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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS - UNEAL

CURSO: LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

DISCENTE: JOSÉ RUAN MARTINS DA SILVA


DISCENTE: MARIA CLARA GUEDES NOGUEIRA

DISCIPLINA: FUNDAMENTOS HISTÓRICO E FILOSÓFICO II


I CAFÉ FILOSÓFICO, A PEDAGOGIA DO OPRIMIDO
E A PEDAGOGIA DA AUTONOMIA NO SERTÃO DE
ALAGOAS: UMA LEITURA ATRAVESSADA PELO
MUNDO DA VIDA

SANTANA DO IPANEMA - AL
2023
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS - UNEAL
CURSO: LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

DISCENTE: JOSÉ RUAN MARTINS DA SILVA


DISCENTE: MARIA CLARA GUEDES NOGUEIRA

DISCIPLINA: FUNDAMENTOS HISTÓRICO E FILOSÓFICO II


I CAFÉ FILOSÓFICO, A PEDAGOGIA DO OPRIMIDO
E A PEDAGOGIA DA AUTONOMIA NO SERTÃO DE
ALAGOAS: UMA LEITURA ATRAVESSADA PELO
MUNDO DA VIDA

SANTANA DO IPANEMA - AL
2023
A DIALOGICIDADE COMO CHAVE PARA O SABER

Na obra pedagogia da autonomia, Freire chama a atenção para a


necessidade do educando, passar a enxergar o educando como protagonista em
seu aprendizado. Ele nos chama para uma reflexão sobre a importância de dar
criticidade e autonomia para o aluno desenvolver seu aprendizado. A obra em si
chama a necessidade de fazer com que os professores reflitam e avaliem seus
métodos de ensino. Com o objetivo, é claro, de se livrar do modelo burocrático
de ensino. Estes educadores devem abstrair-se da sua ignorância para escutar
os educandos, sem tolí-los. a obra Indica que há uma necessidade de mudanças
na postura dos profissionais para enfim colaborar com a melhoria de condições
e qualidade de vida, e assim desarticular qualquer forma de discriminação e
injustiça, pois a educação é uma especificidade humana que intervém no mundo.
Traça aspectos necessários aos educadores para dar oportunidade aos
educandos de desenvolverem sua criatividade, o senso de crítica, respeito e
liberdade. Demonstra que a pedagogia da autonomia deve estar centrada em
experiências estimuladoras da decisão e responsabilidade.
Educar não é e nunca foi uma tarefa fácil. educar exige esforço, paciência,
tranquilidade, e acima de tudo saber ouvir, mas também saber silenciar durante
o processo de ensino-aprendizagem e dar a oportunidade de ouvir o outro. O
que é a dialogicidade no processo para o saber? É uma característica do que é
dialógico, dialogal, daquilo que se efetua por meio do diálogo, de uma interação
comunicativa, da conversa. Nesta prática o educar abre um espaço permitindo o
educando ser protagonista e quebrando o tabu de uma consciência ingênua para
uma consciência crítica. Segundo Paulo Freire o sujeito que se abre ao mundo
e aos outros inaugura com seu gesto a relação dialógica em que se confirma
como inquietação e curiosidade, como inconclusão em permanente movimento
na história. como exemplo freire traz uma experiência que presenciou em uma
escola da rede pública de São Paulo.

“Certa vez, numa escola da rede municipal de São Paulo, que


realizava uma reunião de quatro dias com professores e
professoras de dez escolas da área para planejar em comum
suas atividades pedagógicas, visitei uma sala em que se
expunham fotografias das redondezas da escola. Fotografias de
ruas enlameadas, de ruas bem-postas também. Fotografias de
recantos feios que sugeriam tristeza e dificuldades. Fotografias
de corpos andando com dificuldade, lentamente, alquebrados,
de caras desfeitas, de olhar vago. Um pouco atrás de mim dois
professores faziam comentários em torno do que Ihes tocava
mais de perto. De repente, um deles afirmou: "Há dez anos
ensino nesta escola. Jamais conheci nada de sua redondeza
além das ruas que Ihe dão acesso. Agora, ao ver esta exposição
de fotografias que nos revelam um pouco de seu contexto, me
convenço de quão precária deve ter sido a minha tarefa
formadora durante todos estes anos.” (FREIRE)
Quando estou robotizado com a minha atuação que me é colocada pelo
poder político, acabo me encaixando na massa de apenas transferir ou de
vomitar palavras para um ser sem saber segundo o poder político. Acabo não
percebendo que minha prática amarga não permite o diálogo com meu
educando, ao qual faz pensar se a escola não satisfaz as expectativas de
alguém, não é também por que os educandos (às vezes) não satisfazem
expectativas, não cabendo, portanto, ou não querendo caber na imagem que
temos em mente para eles? Se é esse o caso, tudo isso é acerca do medo da
escola, a medida em que a escola remete ao tempo e ao espaço que começam
a partir da pressuposição de que seres humanos não tem um destino (natural,
social ou cultural) e que, portanto, devem ter a oportunidade de encontrar seu
próprio destino.
Na perspectiva freiriana, Freire nos traz seis elementos que visam a
exemplificação do diálogo, sendo esses elementos: amor, fé, humildade,
confiança, esperança e pensamento crítico.
O amor não é um amor romântico, mas sim o reconhecimento do outro, o respeito
pelo outro que encontramos ao longo de nossa jornada. A fé não é uma fé
religiosa, mais uma fé nas pessoas, uma fé de que as pessoas podem ser mais,
a fé no que as pessoas podem pensar naquilo que já conhecem e podem
compreender melhor aquilo que já conhecem e buscar enfrentar os problemas
enfrentados no cotidiano, e assim buscar uma vida melhor. A humildade para
freire é a humildade que nos convida a reconhecer que não sabemos tudo, que
ninguém sabe tudo e ninguém ignora tudo. A confiança freiriana é um
sentimento de segurança de conseguir dizer ao outro o que se pensa, sem medo
de ser retrocedido e abrindo espaço para um diálogo. A esperança é um dos
pontos importantes, pois é uma esperança de um objetivo a ser alcançado. O
pensamento crítico é um ato que nos instiga a questionar o nosso lugar/espaço
na sociedade. Esses elementos nos ajudam a obter uma visão mais centrada do
diálogo.

Dinâmica: Diálogo como forma de transmitir o saber.


Material: 5 modelos de desenhos e 5 folhas de papel em branco.
Participantes: Duas pessoas, uma vai escolher um dos modelos de desenho e o
outro pegar uma folha em branco.
Decorrer da dinâmica: O participante que pegou o desenho vai descrever a
imagem no papel sem dizer o nome, mas sim as características nele encontrado.
Enquanto o outro participante vai produzir na folha de papel, no decorrer do que
o outro verbalizar por meio do diálogo.

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