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Apresentação.

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Olá meu nome é Tiago Santos da Seja o Alpha – Adestramento, sou adestrador,
criador e Groomer, lido com cães a mais de 20 anos, e trago a você um conteúdo
muito legal.

Nós que trabalhamos com banho e tosa sabemos o quanto pode ser estressante esse
trabalho não é? Cães muitas vezes estressados, antissociais, com algum tipo de
trauma, e por que não dizer em alguns casos, MUITO mimados pelos “papais e
mamães” de hoje em dia.

Eu mesmo já quis ter no mínimo três braços para poder fazer o trabalho de uma
maneira mais tranquila, e conseguir segurar os cães enquanto lavo, seco e até mesmo
na hora da tosa, mas como só possuímos dois braços, eu como adestrador desenvolvi
algumas técnicas e dicas para conter os cães.
Tenho pra mim que todo profissional que trabalha com cães seja em banho e tosa,
Dogwalker, Pet sitter, aux de veterinário e etc, deveria ter um curso de adestrador,
pois terá uma base muito maior, e acesso a uma gama de informações a cerca de
como pensa e age um cão, sem falar no que realmente necessitam para viver na
sociedade de hoje.

Entenda aqui de uma forma fácil e sem termos técnicos um pouco de como pensa e
age um cão, com uma linguagem popular, espero facilitar a compreensão nesse
assunto tão delicado e ao mesmo tempo gostoso de se lidar que é o universo do banho
e tosa.

Tenho muito a falar e ensinar sobre cães, porem aqui vamos nos focar apenas em
entender como nos comportar junto aos cães no banho e tosa, ok?

Espero com esse E-Book poder ajudar a facilitar o seu trabalho, boa leitura!

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Um pouquinho de como pensa e age um cão.

Os cães são animais que possuem instinto e sentimentos, porem o que os rege na
maior parte do tempo é o instinto, principalmente o de sobrevivência.

O instinto de sobrevivência dos animais é algo muito forte, fazendo com que soe o

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alerta sempre que algo não lhe parece natural, vemos isso assistindo qualquer
programa que mostra a natureza, ou o animal é caça ou caçador, preza ou predador, e
estar em certos ambientes faz aflorar esse instinto fazendo com que o cão não queira
estar ali, e por isso ele se comporta de maneiras que podem variar desde se encolher
(medo), se mostrar raivoso e ate morder.

Devemos sempre analisar o


comportamento dos cães fazendo
uma leitura corporal, o corpo do
cão nos mostra muito, é por ele
que começamos a entender o que
o cão esta sentindo naquele
momento, e isso nos ajuda muito
dentro do banho e tosa.

Como eu disse, o cão age por


instinto e por isso ele não esconde
suas emoções, por tanto seguimos
alguns passos, analisando calda,
orelhas, boca e o corpo do cão.
A primeira regra é analisar a calda do cão, ela é o primeiro termômetro, caldas
agitadas e “felizes” são sinais de que ele esta, na maior parte das vezes alegre,
tranquilo com aquela situação, porem temos que passar para os outros pontos.

Calda “feliz”, orelhas normais e boca aberta com a língua pra fora, cão tranquilo,
sociável.

Calda “feliz” mas orelhas baixas, cão apreensivo, esperando pra ver se tudo realmente
esta legal, se ali é um bom lugar e se as pessoas a sua volta não oferecem nenhum
perigo.

Calda parada, reta na direção do corpo, sinal de desconforto, apreensão.


Neste caso observe as orelhas, pra traz ou muito baixo, sinal de medo, em pé, sinal de
alerta.

Calda totalmente baixa, pra dentro do corpo e encostando na barriga, muito medo,
apavorado.

Se as orelhas estiverem baixas e o cão se encolher, você esta trabalhando com um cão
muito medroso, e cães medrosos podem reagir de duas maneiras: ficar encolhidos em
sinal de submissão, ou querer morder para afastar o que ele acha ser uma suposta
ameaça, que no caso é Você.

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Um cão com medo não é necessariamente agressivo, e logo veremos como lidar com
isso.

Essas são apenas algumas das posturas que devemos analisar, a pratica e o dia a dia
fará com que você identifique muitas outras atitudes, porem aprendendo a se
comportar perante o cão, você saberá lidar e ate desestimular o cão a ter certas
atitudes.
Aqui vemos alguns exemplos de leitura corporal:

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O cão no banho e tosa.

Devemos ter em mente que NENHUM cão gosta de banho, o ato de tomar banho é
algo antinatural para os cães, ou você já viu algum lobo ( parente direto dos cães ),
entrar no rio e ficar se banhando para tirar a sujeira? Não, né?

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Na sociedade moderna os cães aprenderam a “tolerar” o banho, mesmo que os donos
digam: - Ahhhh o meu cão adoooora tomar banho.
Não acredite nisso.

Uma coisa é levar seu cão em uma praia, rio, lago, piscina, mangueira de jardim, ou
seja, qualquer lugar que tenha agua, ali ele estará com você, em um lugar gostoso,
brincando, interagindo com o local de maneira descontraída, caso ele se anime a
entrar na água será por vontade dele, e ele entrará e sairá quando se sentir
confortável.

Já no banho e tosa tudo muda de figura.

Por mais que hoje em dia os pet shops tenham áreas de banho e tosa totalmente
adequados e aparentemente sejam verdadeiros Spas, isso só enche os olhos dos
donos, para o cão não faz a menor diferença.

Ali será um lugar que ele não está acostumado, com pessoas que ele não tem
familiaridade ( mesmo que ele vá toda a semana no mesmo local), inúmeros cheiros e
estímulos que podem agrada-los ou desagrada-los, sem falar no barulho que muitas
vezes incomoda por terem uma audição muito superior a dos humanos.
Sendo assim temos que entender quando um cão não quer estar ali, na maioria das
vezes ele não é um cão ruim, é apenas o instinto dele falando mais alto, e indicando
que ele deve sair dali de qualquer maneira.

E nem vamos entrar no mérito de que hoje em dia os cães são tratados como “filhos”,
muitas vezes não sendo oferecido a eles as atividades necessárias para um
desenvolvimento mental correto fazendo com que fiquem ansiosos, agitados e se
comportem como verdadeiros bebes mimados que tudo podem.

Isso também tem concerto, mas fica para um outro E-Book (rsrs).

Então vamos ao que realmente interessa?

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Como devemos agir com os cães no banho e tosa?

Todos nós amamos, protegemos, cuidamos e o principal, temos cães, e por esse
motivo queremos sempre que eles tenham o melhor tratamento em qualquer lugar,
certo?

Adoramos quando saímos com nossos cães e as pessoas vem interagir com eles, sair
com um cão é fazer amigos, certo?

Pois bem, essa regra se aplica a qualquer lugar e a qualquer pessoa, menos para os
banhistas e tosadores.

Abalei seu frágil mundinho? Desculpa, mas vou explicar porque, calma.

No melhor dos mundos, todo Pet Shop deveria ter um profissional que recepcione os
donos e seus pets para fazer o atendimento e a triagem do serviço a ser feito no cão.

Esse primeiro atendimento pode e dever ser feito da maneira que os donos amam
serem recebidos, ou seja, com um sorriso no rosto, com mimos, paparicos, carinhos e
brincadeiras com os pets, porem o ideal é não ser feito pelo profissional que realizará
o serviço.

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A postura do profissional, banhista e/ou tosador, é essencial para o bom andamento
de todo o trabalho.

Quando o cão é recepcionado de maneira alegre e descontraída ele se sente bem em


estar ali e cria um vinculo com quem o recebeu, isso é ótimo, maravilhoso, porem ele
se sente confortável para ter as atitudes que esta acostumado a ter com seus donos, e
isso pode dificultar o trabalho dentro do banho e tosa. (Lembre-se, ELE não quer estar
ali.)

Como resolver isso? Simples...

Ao ser recebido por uma pessoa que faz a parte da recepção e socialização e depois
entregue para a pessoa que fará o serviço e que tem outra postura que não a de
brincar e agradar, o cão fica sem saber como agir, e tende a observar e esperar que
quem o esta manipulado naquele momento interaja com ele, porem isso não vai
acontecer.
-“Ah mas eu trabalho sozinho, sou eu mesmo(a) quem recepciono os pets, e agora?”

Neste caso o melhor a fazer é sempre receber o cliente ignorando o cão.

Jamais fale, olhe ou brinque com o cão.

Converse com o cliente, alhinhe o serviço a ser realizado, você pode ate pegar o cão no
colo para fazer uma checagem geral, porem sem ficar fazendo carinho ou falando com
voz de criança com o cão, mantenha-se serio(a) com o cão, sem encara-lo nos olhos,
mas seja recepivel e amigavel com o dono.

O cão ao passar para o seu colo, ou simplesmente ficar ao seu lado no chão e não
conseguir interpretar suas inteções, tende, muitas vezes, a não interagir com você, e
mesmo que ele seja muito agitado e force uma interação, ignore-o, pois com isso ao
ser colocado na banheira ou na mesa ele não saberá como agir.

Então vamos as dicas:

• Nunca encarar o cão: ( Regra de ouro, ao receber um cão, JAMAIS olhe nos
seus olhos, não encare o cão. Se você reparar, os cães ficam olhando para os

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nossos olhos, tentando entender o que estamos sentindo e o que vamos fazer.
Sem essa informação a maioria dos cães ficam sem saber como se comportar e
tendem a se manter mais “comportados” ate conseguirem formar uma opinião
sobre nós, parece estranho não é? Mas faça o teste, você vai ver.)

• Postura: ( Nunca interaja com o cão de maneira descontraída e com


brincadeiras antes e durante o banho e a tosa. Evite falar com o cão, não faça
carinho e nem fale como “criança” com o cão enquanto estiver trabalhando
nele, essa atitude dispara algo bom no cão, fazendo com que ele ache que
pode brincar com você.)

• Manejo firme: (O modo como você toca no cão e o segura, faz com que ele
receba a informação de que pode ou não interagir com você, o toque firme faz
com que o cão fique mais concentrado pois ele não sabe bem como agir.)
• Não recuar “jamais”: ( Neste caso estamos falando de cães que apresentam
medo e que queiram afastar a suposta “ ameaça” que seria você.
Um cão que tende a morder por medo não é agressivo, e por tanto devemos
mostrar a ele que não temos medo dele. Sei que parece difícil entender, mas se
um cão faz menção de morder e você se afasta, ele ganhou...ao se afastar, você
deu a ele a sensação de ter conseguido o que ele queria, ou seja, repelir a
ameaça. Se você continua ali, ao lado dele SEM ENCARA-LO, mostrando que
sobre você ele não tem nenhuma “dominância”, a tendência é que ele se
submeta ao seu toque, mesmo que ele fique “reclamando” porem não mais
atacando, faça o teste e você verá.)

• Guia de contenção SEMPRE: ( A guia de contenção é sua maior aliada,


tanto na banheira quanto na mesa de secagem e tosa, mesmo que alguns
donos achem isso desnecessário por pensarem ser algo ruim para o cão, a guia
evita surpresas e maiores problemas. Uma guia colocada da maneira correta e
na altura correta evita que o cão possa chegar com a boca onde você esta com
a mão, deixando você mais tranquilo em casos de cães agressivos ou bravos,
não descartando o uso de focinheiras em casos mais críticos, pois a sua

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segurança e a do cão estão sempre em primeiro lugar.
Após seguir todas as dicas a cima e ter finalizado seu trabalho ai sim, faça carinho,
brinque, beije, abrace e entregue VOCÊ o cão ao dono, mostrando que você também
ama os animais e que sua postura dentro do banho e tosa é uma, e fora dele é outra.

Profissionalismo e amabilidade, na hora certa.

Lembrete: O cão só é o que deixamos ele ser, por ser um animal de matilha ele precisa
de um líder, alguém em quem se espelhar e confiar, alguém que lhe de regras e
limites.
Só assim ele se desenvolverá de maneira saldável.

Obrigado por ter adquirido este E-book, nos vemos em breve com mais novidades.

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Um grande abraço.

Tiago Santos
www.sejaoalpha.com.br
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Bibliografia
A linguagem dos cães: Os sinais de calma – TURID RUGAAS

O encantador de cães - CESAR MILLAN COM MELISSA JO PELTIER

E o homem encontrou o cão – KONRAD LORENZ

Imagens ilustrativas inseridas


Fonte: Banco de imagens ( Google)

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