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PID=253283
Sumário
Introdução
I - Perdas dedutíveis
VI - Decisões administrativas
Introdução
Trataremos neste Roteiro, os aspectos contábeis e tributários pertinentes à baixa dos créditos não liquidados.
Ressalte-se que, desde o ano calendário de 1997 a constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa,
deixou de ser dedutível pela legislação do Imposto de Renda.
Em substituição à provisão para créditos de liquidação duvidosa, a empresa tributada com base no lucro real pode
considerar dedutíveis, como despesa operacional, os valores contabilizados como perdas de créditos não liquidados,
desde que observadas as regras estabelecidas pela legislação vigente.
Do ponto de vista contábil, a pessoa jurídica poderá constituir tal provisão, embora não seja mais dedutível
fiscalmente.
Cabe destacar que, segundo o Manual de Contabilidade Societária, da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis,
Atuariais e Financeiras (FIPECAFI), p. 332:
O termo "provisão" para as contas retificadoras do ativo não tem utilização adequada considerando o tratamento na
atual Deliberação da CVM nº 594/09 e nos conceitos que a suportam. No Brasil o temo provisão para as contas
retificadoras do ativo foi sempre bastante utilizado, mas consideramos essa utilização inadequada e neste Manual
faremos a adaptação do termo "perdas estimadas". Assim, passaremos a utilizar, por exemplo, "perdas estimadas
para créditos de liquidação duvidosa" (PECLD) e não mais "provisão para créditos de liquidação duvidosa". Essa
alteração visa reduzir o emprego inadequado do termo provisão só para as obrigações e estar em consonância com o
IASB e com o conceito de "redução ao valor recuperável".
I - Perdas dedutíveis
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As perdas no recebimento de créditos decorrentes da atividade da pessoa jurídica, serão consideradas como
despesas dedutíveis (conta de resultado), para determinação do lucro real, tendo como contrapartida:
a) a conta que registrou o crédito, no caso de créditos, sem garantia, de valor até R$ 5.000,00 por operação, vencidos
há mais de seis meses;
b.1) créditos sem garantia, de valor acima de R$ 5.000,00 até R$ 30.000,00, por operação, vencidos há mais de um
ano, que estejam em cobrança administrativa;
b.2) créditos sem garantia, de valor superior a R$ 30.000,00, vencidos há mais de um ano, desde que iniciados e
mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento;
No caso de contrato de crédito em que o não pagamento de uma ou mais parcelas implique o
vencimento automático de todas as demais parcelas vincendas, os limites de que tratam as
letras b.1 e b.2, serão considerados em relação ao total dos créditos, por operação, com o
mesmo devedor.
b.3) créditos com garantia vencidos há mais de dois anos, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais
para seu recebimento ou arresto das garantias;
b.4) créditos contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica declarada concordatária, relativamente à parcela que
exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar, observando-se o seguinte:
b.4.1) a dedução da perda será admitida a partir da data da decretação da falência ou da concessão da concordata,
desde que a credora tenha adotado os procedimentos judiciais necessários para o recebimento do crédito;
b.4.2) a parcela do crédito cujo compromisso de pagar não houver sido honrado pela empresa concordatária poderá
também ser deduzida como perda.
a) considera-se operação a venda de bens, a prestação de serviços, a cessão de direitos, a aplicação de recursos
financeiros em operações com títulos e valores mobiliários, constantes de um único contrato, no qual esteja prevista a
forma de pagamento do preço pactuado, ainda que a transação seja realizada para pagamento em mais de uma
parcela;
b) no caso de empresas mercantis, a operação será caracterizada pela emissão da fatura, mesmo que englobe mais
de uma nota fiscal;
c) no caso de contrato de crédito em que o não pagamento de uma ou mais parcelas implique o vencimento
automático de todas as demais parcelas vincendas, esses limites serão considerados em relação ao total dos
créditos, por operação, com o mesmo devedor.
Esses acréscimos devem ser apropriados como receita financeira, observando-se o regime de competência.
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b) opcionalmente poderá ser registrada a perda em contrapartida à conta retificadora do crédito, assim,
exemplificamos a situação da duplicata vencida há mais de um ano, e que está sendo cobrada administrativamente:
a) os bens recebidos a título de quitação do débito serão escriturados pelo valor do crédito ou avaliados pelo valor
definido na decisão judicial que tenha determinado sua incorporação ao patrimônio do credor;
b) quando houver juros vincendos, poderão ser computados na determinação do lucro real à medida que forem
incorridos.
Ressalte-se que, nas operações de crédito realizadas por instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco
Central do Brasil, nos casos de renegociação de dívida, o reconhecimento da receita para fins de incidência de
imposto sobre a renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido ocorrerá no momento do efetivo recebimento
do crédito.
Fundamentação: art. 12 da Lei nº 9.430/1996, com as alterações do art. 48 da Lei 12.715/2012; art. 9º da Lei nº
12.431/2011.
a) Assim, por exemplo se um determinado crédito foi baixado na conta de "Duplicatas a receber" e posteriormente for
recebido, o lançamento contábil sugerido, seria:
b) Se o crédito foi registrado em conta retificadora da conta de "Duplicatas a receber" e eventualmente for
recuperado, sugerimos o seguinte lançamento:
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O crédito poderá vir a ser recebido com acréscimos financeiros ou outros encargos moratórios,
o que demandará o reconhecimento da correspondente receita.
VI - Decisões administrativas
A seguir, são transcritas algumas decisões em processo de consulta emanadas pela Secretaria da Receita Federal
sobre o assunto:
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