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Santo André
2023
1. Introdução
A metalografia visa entender as estruturas dos metais e como elas se relacionam com
as propriedades mecânicas do material. É uma ferramenta valiosa para o controle de
qualidade, desenvolvimento de novos materiais e solução de problemas em processos
industriais. Através da análise microscópica, é possível identificar características como
tamanho de grão, inclusões, fases e falhas, cruciais para a determinação da qualidade e
desempenho do material.
2. Objetivo
3. Materiais
• Desmoldante metalográfico
• Fluido de corte
• Luvas
• Óculos de proteção
• Secador
• Solução de Nital (solução HNO3 3%) para ataque químico das amostras polidas de
aço
20 5 µm ± 2,5 µm
50 2 µm ± 1 µm
100 1 µm ± 0,5 µm
4. Procedimento Experimental
Para a primeira parte do experimento, tivemos cinco principais etapas sequenciais: (a)
Corte das amostras, (b) Embutimento, (c) Lixamento e polimento, (d) Ataque químico e (e)
Metalografia. Com atenção para as três últimas, que, a depender da qualidade da amostra,
podem ser necessárias repetições até obter a imagem microscópica ideal para análise. Nos
tópicos seguintes cada etapa é melhor detalhada:
Foi posicionado o cilindro de aço na cortadeira (Cut off) Erios, de modo a retirar uma
seção transversal da barra de comprimento de cerca de 5 cm, para que este caiba na
embutidora e seja completamente coberto por baquelite. Nesse momento, tomou-se cuidado
para que a mangueira do líquido refrigerante estivesse direcionada para a região do corte;
Para começar, foi reduzido o tamanho da amostra a partir do corte com um disco de
silício pausadamente para não danificar o material devido ao atrito. Após vários cortes feitos
pausadamente e no mesmo lugar, a amostra foi separada. O fragmento cortado foi limpo com
água e detergente para retirar qualquer resíduo de óleo, com cuidado para não cortar as mãos
com as rebarbas;
Por fim, foram retiradas as rebarbas do fragmento cortado utilizando a lixa mais
grossa na lixadeira em baixa rotação.
4.2 Embutimento
Quando a temperatura diminui para menos de 100 ºC, é aliviada a pressão do sistema
e retirada a amostra, para esfriar ao ar livre. Nesse momento, utilizou-se de luvas térmicas e
óculos de segurança para o manuseio.
4.5 Metalografia
Utilizou-se o aumento de 200x para obter imagens no software BelView para verificar
a presença de defeitos, impurezas ou artefatos de preparação. Nele, foi possível analisar os
limites de grão, com a ajuda de um software de imagem que também foi usado para tirar 5
fotos de lugares diferentes da amostra: 3 na parte transversal e 2 na parte longitudinal.
Então, um círculo de 10 cm de diâmetro foi desenhado em cada uma das fotos para
que fosse possível contar a quantidade de grãos que foram encontrados ao longo da
circunferência.
5. Análise
𝑁.𝑀
𝑁𝐿 = π.𝐷
(1)
56.200
N=56: 𝑁𝐿 = π.100
⇒ 𝑁𝐿 = 35, 65
58.200
N=58: 𝑁𝐿 = π.100
⇒ 𝑁𝐿 = 36, 92
59.200
N=59: 𝑁𝐿 = π.100
⇒ 𝑁𝐿 = 37, 56
60.200
N=60: 𝑁𝐿 = π.100
⇒ 𝑁𝐿 = 38, 20
61.200
N=61: 𝑁𝐿 = π.100
⇒ 𝑁𝐿 = 38, 83
5.3 Cálculo do tamanho de grão ASTM (G)
𝐺−1
𝑛 =2 (2)
𝐺−1
N=56: 56 = 2 ⇒ 𝐺 = 6, 807
𝐺−1
N=58: 58 = 2 ⇒ 𝐺 = 6, 858
𝐺−1
N=59: 59 = 2 ⇒ 𝐺 = 6, 882
𝐺−1
N=60: 60 = 2 ⇒ 𝐺 = 6, 907
𝐺−1
N=61: 61 = 2 ⇒ 𝐺 = 6, 931
Assim como o tamanho de grão, também foi calculado para cada foto da amostra o l,
chamado de comprimento de intercepto linear. Abaixo foram demonstrados os cálculos.
1
𝑙= 𝑁𝐿
(3)
1
N=56: 𝑙= 35,65
⇒ 𝑙 = 0, 02805
1
N=58: 𝑙 = 36,92
⇒ 𝑙 = 0, 02785
1
N=59: 𝑙 = 37,56
⇒ 𝑙 = 0, 02662
1
N=60: 𝑙 = 38,20
⇒ 𝑙 = 0, 02618
1
N=61: 𝑙 = 38,83
⇒ 𝑙 = 0, 02575
6,807+6,858+6,882+6,907+6,931
𝐺 = 5
= 6, 877
2
Σ(𝐺𝑖−𝐺) 2 2 2 2
(6,807−6,887) +(6,858−6,887) +(6,882−6,887) +(6,907−6,887) +(6,931−6,887)
2
σ= 𝑛
= 5
σ = 0, 04382
6. Conclusão
Nos materiais metálicos, em geral, quanto menor o tamanho de grão, mais altos serão
os valores do limite de resistência à tração, limite de escoamento e rigidez. O material
examinado atendeu às expectativas, pois, no caso do Aço Carbono 1010, é esperado que sua
estrutura cristalina consista principalmente em grãos com estrutura ferrítica devido ao baixo
teor de carbono, enquanto a fase perlítica é mínima.
O tamanho médio de grão da amostra foi de 6,887 na escala ASTM de 0 a 10, o que
está de acordo com o esperado para esse tipo de aço, que deve ter grãos relativamente
grandes para garantir maior ductilidade, embora isso possa resultar em menor resistência à
tração e dureza.
7. Referências Bibliográficas