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Technologies, 2023
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OLIMP_032
1. Atividade
A Atividade proposta visa projetar uma matriz fechada para forjamento à quente em matriz
fechada com rebarba, dentro das especificações dadas pela norma DIN EN-10243-1 para
tolerâncias dimensionais em forjados a quente em matrizes fechadas, de engrenagens com
maior rendimento e matriz com a maior produtividade possível.
A seguir a figura que representa a peça final, já usinada, desejada pela empresa:
A critério de simulação, podemos usar uma simulação 2D axissimétrico, que torna mais rápido
o processo de mudança e teste de novos valores, caso necessário.
Além disso, vale ressaltar que a quantidade de elementos de liga presentes no aço em análise
é responsável por características de desgaste da matriz durante a operação de forjamento.
● Categoria M1: Aço com teor de carbono não superior a 0,65% e total de elementos de liga
especificados (Mn, Ni, Cr, Mo, V, W) não superior a 5% em massa;
● Categoria M2: Aço com teor de carbono acima de 0,65% ou total de elementos de liga
especificados (como mencionado acima) acima de 5% em massa.
Podemos avaliar a composição química do material como se segue:
C Si Mn Ni V Cr Mo
0,4 – 0,5 Máx 0,37 0,5 – 0,8 1,3 – 1,8 0,10 – 0,18 0,3 – 0,6 0,2 – 0,3
Para o material dado, a fração mássica de carbono fica em torno de 0,50%C e os elementos de
liga compõe 4,18% de fração mássica, o que a categoriza como aço de Grupo M1.
m forjamento ρ ∙ V forjamento
S= =
m envelope ρ ∙ V envelope
Como ainda não temos o Volume de forjamento, usamos a seguinte aproximação (que
poderemos conferir no final se está de acordo):mforjamento =m peça ∙ K p =ρ ∙V peça ∙ K p
Onde Kp representa um coeficiente de forma que varia para cada tipo de peça, o valor de Kp
varia entre 1,5 e 1,8 para peças axissimétricas. Para esse caso, podemos escolher 1,5 e a m peça
representa a massa da peça já obtida pelo software Solid Edge. Assim:
ρ∙ V peça ∙ K p 3
V forjamento = =V peça ∙ K p =206650,4 ∙ 1,5=2.621 .378 mm
ρ
Para o cálculo do Venvelope foi considerado um aumento de 5% nas dimensões da peça depois
dos processos que se seguem e feito, então, o cálculo do volume de um cilindro:
2
( Dmáx ∙1,05 ) π ( 210,5 ∙1,05 )2 π
V envelope = ∙ ( H máx ∙ 1,05 )= ∙ (17,5 ∙ 1,05 )
4 4
3
V envelope =705017,72 mm
Assim:
309975,6
S= =44 %
705017,7
Esse valor pode ser categorizado com S2. Vale ressaltar que assim que o processo for
finalizado, deve-se recalcular e avaliar se o fator de forma continua o mesmo, e fazer as
mudanças necessárias em se tratando de tolerâncias dimensionais.
A linha de partição foi selecionada levando-se em conta o local onde se deseja contar como a linha
central da alma presente no furo e as direções onde se pretende projetar o canal de rebarba.
2.3.2. Sobremetal
O sobremetal é uma reserva de material utilizada para que as peças sejam usinadas após o
processo de forjamento e outras operações, com o objetivo de ficar dentro das especificações
de tolerância do projeto.
Martelo de queda
Prensa
Os ângulos de saída internos são maiores que os externos devido à contração linear do metal
forjado sobre a matriz, à medida que resfria.
Martelo Prensa
Material
Externo Interno Externo Interno
Aços
Ligas de alumínio
5° a 7° 7° a 10° 3° a 5° 5° a 7°
Ligas de Titânio
Ligas de Níquel
Para este caso, foram selecionados os raios com objetivo de tornar mais eficiente, tanto para
economia de material, como para evitar problemas com a fabricação. Sendo assim, para este
caso, foram escolhidos ângulos externos de 5° e internos de 6°.
A tabela a seguir mostra como selecionar os raios de filete e canto com base apenas na maior
altura e maior largura da sessão transversal da peça.
As almas finas de grande área geram altas cargas de forjamento e, por isto, a espessura das
almas deve ser limitada.
Pode-se encontrar a espessura (t) da alma por uma relação entre Diâmetro nominal do furo
cego (W) e a profundidade do furo cego (h):
Algumas equações foram criadas para otimizar os valores de projeto de alma para minimizar o
uso de material.
Avalia-se a relação W −1,25∙ R>26 mm , neste caso usa-se uma espessura variável, tal que o
perfil auxilie no escoamento do material no forjamento. Neste caso usa-se a seguinte
geometria:
t mín =0,65 ∙t
t máx=5∙ t mín
R1=5 ∙ h
O outro teste avalia o enrugamento da alma, nesse caso o teste é feito pela razão da espessura
t
de alma e o diâmetro do furo: < 0,07. Assim, a as bordas são mais finas e o centro é
W
engrossado com o objetivo de diminuir a chance de enrugamento:
Diferentes teorias foram criadas para definir a zona de rebarba da melhor maneira.
A teoria que mais se enquadra para peças axissimétricas é a teoria de Voitglãnder, que
relaciona a espessura e comprimento da zona de rebarba da seguinte forma:
t=0,016 ∙ D
w 63
=
t √D
Onde:
Essa teoria é usada para peças de alta simetria e com formato simples.
Também, por convenção, usa-se um valor de α =60 ° . E, como a imagem já mostra, um raio de
canto para rebarba igual a metade da espessura de rebarba. Assim:
L=1,5 ∙ w
α =60 °
t
Rrebarba =
2
E=1,5∙ t
Os valores escolhidos para este projeto estão apresentados na tebela 6 com todos os
parâmetros.
Externo 3,0 mm
Sobremetal
Interno 2,5 mm
Interno 4°
Ângulo de saída
Externo 6°
Raio de filete 5 mm
Raio de filete
Raio de canto 7 mm
Espessura 4 mm
Canal de rebarba
Comprimento do canal 15 mm
Comprimento 23 mm
Zona de rebarba
Raio 2 mm
t mín 4 mm
t máx 8,5 mm
R1 9 mm
V forjada 423750,81
S= = =48,5 %
V envelope 227,55
2
π∙ ∙ 21,5
4
O valor é muito parecido com o valor aproximado inicia, o que continua como categoria S2.
Podemos, agora, avaliar as tolerâncias dimensionais para a peça.
3. Dimensões da ferramenta
As dimensões da matriz podem ser selecionadas a partir dos dados da tabela a seguir:
Profundidade da
cavidade h [mm]
6 12 10 100
10 20 16 100
16 32 25 125
25 40 32 160
40 56 40 200
63 80 56 250
4. Operações de forjamento
4.1. Seleção de equipamento
Para seleção do equipamento conforme a lista de disponibilidade, foi escolhido com base na
área da projetada, já levando em conta a rebarba, e a pressão média, que pode ser escrita
como:
L
2
pmédia =
1
∙∫ p ∙ dx=
L/2 0
2k
μ∙L
∙ exp
h(
μ∙L
−1 ≅ 2 k ∙ 1+
μ∙L
2h ) ( )
h
Simplificando:
(
pmédia =2 k ∙ 1+
μ∙ L
2h )
Sendo k a média entre as tensões principais do sistema (podemos aproximar para o
escoamento do material), μ é o atrito da interface de fluido e da peça, L é metade do
comprimento horizontal da matriz e h é a altura média da peça forjada.
Assim:
2
μ ∙ L ( D máx +2∙ Lrebarba ) ∙ π
F= pmédia ∙ A projetada=2k ∙ 1+ (
2h
∙ ) 4
A tabela a seguir nos mostra o memorial de cálculo levando em conta um valor de escoamento
para o material igual a 450 MPa, e μ=0,12.
L h D máx Lrebarba pmédia F
A partir do resultado, foi escolhida a prensa de 25KN, visto que a pressão na cavidade
aumenta conforme o canal de rebarba é preenchido, ficando assim com um excedente.
5. Tarugo
A peça de trabalho, no geral o tarugo para processos de forjamento, é utilizado para fabricar a
peça final desejada.
Sua vantagem é uma compra de barras de tamanho maior e então cria-se uma seção que usará
o máximo do material procurando o melhor proveito para o material.
Suas dimensões são, então, a altura e o diâmetro. Um critério muito usado é o de avaliar o
comprimento (ou altura) das barras comerciais e seus diâmetros dados em portfólios de
venda.
Para o seguinte estudo usou-se as barras da empresa XXXX com comprimento XXXX e que tem
seus diâmetros especificados no site em referência.
h
F forma=
D
Para isso, podemos dizer que o volume da peça final é igual ao volume do tarugo:
É importante levar em conta a oxidação da peça, pois essa parte é retirada no processo de
recalque por compressão. Já o fator de contração está relacionado com o quanto a peça
diminuirá depois de perder temperatura durante o processo. Δ T representa a diferença de
temperatura entre o tarugo e a matriz.
V final ∙ 4
√
3 V final ∙ 4
2
D ∙π
F forma= → D=
D π ∙ F forma
h=F forma ∙ D
h=123,08 mm
D=68,37 mm
Podemos representar o tarugo selecionado como ∅ 69,47(2 5/8 ' ' )x 125,05 mm usando
dados de fabricantes.
A seguir também se mostra dois valores de referência utilizados para os casos extremos, ou
seja, para fator de forma igual a 1,3 e 2,8.
1,3
1,8
2,8
Tabela 11- dimensões de diâmetro e altura para diferentes valores de fator de forma
V forjado 353149,9
η= = =78 %
V tarugo 452502,9
As perdas são necessárias devido ao componente estrutural que evita a deformação da peça, à
oxidação natural devido ao processo de aquecimento da peça e à rebarba que auxilia no
preenchimento da cavidade da matriz.
Nota-se uma eficiência de 45,7% ao longo de todo o projeto até a peça pronta e usinada que
se justifica com a alta velocidade e produtividade do processo de forjamento com uma
finalização, devido às tolerâncias dimensionais, da usinagem. Além disso, o processo de
usinagem escolhido precisaria de uma alta taxa de retirada de material do tarugo para que
compensasse a sua escolha e teria uma eficiência semelhante. O que ainda torna o processo
de forjamento uma escolha melhor, mesmo com um pós-processo de forjamento.
6. Sequência de processo
6.1. Cálculo da altura de recalque
Podemos escrever o diâmetro depois do recalque como:
D
d 1=
c
Sendo d 1 [mm] o diâmetro do tarugo após o recalque, sendo também D[mm] o diâmetro
maior da peça forjada e c, que é um fator que correlaciona os dois termos e varia de 1,15 até
1,25.
D
d 1= mm
1,15
d 1= XXX mm
D
d 1= mm
1,25
d 1= XXX mm
V p=V 1
d 2p d 21
π∙ ∙ h p=π ∙ ∙ h1
4 4
( )
2
dp
h1 = ∙h p mm
d1
h1 ;1,15= XX mm
h1 ;1,25=
di( )
dp 2
∗h p
h1 ;1,25= XX mm
1. Serramento da peça com as dimensões ∅ 69,47(2 5/8 ' ' )x 125,05 mm.
2. Aquecimento da peça de trabalho no forno até a temperatura de 1150°C.
3. Recalque da peça usando a prensa de XX MN até uma distância entre superfícies de XX
mm. Vale ressaltar que nesse processo já ocorre a retirada dos óxidos presentes no
tarugo;
4. Operação de forjamento em matriz fechada com rebarba até uma distância entre
superfícies de XX mm (Altura do canal de rebarba);
5. Rebarbação e punção da peça forjada.
Recalque
Forjamento em matriz
fechada
Rebarbação e punção
7. Análise de simulações
Com o objetivo de avaliar melhor a fabricação da peça, avalia-se tanto as tensões principais do
sistema, quanto sua temperatura e potenciais defeitos a partir de parâmetros de simulação.
Além disso, precisamos avaliar a ferramenta quanto a sua vida útil através do ensaio de fadiga,
a sua análise de temperatura, estado de tensões e desgaste. Uma atenção deve ser dada ao
desgaste, visto que temos um limite de tolerância especificado em projeto.
7.1. Parâmetros
Os parâmetros utilizados para a aplicação da simulação estão expostos na tabela abaixo:
Material
Parâmetros de peça
Temperatura 1150°C (Início do processo)
Material H13
Temperatura 200°C
Número de golpes 1
Número de golpes 1
Abaixo podemos ver os resultados para cada uma das 3 operações de forjamento:
Para o caso do recalque, pudemos avaliar o uso de uma ferramenta de 6,3MN e o resultado
real está apresentado a seguir:
Pode ser visto esse fenômeno na imagem acima, bem onde ocorre um aumento repentino da
taxa de carga, é o momento anterior ao início do preenchimento da cavidade, que leva ao
preenchimento completo da matriz de forjamento.
F=L∙ s ∙ τ m ∙ K
F=F a+ F r =1,18 MN
Assim, deveria escolher o menor valor para prensa mecânica, nesse caso foi escolhida a prensa
de 6,3 MN.
Além disso, podemos avaliar alguns valores interessantes, como é o caso a distribuição abaixo,
nela podemos ver que a média está em 60,61 Mpa, mas a sua maior concentração de tensão
está mais próximo do valor de 53,94 Mpa (5% da distribuição) onde tem um volume de
26,82%. Os valores de Skewness ser positiva e maior que um (1,8) demonstra uma alta
assimetria, como pode ser visto, além disso, temos o valor de Kurtosis menor que 3 (valor
padrão de distribuição) de 2,4 o que demonstra um achatamento leve na curva, o que
demonstra uma distribuição bem distribuída, apesar de sua maior parte estar próxima de 55
Mpa.
Figura 16 – Representação da distribuição de tensão no estado final da operação de recalque.
A interpretação física demonstra que as maiores tensões estão na superfície e a sua maioria
está concentrada no meio da peça. Sendo a tensão última próxima de 180Mpa, ainda estamos
na faixa justa de trabalho.
É interessante avaliar que na superfície a temperatura é maior e vai caindo com os processos,
sendo assim, a tensão última dessas regiões aumentam, um exemplo disso é o caso do
forjamento de matriz fechada, onde a tensão é maior nessas regiões de contato, porém a sua
resistência é maior devido à temperatura mais baixa, como pode ser visto a seguir:
Figura 18 – Análise de tensões da operação de forjamento em matriz fechada no estado mais crítico.
Nesse caso temos uma tensão máxima de 198 Mpa, porém temos uma tensão última de 220
Mpa.
Nesse caso é mais difícil de escolher os instantes onde existem as maiores tensões, mas
percebe-se que nos pontos que visam retirada de material tensões próximas a 200Mpa.
7.2.2. Gartfield
O campo Gartfield é calculado com base na deformação de tração na direção normal à
superfície da peça deformada e é um campo de superfície. Supõe-se que defeitos como trincas
ou defeitos de escoamento apareçam na área onde essas deformações de tração se
acumularam.
Segundo o “help” do Software, os valores usados ficam entre 0,3 e 1,0. Sendo que os defeitos
tem maior probabilidade de aparecer onde a tensão é maior que 0,7.
Figura 23 – Distribuição de posições por probabilidade de aparecimento de falhas superficiais entre 0,78
e 0,81.
Os dois gráficos de distribuição demonstram que apesar de ficar nítido que na maior parte da
superfície não existe chance de aparecer algum tipo de defeito superficial, para uma
porcentagem de volume perto de 0,1%, quando somado, ainda há probabilidade de
surgimento de defeitos superficiais.
O que reforça a necessidade de avaliar essa região com mais calma e avaliar uma melhoria.
7.2.3. Fibroestrutura
A distribuição de fibras na estrutura fica como representada a seguir:
Figura 24 – Representação do perfil de pré-forma com o resultado da fibro-estrutura do tarugo até a
pré-forma.
Tendo por objetivo avaliar o escoamento do material, podemos concluir que este metal possui
uma boa forjabilidade e está apto a distribuir seu metal durante o processo de forma a
aumentar a produtividade do processo.
7.2.4. Temperatura
Inicialmente, percebemos que a temperatura no interior da peça, está a 1115°C, o que faz
sentido, visto que a entrada da temperatura do tarugo na operação de forjamento é
consequência da temperatura de 1140°C colocada na operação de recalque, porém com a
interface com a ferramenta tendo lubrificação de água e grafite e a ferramenta a uma
temperatura de 150°C, entende-se que ocorre uma queda abrupta de temperatura no início do
processo, tendo como temperatura mínima a sua superfície a 1055 °C.
No fim da operação de punção, a peça está na sua menor temperatura atingindo 825°C como
pode se ver na imagem a seguir:
Pode-se ver que a temperatura máxima está no centro a 1100°C e mínima nos cantos
superiores, onde existe pouco contato com a ferramenta e já está fora da operação.
Como pode ser visto na imagem a seguir com o teste utilizando as duas ferramentas uma por
vez, chega-se nesse resultado:
Neste projeto o objetivo é deixar a matriz a uma temperatura menor do que 600°C devido à
troca térmica entre a peça e matriz e levando-se em consideração a dureza da matriz.
Na análise feita na matriz de recalque podemos ver que ela chega a uma temperatura de 635
°C na ferramenta de cima e 655 °C na de baixo conforme mostram imagens.
Já no forjamento, decidiu-se avaliar o comportamento da temperatura quando ela chega
próximo ao valor de 600°C, para tanto pegou-se temperaturas acima de 500°C:
Nesse caso, a tensão máxima apresentada é próxima de 1285 Mpa sendo assim, e
considerando tensão de escoamento constante, não haverá falha por escoamento ou ruptura.
Se tratando de cargas menores, não foi feito análise para a punção e rebarbação.
7.3.4. Desgaste
8. Capacidade da matriz
8.1. Análise do Número de ciclos
8.2. Produtividade
8.3. Rendimento
9. Mudanças
10. Conclusão
11. Referências