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Introdução à Bíblia

Aula 02 – Revelação Especial


A IMPORTÂNCIA DE ESTUDAR TEOLOGIA
• Ser cristão é repe-r conceitos ou pensar sobre
eles?
• A fé é uma aceitação cega ou é algo que tem
“razão”?
• De acordo com a Bíblia, como cristãos,
devemos estar “sempre preparados para
responder a todo aquele que nos pedir razão
da esperança que há em nós” (1Pd 3.15).
• Creio para compreender.
I. Razão X Emoção
• No senso comum dos nossos dias, o cristão
verdadeiro não é aquele que “sabe” mais, e sim
aquele que “sente” mais (teve “experiências”).
• Evidentemente os sen-mentos são
importantes, e não são algo a ser desprezado.
Porém, a ênfase exagerada no sen-mentalismo
é uma das marcas do rela-vismo do mundo
pós-moderno.
II. Espiritualidade X Autoajuda
• Espiritualidade depende largamente do quanto
compreendermos as verdades sobre quem
Deus é, quem nós somos, e o que o plano de
Deus para a história envolve.
• Só assim poderemos dizer porque nossa
esperança tem razão (é racional), e qual é essa
razão.
III. Pressupostos deste curso
• Esse trabalho assume a inerrância e
suficiência das Escrituras para a fé cristã, e
anela por colocar a teologia na linguagem de
todos os crentes.
• Princípio fundamental teologia precisa servir
para alguma coisa. Podemos perceber um
excesso de abstrações teológicas em muitas
obras, profundo conhecimento histórico e
pesquisa séria, porém, pouca aplicação.
III. Pressupostos deste curso
• Conhecer as doutrinas bíblicas sempre foi uma das
primeiras marcas da verdadeira espiritualidade na
Igreja Primi-va (At 2.42).
• Quanto mais conhecemos Deus e suas obras,
conforme ele se revela em sua Palavra, melhor
poderá ser o nosso relacionamento com ele.
• Se a vida espiritual é a que importa, é interessante
lembrar que Jesus disse que o Espírito viria para
nos guiar a toda a verdade (Jo 16.13). Segundo o
entendimento do próprio Jesus, a Palavra de Deus
é a verdade (Jo 17.17).
IV. Fé X Dúvida
• 1) Pressuposto da fé. Teologia ortodoxa ou
conservadora.
• 2) Com pressuposto da dúvida. Teologia crí-ca ou
liberal.
V. A questão do entendimento

• Quem pode fazer teologia?


• 1Co 2 – Qual é sabedoria da revelação? Quem pode compreender?
• Rm 1.18ss – Onde está o problema? Na mente? No coração?
A REVELAÇÃO DE DEUS
Os teólogos chamam a primeira das oito
disciplinas da teologia sistemá-ca de
Introdução ou Prolegômena. É a parte que
trata das questões introdutórias à teologia,
como a questão da Revelação (Geral e Especial),
os pressupostos filosóficos, a função e o
método da teologia, etc. Nesse curso,
simplificamos bastante essa parte, tratando
apenas da questão da Revelação, e mais
especificamente da Revelação Especial.
I. Revelação Geral: escopo e propósito
• Salmo 19.1-6: Os céus proclamam a glória de Deus, e
o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia
discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento
a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e
deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda
a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até
aos confins do mundo. Aí, pôs uma tenda para o sol, o
qual, como noivo que sai dos seus aposentos, se
regozija como herói, a percorrer o seu caminho.
Principia numa extremidade dos céus, e até à outra vai
o seu percurso; e nada refoge ao seu calor.
I. Revelação Geral: escopo e propósito
Romanos 1.18-22: “A ira de Deus se revela do céu contra
toda impiedade e perversão dos homens que detêm a
verdade pela injus;ça; porquanto o que de Deus se pode
conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes
manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim
o seu eterno poder, como também a sua própria
divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio
do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que
foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis;
porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o
glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se
tornaram nulos em seus próprios raciocínios,
obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-
se por sábios, tornaram-se loucos”.
II. Revelação Especial: propósito e
progressividade
Salmo 19.7-11 “A lei do SENHOR é perfeita e
restaura a alma; o testemunho do SENHOR é fiel e
dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do
SENHOR são retos e alegram o coração; o
mandamento do SENHOR é puro e ilumina os
olhos. O temor do SENHOR é límpido e
permanece para sempre; os juízos do SENHOR são
verdadeiros e todos igualmente, justos. São mais
desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro
depurado; e são mais doces do que o mel e o
des-lar dos favos. Além disso, por eles se
admoesta o teu servo; em os guardar, há grande
recompensa”.
II. Revelação Especial: propósito e
progressividade
Romanos 2.12-16 “Assim, pois, todos os que pecaram
sem lei também sem lei perecerão; e todos os que
com lei pecaram mediante lei serão julgados. Porque
os simples ouvidores da lei não são justos diante de
Deus, mas os que pra-cam a lei hão de ser
jus-ficados. Quando, pois, os gen-os, que não têm lei,
procedem, por natureza, de conformidade com a lei,
não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos. Estes
mostram a norma da lei gravada no seu coração,
testemunhando-lhes também a consciência e os seus
pensamentos, mutuamente acusando-se ou
defendendo-se, no dia em que Deus, por meio de
Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens, de
conformidade com o meu evangelho”.
III. Formas de Revelação: Teofania
• Hebreus 1.1-2: “Havendo Deus, outrora, falado,
muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos
profetas, nestes úl-mos dias, nos falou pelo Filho, a
quem cons-tuiu herdeiro de todas as coisas, pelo
qual também fez o universo”.
• Gênesis 17.1: “Quando a-ngiu Abrão a idade de
noventa e nove anos, apareceu-lhe o SENHOR e
disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda na
minha presença e sê perfeito. 22 E, finda esta fala
com Abraão, Deus se re-rou dele, elevando-se.
III. Formas de Revelação: Teofania
Gênesis 18:1-3 “Apareceu o SENHOR a Abraão
nos carvalhais de Manre, quando ele estava
assentado à entrada da tenda, no maior calor do
dia. Levantou ele os olhos, olhou, e eis três
homens de pé em frente dele. Vendo-os, correu
da porta da tenda ao seu encontro, prostrou-se
em terra e disse: Senhor meu, se acho mercê
em tua presença, rogo-te que não passes do teu
servo”. 8 Tomou também coalhada e leite e o
novilho que mandara preparar e pôs tudo diante
deles; e permaneceu de pé junto a eles debaixo
da árvore; e eles comeram. 22 Então, par-ram
dali aqueles homens e foram para Sodoma;
porém Abraão permaneceu ainda na presença
do SENHOR”.
III. Formas de Revelação: Profecia
Deuteronômio 34.10-11 “Nunca mais se levantou
em Israel profeta algum como Moisés, com quem
o SENHOR houvesse tratado face a face, no
tocante a todos os sinais e maravilhas que, por
mando do SENHOR, fez na terra do Egito, a Faraó,
a todos os seus oficiais e a toda a sua terra”.
Números 12.6-8 “Então, disse: Ouvi, agora, as
minhas palavras; se entre vós há profeta, eu, o
SENHOR, em visão a ele, me faço conhecer ou falo
com ele em sonhos. Não é assim com o meu servo
Moisés, que é fiel em toda a minha casa. Boca a
boca falo com ele, claramente e não por enigmas;
pois ele vê a forma do SENHOR
III. Formas de Revelação: Profecia
Deuterônomio 18.20-22: “Porém o profeta que
presumir de falar alguma palavra em meu nome,
que eu lhe não mandei falar, ou o que falar em
nome de outros deuses, esse profeta será morto.
Se disseres no teu coração: Como conhecerei a
palavra que o SENHOR não falou? Sabe que,
quando esse profeta falar em nome do SENHOR, e a
palavra dele se não cumprir, nem suceder, como
profe-zou, esta é palavra que o SENHOR não disse;
com soberba, a falou o tal profeta; não tenhas
temor dele”.
III. Formas de Revelação: Profecia
Deuterônomio 13:1-5 “Quando profeta ou
sonhador se levantar no meio de - e te anunciar
um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou
prodígio de que te houver falado, e disser: Vamos
após outros deuses, que não conheceste, e
sirvamo-los, não ouvirás as palavras desse profeta
ou sonhador; porquanto o SENHOR, vosso Deus,
vos prova, para saber se amais o SENHOR, vosso
Deus, de todo o vosso coração e de toda a vossa
alma. Andareis após o SENHOR, vosso Deus, e a ele
temereis; guardareis os seus mandamentos,
ouvireis a sua voz, a ele servireis e a ele vos
achegareis. Esse profeta ou sonhador será morto,
pois pregou rebeldia contra o SENHOR”.
III. Formas de Revelação: Profecia
Mateus 11:11-14 “Em verdade vos digo: entre os
nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do
que João Ba-sta; mas o menor no reino dos céus é
maior do que ele. Desde os dias de João Ba-sta até
agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os
que se esforçam se apoderam dele. Porque todos
os Profetas e a Lei profe-zaram até João. E, se o
quereis reconhecer, ele mesmo é Elias, que estava
para vir”.
IV. A revelação na Pessoa de Cristo
Hebreus 1.2-3: “nestes úl-mos dias, nos falou
pelo Filho, a quem cons-tuiu herdeiro de
todas as coisas, pelo qual também fez o
universo. Ele, que é o resplendor da glória e a
expressão exata do seu Ser”.
Colossenses 1.15-16 “Este é a imagem do
Deus invisível, o primogênito de toda a
criação; pois, nele, foram criadas todas as
coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as
invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias,
quer principados, quer potestades. Tudo foi
criado por meio dele e para ele”.
IV. A revelação na Pessoa de Cristo
João 14:4-10 “E vós sabeis o caminho para onde eu
vou. Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde
vais; como saber o caminho? Respondeu-lhe Jesus: Eu
sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao
Pai senão por mim. Se vós me -vésseis conhecido,
conheceríeis também a meu Pai. Desde agora o
conheceis e o tendes visto. Replicou-lhe Filipe: Senhor,
mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Disse-lhe Jesus:
Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens
conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes
tu: Mostra-nos o Pai? Não crês que eu estou no Pai e
que o Pai está em mim?
IV. A revelação na Pessoa de Cristo
Isaías 6: “1 No ano da morte do rei Uzias, eu vi o
Senhor assentado sobre um alto e sublime trono,
e as abas de suas vestes enchiam o templo. 5
Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido!
Porque sou homem de lábios impuros, habito no
meio de um povo de impuros lábios, e os meus
olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos!
João 12.39-41 “porque Isaías disse ainda: Cegou-
lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, para
que não vejam com os olhos, nem entendam
com o coração, e se convertam, e sejam por mim
curados. Isto disse Isaías porque viu a glória dele
e falou a seu respeito.
Conclusão
Portanto, Deus se revela com propósito,
progressividade e, de maneiras variadas. Hoje, nós
temos o privilégio de ter todas essas formas de
revelação testemunhadas e registradas na Escritura.
Por isso, podemos dizer como o salmista: "Lâmpada
para os meus pés é a tua palavra e, luz para os
meus caminhos" (Sl 119.105).

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