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Imparidade de Clientes

Eventos que podem constituir evidência objetiva da existência de perdas por imparidade:

 Significativa dificuldade financeira do emitente ou devedor;


 Quebra contratual, tal como não pagamento ou incumprimento no pagamento do juro ou
amortização da dívida;
 O credor, por razões económicas ou legais relacionados com a dificuldade financeira do
devedor, oferece ao devedor concessões que o credor de outro modo não consideraria;
 Torne-se provável que o devedor irá entrar em falência ou qualquer outra reorganização
financeira;

Mensuração da imparidade

A perda por imparidade é a diferença entre a quantia escriturada e o valor presente dos fluxos
de caixa estimados descontados à taxa de juro efetiva original do ativo financeiro.
Como normalmente não há qualquer taxa de juro associada a dívidas de clientes, deve
calcular-se a diferença entre o saldo da conta do Cliente e o valor que se estima receber desse
cliente, tendo em conta as evidências objetivas conforme descritas no slide anterior.
Clientes de cobrança duvidosa
Desreconhecimento do ativo

Apenas quando o direito contratual sobre o recebimento da dívida expira - o cliente não paga
definitivamente a sua dívida - é dada como incobrável:

Os montantes de dívidas de clientes apenas devem ser desreconhecidos quando se receberem


os respetivos montantes ou se de alguma forma se extinguir o direito de receber os valores –
exemplos:
 por declaração de créditos incobráveis por extinção do processo de execução devido a não
existirem bens penhoráveis do devedor, ou
 por outro ato administrativo, legal ou judicial;
 Clientes com atividade cessada em que já se tenha efetuado todas as diligências para a
recuperação dos créditos, não existindo expectativa razoável do seu recebimento.

A) Já tinha sido reconhecida perda por imparidade


B) Não tinha ainda sido reconhecida perda por imparidade

E se uma dívida já anteriormente considerada incobrável vier a ser objeto de


realização total ou parcial?
Regime Fiscal

Créditos incobráveis: Os créditos incobráveis [conta 683] podem ser diretamente


considerados gastos ou perdas do período de tributação nas seguintes situações:
 Em processo de execução;
 Em processo de insolvência;
 Em processo especial de revitalização; - Nos termos previstos no SIREVE
 Sistema de Recuperação de Empresas por Via Extrajudicial;
 No âmbito de litígios emergentes da prestação de serviços públicos essenciais, após
decisão arbitral;
 Nos termos do regime jurídico da prestação de serviços públicos essenciais, os créditos se
encontrem prescritos e o seu valor não ultrapasse o montante de € 750.

e
 Não tenha sido admitida perda por imparidade ou, sendo-o, esta se mostre insuficiente

Reversão de perdas por imparidade: As perdas por imparidade que não devam subsistir, por
deixarem de se verificar as condições objetivas que as determinaram, consideram-se
componentes positivas do lucro tributável do respetivo período de tributação.

Perdas por imparidade em crédito

Condição I: Créditos resultantes da Atividade Normal:

Podem ser deduzidas para efeitos fiscais as seguintes perdas por imparidade: as relacionadas
com créditos resultantes da atividade normal, incluindo os juros pelo atraso no cumprimento
de obrigação; créditos provenientes das transações correntes de vendas e prestações de
serviços (incluindo juros de mora).

Condição II: Qualificados de Cobrança Duvidosa:

As relacionadas com créditos resultantes da atividade normal, incluindo os juros pelo atraso no
cumprimento de obrigação, que, no fim do período de tributação, possam ser considerados de
cobrança duvidosa e sejam evidenciados como tal na contabilidade.

a) 25% para créditos em mora há mais de 6 meses e até 12 meses;


b) 50% para créditos em mora há mais de 12 meses e até 18 meses;
c) 75% para créditos em mora há mais de 18 meses e até 24 meses;
d) 100% para créditos em mora há mais de 24 meses

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