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Caracterização Óptica e
Estrutural de Lentes
Plásticas Obtidas pelo
Processo de Injeção
Aparecido Rodrigues da Silva
Orientador: Dr. Euclydes Marega Jr.
Dez/2002
Motivação
Carência de material de apoio para o
ensino de Ciência nos níveis médio e
fundamental.
Alto custo de material didático importado.
Alto custo de fabricação de lentes em
vidro polido ou por termo-prensagem à
vácuo.
Custo e produtividade dos processos
de fabricação de lentes
Custo por
Processo e Ciclo Produção Investimento
unidade
material (min./unidade) (unidades/mês) (US$)
(US$)
Termo-moldagem de
5 6.552 1,70 8.500,00
acrílico (Cruz, 1997)
Polimento de vidro
120 273 15,00 14.000,00
comum
Objetivos
Desenvolvimento de metodologia para
produção de lentes de baixo custo para
aplicação no ensino de ciências.
Caracterização das lentes produzidas
através de:
◼ Parâmetros ópticos.
◼ Análise de superfície.
Desenvolvimento da apresentação
Plásticos ópticos.
O processo de injeção de termoplásticos.
Simulações numéricas do processo de injeção.
O projeto do molde para injeção das lentes.
Testes de injeção.
Resultados da caracterização das lentes.
Conclusões e propostas para trabalhos futuros.
Plásticos ópticos
O que são plásticos ópticos.
Categorias de plásticos ópticos:
◼ Termoplásticos
◼ Termofixos.
Vantagens e desvantagens da utilização
de plásticos ópticos.
Plásticos ópticos
Vantagens:
Baixo custo.
Possibilidade de montagem de sistemas
ópticos compactos.
Facilidade na confecção seriada de lentes
asféricas.
Peso reduzido.
Maior transmitância ao longo do espectro
visível.
Plásticos ópticos
Desvantagens:
Canal de
alimentação
da cavidade Cavidade
Inferior
Alojamento
da cavidade
Inferior
Cavidade Extrator
Superior
Injeção das lentes
Procedimentos para injeção de elementos
ópticos.
◼ Desumidificação do material termoplástico.
◼ Limpeza do cilindro da máquina injetora.
◼ Escolha correta dos parâmetros de injeção.
Alteração do gate após testes iniciais.
Resultados dos testes de
injeção
Dificuldades do processo
de injeção de lentes:
◼ Deformação das
superfícies.
◼ Presença de bolhas.
Influência da pressão de
injeção e de recalque.
Influência da continuidade
do ciclo de injeção. Lente obtida por injeção
Influência da temperatura
do material.
Caracterização das lentes
Objetivos:
◼ Verificar a influência do processo de injeção
na alteração de propriedades intrínsecas do
material termoplástico.
◼ Avaliar a qualidade óptica das lentes para a
aplicação proposta.
◼ Obter parâmetros que possam ser utilizados
para avaliar futuras otimizações do processo.
Transmitância
100
90
80
70
Transmitância (%)
60
50 Acrílico Polimerizado.
Acrílico Injetado.
40 Poliestireno Injetado.
Policarbonato Injetado.
30
20
10
0
250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750
0,4
0,2
0,0
40 60 80 100 120 140 160
Frequência (lp/mm)
FTM – Comparativo entre lentes
de procedência variada
0,4
0,2
0,0
40 60 80 100 120 140 160
Frequência (lp/mm)
Função de transferência de
modulação - FTM
Conclusões:
◼ Constatação da qualidade superior da
amostra com melhor aspecto visual.
◼ A medida de FTM permite avaliação somente
a partir de um nível razoável de qualidade.
◼ Medidas de FTM realizadas servem de
referência para otimização do processo.
◼ Qualidade da lente obtida é similar a
qualidade de lentes comerciais.
Distância focal
Distância focal da lente acrílica (Z):
◼ Valor esperado: 10,06 cm.
◼ Valor medido: 12,4 cm.
Distância focal da lente de poliestireno:
◼ Valor esperado: 8,3 cm.
◼ Valor medido: 8,5 cm.
Diferenças observadas devem-se:
◼ Asfericidade do molde.
◼ Deformação da lente durante o resfriamento.
Mapeamento das superfícies das
cavidades e das lentes
Objetivos:
◼ Identificar, localizar e quantificar as
deformações existentes nas lentes.
◼ Fornecer dados que permitam modelar o
perfil da cavidade para compensar as
deformações da lente.
Por que não usar interferometria?
Mapeamento das superfícies das
cavidades e das lentes
Definição dos perfis mapeados
Perfil
transversal
Perfil
“gate” Longitudinal
-X +X
Análise do inserto superior:
Raio de 106 mm – perfil longitudinal
0,04
0,02
ZR=106 - Zcavidade (mm)
0,00
-0,02
-0,04
-20 -10 0 10 20
Posição - X (mm)
Análise do inserto inferior:
Raio de 112,3 mm – perfil longitudinal
0,02
ZR=112,3 - Zcavidade (mm)
0,00
-0,02
-0,04
-20 -10 0 10 20
Posição - X (mm)
Análise da face superior da lente:
Perfil da cavidade – perfil longitudinal da lente Z
0,14
0,12
0,10
Zcavidade - Zlente(mm)
0,08
0,06
0,04
0,02
0,00
-0,02
-0,005
Zlongitudinal-Ztransversal (mm)
-0,010
-0,015
-0,020
0,04
ZR=113.5 - Zlente (mm)
0,02
0,00
-0,02
-20 -10 0 10 20
Posição - X (mm)
Análise da face inferior da lente:
perfil da cavidade – perfil longitudinal da lente Z
0,12
0,10
0,08
Zcavidade - Zlente (mm)
0,06
0,04
0,02
0,00
-0,02
0,025
Zlongitudinal-Ztransversal (mm)
0,020
0,015
0,010
0,005
0,000
0,06
0,04
ZR=118.1 - Zlente (mm)
0,02
0,00
-0,02
-20 -10 0 10 20
Posição - X (mm)
Medidas de planicidade dos perfis
circulares da lente
Objetivo:
◼ Verificar a magnitude da deformação dos
perfis circulares em ambas as superfícies da
lente Z.
Esquema do dispositivo para
medidas de planicidade
Planicidade associada a posição
25
20
Face inferior
Face superior
Planicidade (m)
15
10
0 5 10 15 20 25
Raio (mm)
Conclusões
Foi possível obter material didático de baixo
custo.
Dentro do programa existente no CDCC para a
produção de material didático, a fabricação e
caracterização de lentes injetadas foi um
trabalho pioneiro.
Para otimização do processo é necessária a
existência de uma estrutura adequada para a
construção de moldes.
Necessidade de aperfeiçoamento no processo
de polimento das cavidades.
Conclusões
Relação qualidade x custo para as lentes
obtidas viabiliza sua produção.
Máxima pressão de injeção disponível limita a
qualidade das lentes.
Otimização do processo deve ser acompanhada
de medidas de FTM e de superfície.
Aquisição de experiência pode permitir
melhorias em trabalhos futuros.
Trabalho representa os primeiros passos para o
desenvolvimento do processo fabricação de
lentes injetadas pelo CDCC.