública:
❑as atividades de segurança nacional e proteção sanitária;

❑as obras de infraestrutura destinadas às concessões e aos serviços


públicos de transporte, sistema viário, inclusive aquele necessário aos
parcelamentos de solo urbano aprovados pelos Municípios, saneamento,
gestão de resíduos, energia, telecomunicações, radiodifusão, instalações
necessárias à realização de competições esportivas estaduais, nacionais ou
internacionais, bem como mineração, exceto, neste último caso, a extração
de areia, argila, saibro e cascalho;
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❑atividades e obras de defesa civil.

❑atividades que comprovadamente proporcionem melhorias na proteção das


funções ambientais.

❑outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em


procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e
locacional ao empreendimento proposto, definidas em ato do Chefe do Poder
Executivo Federal;
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•Interesse social:
❑as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação
nativa, tais como prevenção, combate e controle do fogo, controle da erosão,
erradicação de invasoras e proteção de plantios com espécies nativas;

❑a implantação de infraestrutura pública destinada a esportes, lazer e


atividades educacionais e culturais ao ar livre em áreas urbanas e rurais
consolidadas, observadas as condições estabelecidas nesta Lei;
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❑implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e


de efluentes tratados para projetos cujos recursos hídricos são partes
integrantes e essenciais da atividade;

❑as atividades de pesquisa e extração de areia, argila, saibro e cascalho,


outorgadas pela autoridade competente;
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•atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental:

❑abertura de pequenas vias de acesso interno e suas pontes e pontilhões,


quando necessárias à travessia de um curso d’água, ao acesso de pessoas e
animais para a obtenção de água ou à retirada de produtos oriundos das
atividades de manejo agroflorestal sustentável;

❑implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e


efluentes tratados, desde que comprovada a outorga do direito de uso da
água, quando couber;
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❑implantação de trilhas para o desenvolvimento do ecoturismo;

❑construção de rampa de lançamento de barcos e pequeno ancoradouro;

❑construção de moradia de agricultores familiares, remanescentes de


comunidades quilombolas e outras populações extrativistas e tradicionais em
áreas rurais, onde o abastecimento de água se dê pelo esforço próprio dos
moradores;

❑construção e manutenção de cercas na propriedade;


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❑outras ações ou atividades similares, reconhecidas como eventuais e de


baixo impacto ambiental em ato do Conselho Nacional do Meio Ambiente -
CONAMA ou dos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente;

•nascente: afloramento natural do lençol freático que apresenta perenidade e


dá início a um curso d’água;

•olho d’água: afloramento natural do lençol freático, mesmo que intermitente;


•leito regular: a calha por onde correm regularmente as águas do curso
d’água durante o ano;
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•leito regular: a calha por onde correm regularmente as águas do curso


d’água durante o ano;

•área verde urbana: espaços, públicos ou privados, com predomínio de


vegetação, preferencialmente nativa, natural ou recuperada, previstos no
Plano Diretor, nas Leis de Zoneamento Urbano e Uso do Solo do Município,
indisponíveis para construção de moradias, destinados aos propósitos de
recreação, lazer, melhoria da qualidade ambiental urbana, proteção dos
recursos hídricos, manutenção ou melhoria paisagística, proteção de bens e
manifestações culturais;
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•várzea de inundação ou planície de inundação: áreas marginais a cursos


d’água sujeitas a enchentes e inundações periódicas;

•faixa de passagem de inundação: área de várzea ou planície de inundação


adjacente a cursos d’água que permite o escoamento da enchente;

•relevo ondulado: expressão geomorfológica usada para designar área


caracterizada por movimentações do terreno que geram depressões, cuja
intensidade permite sua classificação como relevo suave ondulado,
ondulado, fortemente ondulado e montanhoso;
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•áreas úmidas: pantanais e superfícies terrestres cobertas de forma periódica


por águas, cobertas originalmente por florestas ou outras formas de
vegetação adaptadas à inundação;
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1.Áreas de preservação permanente

As áreas de preservação permanente são delimitadas, em zonas rurais ou


urbanas da seguinte forma:

•as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente,


excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura
mínima de:

❑30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de


largura;
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❑50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50


(cinquenta) metros de largura;

❑100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a


200 (duzentos) metros de largura;

❑200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200


(duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;

❑500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura


superior a 600 (seiscentos) metros;
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•as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura
mínima de:

❑100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20
(vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta)
metros;

❑30 (trinta) metros, em zonas urbanas;


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•as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de


barramento ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na
licença ambiental do empreendimento.

•as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer
que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros.

•as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente a


100% (cem por cento) na linha de maior declive.
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•as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues.

Fonte:
<http://viajelivre.wordpress.com/20
11/02/01/pelas-restingas-de-
buzios/> Acesso em 07 de outubro
de 2013.
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•os manguezais, em toda a sua extensão.

•as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em


faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;

Fonte:
<http://www.senado.gov.br/noticias/Jorna
l/emdiscussao/codigo-florestal/areas-de-
preservacao-permanente.aspx> Acesso
em 07 de outubro de 2013.
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•no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100
(cem) metros e inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir
da curva de nível correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima da
elevação sempre em relação à base, sendo esta definida pelo plano
horizontal determinado por planície ou espelho d’água adjacente ou, nos
relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação;

•as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que
seja a vegetação;
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•em veredas (áreas inundáveis no cerrado, varjão), a faixa marginal, em


projeção horizontal, com largura mínima de 50 (cinquenta) metros, a partir do
espaço permanentemente brejoso e encharcado;

•não será exigida Área de Preservação Permanente no entorno de


reservatórios artificiais de água que não decorram de barramento ou
represamento de cursos d’água naturais;
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•Nas acumulações naturais ou artificiais de água com superfície inferior a 1


(um) hectare, fica dispensada a reserva da faixa de proteção prevista nos
incisos II e III do caput, vedada nova supressão de áreas de vegetação
nativa, salvo autorização do órgão ambiental competente do Sistema
Nacional do Meio Ambiente - Sisnama.

•nos imóveis rurais com até 15 (quinze) módulos fiscais, é admitida a prática
da aquicultura e a infraestrutura física diretamente a ela associada, desde
que:
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❑sejam adotadas práticas sustentáveis de manejo de solo e água e de


recursos hídricos, garantindo sua qualidade e quantidade, de acordo com
norma dos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente;

❑esteja de acordo com os respectivos planos de bacia ou planos de gestão


de recursos hídricos;

❑seja realizado o licenciamento pelo órgão ambiental competente;

❑o imóvel esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural - CAR.


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❑não implique novas supressões de vegetação nativa.

•Na implantação de reservatório d’água artificial destinado a geração de


energia ou abastecimento público, é obrigatória a aquisição, desapropriação
ou instituição de servidão administrativa pelo empreendedor das Áreas de
Preservação Permanente criadas em seu entorno, conforme estabelecido no
licenciamento ambiental, observando-se a faixa mínima de 30 (trinta) metros
e máxima de 100 (cem) metros em área rural, e a faixa mínima de 15
(quinze) metros e máxima de 30 (trinta) metros em área urbana
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•Consideram-se, ainda, de preservação permanente, quando declaradas de


interesse social por ato do Chefe do Poder Executivo, as áreas cobertas com
florestas ou outras formas de vegetação destinadas a uma ou mais das
seguintes finalidades:

❑conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e deslizamentos de


terra e de rocha;

❑proteger as restingas ou veredas;


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❑proteger várzeas;

❑abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de extinção;

❑proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou


histórico;

❑formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;

❑assegurar condições de bem-estar público;


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❑auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades militares.

❑proteger áreas úmidas, especialmente as de importância internacional.

•A vegetação situada em Área de Preservação Permanente deverá ser


mantida pelo proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título,
pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado.

❑Tendo ocorrido supressão de vegetação situada em APP o proprietário da


área, possuidor ou ocupante a qualquer título é obrigado a promover a
recomposição da vegetação, ressalvados os usos autorizados.
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❑A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de


Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade
pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental previstas.

•É dispensada a autorização do órgão ambiental competente para a


execução, em caráter de urgência, de atividades de segurança nacional e
obras de interesse da defesa civil destinadas à prevenção e mitigação de
acidentes em áreas urbanas.
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•Não haverá, em qualquer hipótese, direito à regularização de futuras


intervenções ou supressões de vegetação nativa, além das previstas nesta
Lei.
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4. Lei 9605
Das sanções penais ou administrativas

•Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos


nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua
culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e
de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa
jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a
sua prática, quando podia agir para evitá-la.
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•As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e


penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja
cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu
órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.

❑A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas,


autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato.

•Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade


for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio
ambiente.
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•Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente


observará:
❑ a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas
consequências para a saúde pública e para o meio ambiente;

❑os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de


interesse ambiental;

❑ a situação econômica do infrator, no caso de multa.


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•As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de


liberdade quando:
❑tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena privativa de liberdade
inferior a quatro anos;

❑a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do


condenado, bem como os motivos e as circunstâncias do crime indicarem
que a substituição seja suficiente para efeitos de reprovação e prevenção do
crime.
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•As penas restritivas de direito são:


❑prestação de serviços à comunidade;

❑interdição temporária de direitos;

❑suspensão parcial ou total de atividades;

❑prestação pecuniária;

❑recolhimento domiciliar.
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❑A prestação de serviços à comunidade consiste na atribuição ao


condenado de tarefas gratuitas junto a parques e jardins públicos e unidades
de conservação, e, no caso de dano da coisa particular, pública ou tombada,
na restauração desta, se possível.

❑As penas de interdição temporária de direito são a proibição de o


condenado contratar com o Poder Público, de receber incentivos fiscais ou
quaisquer outros benefícios, bem como de participar de licitações, pelo prazo
de cinco anos, no caso de crimes dolosos, e de três anos, no de crimes
culposos.
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❑A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem


obedecendo às prescrições legais.

❑A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima ou à


entidade pública ou privada com fim social, de importância, fixada pelo juiz,
não inferior a um salário mínimo nem superior a trezentos e sessenta salários
mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual reparação
civil a que for condenado o infrator.
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❑O recolhimento domiciliar baseia-se na autodisciplina e senso de


responsabilidade do condenado, que deverá, sem vigilância, trabalhar,
frequentar curso ou exercer atividade autorizada, permanecendo recolhido
nos dias e horários de folga em residência ou em qualquer local destinado a
sua moradia habitual, conforme estabelecido na sentença condenatória.
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São atenuantes:
❑baixo grau de instrução ou escolaridade do agente;

❑arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do


dano, ou limitação significativa da degradação ambiental causada;

❑comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de degradação


ambiental;

❑colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle


ambiental.
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São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou


qualificam o crime:
•reincidência nos crimes de natureza ambiental;
•ter o agente cometido a infração:
a) para obter vantagem pecuniária;
b) coagindo outrem para a execução material da infração;
c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou
o meio ambiente;
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d) concorrendo para danos à propriedade alheia;


e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por
ato do Poder Público, a regime especial de uso;
f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos;
g) em período de defeso à fauna;
h) em domingos ou feriados;
i) à noite;
j) em épocas de seca ou inundações;
l) no interior do espaço territorial especialmente protegido;
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m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais;


n) mediante fraude ou abuso de confiança;
o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização
ambiental;
p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por
verbas públicas ou beneficiada por incentivos fiscais;
q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das
autoridades competentes;
r) facilitada por funcionário público no exercício de suas funções.
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m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais;


n) mediante fraude ou abuso de confiança;
o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização
ambiental;
p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por
verbas públicas ou beneficiada por incentivos fiscais;
q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das
autoridades competentes;
r) facilitada por funcionário público no exercício de suas funções.
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Dos Crimes contra a Fauna


•Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre,
nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou
autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida:
Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.

•Incorre nas mesmas penas:

❑quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em


desacordo com a obtida;
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❑quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural;

❑quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro


ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna
silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e objetos dela
oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida
permissão, licença ou autorização da autoridade competente.
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A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado:

❑contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que


somente no local da infração;

❑em período proibido à caça;

❑durante a noite;

❑com abuso de licença;


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❑em unidade de conservação;


❑ com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar
destruição em massa.

A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça


profissional.
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Dos crimes quanto a flora


•Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente,
mesmo que em formação, vegetação primária ou secundária, ou utilizá-la
com infringência das normas de proteção:

❑Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas


cumulativamente.
❑Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.
Legislação Ambiental

•Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem


permissão da autoridade competente:
❑ Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas
cumulativamente.

•Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas


previstas em lei.
❑ Pena - reclusão, de um a cinco anos.
Legislação Ambiental

•Provocar incêndio em mata ou floresta:

❑reclusão, de dois a quatro anos, e multa.


❑Se o crime é culposo, a pena é de detenção de seis meses a um ano, e
multa.

•Extrair de florestas de domínio público ou consideradas de preservação


permanente, sem prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie
de minerais:
❑ Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Legislação Ambiental

•Cortar ou transformar em carvão madeira de lei, assim classificada por ato


do Poder Público, para fins industriais, energéticos ou para qualquer outra
exploração, econômica ou não, em desacordo com as determinações legais:
❑Pena - reclusão, de um a dois anos, e multa.

•Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha,


carvão e outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença
do vendedor, outorgada pela autoridade competente, e sem munir-se da via
que deverá acompanhar o produto até final beneficiamento:
❑Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Legislação Ambiental

•Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas ou vegetação fixadora de


dunas, protetora de mangues, objeto de especial preservação:

❑Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa


Legislação Ambiental

•Nos crimes previstos nesta Seção, a pena é aumentada de um sexto a um


terço se:
I - do fato resulta a diminuição de águas naturais, a erosão do solo ou a
modificação do regime climático;
II - o crime é cometido:
a) no período de queda das sementes;
b) no período de formação de vegetações;
c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a
ameaça ocorra somente no local da infração;
d) em época de seca ou inundação;
e) durante a noite, em domingo ou feriado.
Legislação Ambiental

•Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou


possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a
mortandade de animais ou a destruição significativa da flora:
❑Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

•Se o crime é culposo:


❑Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa
Legislação Ambiental

•Se o crime:
❑tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana;

❑causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que


momentânea, dos habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos
diretos à saúde da população;

❑causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do


abastecimento público de água de uma comunidade;
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❑dificultar ou impedir o uso público das praias;

❑ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou


detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências
estabelecidas em leis ou regulamentos:

❑Pena - reclusão, de um a cinco anos.


Legislação Ambiental

•Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a


competente autorização, permissão, concessão ou licença, ou em desacordo
com a obtida:

❑detenção, de seis meses a um ano, e multa.

❑Nas mesmas penas incorre quem deixa de recuperar a área pesquisada ou


explorada, nos termos da autorização, permissão, licença, concessão ou
determinação do órgão competente.
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•Nos crimes dolosos previstos nesta Seção, as penas serão aumentadas:

❑de um sexto a um terço, se resulta dano irreversível à flora ou ao meio


ambiente em geral;

❑ de um terço até a metade, se resulta lesão corporal de natureza grave em


outrem;

❑ até o dobro, se resultar a morte de outrem.


Legislação Ambiental

•Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do


território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente
poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes,
ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes:

❑Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas


cumulativamente.
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•Destruir, inutilizar ou deteriorar:


❑bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial;
❑arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação científica ou
similar protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial:

❑Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

❑Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena é de seis meses a um ano


de detenção, sem prejuízo da multa.
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•Alterar o aspecto ou estrutura de edificação ou local especialmente


protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial, em razão de seu valor
paisagístico, ecológico, turístico, artístico, histórico, cultural, religioso,
arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridade
competente ou em desacordo com a concedida:

❑Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.


Legislação Ambiental

•Promover construção em solo não edificável, ou no seu entorno, assim


considerado em razão de seu valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico,
histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem
autorização da autoridade competente ou em desacordo com a concedida:

❑Pena: detenção, de seis meses a um ano, e multa.


Legislação Ambiental

Infrações administrativas
•advertência;
•multa simples;
•multa diária;
•embargo de obra ou atividade;
•demolição de obra; (...)

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