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TÍTULO : CRÉDITO RURAL 1

CAPÍTULO: Condições Básicas - 2


SEÇÃO : Reembolso - 6
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1 - O crédito rural deve ser pago de uma só vez ou em parcelas, segundo os ciclos das explorações financiadas. (Circ
1.536)

2 - Deve-se estabelecer o prazo e o cronograma de reembolso em função da capacidade de pagamento do


beneficiário, de maneira que os vencimentos coincidam com as épocas normais de obtenção dos rendimentos da
atividade assistida. (Circ 1.536)

3 - O cálculo da capacidade de pagamento das cooperativas deve ser feito pelo total de suas receitas. (Circ 1.536)

4 - É indispensável que as instituições financeiras avaliem criteriosamente a capacidade de pagamento do produtor,


segundo o fluxo de renda das explorações assistidas, concedendo o período de carência que for necessário. (Circ
1.536)

5 - Entende-se por carência o período em que o beneficiário fica desobrigado de amortizações, por falta de
rendimentos ou pela recomendação técnica de aplicá-los no empreendimento. (Circ 1.536)

6 - A carência se inicia na data de assinatura do instrumento de crédito e termina após o decurso do prazo
estabelecido. (Circ 1.536)

7 - O reembolso do crédito deve começar com a obtenção dos primeiros rendimentos seguintes à carência. (Circ
1.536)

8 - A soma da carência com o período de reembolso não pode exceder o prazo máximo previsto para o crédito. (Circ
1.536)

9 - Independentemente de consulta ao Banco Central do Brasil, é devida a prorrogação da dívida, aos mesmos
encargos financeiros antes pactuados no instrumento de crédito, desde que se comprove incapacidade de
pagamento do mutuário, em conseqüência de: (Circ 1.536)
a) dificuldade de comercialização dos produtos; (Circ 1.536)
b) frustração de safras, por fatores adversos; (Circ 1.536)
c) eventuais ocorrências prejudiciais ao desenvolvimento das explorações. (Circ 1.536)

10 - O disposto no item anterior: (Res 3.476 art 1º II; Circ 1.536; Cta-Cir 3.719 art 2º)
a) é aplicável aos financiamentos contratados com equalização de encargos financeiros pelo Tesouro Nacional
(TN), desde que as operações sejam previamente reclassificadas, pela instituição financeira, para recursos
obrigatórios, de que trata a seção 6-2, ou outra fonte não equalizável; (Res 3.476 art 1º II)
b) não é aplicável: (Circ 1.536; Cta-Cir 3.719 art 2º)
I - aos créditos de comercialização sujeitos a normas próprias aplicáveis à Política de Garantia de Preços
Mínimos (PGPM); (Cta-Circ 3.719 art 2º)
II - aos financiamentos com recursos de fundos e programas de fomento, que estão sujeitos a normas
próprias. (Circ 1.536)

11 - A permanência de estoques de bens não entregues a cooperados pela cooperativa não constitui causa de
prorrogação. (Circ 1.536)

12 - A instituição financeira poderá renegociar operação de crédito rural em curso irregular, exceto por desvio de
finalidade, desde que: (Res 4.651 art 2º) (*)
a) a operação seja reclassificada para fonte de recursos livres;
b) a operação não seja computada para fins de cumprimento de qualquer forma de direcionamento;
c) seja observado o disposto no MCR 6-1-14.

13 - A prorrogação de parcelas amparadas por recursos de fundos e programas de fomento e já recolhidas ao


Tesouro Nacional corre à conta dos recursos próprios da instituição financeira. (Circ 1.536)

14 - O atraso no cumprimento de qualquer obrigação pecuniária sujeita o mutuário ao pagamento de sanções nas
bases pactuadas, contadas a partir da data do inadimplemento. (Circ 1.536)

15 - A aplicação da penalidade prevista no item anterior só é admissível quando se evidenciar que o atraso não tem
justificativa suficiente para assegurar ao mutuário a prorrogação do débito na forma regulamentar. (Circ 1.536)

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Atualização MCR 646, de 30 de abril de 2018

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